Economia
10 formas de economizar na conta de energia em dias de muito calor
Primavera traz condição para temperaturas acima da média até dezembro; veja dicas para reduzir o consumo e aliviar o bolso durante ondas de calor no país
Mesmo com o retorno gradual das chuvas previsto com a chegada da primavera, no fim de setembro, o risco de novas ondas de calor no Brasil não está descartado. De acordo com o Climatempo, até dezembro, há fortes chances de que as temperaturas permaneçam acima do esperado em boa parte do país. O cenário de dias com muito calor preocupa não apenas pela sensação térmica, mas também pelo impacto direto nas contas de energia.
Segundo Ricardo de Almeida, Diretor Financeiro do Cartão de TODOS, “o calor intenso força o uso contínuo de ventiladores, ar-condicionados, geladeiras e freezers, que são os grandes consumidores de energia dentro de casa. Em regiões com temperaturas elevadas por muitos dias seguidos, a conta de luz sobe rápido e sem aviso”.
Para o economista, o aumento do consumo pesa especialmente no orçamento das famílias de menor renda. “Mais de 80% das famílias brasileiras estão nas classes C, D e E. Qualquer aumento impacta diretamente o orçamento mensal. Sem planejamento, o custo do conforto vira dor de cabeça no fim do mês”, afirma.
Economia que começa na rotina
Almeida reforça que o calor pode continuar batendo recordes, mas a conta de energia não precisa seguir o mesmo caminho, pois pequenas mudanças de hábito podem fazer grande diferença no valor da fatura.
“Quem consegue investir em soluções mais duradouras, como equipamentos eficientes ou energia solar, colhe os frutos nos próximos anos. Para quem ainda não pode dar esse passo, alternativas como energia solar por assinatura e mudanças simples na rotina já trazem alívio imediato no bolso. O segredo está em usar os recursos disponíveis com consciência”, afirma.
Para enfrentar os meses de calor intenso sem sustos na conta de luz, o economista elenca dez medidas que ajudam a reduzir o consumo:
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Desligar equipamentos da tomada quando não estiverem em uso;
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Reduzir o tempo no banho;
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Evitar abrir geladeiras e freezers com frequência;
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Usar ventiladores sempre que possível antes de ligar o ar-condicionado;
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Programar o ar-condicionado com timer e manter a temperatura entre 23ºC e 25ºC;
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Procurar usar eletrodomésticos em horários de menor demanda;
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Fechar cortinas e persianas durante o dia para reduzir o aquecimento interno;
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Aproveitar a luz natural e desligar lâmpadas e equipamentos sem uso;
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Trocar lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED;
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Fazer manutenção periódica dos aparelhos elétricos para garantir eficiência e menor consumo.
O vilão do consumo: ar-condicionado sem controle
Segundo Almeida, em dias quentes, o ar-condicionado é um dos principais responsáveis pelo aumento das contas de energia. Isso porque o uso prolongado e sem manutenção adequada está entre os equívocos mais comuns.
“O maior erro é deixar o aparelho ligado por horas sem controle de temperatura, com portas e janelas abertas ou usando equipamentos sem manutenção. Usar o ar-condicionado para resfriar ambientes que poderiam ser ventilados naturalmente também encarece a conta de energia”, explica Almeida.
Para equilibrar conforto e economia, o profissional recomenda algumas medidas para otimizar a eficiência do ar-condicionado e diminuir o gasto energético:
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Deixe o ambiente fechado enquanto o ar estiver ligado;
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Limpe o filtro regularmente;
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Prefira modelos com selo Procel e tecnologia inverter, que consomem menos energia.
Investimentos que trazem retorno
Com o calor cada vez mais presente, o economista aconselha que pensar em soluções de longo prazo é um passo importante. “Equipamentos com selo Procel e classificação A no Inmetro consomem até 40% menos energia, o que representa uma economia relevante no médio e longo prazo”, orienta.
Os sistemas de energia solar também estão se tornando mais acessíveis. Segundo o profissional, o retorno do investimento varia entre quatro e sete anos, dependendo do perfil de consumo e da região. Para quem ainda não pode investir em painéis próprios, há alternativas como o modelo de energia solar por assinatura ou créditos de energia solar compartilhada, oferecidos por empresas parceiras. Sem necessidade de instalação ou grandes investimentos, esse modelo pode gerar descontos na conta de luz ou cashback em parceiros que variam de 10% a 20% do valor da conta de luz, tornando o consumo mais inteligente e acessível para mais famílias.
