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Saúde

8 Mitos e Verdades sobre Câncer de Próstata

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8 Mitos e Verdades sobre Câncer de Próstata
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Aumento na incidência da doença exige conscientização e desmistificação. No Brasil, esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens

De acordo com um estudo realizado pela The Lancet Commission e apresentado no Congresso da Associação Europeia de Urologia de 2024, os casos de câncer de próstata no mundo devem dobrar de 1,4 milhão por ano para 2,9 milhões por ano até 2040, principalmente nos países de baixa e média renda. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o segundo mais comum no Brasil entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. “A conscientização é fundamental para o diagnóstico precoce e a prevenção”, afirma Dr. Bernardo Salgado, Diretor Médico da Alliança Saúde e do CDB. “Precisamos quebrar os tabus que cercam essa doença e incentivar os homens a buscar informações e realizar exames regulares. O câncer de próstata é uma realidade, e quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura.”

1. O câncer de próstata é uma doença exclusiva dos idosos – MITO

Embora a taxa de incidência cresça conforme o avançar da idade, e a grande maioria dos casos ocorra em homens mais velhos, a doença pode ser diagnosticada em homens mais jovens, em especial quando se tratam de subtipos mais raros da doença. A vigilância regular está indicada para os homens, em geral, a partir dos 50 anos, quando a incidência se torna maior, com objetivo de detectar a doença em seus estágios iniciais. “Não devemos subestimar a importância do monitoramento”, alerta Dr.Bernardo.

2. Ter histórico familiar aumenta o risco da doença – Verdade

Ter um histórico familiar de câncer de próstata realmente aumenta as chances de um homem desenvolver a doença. Homens que têm parentes de primeiro grau diagnosticados, como pai ou irmão, correm risco maior, especialmente se houver múltiplos casos na família. “Esse fator hereditário deve ser levado em consideração ao planejar exames preventivos. Neste caso, recomenda-se que o rastreio anual comece 10 anos antes, estando indicado, portanto, desde os 40 anos.”, destaca Dr. Bernardo Salgado.

3. O câncer de próstata é sempre sintomático – Mito

Muitas pessoas acreditam que o câncer de próstata apresenta sintomas visíveis em seus estágios iniciais. No entanto, isso é um equívoco. O câncer de próstata é quase sempre assintomático nas fases iniciais, o que significa que os homens podem não perceber qualquer sinal até que a doença avance. A falta de sintomas torna ainda mais crucial a realização de exames regulares para a população na faixa etária indicada. “Muitos homens podem ignorar a importância dos exames de rotina porque não sentem nada, mas essa é uma abordagem não recomendada. A detecção precoce é muitas vezes a chave para um tratamento bem-sucedido, e exames regulares podem identificar problemas antes que se tornem graves”, informa Bernardo.

4. Homens negros estão em maior risco de câncer de próstata – Verdade

Estudos demonstram que homens afrodescendentes têm uma incidência de câncer de próstata maior do que homens de outras etnias. Além disso, estudo observaram taxa de letalidade mais alta nessa população. Esse cenário destaca a importância de campanhas de conscientização e acesso a cuidados de saúde adequados. “Além dos fatores genéticos demonstrados, que conferem maior risco para câncer de próstata entre homens negros, essa população, não raro, enfrenta maiores obstáculos para obter acesso ao diagnóstico e tratamento precoces, o que tem sido associado à maior taxa de letalidade observada nesse grupo. Por conta desses fatores, algumas sociedades médicas internacionais recomendam que o rastreamento para câncer de próstata comece a partir dos 45 anos de idade.”, afirma o médico.

5. Realizar o exame PSA dispensa a indicação de realizar o exame de toque retal – Mito

A crença de que o exame de PSA pode substituir o toque retal é enganosa. Esses exames são complementares e devem ser idealmente realizados em conjunto, para uma avaliação mais precisa da saúde da próstata. “Embora menos frequente, um homem pode ter um PSA normal e ainda assim ter câncer, assim como um PSA elevado não garante a presença da doença. A combinação desses exames agrega informações relevantes para o diagnóstico”, alerta Dr. Bernardo.

6. O câncer de próstata é sempre fatal – Mito

Embora o câncer de próstata possa ser uma doença grave, a taxa de sobrevida em estágio inicial é alta, com mais de 90% dos homens diagnosticados com câncer de próstata em estágio inicial sobrevivendo por cinco anos ou mais. O tratamento e a detecção precoces são fundamentais para melhorar os prognósticos. “Com o diagnóstico correto e a abordagem adequada, muitos homens podem viver longas vidas após o tratamento”, garante Dr. Bernardo.

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Saúde

Prefeitura de São Paulo realiza Dia D de Prevenção e Combate à Dengue

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Prefeitura de São Paulo realiza Dia D de Prevenção e Combate à Dengue
© Rovena Rosa/Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo promove neste sábado (23) o Dia D de Combate à Dengue e demais Arboviroses, como parte da campanha de Mobilização de Prevenção e Combate à Dengue: Não Deixe a Dengue Entrar!. A campanha começou no último dia 11 e prossegue até o dia 29. As atividades começaram às 8h e vão até às 17h, em todas as 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade e em seis pontos estratégicos, distribuídos nas regiões centro, norte, sul, leste, oeste e sudeste.

