Impactos da Taxação Americana no Setor de Metais no Brasil

Por: Imprensabr

Publicado: 12 de março de 2025

Atualizado: 12 de março de 2025

Uma nota técnica do Ipea aponta que a taxação de 25% para aço e alumínio nos EUA terá impacto significativo no Brasil. A produção nacional pode cair 2,19%, com exportações se contraindo em 11,27% e importações caindo 1,09%.

Em valores absolutos, as perdas nas exportações podem chegar a 1,5 bilhão de dólares, cerca de R$ 8,7 bilhões atualmente. Isso representa uma diminuição de até 1,6 milhão de toneladas nos produtos afetados.

O Ipea destaca que mais de 10% do faturamento do setor metalúrgico brasileiro depende do mercado americano, especialmente produtos semiacabados, que representam 90% das vendas para os EUA.

Embora o Brasil seja o principal exportador de aço para os EUA, o impacto geral na economia brasileira é classificado como insignificante pela nota técnica, prevendo uma queda de apenas 0,01% no PIB.

A previsão também indica uma redução de 0,03% nas exportações totais. Com isso, o Ipea sugere que o Brasil procure um diálogo construtivo com os EUA para mitigar os impactos.

O Ipea menciona a necessidade de cautela em relação a possíveis retaliações, afirmando que é preciso analisar bem as consequências de qualquer ação de restrição às importações americanas.

Os principais produtos importados pelos brasileiros dos EUA incluem fertilizantes e compostos nitrogenados, que representam de 20% a 30% das exportações americanas entre 2022-2024.

Impor tarifas mais altas sobre esses insumos pode elevar os preços no mercado interno, impactando a agricultura e a indústria siderúrgica, que dependem desses materiais.

O Ipea recomenda que o Brasil priorize uma negociação para evitar a decisão americana. Para mais detalhes sobre os impactos e a análise do Ipea, acesse a matéria completa. matéria completa.

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