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Saúde

5 hábitos que podem aumentar o risco de câncer

Mudanças nos comportamentos e no ambiente têm grande influência no desenvolvimento do câncer. Oncologista do Hospital Santa Catarina Paulista alerta sobre os principais riscos e orienta sobre escolhas que podem melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco da doença

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5 hábitos que podem aumentar o risco de câncer
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O câncer não tem uma única causa, mas é o resultado de uma interação complexa entre fatores externos e internos. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores externos, ou seja, mudanças no ambiente causadas pelo ser humano, hábitos de vida e comportamentos que podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

De acordo com o médico oncologista Dr. Yuri Bittencourt, do Hospital Santa Catarina – Paulista, “o ambiente de trabalho, consumo de alimentos e medicamentos, assim como comportamentos sociais e culturais podem influenciar na alteração da estrutura genética das células. Alguns fatores genéticos tornam determinadas pessoas mais vulneráveis aos agentes cancerígenos ambientais.” O médico destaca 5 hábitos que podem aumentar significativamente o risco de câncer e como preveni-los.

1. Tabagismo
O tabagismo é, sem dúvida, um dos principais fatores de risco para diversos tipos de câncer, especialmente os de pulmão, boca, esôfago, bexiga e pâncreas. “O cigarro contém mais de 7.000 substâncias químicas, muitas das quais são altamente cancerígenas. Essas substâncias danificam o DNA das células e alteram seu funcionamento, o que pode levar ao desenvolvimento de tumores”, alerta o Dr. Yuri Bittencourt. Além dos danos diretos às células, o fumo também enfraquece o sistema imunológico, tornando o organismo mais vulnerável a outras condições cancerígenas. “Estudos demonstram que os fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver cânceres associados ao tabaco em comparação aos não-fumantes”, completa o oncologista.

Além dos tipos de câncer já mencionados, o tabagismo também está relacionado a cânceres de fígado, estômago, pâncreas, rim e até colo do útero, especialmente em mulheres que fumam. Por isso, abandonar o hábito de fumar é uma das medidas mais eficazes para reduzir significativamente o risco de câncer e melhorar a saúde geral.

2. Consumo excessivo de álcool
O consumo excessivo de álcool está fortemente associado ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, incluindo os de fígado, mama, cólon, esôfago, boca, garganta e laringe. “O álcool pode interferir na metabolização de substâncias cancerígenas no organismo, prejudicando as células e favorecendo o desenvolvimento de tumores”, explica o oncologista. Além disso, de acordo com recentes diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe um nível seguro de consumo de álcool, o que reforça a importância de evitar ou limitar seu consumo para reduzir os riscos de câncer.

3. Sedentarismo
A falta de atividade física é reconhecida como um importante fator de risco no desenvolvimento de vários tipos de câncer, com destaque para os cânceres de cólon e mama. “A prática regular de exercícios ajuda a manter o peso corporal adequado, o que por si só já reduz o risco de muitos tipos de câncer, além de melhorar a função do sistema imunológico”, afirma o Dr. Yuri. A atividade física também tem um impacto direto sobre a circulação sanguínea e a eliminação de toxinas do organismo, fatores que contribuem para a diminuição do risco de desenvolvimento de células cancerígenas.

Estudos demonstram que indivíduos fisicamente ativos têm menores chances de desenvolver cânceres relacionados à obesidade, como o câncer de cólon, mama e endométrio. A recomendação de, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana pode ser uma estratégia eficaz na prevenção de muitos tipos de câncer e no bem-estar geral do corpo.

4. Exposição excessiva ao sol
A exposição solar sem proteção adequada é uma das principais causas do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil e em muitos outros países. “Os raios ultravioletas (UV) danificam as células da pele, causando lesões que, ao longo do tempo, podem levar ao desenvolvimento de cânceres, como o melanoma, o tipo mais agressivo”, alerta o Dr. Yuri. A exposição solar excessiva, especialmente entre as 10h e as 16h, horários em que os raios UV são mais intensos, aumenta significativamente o risco.

