Saúde
A Importância da Comunicação Assertiva para a Saúde Mental: Como Melhorar Relacionamentos e Reduzir o Estresse

A comunicação assertiva desempenha um papel essencial na promoção da saúde mental. No ambiente atual, marcado por pressões sociais, desafios pessoais e uma crescente necessidade de conexões humanas saudáveis, a forma como nos comunicamos pode impactar diretamente o nosso bem-estar emocional.
A assertividade, que envolve a capacidade de expressar pensamentos, sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa, cria um ambiente onde a honestidade e o respeito mútuo prosperam. Neste artigo, exploraremos em profundidade como a comunicação assertiva pode ajudar a preservar e até melhorar a saúde mental, criando relações mais equilibradas e reduzindo o estresse.
A Relação Entre Comunicação e Saúde Mental
A saúde mental não é apenas a ausência de transtornos mentais, mas um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas habilidades, pode lidar com os estresses normais da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade. A comunicação é um componente central nesse processo, pois todos nós dependemos de interações sociais para satisfazer nossas necessidades emocionais e criar um senso de pertencimento. Quando a comunicação é disfuncional, as consequências podem ser devastadoras para a saúde mental, levando ao isolamento, mal-entendidos, conflitos e sentimentos de inadequação.
Por outro lado, a comunicação assertiva estabelece um caminho claro e saudável para que os indivíduos se expressem de maneira autêntica. Em vez de recorrer à agressividade ou à passividade, a assertividade permite que as pessoas digam o que pensam e sentem sem medo de represálias ou rejeição. Isso cria uma base sólida para relações interpessoais saudáveis e, consequentemente, promove uma saúde mental mais robusta.
O que é Comunicação Assertiva?
A comunicação assertiva pode ser entendida como a capacidade de se expressar de forma clara, direta e respeitosa, mantendo uma postura equilibrada entre os extremos da agressividade e da passividade. Ela envolve a habilidade de:
→ Expressar pensamentos e sentimentos com clareza, sem se esconder por trás de ambiguidades ou evitar o conflito por medo de desaprovação.
→ Definir e respeitar limites, tanto os próprios quanto os dos outros, o que é fundamental para manter relações saudáveis.
→ Manter a empatia e a consideração pelo ponto de vista dos outros, sem, no entanto, comprometer suas próprias necessidades e desejos.
Muitas vezes, as pessoas confundem assertividade com agressividade, mas a diferença entre as duas é fundamental. Enquanto a agressividade envolve impor suas próprias necessidades e opiniões às custas dos outros, a assertividade se baseia no respeito mútuo. A assertividade não exige que o outro perca para que você ganhe, mas busca uma solução em que ambas as partes se sintam ouvidas e respeitadas.
Os Benefícios da Comunicação Assertiva para a Saúde Mental
Redução do Estresse e Ansiedade
A falta de assertividade pode gerar níveis elevados de estresse. Quando as pessoas não se sentem capazes de expressar seus sentimentos ou necessidades, acabam internalizando frustrações. Isso pode se manifestar em sintomas físicos e emocionais, como ansiedade, insônia e até depressão. A comunicação assertiva permite que os indivíduos lidem com situações desafiadoras de maneira mais eficaz, reduzindo o acúmulo de tensões internas e o desgaste emocional.
Fortalecimento da Autoestima
Ser assertivo envolve reconhecer que suas necessidades e sentimentos são válidos. Quando uma pessoa consegue se expressar com clareza, sem culpa ou medo, ela reforça a própria autoestima. Em vez de se sentir vítima de circunstâncias ou das expectativas dos outros, a assertividade permite que os indivíduos tomem controle de suas vidas e decisões, aumentando o senso de autoeficácia e autoconfiança.
Melhoria nas Relações Interpessoais
A comunicação assertiva favorece relações interpessoais mais saudáveis. Quando as pessoas podem se expressar com clareza, elas reduzem o risco de mal-entendidos e conflitos. Além disso, a assertividade facilita a resolução de problemas e conflitos de forma construtiva. Em vez de acumular ressentimentos ou perpetuar ciclos de comportamento passivo-agressivo, a assertividade cria um ambiente de transparência e confiança.
