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Saúde

6 curiosidades sobre por que as articulações doem mais no inverno

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Ortopedista do Hospital Santa Catarina – Paulista explica como o frio afeta o corpo e o que fazer para aliviar os sintomas

Com a chegada do inverno, é comum que pacientes com problemas articulares relatem aumento das dores, rigidez ao se movimentar e sensação persistente de desconforto, principalmente ao acordar ou em momentos de inatividade. Mas afinal, o frio tem mesmo esse efeito sobre o corpo? Segundo o ortopedista Dr. Rodrigo Manzano Stuginsky, do Hospital Santa Catarina – Paulista, sim — e as razões vão desde alterações fisiológicas até hábitos comuns durante os dias frios. A seguir, o médico explica seis pontos importantes para compreender por que o inverno costuma agravar dores articulares.

  1. A circulação periférica diminui e as articulações ficam mais rígidas

Quando a temperatura ambiente cai, o organismo adota estratégias para preservar o calor interno. Uma delas é a vasoconstrição, que reduz o fluxo sanguíneo para extremidades como mãos, pés e joelhos. Essa diminuição da circulação contribui diretamente para o aumento da rigidez nas articulações, o que dificulta os movimentos e acentua a dor. “O corpo prioriza o aquecimento de órgãos vitais, reduzindo a irrigação nas regiões distais. Esse processo, somado à queda de temperatura, favorece o enrijecimento das articulações e intensifica o desconforto”, explica o Dr. Rodrigo.

  1. O líquido sinovial perde fluidez, dificultando os movimentos

Outro fator que contribui para o desconforto é a alteração na viscosidade do líquido sinovial, que atua como lubrificante natural das articulações. No frio, esse líquido tende a ficar mais espesso, o que reduz a eficiência dos movimentos e pode gerar dores mesmo em pessoas sem histórico de doenças articulares. Segundo o ortopedista, essa mudança é um dos motivos pelos quais muitas pessoas sentem maior dificuldade de movimentar os membros no início do dia ou após longos períodos de inatividade. “Com o frio, o líquido sinovial perde um pouco da sua fluidez natural, o que pode agravar dores já existentes ou até gerar desconforto em pessoas saudáveis.”

  1. Artrite e artrose tendem a piorar no inverno

Pacientes com doenças articulares crônicas, como artrite reumatoide e artrose, costumam sentir um agravamento dos sintomas nos meses frios. Isso ocorre tanto pelo aumento da inflamação quanto pela tendência ao sedentarismo durante o inverno. “Além do frio potencializar a liberação de substâncias inflamatórias, muitas pessoas reduzem sua atividade física na estação, o que contribui para a rigidez e piora da dor”, observa o médico. Ele também destaca que a queda da pressão atmosférica pode contribuir para o inchaço dos tecidos inflamados, gerando maior compressão das terminações nervosas.

  1. Idosos são mais suscetíveis aos efeitos do frio nas articulações

Com o passar dos anos, o corpo perde elasticidade, força muscular e capacidade circulatória. Esses fatores aumentam a sensibilidade ao frio, especialmente nas articulações. O Dr. Rodrigo reforça que, além das doenças degenerativas mais comuns nessa faixa etária, como a artrose, o envelhecimento em si já torna o sistema musculoesquelético mais suscetível a inflamações, rigidez e dores articulares. “Mesmo sem diagnóstico específico, muitos idosos sentem dores e rigidez no inverno porque o corpo já não responde ao frio com a mesma eficiência.”

  1. A coluna também sofre os efeitos do frio e da inatividade

As articulações da coluna, especialmente nas regiões lombar e cervical, também são afetadas pelas baixas temperaturas. Segundo o especialista, o frio estimula contrações involuntárias na musculatura da coluna, e a postura mais rígida adotada para se aquecer pode aumentar a sobrecarga em estruturas como discos intervertebrais e vértebras. “Além da tensão muscular, a redução da mobilidade no inverno compromete a nutrição dos discos da coluna, o que pode piorar dores crônicas ou desencadear novos episódios”, explica.

  1. Movimento, calor e hidratação são aliados contra a dor

Apesar do clima desanimador, manter o corpo ativo é uma das principais estratégias para prevenir o agravamento das dores articulares no inverno. Exercícios regulares e leves, como caminhadas, alongamentos e atividades aquáticas, ajudam a preservar a mobilidade e estimular a circulação. “Além disso, o uso de calor local, como bolsas térmicas e banhos quentes, contribui para relaxar a musculatura e aliviar o desconforto. Manter-se hidratado e usar roupas adequadas também faz parte do cuidado no frio”, orienta o Dr. Rodrigo. Para quem já convive com dores crônicas, práticas como fisioterapia, pilates ou yoga também podem trazer benefícios importantes.

 

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Saúde

Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol

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© Agência SP/Divulgação

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.

As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.

Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.

Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.

Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2),  em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).

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Saúde

Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP

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O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.

Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.

A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.

“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

Modernização

Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.

“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.

O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.

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Saúde

OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.

Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.

“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.

“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.

Riscos

A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.

O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.

“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis ​​às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.

A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.

Apelo à ação

Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.

Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:

  • Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
  • Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
  • Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
  • Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.

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