Para proteger a pele, é essencial usar protetor solar com FPS adequado, mesmo em dias nublados ou em ambientes externos, além de adotar outras medidas de precaução, como o uso de chapéus, roupas de proteção e óculos de sol, e evitar a exposição solar intensa. “A proteção solar é crucial não apenas para prevenir o câncer de pele, mas também para evitar o envelhecimento precoce e os danos à saúde”, complementa o especialista.

5. Alimentação inadequada
O padrão alimentar desempenha um papel significativo na prevenção ou no aumento do risco de câncer. Dietas ricas em alimentos processados, gorduras saturadas, carnes vermelhas e produtos ultraprocessados estão diretamente ligadas ao aumento do risco de câncer, especialmente o cólon, esôfago, fígado e pâncreas. “Alimentos industrializados, ricos em aditivos e conservantes, podem favorecer a inflamação crônica no organismo, o que, por sua vez, pode favorecer o desenvolvimento de células cancerígenas”, explica o Dr. Yuri. Por outro lado, uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, tem um efeito protetor.

Alimentos ricos em antioxidantes, como os encontrados em frutas e vegetais coloridos, ajudam a combater os radicais livres, prevenindo danos celulares que podem levar ao câncer. “Uma dieta balanceada e rica em fibras e nutrientes essenciais é uma das melhores formas de prevenção, fortalecendo o organismo e ajudando a proteger as células contra a ação de substâncias cancerígenas”, finaliza o oncologista.

Adotar hábitos mais saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regulares, evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, além de tomar cuidados com a exposição solar, pode ser decisivo para a prevenção do câncer. O oncologista Dr. Yuri Bittencourt ressalta que, embora o câncer seja uma doença multifatorial, reduzir esses riscos comportamentais é um passo importante na busca por uma vida mais longa e saudável.

Saúde

Um terço dos médicos deixou Atenção Primária à Saúde entre 2022 e 2024

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© Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O percentual médio de médicos que deixaram postos de trabalho na chamada Atenção Primária à Saúde (APS) entre 2022 e 2024 foi de 33,9%. A rotatividade de profissionais é maior em locais que têm Produto Interno Bruno (PIB) menor.

Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal detém os maiores produtos internos brutos (PIB) per capita e os menores percentuais de saída de médicos. O Maranhão e a Paraíba, com menores PIB per capita, têm os maiores percentuais.

As informações, que levam em conta os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, fazem parte de uma base de dados lançada nesta segunda-feira (2) pela Umane, organização que fomenta iniciativas no âmbito da saúde pública, e o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Marcella Abunahman, médica de família e comunidade, uma das autoras do estudo e pesquisadora do FGVsaúde, reforça que são necessários mais estudos para entender os percentuais de rotatividade de médicos e outros trabalhadores da área da saúde na APS.

Ela defende que é preciso investir principalmente em locais com menos estrutura para reter os profissionais, já que a rotatividade alta traz prejuízos para toda a comunidade envolvida.

“Uma saída é sempre péssima, porque é rompida a continuidade com paciente, família, equipe e todo o território. Os estudos mostram que é preciso pelo menos um ano para eu começar a conhecer meu paciente. E para que o meu paciente comece a me reconhecer como médico dele. Para a gente começar a criar algum vínculo. Quanto mais se conhece o paciente, mais acertos, menos erros e maior satisfação, porque eu gero o melhor resultado”, diz Marcella.

A pesquisa utilizou dados públicos oficiais provenientes de fontes como Datasus (departamento de informática do SUS), o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), e-Gestor Atenção Básica (E-Gestor AB), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipeadata) e o Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). Eles estão organizados em um painel interativo no site Observatório da Saúde Pública.

O levantamento mostra progressos na cobertura, mas destaca desafios como a fixação de profissionais, cobertura vacinal, atenção aos portadores de condições crônicas e solicitação de exames para rastreios oncológicos. Um dos objetivos é ajudar gestores da área de saúde a aprimorar os serviços da APS.

 “Apesar das limitações e inconsistências observadas em algumas informações, a base de dados proporciona um diagnóstico preliminar valioso, que pode orientar gestores e formuladores de políticas públicas na identificação de oportunidades de melhoria e no desenvolvimento de estratégias para o fortalecimento da atenção à saúde em todo o país”, diz Pedro Ximenez, cientista de dados da Superintendência de Estatísticas Públicas da FGV.

