Economia
A 34ª Super Rio Expofood ocorre no Riocentro

A Maior Feira de Alimentos da América Latina acontece até o dia 21 no Riocentro
A Itabus, renomada por sua expertise de duas décadas em mídia em ônibus em todo o território brasileiro, marcou sua presença no evento de abertura da Super Rio Expofood, o principal evento do setor alimentício no Rio de Janeiro. Nesta 34ª edição, a empresa não só reafirmou sua parceria com a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), mas também se destacou ao apresentar sua campanha ao público.
Para o evento, na noite de ontem, a Itabus personalizou três ônibus que transportaram cerca de 100 convidados ao jantar de abertura no Morro da Urca, oferecendo uma experiência de bordo completa. O encontro ocorreu no Lagune Hotel, na Barra da Tijuca, de onde os convidados foram levados ao Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos cariocas.
“Preparamos um trajeto com uma verdadeira imersão de bordo que certamente captará a imaginação dos nossos convidados e demonstrará que vamos muito além da publicidade. Oferecemos experiências que ultrapassam os limites da mídia para a marca de nossos clientes,” revela Carolina Alonso, Supervisora de Marketing da Itabus. Este engajamento se estende ao evento, onde um vídeo institucional destacou os Projetos Especiais da empresa, incluindo inovações como adesivos holográficos e opções de iluminação avançada, apresentando uma nova dimensão à mídia out-of-home.
Alessandra Scivoletto, Gerente Comercial da Itabus, expressa entusiasmo com a parceria contínua com a ASSERJ e a oportunidade de participar do evento inaugural da convenção das Américas. “Estamos satisfeitos com a solidez de nossa parceria e estamos muito orgulhosos de participar da Super Rio Expofood, um evento que já se estabeleceu como o principal palco para inovação e negócios no setor varejista alimentício das Américas,” afirma Scivoletto.
A Super Rio Expofood acontecerá até o dia 21 de março de 2024, ocupando 45 mil m² do Riocentro, consolidando-se não apenas como uma vitrine para as últimas tendências e inovações do setor, mas também como uma plataforma vital para a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da área.
Economia
Dólar sobe para R$ 5,89 após EUA confirmarem tarifa de 145% à China

A continuidade da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China interrompeu a trégua no mercado financeiro. O dólar subiu e voltou a aproximar-se de R$ 5,90. A bolsa de valores recuou mais de 1%.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (10) vendido a R$ 5,899, com alta de R$ 0,053 (+0,92%). Em linha com o exterior, a cotação chegou a subir para R$ 5,95, por volta das 13h30, mas desacelerou durante o restante da tarde.
A moeda norte-americana acumula alta de 3,37% em abril. Em 2025, a divisa cai 4,55%.
O mercado de ações também teve um dia tenso. Após subir 3,12% na quarta, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.355 pontos, com queda de 1,13%.
O dólar havia iniciado o dia em alta e a bolsa em baixa num movimento de realização de lucros, quando investidores aproveitam a cotação baixa da moeda norte-americana para comprar dólares e a alta das ações para vender papéis. No entanto, após a Casa Branca esclarecer que as sobretaxas comerciais dos Estados Unidos para a China ficaram em 145%, não em 125%, a turbulência no mercado global amplificou-se.
Nesta quinta, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a disposição de chegar a um acordo com a China. No entanto, a possibilidade de uma recessão global por causa do tarifaço entre os dois países voltou a pesar no mercado financeiro, punindo principalmente países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional).
*com informações da Reuters
Economia
Mercadante: guerra tarifária traz riscos e oportunidades para o Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (10) que a guerra de tarifas comerciais desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, traz “riscos e oportunidades” para o Brasil.
A agropecuária e a indústria são setores que podem colher oportunidades provocadas pelas medidas protecionistas dos EUA, que taxaram a entrada de produtos importados no país, como forma de – ao menos de acordo com o governo americano – proteger a maior economia do mundo.
Trump suspendeu por 90 dias a cobrança adicional para a maior parte dos países, mas manteve a sobretaxação de produtos chineses em mais de 100%.
Mercadante conversou com jornalistas nesta quinta-feira, na saída de um seminário sobre cooperativismo, na sede do banco público de fomento, no Rio de Janeiro.
Na visão dele, a economia precisa de previsibilidade e o tarifaço, como estão sendo chamadas as decisões de Trump, foi unilateral e sem negociação prévia ou consideração das instituições multilaterais de comércio. “Então gerou uma grande instabilidade econômica e financeira”, apontou.
“É seguro que esse processo vai trazer alguma pressão inflacionária para todos os países, um choque externo global e vai atrasar investimentos”, destacou Mercadante.
Na visão do presidente do BNDES, a guerra comercial vai trazer “muitas sequelas” para Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo. “A América Latina foi relativamente preservada nesse primeiro momento. Vamos ver como é que essas coisas evoluem”, disse.
“Esse cenário de instabilidade traz riscos, nós temos que estar muito atentos, mas traz também oportunidades”, completou, citando a agricultura e a pecuária.
O presidente do BNDES observa que os Estados Unidos são um concorrente nesse segmento que alguns mercados irão se abrir para o Brasil. “Já vinham se abrindo e vão se abrir com muito mais velocidade”, avalia.
Mercadante diz acreditar também que o fato de o Brasil ser um país de paz, com boa relação com todos os integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), pode ser um ponto a favor para atrair investimentos externos.
“Vai ter mais diversificação e há uma grande demanda por segurança alimentar no mundo. O Brasil é uma solução para esse problema. Então há muito interesse em investir nesse segmento em novas formas de parceria”, declarou, lembrando da projeção de supersafra no país.
