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Saúde

A jornada da maternidade: Esperança e resiliência na reprodução assistida

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A jornada da maternidade: Esperança e resiliência na reprodução assistida
Pixabay

Dr. Alfonso Massaguer relata os desafios dos casais e como eles devem enfrentar os obstáculos para realizar o sonho de ter um filho

Escrito por Paulo Roberto Amaral

A espera pela maternidade é uma jornada profundamente pessoal e única para cada casal, marcada por desafios que exigem parceria e comprometimento. Para os casais que enfrentam a infertilidade, esses desafios são ainda maiores, exigindo fé e resiliência. 

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, de 10% a 15% dos casais que enfrentam dificuldades em conceber necessitam de tratamentos de reprodução assistida. São considerados inférteis, os casais que não conseguem engravidar naturalmente por um período de, no mínimo, 1 ano de tentativas. E as causas para a infertilidade são igualmente divididas entre homens e mulheres. 

Para o Dr. Alfonso Massaguer, diretor da Clínica Mãe e especialista em Reprodução Humana, a jornada da maternidade é única para cada casal. “Os desafios, nesse momento especial da vida em família, são enormes e exigem parceria e comprometimento para serem superados. Cada casal tem a sua própria história e seus próprios desafios”, destaca Dr. Alfonso Massaguer. O especialista aponta ainda que “a confiança no médico e a resiliência dos casais são fundamentais ao longo da jornada pela maternidade”. 

Recentemente, Dr. Alfonso e a Dra. Paula Fettback, ginecologista especialista em Reprodução Humana, publicaram o livro “A Espera”. A obra visa explicar e confortar a jornada da fertilidade, servindo como um guia acessível sobre saúde reprodutiva e planejamento familiar. “Ele é perfeito para todas as pessoas que, de alguma forma, buscam, planejam, sonham ou ‘esperam’ um dia viver a maternidade e a paternidade”, resume Dra. Paula. 

O livro é um recurso valioso que traz informações essenciais sobre fertilidade, além de histórias reais de pacientes, buscando normalizar o aprendizado sobre infertilidade e planejamento familiar. “Queremos trazer uma visão clara e empática do dia a dia em uma clínica de reprodução humana”, complementa Dr. Alfonso. 

Os autores têm como objetivo desmistificar o tema da infertilidade, que ainda é considerado tabu. “A ideia é esclarecer informações equivocadas e oferecer esperança àqueles que enfrentam desafios com a fertilidade. E, acima de tudo, contar para as pessoas que elas não estão sozinhas em sua jornada”, finaliza Dr. Alfonso. 

 

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Saúde

Seis estados e DF têm alta de síndrome respiratória grave em crianças

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (13), alerta para o aumento da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em níveis de moderado a alto, entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Pará, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe foram os locais onde a alta mais teve impacto.

Em crianças de até dois anos, a síndrome está mais associada ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já na faixa etária de 2 a 14 anos, geralmente está associado ao rinovírus.

Covid-19

Os casos de SRAG em idosos associados à covid-19 mantém uma incidência moderada no Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento em Tocantins. Nos outros estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora também haja aumento de ocorrências, a incidência permanece em níveis baixos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, destaca que em locais com alta de casos, a orientação é usar máscara em ambientes fechados, com muita aglomeração de pessoas e em postos de saúde. Ela ainda enfatiza que a melhor forma de evitar hospitalizações e óbitos por covid-19 é a vacinação.

“Todas as pessoas dos grupos de risco devem estar em dia com a vacina. Idosos e pessoas imunocomprometidas precisam se vacinar a cada seis meses para não perderem a proteção. Já os demais grupos prioritários devem tomar a vacina uma vez por ano”, afirma.

O estudo mostra que 10 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em longo prazo em dez unidades da Federação: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Entre as capitais, nove também apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Macapá, Palmas, Porto Velho e Rio Branco.

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Saúde

Sarampo: Europa e Ásia Central têm recorde de casos em mais de 25 anos

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Europa e a Ásia Central registraram, ao longo de 2024, um total de 127.350 casos de sarampo – o dobro do que havia sido contabilizado em 2023 e o maior número desde 1997. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa e pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef).

Em nota conjunta, as entidades alertam que crianças menores de 5 anos respondem por 40% dos casos de sarampo reportados na região. Em mais da metade desses casos, segundo o comunicado, foi necessário hospitalizar o paciente. Ao todo, 38 mortes pela doença foram reportadas com base em dados preliminares recebidos até 5 de março.

De acordo com a OMS, os casos de sarampo na Europa e na Ásia Central vinham caindo desde 2017, quando 216 mil novas infecções foram contabilizadas. Em 2016, o menor número de casos foi registrado: 4.440. As infecções, entretanto, voltaram a subir de 2018 para 2019, quando foram identificados 89 mil e 106 mil casos, respectivamente.

“Após um retrocesso na cobertura vacinal durante a pandemia de covid-19, os casos de sarampo voltaram a subir significativamente em 2023 e 2024. As taxas de vacinação em diversos países ainda não retornaram aos níveis pré-pandêmicos, aumentando o risco de surtos”, alertou a nota.

Ainda de acordo com o comunicado, Europa e Ásia Central respondem, atualmente, por um terço do total de casos de sarampo registrados no planeta. Apenas em 2023, 500 mil crianças que vivem na regiam não receberam a primeira dose do esquema vacinal contra a doença, que deveria ser aplicada por meio de serviços de imunização de rotina.

