Educação
A arte de argumentar: o poder da redação como ferramenta de ascensão pessoal e o método AC4 de Midian Mafra

Por muito tempo, escrever bem uma redação foi tratado como uma habilidade necessária apenas para passar em vestibulares ou concursos. No entanto, em uma sociedade cada vez mais orientada pela comunicação — seja no ambiente acadêmico, profissional ou nas redes sociais —, a capacidade de construir um texto claro, coerente e argumentativo tornou-se tornou uma ferramenta poderosa de expressão, influência e ascensão pessoal.
Saber escrever vai além de dominar regras gramaticais ou seguir uma estrutura predefinida. Trata-se de pensar com clareza, argumentar com consistência e impactar o leitor com ideias bem organizadas. Quem desenvolve essa competência tem mais facilidade em apresentar projetos, redigir e-mails eficazes, defender propostas, participar de processos seletivos e até mesmo se posicionar com autoridade em ambientes digitais.
É nesse cenário que se destaca o trabalho de Midian Almeida Mafra, professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura desde 2010. Formada em Letras e especialista em Língua Portuguesa, Midian criou um método próprio de ensino da escrita que tem transformado a forma como seus alunos — de diferentes níveis — lidam com a produção textual. Trata-se do método AC4, um modelo que sistematiza o desenvolvimento de parágrafos argumentativos com clareza e segurança.
O AC4 — sigla para Afirmar, Comprovar, Comentar, Contextualizar e Concluir — nasceu da prática docente e de anos de pesquisa aplicada no ensino da redação. Sua proposta é oferecer um direcionamento lógico para o que muitos consideram o ponto mais difícil da redação: o desenvolvimento dos argumentos.
Confira os pilares do método:
Afirmar: iniciar o parágrafo com uma ideia clara que expresse o ponto a ser defendido;
Comprovar: apresentar repertórios socioculturais (exemplos históricos, dados, referências literárias ou fatos) que validem o argumento;
Comentar: aprofundar o raciocínio, mostrando como a comprovação se conecta ao ponto de vista;
Contextualizar: inserir o argumento na realidade social, com estratégias que evidenciem sua relevância (exemplos, efeitos, comparações);
Concluir: encerrar o parágrafo com um arremate crítico, reafirmando a opinião do autor de forma coerente com o que foi desenvolvido.
O diferencial do AC4 está justamente em tornar a produção textual um processo lógico, acessível e replicável — sem abrir mão da profundidade argumentativa. O método não apenas prepara o aluno para notas altas em provas como o Enem, mas também desenvolve habilidades úteis para toda a vida, como organização do pensamento, clareza de ideias e argumentação sólida.
Em tempos em que escrever é, cada vez mais, uma forma de se fazer ouvir — seja em relatórios de trabalho, em projetos acadêmicos ou nas redes sociais — o domínio da redação se revela um diferencial competitivo e emancipador. E métodos como o AC4, criados por educadores como Midian Almeida Mafra, mostram que com o suporte certo, escrever bem pode deixar de ser um desafio para se tornar uma poderosa ferramenta de transformação.
Educação
Inscrições para a PND terminam nesta sexta; saiba como se candidatar

