Industria
8ª edição da ABM Week promove o intercâmbio e desenvolvimento tecnológico, e a melhoria da competitividade na Indústria de Base
Evento anual reúne as principais empresas e especialistas dos setores de metalurgia, materiais e mineração, com a apresentação e debate de trabalhos técnicos e temas que contribuem para a melhoria da competitividade da indústria
Entre os dias 03, 04 e 05 de setembro de 2024, a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) promove a 8ª edição da ABM Week, evento técnico-científico e empresarial que é considerado o maior da América Latina e que, neste ano, assume um caráter especial devido à comemoração do 80º aniversário da associação. A ABM Week 2024 será realizada no Pro Magno Centro de Eventos, localizado na cidade de São Paulo (SP), e deve reunir mais de 2.500 participantes, entre executivos, profissionais, estudantes, docentes e pesquisadores das áreas de metalurgia, materiais e mineração do Brasil e do Mundo.
Ao longo dos três dias de evento, a programação contará com: Fórum de Líderes, plenária, painéis, mesas redondas, sessões técnicas, premiações, homenagens, coquetéis e uma área de exposição, onde cerca de 80 das principais empresas globais da cadeia do setor minerometalúrgico e de materiais vão exibir seus produtos, serviços e tecnologias, disponibilizando-se ainda para realizar contatos comerciais em meio à Rodada de Negócios.
De modo simultâneo, ao longo dos três dias serão realizadas sessões técnicas referentes aos 13 eventos que compõem a ABM Week, sendo eles: 1º Seminário de Economia Circular e Sustentabilidade; 1º Seminário de Manutenção e Engenharia de Projetos em Metalurgia e Mineração; 10º Seminário de Aglomeração de Minérios; 20º Seminário de Moldes, Matrizes e Ferramentas; 22º Enemet – Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Metalúrgica, de Materiais e de Minas; 23º Seminário de Mineração; 26º Seminário de Automação e TI; 41º Seminário de Logística, Suprimentos e PCP; 43º Seminário de Energia, Utilidades e Transição Energética; 52º Seminário de Redução de Minérios e Matérias-Primas; 53º Seminário de Aciaria, Fundição e Metalurgia de Não-Ferrosos; 59º Seminário de Laminação, Conformação de Metais e Produtos e 77º Congresso Anual da ABM – Internacional. Além dos três dias de evento, a associação promove ainda uma agenda de visitas técnicas realizadas no dia 06 de setembro.
De acordo com o Presidente Executivo da ABM, Horacidio Leal Barbosa Filho, a programação preparada para esta edição da ABM Week guarda novidades para os participantes. “2024 é um ano especial para nós, afinal, não se comemora 80 anos todo dia. Por isso, queremos que a ABM Week seja símbolo dessa comemoração com nossos principais parceiros. Para celebrar, traremos uma série de novidades de caráter estrutural — como a ampliação da área de exposição — e de conteúdo, como a criação de dois novos seminários — o de Economia Circular e Sustentabilidade e de Manutenção e Engenharia de Projetos — e a participação de experts no evento”, explica o executivo da associação.
A 8ª edição da ABM Week tem a ArcelorMittal como anfitriã e conta com o patrocínio das seguintes empresas: DME Engenharia, Gerdau, Vale, CBMM, Gecal, Primetals, Shinagawa, SMS Group / Paul Wurth / Vetta, Ternium, Usiminas, White Martins, HWI, Carboox, IBAR, Vesuvius, Villares Metals, Aperam, Danieli, Kofre, PSI, Reframax, RHI Magnesita, Beda / Lechler, BRC, Bruker, Clariant, Cordstrap, D&M, DHM Group, DITH, GMI, Harsco, IMS, Kuttner, Lhoist, Magna, Nalco Water, Phoenix, Polytec, RIP, Russula, Tecnosulfur, Yellow Solutions, ABB, AçoKorte, Alkegen, Atomat, Bautek, Cisdi, Coalician Carbon, Dassault Systemes, Data Engenharia, Densit, Direxa Engineering, Eirich, Enacom, ESW, Evonik, Fluke, Fosbel, Hastec, Heraeus Electro-Nite, Ingersoll Rand, Intelbras,Irle Rolls, Köppern, Lumar Metals, Maud Group, Nouryon, Rimac, Serthi Hidráulica, Sinosteel, Solenis, Spectraflow, Spraying Systems, SunCoke Energy, Timken, TSR Mill Rolls, Vamtec Group, Veolia, Vika Controls, Weir e ZwickRoell.
