Economia
21ª Feira de Miniempresas reúne produtos criados por estudantes de 35 escolas públicas no RioMar Recife

Despertar o empreendedorismo nos jovens é uma das principais missões da Junior Achievement (JA Worldwide), organização sem fins lucrativos, que nasceu há mais de 100 anos, nos Estados Unidos. Hoje, possui atuação em centenas de países e é reconhecida como a quinta ONG mais influente do mundo, segundo ranking do The Doot Good. Aqui no estado, a Junior Achievement Pernambuco (JA Pernambuco) possui escritório desde agosto de 2003, comemorando 21 anos da aplicação de seus programas de educação empreendedora para jovens pernambucanos. Entre eles, o Miniempresa, um dos principais projetos da organização, que ensina aos estudantes como criar uma empresa, na prática.
Após meses de lições sobre empreendedorismo, os estudantes têm a oportunidade de comercializar seus produtos na Feira de Miniempresas, que completa 21 edições em Pernambuco. Realizada pela JA Pernambuco, a 21ª Feira de Miniempresas vai acontecer nos próximos dias 24 e 25/08, no RioMar Recife (piso L3), reunindo 800 alunos de 35 escolas públicas do estado, espalhadas por cidades da Região Metropolitana e interior de Pernambuco, como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Camaragibe, Abreu e Lima, Bezerros, Gravatá, Caruaru, Belo Jardim, Limoeiro, São Lourenço da Mata, Escada, Paudalho, Vitória de Santo Antão e Palmares.
Para chegar à feira, os estudantes participaram de aulas semanais, com 3h de duração, totalizando 12 encontros. Durante esse período, foram ensinados fundamentos de economia de mercado e da atividade empresarial, através do método Aprender-Fazendo, em que cada participante se converte em um miniempresário. As atividades foram ministradas por voluntários, entre estudantes universitários e profissionais de diversas áreas, que receberam treinamento da JA Pernambuco, doando seu tempo e compartilhando conhecimento com os jovens, semanalmente.
“A Feira de Miniempresas é uma oportunidade para os jovens empreendedores comercializarem seus produtos e obter os frutos do trabalho desenvolvido durante o programa”, explica a gestora executiva da JA Pernambuco, Olga Lucena. Todos os itens à venda foram produzidos pelos próprios alunos e estarão disponíveis para compra durante os dois dias de evento. Os alunos investiram em produtos que prezam pela sustentabilidade e inovação, como uma coleira para cães e gatos, feita com material reciclado e pingente com QR Code, para identificação, caso ele se perca.
Entre os outros produtos criados pelos alunos: repelente natural, lápis reciclado, luminárias, estojo ecológico, sabão em papel, bijuterias ecológicas, quadros decorativos, almofadas decorativas, porta-copos, bolsa multiuso, suporte para telefone e caderno ecológico (relação completa abaixo). “A expectativa do miniempresário é vender todo seu estoque, pois não se trata de apenas comprar seus produtos, mas também a ideia, dedicação de um grupo”, completa Olga Lucena.
Palestras na 21ª Feira de Miniempresas – Com o apoio do Sebrae Pernambuco, uma das novidades nesta edição é a realização de palestras durante o evento, que serão destinadas aos jovens empreendedores e também aberta ao público. Confira a programação:
- Como a Miniempresa influenciou minha construção de carreira? – Por Erik Rodrigues, ex-Gerente Geral do Nexa
- Desperte o empreendedor em você! – Por Isis Menezes, empreendedora de beleza
- Como gerir a ansiedade? – Por Iago Rodrigues, psicólogo
- Como alavancar as vendas através das redes sociais?
- Sustentabilidade e empreendedorismo – Criando negócios com propósitos – Por Pedro Veras, empreendedor social e Cofundador da Verda, laboratório global de inovação social.
A 21ª Feira de Miniempresas vai acontecer no Piso L3 do RioMar Recife, no sábado, das 9h às 21h, e domingo, das 12h às 20h. Neste ano, o programa Miniempresa está sendo incentivado pela Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco e Sebrae Pernambuco, além de contar com os parceiros: Grupo Moura, Da Fonte Advogados, Grupo Iquine, TPF Engenharia e Queiroz Cavalcanti Advocacia. Mais informações: (81) 3421.2277 e www.jape.org.br.
