Saúde
5 dicas para cuidar dos olhos no verão

A oftalmologista Fernanda Fernandes aconselha desde o uso de óculos de sol até a adoção de cuidados específicos em ambientes aquáticos
O período mais quente do ano traz consigo as tão esperadas férias, viagens e festividades de final de ano. Com as altas temperaturas, é comum que as pessoas passem mais tempo sob a luz solar, imersas em águas de piscinas e mares, o que aumenta o risco de alguns problemas oculares. Por isso, nesta época, é essencial ter atenção redobrada com os olhos, alerta a oftalmologista Fernanda Fernandes.
De acordo com a médica, não é apenas a pele que precisa de cuidados no verão, os olhos também precisam de atenção especial. Nessa época do ano, algumas condições oculares podem ser mais prevalentes devido às mudanças nas condições ambientais e comportamentais. “Temperaturas mais altas, maior umidade do ar e mais atividades em ambientes externos podem aumentar os casos de conjuntivites, ceratites, olho seco, alergias e lesões oculares”, explica.
Para curtir o verão com tranquilidade, confira 5 dicas da médica para manter a saúde ocular em dia:
- Use óculos de sol
Proteger os olhos dos danos causados pela exposição solar é uma prática essencial para preservar a saúde ocular. “É importante, ao comprar os óculos de sol, certificar-se que ofereçam proteção contra os raios UVA e UVB, pois esses raios podem causar danos cumulativos aos olhos ao longo do tempo”, recomenda.
- Evite longos períodos de exposição solar
Embora a luz solar seja benéfica, a exposição prolongada pode desencadear ou agravar problemas nos olhos. “Para minimizar esses riscos, recomendo apostar em acessórios como bonés, chapéus e viseiras, além dos óculos de sol. São medidas simples que protegem não só dos raios solares, mas também do vento excessivo e areia nos olhos. Lembre-se também de manter uma boa hidratação e, se necessário, usar colírios lubrificantes prescritos por oftalmologista para reduzir os sintomas de olho seco”, diz Fernanda.
- Cuidados com a piscina e o mar
Desfrutar de um refrescante mergulho, seja na piscina, no mar ou em um lago, é uma delícia nos dias quentes, mas é importante estar ciente de que esses ambientes aquáticos podem desencadear sintomas oculares, sobretudo na água salgada do mar ou com cloro das piscinas. “Para quem pratica esportes aquáticos, o uso dos óculos de mergulho reduz significativamente as irritações provocadas pelo cloro e outras substâncias na superfície ocular. Para os usuários de lentes de contato, é contra indicado qualquer tipo de banho enquanto estiver de lentes, pois aumenta muito o risco de infecção ocular”, explica Fernanda.
- Cuidado ao aplicar produtos no rosto e cabelo
Outro cuidado importante envolve a utilização de protetores solares, óleos, cremes e outros produtos de beleza e higiene para o rosto, pele e cabelo, como orienta a especialista: “Ao aplicar esses produtos, é importante ter em mente que mesmo aqueles formulados para aplicação específica no rosto podem causar irritações oculares se entrarem em contato com os olhos. Portanto, evite aplicar produtos muito próximos aos olhos, principalmente se você for mergulhar”.
- Evite tocar os olhos
Quem nunca sofreu com algum cisco ou grão de areia que entrou no olho durante um passeio à praia? Automaticamente, levamos a mão ao rosto e começamos a coçar. Pode até parecer uma atitude inocente e correta, mas é aí que mora o perigo. “Geralmente, quando estamos nesses ambientes, dificilmente a mão vai estar higienizada adequadamente. É nesse momento que os olhos podem ser porta de entrada para microrganismos como vírus e bactérias. Além disso, ao tentar tirar o “cisco”, você pode acabar machucando ainda mais os olhos. Por isso, utilize água limpa da garrafa ou de chuveiros disponíveis na praia para enxaguar suavemente os olhos e remover as partículas indesejadas”, orienta Fernanda.
Sobre Fernanda Fernandes
A médica Fernanda Fernandes é graduada em medicina pela Universidade Federal da Bahia, com Residência em Oftalmologia no Hospital das Clínicas (BA), onde foi Fellowship em Córnea e Doenças externas. Atua na oftalmologia geral e no tratamento de miopia, lentes de contato, córnea e doenças externas.