“A busca engaja crianças e adolescentes como multiplicadores de conhecimento. Nas escolas, alunos estão sendo incentivados a criarem materiais como cartazes, apresentações e jogos educativos com o apoio de professores e grêmios estudantis. Essa abordagem reforça a cultura de saúde e cidadania, essencial para a prevenção a longo prazo”, diz a prefeitura.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todas as UBSs da cidade estarão abertas para vacinação contra a dengue para o público elegível, ou seja, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que residem ou estudam na cidade de São Paulo. Além disso, serão realizadas ações educativas internas e externas, com orientações sobre a eliminação de criadouros, sinais e sintomas da dengue, e importância da busca por atendimento médico.

Também ao longo do dia os CEUs e escolas municipais estarão abertos para a participação de oficinas, rodas de conversa, apresentações educativas sobre o ciclo do mosquito e formas de prevenção, além de atividades interativas que envolvem estudantes e comunidades locais. As unidades abertas são CEU Três Pontes (zona Leste); CEU Jaguaré (zona Oeste); CEU Heliópolis – Profª Arlete Persoli (zona Sudeste); CEU Alvarenga (zona Sul); CEU Parque Novo Mundo (zona Norte); e EMEF Celso Leite Ribeiro Filho (Centro).

Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br

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Saúde

DF promove dia de combate à dengue para eliminar focos do Aedes aegypt

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DF promove dia de combate à dengue para eliminar focos do Aedes aegypt
© Paulo Pinto/Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) convocou, neste sábado (23) a população a participar do Dia de Combate à Dengue e realizar ações de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

O objetivo é eliminar água parada, onde o inseto pode depositar ovos. Entre os criadouros estão potes, vasos de plantas, pneus, garrafas PET, calhas das residências e até mesmo recipientes pequenos, como tampinhas de garrafas.

Por isso, a pasta pede à comunidade que mantenha caixas-d’água, tonéis e barris bem tampados, coloque areia nos pratos de vasos de planta, amarre bem os sacos de lixo e não acumulem entulhos e sucatas como forma de evitar a reprodução do Aedes aegypti.

Em publicação em rede social, o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, reforça a importância da participação de cada um no combate ao vetor. “Participe desta campanha de mobilização nacional fazendo a sua parte. Limpe o seu quintal e elimine qualquer criadouro do mosquito no seu ambiente. A prevenção é um esforço conjunto”.

Vacina

O subsecretário lembra, ainda, que a vacina contra a dengue está disponível para a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), antes conhecidas como centros de saúde ou postos de saúde.

A lista dos locais de vacinação abertos e horário de funcionamento neste sábado, no Distrito Federal, está disponível no site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Em 2024, o Ministério da Saúde tem a campanha de esclarecimentos “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, que incentiva a população a dedicar pouco tempo por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito e a receber os agentes comunitários de saúde para prevenir os focos do mosquito.

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores musculares e articulares, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça ou atrás dos olhos.

Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br

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Câncer infantil muda rotina de pais e crianças em busca da cura

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Câncer infantil muda rotina de pais e crianças em busca da cura
© Wilson Dias/Agência Brasil

Flora, de 9 anos, garante que é tagarela somente fora da escola. A menina tem muito o que falar. Na escola, fica quietinha porque gosta de matemática e até acha fácil. Adora as aulas de português, de redação e também de inglês. As palavras se misturam ao olhar doce e sorridente. Em casa, devora os gibis da turma da Mônica. Diverte-se também em contar as suas histórias, das amigas da escola, das viagens que fez para o Nordeste e dos filmes e desenhos que assiste na TV. A tagarela também sabe que está em um longo tratamento para cuidar de um “dodói”, como os pais explicam.

A mãe, Cris Pereira, e o pai, Guto Martins, ambos músicos de Brasília e pais também da jovem Poema, de 15 anos, aprenderam que é necessário falar e dar visibilidade a esse dodói. “É fundamental falar sobre o câncer infantil”, diz a mãe, sambista. Além disso, fazem questão de divulgar que os sistemas públicos de saúde, desde o diagnóstico, e de educação têm sido fundamentais na luta por Flora.

Primeiros sinais

Cris solta a voz porque sabe que pode ajudar outras pessoas a prestarem atenção em sinais que podem fazer toda a diferença no tratamento. “Não pode haver tabu”, diz Guto. Cris recorda que o primeiro sinal em Flora foi aos seis meses, um pequeno estrabismo do olho esquerdo. Eram os primeiros sinais do astrocitoma pilocítico, um tumor na cabeça que, no caso de Flora, pressiona a parte anterior ao olho.