Junior Achievement Pernambuco – A Junior Achievement Pernambuco (JA Pernambuco) faz parte da Junior Achievement Worldwide (JA Worldwide), uma grande rede de educação, com presença em 120 países. Com mais de 100 anos de atuação, a JÁ foi criada nos Estados Unidos, com o objetivo de promover educação empreendedora para jovens, ainda na escola. Seus programas de educação financeira são reconhecidos pela Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF). Pelo trabalho que desempenha, foi reconhecida como a 5ª ONG mais influente do mundo e neste ano de 2024 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo terceiro ano consecutivo.
No Brasil, a organização atua desde 1983, já tendo beneficiado 6 milhões de crianças e jovens brasileiros e contando com o apoio de 207,8 mil voluntários. O objetivo é oferecer educação e experiências no sistema de livre iniciativa, através da parceria entre escolas públicas, voluntários, empresas e instituições. Através de metodologia própria, a organização pretende que os jovens despertem o espírito empreendedor e obtenham uma visão clara do mundo dos negócios, facilitando, assim, o acesso ao mercado de trabalho e estimulando seu desenvolvimento pessoal. A JA Pernambuco fica na Rua da Guia, 142, sala 307/05, Empresarial ITBC, Recife Antigo.
SERVIÇO | 21ª FEIRA DE MINIEMPRESAS
Quando: dias 24 e 25 (sábado e domingo) de agosto de 2024.
Horário: das 9h às 21h, no sábado, e das 12h às 20h, no domingo.
Onde: Shopping RioMar (Piso L3) – Avenida República do Líbano, 251, Pina, Recife.
Informações: (81) 3421.2277 e 81 98162.1035; e-mail miniempresa@jape.org.br; site
jape.org.br; e Instagram @japernambuco.
Economia
Montadoras tentam influenciar governo em disputa por mercado no Brasil

Uma disputa pelo mercado brasileiro entre as principais montadoras de carros que atuam no país colocou, de um lado, a fabricante chinesa BYD, com presença cada vez maior no Brasil, contra as montadoras Toyota, General Motors, Volkswagem e Stellantis.
Nesta semana, essas montadoras representadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com mais de sete décadas de atuação no Brasil, divulgaram carta enviada, ainda em junho, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As empresas alegam que investimentos e empregos estariam em risco caso o governo acolha a um pleito da fabricante chinesa para reduzir, temporariamente, a tarifa para importação de carros desmontados de veículos elétricos ou híbridos.
“Ao contrário do que querem fazer crer, a importação de conjuntos de partes de peças não será uma etapa de transição para um novo modelo de industrialização, mas representará um padrão operacional que tenderá a se consolidar e prevalecer, reduzindo a abrangência do processo produtivo nacional”, diz a carta enviada a Lula e divulgada em uma rede social pelo presidente da Volkswagem, Ciro Possobom.
A carta destacou que a indústria planeja investir R$ 180 bilhões nos próximos anos. “Esse ciclo virtuoso de fortalecimento da indústria nacional será colocado em risco e sofrerá forte abalo se for aprovado o incentivo à importação de veículos desmontados para serem acabados no país”, diz ainda a carta.
Em nota encaminhada à Agência Brasil, a fabricante chinesa BYD disse que a posição das montadoras da Anfavea é uma reação contra a inovação e a abertura do mercado do Brasil.
“É uma espécie de chantagem emocional com verniz corporativo, repetida há décadas pelos barões da indústria para proteger um modelo de negócio que deixou o consumidor brasileiro como último da fila da modernidade. A ironia é que enquanto as cartas se empilham em Brasília, os consumidores já tomaram sua decisão”, provocou a companhia.
Ainda segundo a BYD, o que as concorrentes chamam de prática desleal é apenas concorrência. “Agora, chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam”, completou.
Camex
O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), discute nesta quarta-feira (30), em reunião extraordinária, os pleitos das montadoras.
De um lado, as montadoras tradicionais reunidas em torno da Anfavea querem antecipar, de 2028 para 2026, a elevação das tarifas de importação para carros elétricos desmontados, o que poderia prejudicar a BYD.
De outro lado, a fabricante chinesa pede a redução temporária do imposto de importação de veículos desmontados alegando que precisam de tempo para nacionalizar a produção.
BYD
Segundo a BYD, a redução temporária de imposto solicitada pela companhia é razoável uma vez que não faz sentido aplicar o mesmo nível de tributação sobre veículos 100% prontos trazidos do exterior e sobre veículos que são montados no país.
“Isso não é nenhuma novidade, outras montadoras já adotaram a mesma prática antes de ter a produção completa local. O incômodo das concorrentes não tem a ver com impostos, nem com montagem, nem com empregos. Tem a ver com a perda de protagonismo. Com o fato de que um novo player chegou oferecendo mais e cobrando menos”, completou.