Economia
Economia com vale-alimentação e refeição pode chegar a R$ 7,9 bilhões
O novo modelo para o sistema de pagamento de vale-alimentação e vale-refeição poderá gerar economia anual de até R$ 7,9 bilhões, divulgou nesta quarta-feira (12) a Secretaria de Reformas Econômicas (SRE) do Ministério da Fazenda. As mudanças foram estabelecidas pelo Decreto 12.712, editado nesta terça-feira (12), e têm como objetivo aumentar a eficiência, promover a concorrência e reduzir custos no setor.

Mais eficiência e concorrência
As novas regras alteram o funcionamento dos arranjos de pagamento do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e do auxílio-alimentação. O governo espera que a abertura do mercado estimule a inovação tecnológica, a ampliação da rede de aceitação e a melhoria dos serviços oferecidos aos trabalhadores.
A pasta calcula que a economia média pode chegar a R$ 225 por trabalhador ao ano, com a redução de custos e maior competitividade entre as empresas operadoras dos benefícios. A economia irá para supermercados, bares e restaurantes, mas o governo espera que os custos menores sejam repassados aos consumidores.
Os arranjos de pagamento são um conjunto de regras que estabelecem todos os pagamentos eletrônicos. No caso dos vales-refeição e alimentação, a fiscalização cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Teto de tarifas e prazos de repasse
Entre as medidas previstas, o decreto estabelece teto de 3,6% para as tarifas cobradas dos estabelecimentos comerciais e prazo máximo de 15 dias para o repasse dos valores pelas credenciadoras (empresas de maquininhas).
Segundo o Ministério da Fazenda, as medidas reduzem os custos de intermediação e criam condições para que restaurantes e supermercados possam praticar preços mais baixos sem comprometer suas margens.
Fim de práticas abusivas
O texto também proíbe deságios e descontos sobre os valores contratados, além de impedir prazos de repasse que descaracterizem a natureza pré-paga dos instrumentos e o pagamento de verbas não vinculadas à alimentação saudável.
Segundo a Fazenda, o governo busca evitar distorções de mercado e garantir que os benefícios do PAT e do auxílio-alimentação sejam direcionados efetivamente ao trabalhador.
Abertura e interoperabilidade
O decreto determina que arranjos de pagamento com mais de 500 mil trabalhadores adotem o modelo aberto, no qual a emissão de cartões e o credenciamento de estabelecimentos podem ser feitos por diferentes instituições que atendam aos requisitos do sistema.
Essa medida, segundo a Fazenda, deve reduzir barreiras de entrada, aumentar a concorrência e expandir a rede de aceitação. O modelo segue o padrão introduzido em 2010 pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no setor de cartões de crédito e débito.
Além disso, os arranjos terão prazo de até um ano para implementar interoperabilidade entre bandeiras, permitindo que os cartões de benefícios de alimentação sejam aceitos em qualquer estabelecimento credenciado.
Controle e segurança mantidos
Em nota, o Ministério da Fazenda destacou que a abertura dos arranjos não fragiliza o controle do sistema, já que todas as empresas continuarão sujeitas às mesmas regras e à fiscalização MTE.
Segundo a Secretaria de Reformas Econômicas, as medidas consolidam um sistema de pagamentos mais eficiente, competitivo e transparente, preservando o foco nutricional do PAT e garantindo acesso à alimentação adequada e saudável.
Estimativa de economia anual com as medidas
Medida
Economia estimada
Teto de 3,6% para tarifas
R$ 2,9 bilhões
Redução do prazo de repasse (15 dias)
R$ 0,7 bilhão
Abertura dos arranjos
R$ 1,6 bilhão
Interoperabilidade entre bandeiras no auxílio-alimentação
R$ 2,7 bilhões
Total
R$ 7,9 bilhões
Economia
Usuários do Gov.br serão avisados sobre vencimento do passaporte
A partir desta quarta-feira (12), os usuários do aplicativo Gov.Br passaram a ser avisados sobre o vencimento do passaporte. A novidade é uma parceria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com a Polícia Federal (PF). 

Segundo o governo, as notificações personalizadas são encaminhadas pelo serviço de caixa postal do aplicativo em três momentos:
- Quando faltar oito meses antes do vencimento,
- A três meses para o fim da validade e
- Com o documento vencido.
A expectativa é que, em 2026, sejam enviadas mensagens para mais de 1,9 milhão de pessoas para lembrar da renovação de seus passaportes.
Para acessar essas mensagens, os usuários devem ter uma conta com níveis Prata ou Ouro na plataforma de serviços.
“Essa é uma iniciativa que simplifica a vida das pessoas e fortalece a confiança na instituição”, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, em nota.
Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30
Caixa Postal
A Caixa Postal do aplicativo Gov.Br, disponível desde fevereiro, permite o envio de informações personalizadas do governo para cada pessoa usuária da plataforma.