Depois da menina apresentar outros momentos de indisposição, e de tentarem encontrar o que estava ocorrendo, um ano depois, o casal recebeu a notícia que ninguém queria receber. O dia era 3 de outubro de 2016, uma sexta-feira, quando pediram que fosse feito um exame mais detalhado em função do olhinho estar um pouco mais saltado. O casal, quando se viu rodeado por diferentes profissionais, sabia que algo havia sido descoberto.

“Foi como se a gente tivesse passado por um portal e que nunca nada seria como antes”, recorda a mãe. O tumor na cabeça da criança já tinha seis centímetros. Três dias depois a criança passou pela primeira cirurgia.

Um mundo de pensamentos surgiu. Mas, inicialmente, descobriram que era necessário se resignar e lutar. “Foi muito importante não nos sentirmos sozinhos. Eu conto essa história que foi vivida em 72 horas em que tudo mudou”. Inclusive o olhar deles para outras pessoas. Ao observar a vida hospitalar, conheceram histórias de pessoas em situações ainda mais delicadas.

Vivendo depois do “portal”

A primeira cirurgia seria apenas o começo de uma jornada intensa que está no caminho de completar uma década. Em novembro daquele ano começaram as sessões de quimioterapia. Os ciclos foram acompanhados, inicialmente, com muita surpresa para os pais. A rotina fez com que eles parassem de contabilizar quando chegou ao número 120. “Entendemos que os protocolos são para fragilizar o tumor a ponto que essas células parem de se produzir”.

Cris e Guto aprenderam a viver a rotina de cuidados da filha Flora. A menina trata um astrocitoma pilocítico desde os primeiros anos de vida. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O casal, no caminho, decidiu que era necessário divulgar o que ocorria na família. Até uma página no Instagram (@mamaetocomcancer) foi criada. No canal, dividem experiências com outras famílias, falam das pequenas vitórias de todos os dias ou compartilham os desafios que aparecem.

Ao longo desse processo, não foi raro para o casal ver mães abandonadas com seus filhos doentes. Mulheres que, literalmente, vivem em hospitais. Guto vê menos homens acompanhando os seus filhos em tratamento. “Acho muito triste isso. A gente sempre se revezou muito. Há mulheres cuidando de crianças sem nenhuma rede de apoio, são pessoas em vulnerabilidade real sem dinheiro para fazer um lanche”.

Os dias são diferentes uns dos outros, mas acostumaram-se que é necessário viver com pragmatismo e intensidade cada momento. Atualmente, por causa da agressividade do tumor, Flora passa por um tratamento chamado de “terapia-alvo”, feito através de mapeamento genético. Medicamentos custam caro. São necessárias duas caixas por mês (cada uma custa cerca de R$ 6 mil). Atualmente, a família tem sido atendida por decisão judicial que garante o pagamento por parte do plano de saúde.

Diagnóstico precoce

Segundo o neurocirurgião pediátrico Márcio Marcelino, do Hospital da Criança de Brasília – que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – é muito importante a iniciativa de trazer visibilidade e falar sobre o câncer infantil. Principalmente porque as primeiras manifestações podem passar despercebidas e não se pode fugir dessa possibilidade.

“Essa família ficou frequentando emergências e emergências de diversos hospitais. Não é só no Brasil. A gente tem documentado inúmeras iniciativas fora do país de conscientização e de alerta dos serviços de saúde para isso”, afirma o especialista.

Ele explica que o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença. O motivo é simples: quando se encontra uma lesão nas fases iniciais, há três benefícios para a criança. “O primeiro é que o tumor tem uma dimensão menor”. Isso facilita o procedimento cirúrgico, se for o caso. O segundo benefício é que diminui a possibilidade de encontrar uma doença já com disseminação. O terceiro motivo é que evita situações em que a criança passe meses mais debilitada. Isso não quer dizer, conforme destaca, que não exista tratamento se houver diagnóstico tardio.

O especialista explica que o avanço da ciência é fantástico no que diz respeito ao tratamento do câncer. “Nós estamos conseguindo diferenciar dentro de um mesmo tipo de tumor os vários subtipos. E com esses subtipos geneticamente determinados desses tumores, a gente está conseguindo definir melhor quais são os prognósticos e qual o melhor tratamento”, argumenta.

Esse avanço da ciência tem se mostrado revolucionário, segundo Márcio Marcelino. O diagnóstico precoce é o início da caminhada. “Pode ser um baque para a família. Mas é importante que eles saibam que nunca estão sozinhos”. No caso de Flora, o médico já foi responsável por quatro cirurgias. “Estamos na luta. A última cirurgia foi o que ajudou muito na lesão dela”.

Nesse caminho de Flora, a mãe ensina a ser intensa em todas as horas. Os dias de internação até serviram de inspiração para compor um hino de levante feminista. Entre os versos está: “resistência em mim se acendeu”. Mas a menina também ensina, mesmo com o dodói e tão criança, que é necessário tagarelar, sorrir e lutar a cada dia.

Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br

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