Ao falar da indústria, o economista relembrou o feito de o Brasil retomar à 25ª posição em ranking internacional de desempenho industrial. “A indústria de alto valor agregado, por exemplo, aviões, veículos, carros híbridos, muitos centros de P&D [pesquisa e desenvolvimento] vindo para cá”.
Mercado local
Mercadante apontou a importância também do poderio do mercado interno. “Temos um mercado interno muito forte, que é o principal fator de crescimento. Isso também é um diferencial nesse mundo em que o protecionismo vai crescer e que os mercados internos vão ter mecanismos de defesa comercial”, assinalou.
Ao reforçar que o Brasil precisa explorar oportunidades, Mercadante citou aproximação de parceiros que também estão sofrendo impactos protecionistas americanos, como México e Canadá.
“Nós temos que nos aproximar. A União Europeia vai se aproximar do Sul Global, dos Brics”, pontuou.
O Sul Global é um grupo teórico formado, principalmente, por países pobres e emergentes. O Brasil tem se posicionado no cenário internacional como um dos líderes do grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Irã.
Em 2025, o encontro anual dos Brics será nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.
Economia
BNDES faz parceria para atender mais cooperativas com créditos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer mais cooperativas na sua carteira de crédito. A instituição, que desembolsou R$ 37 bilhões em financiamentos para esse tipo de organização produtiva em 2024, assinou nesta quinta-feira (10) um acordo de cooperação técnica para ampliar o acesso das cooperativas ao crédito no banco.
O termo foi acertado pelos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Sistema Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Freitas, na sede do banco, no Rio de Janeiro.
Mercadante ressaltou que o país tem 4,5 mil cooperativas atualmente, número 50% a mais do que há 20 anos. A maior parte atuando na agropecuária.
“Metade da produção de alimentos no Brasil hoje é feita pelo cooperativismo”, lembrou.
Segundo ele, são 23,5 milhões de trabalhadores cooperados, o que representa 550 mil empregos formais. Esse sistema de produção fatura R$ 692 bilhões por ano.
Funcionamento
Cooperativas funcionam como se fossem empresas em que os trabalhadores são sócios do negócio. Os associados, líderes e representantes têm total responsabilidade pela gestão e fiscalização da cooperativa.
Por não terem fins lucrativos, os resultados positivos da atividade econômica desempenhada são distribuídos entre os cooperados. Há cooperativas em diversos ramos da economia. As de crédito, por exemplo, fecham contratos de empréstimos com juros mais baixos do que os bancos privados.
“É um sistema de organização da produção muito generoso, que constrói solidariedade, eficiência e resiliência”, diz Mercadante.
Faturamento
Em 2024, 73% dos contratos de crédito do BNDES foram direcionados para o sistema cooperativo, o que representa R$ 37 bilhões. Desse montante, R$ 34,4 bilhões foram direcionados para pequenas e médias empresas.
Aloizio Mercadante apontou que as cooperativas de crédito têm a função de levar a oferta de crédito, inclusive, para pequenas cidades onde não há agências bancárias.
“Mais de mil cidades não têm agências bancárias, só cooperativa. É um instrumento capilar de acesso ao crédito. Chegam onde as agências não chegam mais”, disse Mercadante.
Mercadante ressaltou que, mesmo o BNDES não estando nessas localidades e sendo representado por cooperativas de crédito, o sistema é seguro, pois conta com a fiscalização do Banco Central (BC).
O presidente do BNDES enfatizou a intenção de aumentar a presença dessa forma de organização nas regiões Norte e Nordeste.
“Elas [cooperativas] são muito fortes no Sul, em função da colonização; no Sudeste, que é a colonização europeia e asiática, e agora estão avançando no Centro-Oeste. O nosso próximo capítulo é dar muito impulso ao cooperativismo no Norte e Nordeste”, defendeu.
Questionado sobre qual a meta de concessão de crédito ao segmento de cooperativas, Mercadante disse que “depende da força deles”.
O presidente da OCB, Márcio Freitas, informou que a organização tem a meta de levar o faturamento total das cooperativas em até R$ 1 trilhão até 2027.
“A meta está lançada, chegar a 30 milhões de brasileiros cooperados e, provavelmente, chegando a um milhão de empregos diretos, com carteira assinada”, avaliou.
Mais renda
Além da assinatura do acordo entre o banco público e a entidade de representação do cooperativismo no Brasil, foi realizado um seminário sobre impactos do cooperativismo no desenvolvimento do país.
O pesquisador Alison Pablo de Oliveira, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), apresentou dados sobre locais que têm presença de cooperativas de crédito.
O estudo mostra que foram gerados 25,3 empregos formais para cada grupo de 1 mil habitantes nessas localidades. Além disso, foi identificado incremento de R$ 115,50 na massa salarial por habitante.
O levantamento aponta também que a presença das cooperativas de crédito retirou 12,3 famílias da extrema pobreza para cada grupo de 1 mil habitantes. Outro dado é a diminuição de 20,5 famílias no Cadastro Único (CadÚnico), direcionado a famílias mais pobres, a cada grupo de 1 mil habitantes.
Segundo Oliveira, onde há agência de cooperativismo de crédito, as famílias passam a depender menos do Estado.
“Com ganhos de renda e empregabilidade maior, as famílias conseguiam superar a pobreza de maneira sustentável por meio da inclusão produtiva e econômica”, disse.
O BNDES é um banco público de fomento ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tem entre as funções fomentar setores estratégicos da economia por meio de crédito e investimentos diretos. Parte dos empréstimos são subsidiados, isto é, mais baratos.