Desde o início da Caixa Postal, já foram encaminhadas mais de 30 milhões de mensagens personalizadas sobre serviços como Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Concurso Público Nacional Unificado (CNU), Bolsa Verde, Meu SUS Digital, Emissão de Certificados Digitais e Pé-de-Meia.
Plataforma
Atualmente, a plataforma desenvolvida pelo governo federal tem 4,6 mil serviços digitais federais e outros 8,7 mil serviços de estados e municípios. Entre os mais utilizados pelos brasileiros estão a Assinatura Gov.Br, Meu INSS, Meu SUS Digital, Enem, Fies, Carteira de Trabalho Digital e Carteira Digital de Trânsito.
Os serviços estão disponíveis normalmente para quem tem contas com níveis Prata e Ouro.
O nível Prata é possível a partir do reconhecimento facial para conferência da foto com a da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também é possível ter uma conta desse nível a partir da validação de seus dados em um dos 17 bancos credenciados na plataforma.
Já para ter uma conta Ouro, que permite acesso a qualquer serviço público digital e garante uma ampla segurança para os cidadãos, é preciso fazer o reconhecimento facial com base nos dados da Justiça Eleitoral ou pelo QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN).
Economia
Setor de serviços cresce 0,6% em setembro, revela pesquisa do IBGE
Impulsionado pelos transportes, o setor de serviços, o que mais emprega no país, cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro, marcando oito meses seguidos de alta, nos quais soma expansão de 3,3%. Em comparação com setembro de 2024, houve alta de 4,1%. Já no acumulado de 12 meses, a variação positiva é de 3,1%.

Esses resultados colocam o setor no maior patamar já registrado. Desde abril, os serviços vêm alcançando recordes de atividade. Os números de setembro fazem o setor superar em 19,5% o período pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020).
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem do segundo para terceiro trimestre, há variação positiva de 0,9%.
O período de oito meses seguidos de alta iguala o atingido entre fevereiro e setembro de 2022, quando o país se recuperava da pandemia. No entanto, no período mais antigo, a expansão acumulada chegou a 5,6%.
Nos oito meses seguidos de crescimento em 2025, o resultado de setembro é o segundo maior, ficando atrás apenas de fevereiro (0,9%).
O setor de serviços reúne também atividades como turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação e é considerado um indicador do comportamento econômico do país. O IBGE analisa a performance de 166 tipos de serviços.
Destaque para transportes
Três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram crescimento na passagem de agosto para setembro:
Transportes, armazenagem e correio: 1,2%
Serviços de informação e comunicação: 1,2%
Outros serviços: 1,6%
Serviços prestados às famílias: -0,5%
Serviços profissionais e administrativos: -0,6%
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, apontou o grupamento dos transportes ─ responsável por 36,4% do índice ─ como força motora do setor nos últimos oito meses, impulsionado especialmente pelo transporte de cargas e o aéreo de passageiros.
No caso do transporte aéreo de passageiros, o IBGE observa maior número de deslocamentos das pessoas, tanto por avanços na renda, como pelo fato de queda na média dos preços das passagens.
“Logística de transportes cresce em função da maior comercialização de mercadorias adquiridas em plataformas de comércio eletrônico, o que acaba movimentando o armazenamento de mercadorias, a logística e o transporte até o consumidor final”, explica Lobo.
Em 12 meses, os transportes crescem 3,1%. A safra recorde de 2025 é outro motivo que empurra para cima o desempenho dos transportes.
“Há uma correlação direta do aumento da receita das empresas do transporte de cargas (especialmente o rodoviário) com o aumento do escoamento da safra agrícola”, opina o pesquisador do IBGE.
Turismo
A Pesquisa Mensal de Serviços traz, ainda, o índice de atividades turísticas (Iatur), que subiu 0,1% em setembro, na comparação com o mês anterior. Já no acumulado do ano, há expansão de 5,7%. Em 12 meses, o índice avança 6,6%.
“Com certeza este crescimento acumulado está atrelado ao desempenho do transporte aéreo de passageiros”, observou Lobo.
Esses resultados deixam as atividades de turismo 11,5% acima do patamar pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020) e 2% abaixo do maior nível já alcançado, em dezembro de 2024.
Belém, cidade que recebe agora em novembro a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), apresentou a maior alta: 4,9% na passagem de agosto para setembro.
“Pode acontecer de ser decorrente de algum tipo de antecipação de recebimento de reservas de hotéis”, sugere Lobo.
O índice de atividades turísticas reúne 22 das 166 atividades de serviços investigadas na pesquisa e que são ligadas à atividade turística, como hotéis, agências de viagens e transporte aéreo de passageiros.
São divulgadas informações de 17 unidades da federação: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Alagoas e Rio Grande do Norte.