Promoção de Limites Saudáveis
Saber estabelecer limites é uma habilidade crucial para manter a saúde mental. Indivíduos que não conseguem dizer “não” muitas vezes se encontram sobrecarregados, exaustos e ressentidos. A comunicação assertiva ensina as pessoas a estabelecer limites de forma clara e respeitosa, permitindo-lhes cuidar de suas necessidades sem culpa ou medo de desapontar os outros. Isso, por sua vez, protege contra o esgotamento emocional e o burnout.
Melhoria na Resolução de Conflitos
Conflitos são inevitáveis nas relações humanas, mas a maneira como lidamos com eles pode fazer toda a diferença para nossa saúde mental. A comunicação assertiva fornece ferramentas para resolver conflitos de forma construtiva. Em vez de evitar os problemas ou atacar a outra parte, a assertividade permite que os indivíduos abordem os conflitos de frente, discutindo soluções e buscando compromissos que satisfaçam ambos os lados.
A Comunicação Assertiva no Ambiente de Trabalho
No ambiente corporativo, a comunicação assertiva é particularmente importante. Muitas vezes, o local de trabalho pode ser uma fonte de estresse significativo devido a mal-entendidos, falhas de comunicação ou falta de clareza nas expectativas. A assertividade ajuda os profissionais a navegarem essas situações de maneira mais eficaz.
Ao ser assertivo no ambiente de trabalho, os indivíduos são capazes de expressar suas opiniões e ideias com confiança, negociar limites e prazos de maneira clara e, ao mesmo tempo, construir relacionamentos de trabalho mais colaborativos. Isso não apenas melhora o desempenho individual, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Além disso, líderes que são assertivos conseguem inspirar confiança em suas equipes, criando uma cultura de respeito mútuo. Eles conseguem dar feedbacks construtivos sem desmotivar e são capazes de lidar com conflitos internos de maneira mais eficiente, promovendo a coesão e o bem-estar da equipe.
A Primeira Conversa é Sempre Interna
Patrícia Capeluto, especialista em comunicação assertiva, frequentemente destaca a importância da autocomunicação como ponto de partida. A conversa mais desafiadora que podemos ter é, muitas vezes, conosco mesmos. Ela enfatiza que, antes de sermos assertivos com os outros, precisamos aprender a identificar e aceitar nossos próprios sentimentos e necessidades.
Esse processo de autoconhecimento é fundamental para a saúde mental. A habilidade de olhar para dentro e ser honesto sobre o que nos incomoda, o que precisamos e como podemos agir, é um dos pilares de uma comunicação assertiva eficaz. Isso não apenas nos torna mais conscientes de nossas emoções, mas também nos dá o poder de agir de maneira mais consciente e equilibrada em nossas interações com os outros.
Desse modo, a comunicação assertiva é uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde mental. Ao aprender a se expressar de forma clara e respeitosa, as pessoas podem reduzir o estresse, fortalecer sua autoestima, melhorar suas relações e resolver conflitos de forma mais eficaz. Em um mundo onde a pressão e os desafios emocionais são constantes, a assertividade oferece um caminho para o equilíbrio e o bem-estar.
Patrícia Capeluto, com sua vasta experiência em comunicação assertiva, mediação de conflitos e desenvolvimento de líderes, é uma referência no assunto. Sua abordagem prática e humana oferece recursos valiosos para aqueles que buscam melhorar suas habilidades de comunicação e, consequentemente, sua saúde mental. Seja como palestrante, treinadora corporativa ou colunista, Patrícia continua a impactar positivamente a vida de muitas pessoas, promovendo relações mais saudáveis e uma vida mais equilibrada.
Saúde
Poltronas para locação de pós-operatório em Bauru: conforto e recuperação com a Conforte-se

A cidade de Bauru agora conta com uma solução essencial para quem está no processo de recuperação cirúrgica: as poltronas para locação de pós-operatório em Bauru, oferecidas pela empresa Conforte-se. Com foco total no bem-estar dos pacientes, as poltronas foram projetadas para proporcionar conforto, segurança e um suporte ergonômico adequado, fundamentais para um processo de recuperação mais rápido e eficiente.