Saúde
Casos de síndrome respiratória grave caem no país

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A estão em queda no país. O Amazonas é o único estado ainda com aumento de notificações entre crianças de até 2 anos, conforme boletim semanal InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (21).
Neste ano, já foram notificados 159.663 casos, sendo que em 53,4% foram detectados a presença de vírus respiratório.
Entre os casos positivos, 45,5% foram provocados pelo vírus sincicial, seguido por influenza A (25%). Nas quatro últimas semanas, a prevalência dois dois vírus permanece.
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Rinovírus e Covid
O estudo alerta, no entanto, para tendência de alta no número de casos de rinovírus em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos no Nordeste e no Centro-Sul. Além disso, foi identificado leve aumento de casos de Covid-19 entre os idosos, a partir de 65 anos, no Amazonas e na Paraíba.
Os estados do Ceará e Rio de Janeiro também apresentam crescimento nas notificações por Covid-19.
A Fiocruz reforça a importância da vacinação em dia contra a Covid-1, principalmente de idosos e pessoas imunocomprometidas, que devem tomar doses de reforço a cada seis meses.
A orientação é que crianças e adolescentes com sintomas de gripe ou resfriado fiquem em casa e evitem ir à escola, para não transmitir o vírus. Se não for possível, o ideal é que usem uma máscara.
Saúde
Médicos do trabalho lançam guia com cuidados para evitar adoecimento

A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) lançou nesta quinta-feira (21) um guia com orientações sobre como cuidar da saúde no ambiente laboral. O documento foi distribuído, em formato digital, para sindicatos, empresas e órgãos públicos, e destaca a importância de encontros periódicos, não apenas no momento da admissão ou rescisão de contratos, com funcionários.
Segundo a entidade, em junho, mais de 330 mil brasileiros maiores de 18 anos de idade solicitaram ao governo federal afastamento das atividades profissionais. Desse total, 76% dos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram motivados por doenças.
“Um número que se repete mês após mês, com pequenas variações, compondo um ciclo silencioso de alto impacto econômico e social”, avaliou a Anamt.
Os dados mostram que lesões por esforço repetitivo, dores lombares e doenças crônicas recorrentes ocupam o topo do ranking dos motivos de afastamento, seguidas por transtornos mentais e comportamentais.
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O comunicado destaca uma “percepção equivocada” da atuação do médico do trabalho já que ela não passa, necessariamente, pelo diagnóstico de uma doença.
De acordocom a Anamt, a contribuição do médico do trabalho acontece, sobretudo, no campo da prevenção, seja identificando sinais e sintomas junto ao trabalhador e orientando sobre como proceder na sequência; seja apoiando empresas a criarem ambientes e práticas saudáveis capazes de reduzir os riscos de adoecimento.
Guia
A publicação aborda questões que vão desde a relevância de exames ocupacionais como admissional, periódico e mudança de função até a necessidade de o trabalhador estar atento a detalhes do local de trabalho e da rotina para apontar eventuais problemas que precisam ser corrigidos pelo empregador, incluindo a existência de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, entre outros.
O guia alerta ainda para questões “aparentemente banais”, mas que podem desencadear quadros clínicos agudos ou graves, como exposição a variações de temperatura, ao som em alto volume e a produtos químicos, além de levantar peso excessivo ou fazer o mesmo movimento repetidas vezes, o que pode implicar em lesões na coluna e nos membros.
Outro destaque do documento diz respeito a máquinas sem proteção e à obrigatoriedade do uso de equipamento de proteção individual (EPI) indicado para cada função.
Saúde
Governo entrega 400 Unidades Odontológicas para reforço no atendimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta quinta-feira (21), 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). O equipamento permite levar atendimento de saúde bucal a populações que têm dificuldade de acesso a esse serviço, como indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e assentadas. O investimento é de R$ 152 milhões via Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A entrega é ação estratégica do Brasil Sorridente, o programa de assistência odontológica do governo, criado em 2004, no primeiro mandato de Lula na Presidência. Lula defende que saúde bucal também deve ser prioridade para o Estado.