Atenção Primária à Saúde

O Ministério da Saúde define a Atenção Primária à Saúde como o primeiro nível de atendimento à população. Ela inclui ações para promover e proteger a saúde, diagnosticar, tratar, reabilitar e reduzir danos. É a principal porta de entrada do SUS e do centro de comunicação com toda a Rede de Atenção.

De acordo com Marcella Abunahman, médica de família e comunidade, uma das autoras do estudo e pesquisadora do FGVsaúde, a APS funciona como um filtro para organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.

“É na APS que se criam os laços e a relação vitalícia com a Unidade Básica de Saúde, com o médico e a equipe local, como os enfermeiros e os técnicos. Onde podem ser feitas todas as consultas de rotina desde o nascimento”, avalia Marcella.

“É responsabilidade da Atenção Primária rastrear as doenças, diagnosticar, tratar, seguir os portadores dessas condições. Eu preciso saber quem é o meu paciente diabético. A UBS precisa saber quem são os hipertensos do território e ir atrás deles, assim como é feito com as gestantes”, complementa.

Outros dados

O estudo da FGV/Ibre e Uname também destaca a cobertura de serviços essenciais pelo país. No segundo quadrimestre de 2024, as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul atenderam à meta do Sisab de prestar assistência a 45% das gestantes com pelo menos seis consultas. O Norte é a exceção. O mesmo cenário ocorre para o rastreio de câncer de mama, onde a meta de 70% de atendimento é alcançada nas quatro regiões, com exceção do Norte.

No que diz respeito às internações por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde (APS), a média nacional entre janeiro de 2024 e outubro de 2024 ficou em 20,6%. Na divisão por regiões, o Sul (17,8%), Sudeste (19,8%) e Centro-Oeste (19,0%) ficaram abaixo da média nacional. O Norte (23,9%) e Nordeste (22,4%) ficaram acima.

Segundo os pesquisadores, o indicador reflete a capacidade da APS de evitar internações por problemas de saúde que poderiam ser tratados ou evitados ainda no início.

A cobertura vacinal em menores de 1 ano de idade não atingiu a referência do Ministério da Saúde de 95% em nenhuma unidade federativa. Os melhores números foram registrados em Alagoas e no Distrito Federal, com percentual de 87%.

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Saúde

Ministério da Saúde amplia capacidade de diagnóstico pelo SUS

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© Jose Cruz/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realizou neste sábado (31) a entrega de um tomógrafo computadorizado e um mamógrafo com capacidade de realizar biópsia durante a inauguração da nova Unidade de Diagnóstico por Imagem (UDI), do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB).

“São equipamentos importantes para reduzir o tempo de espera. Só esse tomógrafo, tem a capacidade de a gente realizar, por ano, o atendimento de metade da população que está na fila esperando uma tomografia aqui no DF”, afirma o ministro

O Tomógrafo Computadorizado Multislice é um equipamento capaz de realizar 1,2 mil exames ao mês podendo atingir cerca de 15 mil tomografias ao ano. Possui 80 canais de captação de imagens em 160 cortes, o que permite cobrir mais detalhes da anatomia de uma pessoa, além de necessitar de menos movimentação durante o exame.

Foram investidos no tomógrafo R$ 5,45 milhões e no mamógrafo outros R$ 2,14 milhões, do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), do Ministério da Educação.

De acordo com o Ministério da Saúde, com o investimento, a mamografia realizada na unidade também será mais ágil, já que o equipamento exibe a imagem instantaneamente, sem a necessidade de leitura de placa. O mamógrafo permite ainda a coleta de material para biópsia e diagnóstico de câncer de mama com mais conforto para a paciente.

O novo equipamento tem capacidade de realização de cerca de 200 exames ao mês, podendo atingir até 3,5 mil exames ao ano.

As melhorias em salas de ultrassom, recepção e sanitários públicos também receberam investimentos de mais R$ 460 mil para revitalização da Unidade de Diagnóstico por Imagem do hospital.

