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Economia

Produção industrial fica estável em janeiro, após três meses de baixa

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© CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados

Após três meses de baixa, a produção da indústria brasileira apresentou variação nula na passagem de dezembro para janeiro, ou seja, não teve crescimento nem queda. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor teve alta de 1,4%, a oitava expansão seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 2,9%.

O resultado de janeiro deixa a indústria brasileira 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. No entanto, a produção do parque industrial brasileiro está 15,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em maio de 2011.

O índice de difusão mostra que 68,9% dos 789 produtos pesquisados apresentaram alta na produção na passagem de dezembro para janeiro.

A variação nula de janeiro interrompeu três meses de queda, quando a produção encolheu 1,2%, conforme os dados abaixo:

  • Outubro: -0,2%
  • Novembro: – 0,7%
  • Dezembro: -0,3%
  • Janeiro: 0%

A última vez em que a produção da indústria nacional ficou quatro meses sem crescimento foi em 2015, de setembro a dezembro, acumulando 5,6% de recuo.

Espalhamento

Apesar da variação nula, o gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta como positiva a interrupção do movimento de queda e o maior espalhamento dos resultados positivos.

Macedo se refere ao fato de que três das quatro grandes categorias econômicas mostraram avanço na produção:

  • Bens de capital (máquinas e equipamentos): 1,5%
  • Bens intermediários (utilizados para fabricar outros bens ou serviços): -1,4%
  • Bens de consumo duráveis: 4,4%
  • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 3,1%

Além disso, 18 dos 25 ramos pesquisados ficaram no terreno de expansão. Entre os destaques, as principais contribuições positivas foram:

  • Máquinas e equipamentos (6,9%)
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias (3%)
  • Produtos de borracha e de material plástico (3,7%)
  • Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%)
  • Farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%)
  • Produtos diversos (10%)
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%)
  • Móveis (6,8%)
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5%)
  • Alimentícios (0,4%)

De acordo com André Macedo, essas atividades vêm de comportamento negativo no final de 2024, influenciadas, em grande medida, por férias coletivas neste período.

“Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por causa da volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica.

Indústrias extrativas

Seis segmentos industriais apresentaram queda na produção. Nesse universo, se destaca a atividade de indústrias extrativas (-2,4%), que exerceu o principal impacto em janeiro e interrompeu dois meses seguidos de crescimento na produção.

O gerente do IBGE aponta que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro.

“Outro ponto importante, que deve ser considerado para explicarmos a queda deste mês, é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, afirma.

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Economia

Carnes bovina e de porco estão mais baratas em São Paulo

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© Mapa/iStock

Levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra que o preço de cortes de carnes suína e bovina caiu em abril no estado. 

De acordo com a pesquisa, a carne suína teve redução geral de 1,64%, e os cortes cujo preço mais caiu foram pernil com osso (-2,44%), lombo com osso (-2,22%) e  costela suína (-0,44%).

Já a carne bovina atingiu deflação de 0,49% em abril, com uma maior participação de cortes nobres como o filé mignon (-8,25%) e a alcatra (-4,46%), além de opções mais populares como a fraldinha (-4,91%).

De acordo com a Apas, a queda nos preços ocorreu mesmo em um cenário de valorização das exportações brasileiras. 

“A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar norte-americano tem favorecido a competitividade das commodities nacionais no mercado internacional, impulsionando as exportações”, destacou o economista chefe da Apas, Felipe Queiroz.

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Economia

Bolsa aproxima-se de recorde com recuo de prévia da inflação

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© REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

A queda na prévia da inflação e o alívio das tensões no exterior favoreceram o mercado financeiro nesta terça-feira (27). A bolsa de valores subiu pouco mais de 1% e aproximou-se do recorde histórico atingido na semana passada. O dólar devolveu a alta da segunda-feira (26) e caiu.

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 139.541 pontos, com alta de 1,02%, o terceiro avanço seguido. Por volta das 11h30, o indicador chegou a ultrapassar os 140,3 mil pontos e bateu o recorde histórico da bolsa brasileira, mas o indicador perdeu força durante a tarde, com investidores realizando lucros e vendendo ações para embolsarem ganhos.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou aos R$ 5,645, com queda de R$ 0,03 (-0,53%). A cotação ficou próxima da estabilidade durante boa parte da manhã, mas caiu nas horas finais de negociação, com o clima favorável no mercado internacional, fechando próxima da mínima do dia.

Em maio, a moeda norte-americana recua 0,54%. Em 2025, a divisa cai 8,65%.

Tanto fatores domésticos como externos contribuíram para a tranquilidade no mercado financeiro. No Brasil, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, ficou abaixo das expectativas em maio animou os investidores. Isso porque a inflação em queda reduz as chances de o Banco Central (BC) elevar os juros básicos da economia em junho.

No cenário internacional, a reabertura dos mercados norte-americanos após o feriado da segunda-feira nos Estados Unidos favoreceu os países latino-americanos. No domingo (25) à noite, o presidente Donald Trump anunciou a prorrogação das negociações comerciais com a União Europeia até 5 de julho. Isso fez as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano cair nesta terça, beneficiando países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters

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Economia

Camex amplia número de tipos de aço com cotas de importação

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Pelos próximos 12 meses, 23 produtos de aço estão submetidos a cotas de importação, pagando 25% para entrar no país quando os volumes forem superados.

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) renovou por mais um ano as medidas de proteção da indústria siderúrgica nacional em vigor desde 2024.

Além de aprovar a renovação, o Gecex-Camex aprovou a extensão da alíquota de 25% para quatro tipos de aço, totalizando 23.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), esses quatro produtos foram incluídos porque foi identificado aumento expressivo nas importações no último ano, indicando que passaram a ser usados como substitutos dos itens originalmente tarifados.

Assim como no ano passado, o sistema de cotas foi mantido até determinados volumes de importação. Enquanto o limite de volume não for atingido, os produtos entram no país pagando de 9% a 16% de Imposto de Importação. Caso o teto seja superado, vigora a tarifa de 25%.

“O estabelecimento de cotas busca reduzir os impactos nos setores que usam o aço em sua cadeia produtiva – como construção civil, automóveis, bens de capital e eletroeletrônicos”, informou o Mdic em nota.

A pasta esclareceu que foram excluídas do cálculo as importações feitas com base em acordos comerciais ou por meio de regimes especiais.

Para renovar e ampliar os tipos de produtos de aço abrangidos pelo sistema de cotas, o Mdic aplicou os critérios técnicos usados nas decisões anteriores. A tarifa de 25% abrange os itens cujo volume de compras externas superou em 30% a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022.

Os quatro novos tipos de produtos de aço submetidos às cotas de importação serão detalhados posteriormente pela Camex.

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