As inscrições para a primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) terminam às 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (25). A solicitação deve ser feita pelo Sistema PND, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O prazo vale também para os pedidos de atendimento especializado e uso de nome social por pessoas trans.
A prova unificada, mesmo não sendo um concurso público, representa uma oportunidade para os interessados entrarem no magistério público, uma vez que estados e municípios podem adotar a nota do candidato com parte do processo seletivo de professores de suas redes de ensino. Por esse motivo, a PND vem sendo chamada de “CNU dos Professores”, em alusão ao processo seletivo do Concurso Nacional Público Unificado.
Quem pode se inscrever
Os estudantes que se formam em cursos de Licenciaturas, em 2025, que estão inscritos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas pelo coordenador de curso, dentro de suas instituições de ensino podem fazer a PND. Basta acessar o Sistema PND, preencher os dados e confirmar a participação na prova. Estes alunos têm direito à isenção de pagamento da taxa de inscrição automaticamente.
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Além dos estudantes concluintes inscritos no Enade 2025, podem realizar a PND todos os professores com formação em cursos de licenciatura que tenham interesse em participar de concursos ou processos seletivos promovidos pelas redes de ensino que adotem o resultado da avaliação como etapa de admissão, em 2026. Preliminarmente, o MEC anunciou uma lista em que 1.508 redes de ensino municipais e 22 estaduais aderiram à PND.
Taxa de inscrição
Para os candidatos que não tiveram direito à gratuidade da inscrição ou tiveram o pedido de isenção reprovado, a taxa custa R$ 85 e deve ser paga até a próxima quinta-feira (31), em qualquer agência bancária, casa lotérica ou aplicativos do banco.
Conforme o edital da PND 2025, além dos concluintes inscritos no Enade das Licenciaturas, puderam solicitar a isenção os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e doadores de medula óssea em instituições reconhecidas pelo Ministério da Saúde.
No momento da inscrição é gerada a Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) para pagamento da taxa. Quem deseja reimprimir a GRU Cobrança deve acessar novamente o Sistema PND.
PND
As provas serão aplicadas no dia 26 de outubro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), conforme o cronograma divulgado.
Arte/Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) criou a PND, neste ano, para melhorar a qualidade da formação, estimular a realização de concursos públicos e induzir o aumento de professores qualificados nas redes públicas de ensino.
A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no Brasil. A política pública pretende atender 2,3 milhões de professores em todo o país.
Educação
Enem tem mais de 4,8 milhões de candidatos inscritos, alta de 11,2%

Um total de 4.811.338 candidatos confirmaram a inscrição para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. Segundo o Ministério da Educação, o número representa um aumento de 11,22% em relação ao ano passado e de 38% em relação a 2022.
Do total de inscritos, 3.049.710 são isentos e 1.761.628, pagantes. Entre os candidatos confirmados, 1.390.815 tiveram a inscrição pré-preenchida pelo pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), uma novidade na edição deste ano.
O estado de São Paulo foi o que registrou o maior número de inscritos no Enem 2025 (751.648). Em seguida, estão Minas Gerais (464.994) e Bahia (428.019).
O Enem será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro nas 27 unidades da Federação. Nas cidades de Belém, Ananindeua e Marituba (PA), as provas serão nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, por causa da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém.
Enem
O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Instituições de ensino públicas e privadas também utilizam o Enem para selecionar estudantes, como critério único ou complementar aos processos seletivos. Os resultados individuais do Enem podem ainda ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame.
Educação
Prêmio Jovem Cientista recebe inscrições até dia 31

As inscrições para o Prêmio Jovem Cientista podem ser feitas até as 18h do dia 31 de julho. A 31ª edição do prêmio tem como tema “Resposta às Mudanças Climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como Aliadas”.
Podem submeter seus projetos de pesquisa alunos do ensino médio, do ensino superior, e pessoas que estejam cursando ou já tenham concluído mestrado ou doutorado. Entre as premiações previstas estão laptops, bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e valores em dinheiro que vão de R$ 12 mil a R$ 40 mil. As inscrições podem ser feitas no site do prêmio.
De acordo com as regras do concurso, estudantes de graduação ou pós-graduação podem apresentar projetos em 11 linhas de pesquisa. Já os alunos do ensino médio devem propor trabalhos científicos dentro de um dos seis eixos previstos no edital. Mais informações estão disponíveis neste link.
O Jovem Cientista ainda reconhece um pesquisador de destaque na área temática da edição (categoria Mérito Científico) e também instituições de ensino e pesquisa cujos alunos matriculados e egressos se destacaram na premiação (categoria Mérito Institucional).
O prêmio é iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e copatrocínio da Shell Brasil Petróleo Ltda.