Segundo o ministro, a medida além de reforçar a capacidade de diagnóstico do Sistema Único de Saúde, também é um investimento em educação e na melhoria da formação de profissionais do setor.

“Isso aqui significa um esforço do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação e da Ebserh que é a maior rede pública de hospitais universitários do Sul Global e envolve mais de 40 hospitais universitários em todo o Brasil”, diz Padilha.

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Saúde

Padilha participa de 1º mutirão de cirurgias para reduzir fila do SUS

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© Jose Cruz/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha iniciou neste sábado (31) as atividades do programa Agora Tem Especialistas, ao participar do primeiro mutirão de cirurgias eletivas realizado em nove unidades ligadas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável por administrar os hospitais universitários do país. A iniciativa vai utilizar toda a estrutura pública e privada para reduzir as filas dos procedimentos não emergenciais.

Segundo Padilha, a ideia é que todos os hospitais da Ebserh passem a funcionar aos sábados ou em terceiro turno para o atendimento eletivo, com o objetivo de aumentar a capacidade das redes locais. 

“A Ebserh tem como meta este ano aumentar em 40% das cirurgias eletivas que realiza e o Ministério da Saúde coloca R$100 milhões só para essa ação”.

A iniciativa é um esforço para diminuir os efeitos da pandemia de covid-19 sentidos até hoje, explica Padilha.

“Além das mais de 700 mil vidas que nós perdemos, a pandemia, da forma como foi conduzida no governo anterior, gerou uma desorganização dos fluxos de atendimento, desde o papel da unidade básica de saúde e encaminhamento para média complexidade, até os procedimentos de cirurgias mais especializados.” 

O ministro participou do mutirão no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), onde estão sendo realizadas hoje 28 cirurgias eletivas entre catarata, laqueadura, hérnia, colecistectomia, implante de marcapasso, além de mais 28 exames de coloproctologia. Somente na unidade, cerca de 30 profissionais de saúde se revezam ao longo do dia para ampliar o acesso da população aos procedimentos especializados e consultas no Sistema Único de Saúde.

De acordo com o vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi, o esforço teve início neste sábado em mais seis unidades da região Nordeste e duas da região Norte, que também participam do mutirão de lançamento. 

“A Ebserh é uma empresa pública de cada brasileira e brasileiro e a maior rede de hospitais universitários do Sul Global com o propósito de promover saúde, ensino, pesquisa e inovação a serviço da vida e do nosso Sistema Único de Saúde”, reforçou.

Padilha adiantou ainda que no dia 5 de julho ocorrerá o Dia E Nacional, no mesmo modelo do Dia D de Vacinação, no qual todos os hospitais universitários do país estarão mobilizados para fazer ações que garantam um tempo mais adequado para o tratamento. 

“A gente fez questão de fazer o primeiro ato do programa com a Ebserh, no Hospital Universitário de Brasília, para reconhecer o compromisso de toda a rede de hospitais universitários.”

Medida

O Agora Tem Especialistas foi instituído por medida provisória, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa sexta-feira (30). O programa permite ainda o credenciamento de estruturas privadas que queiram oferecer atendimento e tratamento aos Sistema Único de Saúde. 

“Usaremos dois mecanismos inovadores. Um com planos de saúde, para troca das dívidas que tenham com a União, por oferta de cirurgias, exames de imagem, consultas especializadas para pacientes do SUS e também outro mecanismo para os hospitais privados e filantrópicos que também poderão ter suas dívidas abatidas em parte, ao oferecerem esses atendimentos aos pacientes da rede pública”, conclui.

Monitoramento

O programa prevê ainda a ativação do Painel de Monitoramento Nacional, com a obrigatoriedade de toda a rede de saúde, seja nacional, estadual ou municipal, passar a informar dados sobre atendimento, internação e procedimentos, além do tempo de espera para a Rede Nacional de Dados de Saúde. 

“Hoje essa informação não existe no Brasil. Vai passar a existir por conta dessa medida provisória do presidente Lula. Com isso a gente vi poder monitorar”, conclui.

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