O conforto durante a recuperação faz toda a diferença. Por isso, as da Conforte-se foram desenvolvidas para atender às necessidades de quem passou por procedimentos médicos ou estéticos. Além de funcionais, elas são elegantes e se adaptam perfeitamente a qualquer ambiente residencial ou hospitalar.
Benefícios das poltronas Conforte-se:
- ✅ Ergonomia e suporte adequado para o corpo
- ✅ Posicionamento correto para evitar dores e inchaços
- ✅ Descanso de qualidade para uma recuperação mais rápida
- ✅ Apoio completo durante o pós-operatório
A Conforte-se entende que cada detalhe importa na fase de recuperação. Por isso, oferece um serviço de locação acessível e prático, garantindo que os moradores de Bauru possam contar com conforto e segurança no momento em que mais precisam.
Se você está em busca de poltronas para locação de pós-operatório em Bauru, a Conforte-se é a escolha ideal. Priorize seu conforto e bem-estar — alugue agora uma poltrona e sinta na prática a diferença que ela faz no seu dia a dia.
Saúde
Vacinação melhora, mas ainda enfrenta desafios no Brasil

Apesar das coberturas vacinais no Brasil estarem em rota de recuperação, as diferenças entre estados e municípios e os esquemas incompletos ainda são desafios que ameaçam a saúde pública brasileira. Essas são as principais conclusões do Anuário VacinaBR, produzido pelo Instituto Questão de Ciência (IQC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A publicação mostra que, em 2023, nenhuma vacina infantil do calendário nacional atingiu a meta de cobertura em todos os estados. O destaque negativo ficou com os imunizantes que protegem contra a poliomielite, meningococo C, varicela e Haemophilus influenzae tipo B – nesses casos, nenhum estado vacinou 95% do público-alvo, porcentagem necessária para evitar a transmissão dessas doenças.
Além disso, apenas 1.784 municípios, ou menos de 32% dos mais de 5.570 existentes no Brasil, conseguiram cumprir a meta de cobertura para quatro vacinas considerados prioritárias: pentavalente, poliomioliete, pneumo-10 e tríplice viral. O melhor desempenho foi o do Ceará, onde 59% das cidades imunizaram o público-alvo. No Acre, porém, apenas 5% dos municípios alcançaram a marca.
“Saúde é competência concorrente da União, dos estados e dos municípios. O problema da imunização não pode ser atacado de maneira uniforme, porque a gente vive em um país de dimensões continentais que tem desafios muito específicos. E a gente viu, no Anuário, que às vezes tem municípios adjacentes, com condições muito parecidas, mas com taxas de imunização muito diferentes”, alerta o diretor executivo do IQC e organizador do Anuário VacinaBR, Paulo Almeida.
Mesmo a vacina BCG, que protege contra formas graves de tuberculose e deve ser tomada logo após o nascimento – por isso, muitas vezes, é aplicada ainda na maternidade – só alcançou a meta de cobertura em oito unidades federativas. Em 11 estados, a taxa de imunização ficou abaixo de 80%, alcançando menos de 58% dos bebês no Espírito Santo. Dentro de todos os estados, há cidades que vacinaram 100% do público-alvo e outras que não imunizaram nem a metade.
A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai, também destaca o protagonismo dos gestores municipais para aplicar as recomendações do Ministério da Saúde e a necessidade de seguir o planejamento estadual, conforme as realidades locais. Isabela lembra que o maior combustível para a hesitação vacinal é a baixa percepção de risco, quando as pessoas não sabem, ou não dão valor para o perigo das doenças preveníveis por vacina.
“O acesso também é um grande problema no Brasil. Temos 38 mil salas de vacinação, país nenhum tem isso. Mas se a pessoa vai ao posto e recebe uma informação errada, ela não volta. Se só funciona em horário comercial, e ela trabalha, ela não consegue levar os filhos. Se ela vai num dia, e a vacina acabou, ela não vai consegui voltar em outro dia. A falta de informação, somada à baixa percepção de risco é igual à não vacinação”, acrescenta a diretora da Sbim.