A BYD sustenta que a redução das tarifas seria temporária, apenas enquanto a companhia não completa as obras da Fábrica em Camaçari (BA). “Em menos de um ano e meio, já está finalizando a primeira etapa das obras da fábrica em Camaçari (BA). Tudo dentro do planejamento desde o começo”, disse.
Fabricação local
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckimin, explicou que o governo reunido na Camex vai discutir possíveis mudanças na fase de transição para a elevação das tarifas de importação de carros elétricos ou híbridos.
Alckimin disse que, em 2023, quando Lula assumiu, a alíquota de importação de veículos prontos do exterior era de 35% e de veículos elétricos e híbridos era de 0%. Por isso, o governo decidiu fazer uma transição para acabar com a isenção aos poucos, ano a ano, até chegar aos 35% de imposto cobrado dos demais veículos importados.
“Faça sua fábrica no Brasil, fabrique no Brasil, porque a alíquota vai ser igual a carro em combustão, que sempre foi de 35%, conforme a OMC [Organização Mundial da Saúde]”, disse o vice-presidente em coletiva de imprensa, nessa segunda-feira (28).
Segundo Alckimin, a estratégia foi um sucesso. “Você tem inúmeras empresas abrindo fábricas no Brasil. Você tem a chinesa GWM, em Indianópolis (SP), que comprou a fábrica que estava fechada na Mercedes-Benz. Teve a BYD em Camaçari (BA), que adquiriu a fábrica que era da Ford”, completou.
O ministro disse que uma hipótese que está sendo estudada na Camex é ampliar a cota de isenção para importação porque argumenta-se que é preciso de tempo para nacionalizar a produção.
Uma cota que era de 50 mil carros isentos, no primeiro ano, cai para 40 mil no segundo, e 30 mil no terceiro ano. “Você tem um imposto crescente e uma cota decrescente”, explicou.
Segundo ele, a Camex pode decidir uma solução intermediária entre o pleito da BYD e das montadoras da Anfavea.
“Atende de um lado, antecipando a alíquota de 35% para 2026, que é o pleito da Anfavea. E, ao invés de atender o pleito de redução tarifária, eu estabeleço uma cota até 1º de julho de 2026. Isso vai ser discutido no Gecex e depois vai ser discutido na Camex, que são 10 ministérios”, finalizou.
Economia
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 9

A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (30) a parcela de julho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 9.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,52. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 19,6 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,16 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Os beneficiários de 516 cidades receberam o pagamento no último dia 18, independentemente do NIS. A medida beneficiou os moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e moradores de algumas cidades em cinco estados: Alagoas (6 municípios), Amazonas (3), Paraná (3), Roraima (6) e São Paulo (1, cidade de Diadema).
Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,68 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.
Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano. No entanto, a mudança só abrange as famílias que entraram na fase de transição desde o mês passado. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.
Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Arte EBC
Economia
Copom decide nesta quarta-feira se pausa ciclo de alta na Taxa Selic

Com a inflação desacelerando, mas alguns preços, como a energia, pressionados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (30) se pausa o ciclo de alta na Taxa Selic, juros básicos da economia. Os analistas de mercado acreditam na manutenção da taxa no maior nível em quase 20 anos.
Atualmente em 15% ao ano, a Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada sete vezes seguidas.
Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 15% ao ano até o fim de 2025, iniciando uma redução em 2026. A divergência agora está no momento do próximo ano em que os juros começarão a cair.
Na ata da última reunião, em junho, o Copom informou que a Selic será mantida em 15% ao ano por tempo prolongado. Segundo o comitê, os núcleos de inflação – medida que exclui preços administrados e de alimentos in natura – têm se mantido pressionados há meses. Isso, na avaliação do BC, corrobora com a interpretação de que a inflação segue pressionada por demanda que requer “uma política monetária contracionista por um período bastante prolongado”.
Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual, uma de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto.
Inflação
O comportamento da inflação continua uma incógnita. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,24% em junho e para 5,35% em 12 meses. No entanto, o IPCA-15 de julho, que funciona como uma prévia da inflação oficial, veio acima das expectativas e acelerou por causa de preços de energia e de passagens aéreas.
Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 caiu para 5,09%, contra 5,2% há quatro semanas. Isso representa inflação acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
Meta contínua
Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.
No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,9%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. A próxima edição do documento, que substituiu o Relatório de Inflação, será divulgada no fim de setembro.