Serviço | ABM WEEK 2024
Data: 03 a 05 de setembro de 2024;
Local: Pro Magno Centro de Eventos – Avenida Profa. Ida Kolb, 513 – Jardim das Laranjeiras, São Paulo – SP;
Inscrições: https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abm-week-8-edicao/inscricoes-4
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FM Logistic reforça expertise em logística de eletroeletrônicos no Brasil
A FM Logistic, um dos principais operadores de logística e supply chain do mundo amplia sua presença no setor de eletroeletrônicos no Brasil, oferecendo soluções completas com foco em armazenagem, transporte, segurança, rastreabilidade, flexibilidade e performance. Atualmente, esse mercado representa 30% nos negócios da FM no Brasil, o que demonstra a importância estratégica no portfólio da empresa.
A infraestrutura da FM Logistic é preparada para produtos de alto valor, com áreas segregadas e monitoradas 24 horas, além de rastreabilidade por número de série para garantir controle total do estoque. Entre os itens movimentados pela empresa no Brasil estão smartphones, notebooks, impressoras e eletroportáteis.
A empresa também realiza operações de peças de reposição para atendimento de assistências técnicas, processos com elevado número de referências, requerimentos específicos de identificação, preparação, embalagem e transporte.
O transporte de cargas de alto valor agregado é realizado com veículos específicos, incluindo blindados escoltados e rastreados em tempo real e apoiado por análises próprias de gerenciamento de riscos. Esses diferenciais de segurança física e financeira consolidam a confiança dos clientes em operações críticas.
De acordo com Carlos Lomonaco, diretor de desenvolvimento de negócios e soluções na FM Logistic do Brasil, na distribuição, a empresa opera de forma omnichannel, com SLAs (Acordo de Nível de Serviço) personalizados para atacado, varejo, e-commerce e marketplaces, garantindo prazos otimizados e visibilidade em tempo real. Além disso, oferece gestão completa de logística reversa, testes técnicos e serviços de valor agregado, como etiquetagem e upgrades de firmware, sempre alinhados às melhores práticas ESG.
“Nosso objetivo é apoiar empresas de eletroeletrônicos na criação de valor em toda a cadeia logística, com processos que unem eficiência, segurança e sustentabilidade. Em 2025, esperamos crescer 25% no setor, reforçando ainda mais a relevância dessas operações para os nossos negócios”, ressalta.
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Cafeterias como Negócio: Da Experiência ao Lucro
As cafeterias modernas evoluíram de simples pontos de venda para negócios complexos e multifacetados, onde a experiência do cliente é o principal ativo. O sucesso de uma cafeteria não se mede apenas pela qualidade do café, mas pela capacidade de criar um ambiente único, uma marca forte e uma operação eficiente.
A escolha do local é a primeira decisão crítica, levando em conta o fluxo de pessoas, a concorrência e o perfil demográfico. A ambientação, o design e o mobiliário são elementos essenciais para construir a identidade da marca e criar um espaço acolhedor, que incentive o cliente a ficar mais tempo.