“É muito fácil você ser governante para fazer uma ponte. Agora é muito difícil você ser governante para fazer aquilo que o povo tem necessidade prática, rápida e muito necessária. E a questão odontológica é uma delas”, disse o presidente em evento em Sorocaba (SP).
“Tem muita gente que não sabe que isso [saúde bucal] é necessidade. Tem muita gente que não se dá conta, que não faz falta, até acha bonito: ‘Nossa, que moça bonita sem dente’. Não é possível, não é bonito, não é moral, não é decente. Não para pessoa, mas para o Estado que deixa a pessoa ser daquele jeito”, afirmou.
Lula ressaltou ainda que as ambulâncias do Brasil Sorridente atendem os locais mais distantes, mas também as periferias das cidades. “A gente pensa que a miséria está longe, mas, às vezes, ela está vizinha da gente e a gente não enxerga. Não é todo mundo que mora na cidade que tem dinheiro para pagar um dentista”, disse.
Saúde bucal
Ao falar da importância da saúde bucal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a falta de cuidados pode levar ao agravamento de outras condições. “Muitas doenças são provocadas por uma má saúde bucal, inclusive câncer. Alguns tipos de câncer têm um risco maior de acontecer se a pessoa tem problema nos dentes”, disse.
O ministro citou ainda outras doenças que podem ser causadas por problemas dentários.
“A má saúde bucal impacta também no seu sistema digestivo. Uma má saúde bucal pode impactar, por exemplo, em dores de cabeça que a pessoa não sabe porque tem. Além disso, a saúde bucal impacta na dignidade da vida das pessoas. Todo mundo aqui sabe que uma pessoa que não tem os dentes, às vezes, tem vergonha de conviver”, acrescentou.
As unidades móveis entregues hoje vão atender 400 municípios em todos os estados do país. Nesta primeira etapa, o Nordeste é a região que mais vai receber UOMs, com 207 veículos entregues, seguida do Norte (95), Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21).
De acordo com o governo, os municípios contemplados foram selecionados com base em critérios de vulnerabilidade socioeconômica, extensão territorial e proporcionalidade regional, buscando evitar a concentração de recursos e ampliar a cobertura no Sistema Único de Saúde (SUS).
Até 2026, o Ministério da Saúde prevê a entrega de mais 400 unidades para reforçar o atendimento em todo o país. A previsão é que a frota seja renovada a cada 5 anos.
Funcionamento
Cada Unidade Odontológica Móvel é equipada com cadeira odontológica completa, aparelho de raio-x, ar-condicionado, frigobar, exaustor, gerador de energia, canetas de alta e baixa rotação, fotopolimerizador, entre outros equipamentos essenciais para garantir a qualidade do atendimento odontológico.
A UOM é o componente móvel do Brasil Sorridente e uma extensão da Unidade Básica de Saúde. Ela pode ofertar tanto procedimentos da atenção primária quanto, conforme a organização local, ações especializadas como tratamento endodôntico e a oferta de próteses dentárias. Quando necessário, as pessoas atendidas podem ser encaminhadas para continuidade do cuidado em serviços especializados, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e os Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb), com foco em municípios de até 20 mil habitantes.
Os veículos serão utilizados pelas equipes de Saúde Bucal (eSB), compostas por cirurgião-dentista e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal, habilitadas pelo Ministério da Saúde. Há 34 mil eSB credenciadas no país, de acordo dados de 2024. Os gestores locais podem, ainda, compartilhar uma mesma UOM com mais de uma equipe, para ampliar o atendimento.
Reajuste
Durante o evento em Sorocaba, o ministro Alexandre Padilha assinou portaria que reajusta os valores de implantação das Unidades Odontológicas Móveis de R$ 7 mil para R$ 9.360, se igualando ao valor de repasse mensal de custeio, pago pelo governo aos municípios.
O documento também trata das regras de credenciamento das UOMs, com a lista mínima de equipamentos e características recomendadas para a utilização das unidades pelas equipes de Saúde Bucal. Agora, além da fixação na Saúde da Família, as equipes das UOMs também poderão ser vinculadas às equipes de Saúde da Família Ribeirinhas, e-Multi Indígena e Consultório na Rua.
Outra novidade é que os municípios podem credenciar junto ao Ministério da Saúde suas unidades próprias ou financiadas por emendas parlamentares, e não apenas as doadas pelo Ministério da Saúde.