Abandono
De maneira geral, as curvas de vacinação no Brasil indicam diminuição das taxas de cobertura desde 2015, com queda mais brusca em 2021 e movimento de recuperação em 2022 e 2023. Já as porcentagens de abandono, quando a pessoa recebe a primeira dose, mas não completa o esquema vacinal, mantêm-se estáveis desde 2018.
Um exemplo é a vacina tríplice viral. Em 2023, a maior parte do país vacinou entre 80 e 85% do público-alvo e apenas quatro estados atingiram a cobertura ideal na primeira dose: Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia. O índice de aplicação da segunda dose não chegou a 50% em 14 estados, e a meta não foi atingida em nenhuma unidade federativa.
A tríplice viral previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e deve ser tomada aos 12 e aos 15 meses de idade (sob a forma da vacina tetraviral, que também protege contra a varicela). Todas essas doenças podem desenvolver quadros graves e até provocar a morte, especialmente em crianças pequenas.
Atualmente, há surtos de sarampo em diversos países, e cinco casos isolados foram registrados no Brasil este ano. “As pessoas precisam saber que quem não completa o esquema vacinal continua desprotegido contra aquela doença”, adverte Isabela Ballalai.
O diretor executivo do IQC e organizador do Anuário VacinaBR, Paulo Almeida, afirma que é preciso reconhecer que estratégias que deram certo no passado não são suficientes para enfrentar os desafios atuais: “A campanha hoje, por exemplo, não tem o mesmo peso por muitos motivos. Um deles é que as vozes são muito difusas. Antes, havia canais oficiais de comunicação com a população. Hoje, com a internet, temos infinitos canais de comunicação; então, é mais difícil acessar pela via direta da campanha.”
Almeida ressalta, porém, que há novas ferramentas disponíveis. “Lembretes por SMS, por exemplo, conseguem melhorar muito a taxa de cobertura, porque a pessoa é cutucada para ir lá no posto. Porque ela sabe que é necessário, ela até quer até fazer, mas eventualmente o ritmo de vida interfere, e ela não consegue. Ou também a conveniência, que é superimportante: ter pontos de vacinação abertos em horários em que o cuidador pode levar a criança pra se imunizar.
Isabela Ballalai também defende o uso constante das escolas como ponto de vacinação e de educação sobre vacinas.
“A escola é capaz de combater os principais pontos da hesitação vacinal. Primeiro ponto: acesso. Os responsáveis não têm que levar ninguém a lugar nenhum, a criança, ou adolescente, já está ali. Segundo: informação. Explicar para a comunidade escolar porque é importante vacinar e que está tendo campanha, porque, às vezes, as pessoas não estão nem sabendo. Terceiro: a escola pode ser o caminho para as autoridades de saúde chegarem e se comunicarem com as famílias, e saberem qual a situação vacinal delas.”
Saúde
Mounjaro é medicamento caro e perde efeito sem controle de temperatura

Usuários devem exigir das farmácias documento que comprove controle durante o transporte, aconselha especialista
Recentemente aprovado pela Anvisa, o uso do Mounjaro (tizerpatida) pode ser comprometido se o medicamento – um termolábil de alto custo – não for mantido na temperatura adequada durante o transporte, que envolve a logística desde a saída do laboratório, passando pelo centro de distribuição, até chegar à farmácia.
Caso esse controle não seja efetivo, o Mounjaro perde sua eficácia e acarreta enorme prejuízo a quem recorre ao medicamento, uma verdadeira “febre” no tratamento de perda de peso entre pacientes que convivem com obesidade ou sobrepeso.
O alerta é do especialista Luiz Renato Hauly, CEO da Pharmalog, healthtech dedicada a soluções de monitoramento e rastreamento de medicamentos. “Muitas vezes, o centro de distribuição fica a milhares de quilômetros da farmácia. Se o consumidor não se assegurar que houve um adequado armazenamento e transporte, adquirir o Mounjaro será uma dispendiosa decepção”, esclarece ele.
Hauly aconselha que o paciente solicite junto à farmácia o relatório referente ao transporte do medicamento, onde deve estar indicado o controle da temperatura. “Do contrário, ele poderá estar levando para casa um remédio sem qualquer efeito e, ademais, um produto pelo qual pagou caro. Não valerá ter esperado tanto pela aprovação”, finaliza Hauly.