A diversificação do menu é outra estratégia de negócio crucial. Além do café, cafeterias de sucesso oferecem uma variedade de produtos: chás especiais, sucos naturais, bolos, sanduíches e até mesmo itens de café para venda, como grãos torrados e equipamentos de preparo. Essa diversificação aumenta o ticket médio e atrai diferentes tipos de consumidores em diferentes horários do dia. A gestão de estoque e a precificação se tornam complexas, exigindo um bom planejamento para garantir a rentabilidade.
No mercado atual, o modelo de negócio das cafeterias se beneficia da tendência do “terceiro lugar”, um espaço entre a casa e o trabalho onde as pessoas podem relaxar, socializar ou trabalhar remotamente.
As cafeterias capitalizam essa necessidade, oferecendo Wi-Fi, tomadas e um ambiente propício para a produtividade. A eficiência operacional é a espinha dorsal do negócio, com a otimização de processos, a gestão de equipe e o uso de tecnologia, como sistemas de ponto de venda e aplicativos de fidelidade.
O relacionamento com o cliente, construído por meio de um atendimento excepcional e personalizado, transforma consumidores em defensores da marca, criando um ciclo virtuoso de crescimento.
Por fim, o negócio da cafeteria é intrinsecamente ligado à alma do café . Ele não se trata apenas de transações, mas de construir uma comunidade em torno de uma paixão. O dono de uma cafeteria bem-sucedida entende que está vendendo mais do que uma bebida; está vendendo um momento, um refúgio e uma experiência sensorial completa que faz com que os clientes voltem.
A verdadeira rentabilidade vem da lealdade e do vínculo emocional que se cria, transformando cada xícara vendida em um tijolo na construção de uma marca duradoura e amada.
Industria
Pilares para a transformação do setor industrial em 2025
Entre os fatores estruturantes para a indústria neste momento, dois insumos têm ocupado uma posição determinante: o Cobre e o Alumínio.
Por Walter Sanches *
A indústria brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um movimento de retomada após períodos consecutivos de retração. A indústria de transformação, com avanço de 3,8%, e a construção civil, com crescimento de 4,3%, foram os principais vetores dessa expansão, de acordo com o mesmo levantamento.
Esse desempenho é reflexo de uma reorganização de cadeias produtivas, da adoção de tecnologias de automação e digitalização e da incorporação gradual de práticas sustentáveis como parte da estratégia industrial. O ano de 2025 se apresenta como um período de continuidade e aprofundamento dessas transformações, ainda que com desafios relevantes no contexto industrial.
Insumos estratégicos
Entre os fatores estruturantes para a indústria neste momento, dois insumos têm ocupado uma posição determinante: o Cobre e o Alumínio. O aumento da demanda por soluções ligadas à transição energética, à mobilidade elétrica, à expansão de data centers e à reestruturação da infraestrutura urbana tem impulsionado o consumo desses metais. No setor elétrico, por exemplo, o uso do Alumínio é intensivo em componentes como fios e cabos de transmissão e distribuição de energia, além de barramentos especialmente em transformadores a seco.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os projetos de expansão das linhas de transmissão e distribuição garantem uma demanda estável até pelo menos 2027, criando um ambiente de previsibilidade para a cadeia de fornecimento. Já o Cobre, com alta condutividade elétrica e resistência à corrosão, permanece como insumo essencial em múltiplas aplicações, desde sistemas de tração elétrica em redes de metrô e monotrilho até tubos de refrigeração para os setores industriais, construção e tecnologia.
Em São Paulo, por exemplo, há atualmente mais de dez projetos qualificados de expansão de transporte sobre trilhos que demandam, entre outros itens, o fio de contato de Cobre utilizado em redes aéreas. Esses projetos, somados aos investimentos em eletrificação veicular e infraestrutura digital, tendem a sustentar o aumento do consumo de Cobre ao longo de 2025.
Resiliência e planejamento
No segmento automotivo, os incentivos concedidos em 2024 contribuíram para a recuperação da produção e deverão ter reflexos na cadeia de suprimentos ainda neste ano. A demanda por Cobre e Alumínio, amplamente utilizados em chicotes elétricos, baterias, motores e sistemas de climatização, deve crescer conforme avança a transição para veículos eletrificados.
Além disso, a pauta da sustentabilidade vem fortalecendo a reciclagem desses metais, atividade já consolidada em parte da indústria de transformação. A economia circular, por meio da logística reversa e do reaproveitamento de matéria-prima secundária, tem sido incorporada como prática de redução de custos e adequação às exigências ambientais e de governança, inclusive em contratos com grandes compradores internacionais.
O avanço da digitalização é outro componente que influencia diretamente a demanda por Cobre e Alumínio. A construção de data centers vem se expandindo em função do aumento da demanda por processamento e armazenamento de dados e da consolidação da computação em nuvem. Segundo a consultoria Gartner, os gastos mundiais do segmento de data centers crescerão 15,5% em 2025.
Esses empreendimentos demandam uma infraestrutura elétrica robusta, o que se traduz em maior consumo de Cobre para barramentos, cabos e sistemas de refrigeração, além de Alumínio em sistemas térmicos e de suporte estrutural. Na indústria como um todo, a utilização de redes neurais e Inteligência Artificial (IA) exige infraestrutura computacional com elevado consumo de energia, reforçando o papel estratégico dos metais condutores.
Em termos de políticas públicas e regulação internacional, alguns fatores exigem atenção. A elevação das tarifas de importação dos Estados Unidos sobre produtos de Alumínio, de 10% para 25%, aplicada em 2025, afeta diretamente a competitividade da indústria brasileira. Mesmo sem isenção anterior, o aumento da tarifa coloca pressão adicional sobre exportadores e abre a possibilidade de redirecionamento de produtos estrangeiros para o mercado interno, com potencial de saturação da oferta e compressão de margens.
No plano doméstico, o setor ainda lida com limitações de crédito provocadas pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamares elevados, o que restringe investimentos em capacidade produtiva e inovação. Ademais, o poder de compra das famílias segue pressionado pela inflação, o que afeta segmentos como a construção civil, e bens de consumo duráveis, como automotivo e refrigeração, intensivos no uso de Alumínio e Cobre.
Agenda ESG
Em paralelo, a agenda ESG segue em expansão. Empresas mais preparadas já operam com métricas de desempenho ambiental, rastreabilidade de insumos e relatórios de impacto, enquanto outras avançam na adoção de processos de logística reversa e na integração de requisitos regulatórios mais rígidos em suas cadeias produtivas.
A realização da COP30, prevista para novembro de 2025 em Belém (PA), deverá ampliar o foco internacional sobre a pauta climática e ambiental no Brasil, com implicações para toda a cadeia industrial. O Cobre e o Alumínio, nesse contexto, possuem um atributo adicional: são metais recicláveis e com propriedades adequadas para aplicações em sistemas energéticos mais eficientes e menos emissores, como redes inteligentes, veículos elétricos e sistemas fotovoltaicos.
O desempenho industrial em 2024 revelou que a combinação entre eficiência operacional, adoção de novas tecnologias e uso de matérias-primas estratégicas pode ser decisiva para a competitividade em um cenário de incertezas. A resiliência demonstrada por parte da indústria de transformação no último ano é um sinal relevante, mas não suficiente.
Em 2025, o setor exigirá respostas mais estruturadas. As empresas que investirem em automação, digitalização, circularidade e integração da cadeia de suprimentos terão melhores condições de enfrentar os obstáculos que ainda persistem. O Cobre, considerado o combustível do futuro, e o Alumínio, por sua versatilidade e aplicação determinante em diversos setores, permanecerão no centro dessa reorganização produtiva, não apenas como insumos, mas como indicadores da capacidade da indústria nacional de responder a um novo ciclo tecnológico e ambiental.
- Walter Sanches é Diretor de TI e Planejamento da Termomecanica, empresa líder na transformação de Cobre e suas ligas.