O sarampo é um dos vírus mais contagiosos que afetam pessoas. Além do risco de hospitalização e morte causado por complicações como pneumonia, encefalite, diarreia e desidratação, a doença pode causar problemas de saúde debilitantes, como a cegueira.”

“O sarampo também pode danificar o sistema imunológico ao ‘apagar’ de sua memória como combater infecções, deixando os sobreviventes vulneráveis a outras doenças. A vacinação é a melhor linha de defesa contra o vírus”, reforçaram a OMS e o Unicef.

As entidades alertam ainda que países que atualmente não registram surtos de sarampo devem se preparar, inclusive para identificar e sanar lacunas de imunização, “construindo e sustentando a confiança pública nas vacinas e mantendo sistemas de saúde fortes”.

Transmissão e sintomas

O sarampo é classificado por autoridades sanitárias como uma doença infecciosa grave e que pode levar à morte. A transmissão acontece quando alguém infectado tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas.

Os principais sinais do sarampo são:

  • Manchas vermelhas no corpo
  • Febre alta, acima de 38,5°
  • Tosse seca
  • Irritação nos olhos (conjuntivite)
  • Nariz escorrendo ou entupido
  • Mal-estar intenso

Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

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Saúde

O Que É Comum, Mas Não É Normal? A Relação Entre Hábitos e Saúde

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Muitas pessoas acreditam que certos problemas de saúde e mudanças no corpo fazem parte do processo natural de envelhecimento.

O ganho de peso progressivo, alterações nos exames de sangue e a perda da disposição parecem ser consequências inevitáveis da vida adulta. 

No entanto, essa percepção está errada. Embora esses problemas sejam comuns, eles não são normais — e entender essa diferença pode ser a chave para uma vida mais saudável e equilibrada.

Este artigo explora essa ideia, destacando como padrões alimentares e escolhas de estilo de vida podem influenciar diretamente a saúde. 

Além disso, abordamos a importância da educação nutricional, que vai muito além das dietas da moda e promessas milagrosas.

O Que Consideramos Normal, Mas Não Deveríamos?

A sociedade construiu uma visão distorcida do que é esperado em relação à saúde. Algumas ideias equivocadas incluem:

  • Ganho de peso progressivo na vida adulta: Muitos acreditam que é natural engordar com o passar dos anos, especialmente após os 30 ou 40 anos. Esse pensamento faz com que as pessoas aceitem o sobrepeso sem questionar suas causas.
  • Exames de sangue alterados: Níveis elevados de triglicerídeos, colesterol e glicose no sangue são frequentemente tratados com leveza, muitas vezes com piadas sobre “ser um doce de pessoa” (pelo alto nível de açúcar no sangue) ou estar “gotoso” por causa do ácido úrico alto (que causa gota). O problema é que esses marcadores são sinais de alerta para doenças metabólicas.
  • Fadiga e falta de energia constantes: Muitas pessoas acreditam que se sentir cansado o tempo todo é uma consequência inevitável da vida adulta. No entanto, essa falta de disposição pode estar ligada a má alimentação, sedentarismo e deficiência de nutrientes.
  • Aceitação de hábitos pouco saudáveis: O consumo excessivo de açúcar, alimentos ultraprocessados e a falta de exercícios são vistos como normais na rotina moderna. No entanto, esses hábitos podem ser os principais responsáveis pelo aumento de doenças crônicas.

O primeiro passo para mudar essa realidade é questionar o que é considerado normal e adotar uma nova perspectiva sobre saúde e alimentação.

O Papel da Educação Nutricional no Emagrecimento e na Saúde

A falta de conhecimento sobre alimentação saudável é um dos maiores obstáculos para quem busca perder peso e melhorar a saúde. 

Muitas pessoas querem emagrecer, mas evitam se aprofundar no assunto. 

Preferem soluções rápidas e fórmulas milagrosas, o que as leva a cair em ciclos repetitivos de dietas restritivas e efeito sanfona.

Essa resistência ao aprendizado cria um padrão perigoso:

  1. A pessoa busca uma solução rápida, como uma dieta da moda.
  2. Inicialmente, ela consegue perder peso, mas sem entender os fundamentos por trás das escolhas alimentares.
  3. Ao enfrentar desafios ou sair da dieta, ela retorna aos velhos hábitos e recupera o peso perdido.
  4. Sente-se frustrada e busca outra solução milagrosa, repetindo o ciclo.

A educação nutricional é a chave para quebrar esse padrão. 

Ao invés de apenas seguir regras sem compreendê-las, é essencial entender como os alimentos afetam o corpo, como equilibrar a alimentação e como fazer escolhas sustentáveis.

Por Que Dietas Restritivas Não Funcionam?

Dietas extremamente restritivas costumam falhar porque:

  • Não são sustentáveis: Cortar drasticamente grupos alimentares pode gerar deficiências nutricionais e desejos incontroláveis.
  • Causam efeito sanfona: Como a maioria das dietas se baseia na restrição extrema, é difícil mantê-las a longo prazo. O peso perdido retorna rapidamente quando a pessoa volta aos hábitos antigos.
  • Não ensinam hábitos saudáveis: A pessoa pode até seguir uma dieta por um período, mas, sem compreender os princípios por trás dela, não consegue aplicá-los ao longo da vida.

Para emagrecer de forma definitiva, é necessário aprender a classificar os alimentos, equilibrar macronutrientes e entender como encaixar indulgências sem prejudicar o progresso.

Nada é Proibido, Mas Tudo Deve Ser Encaixado na Rotina

Muitas dietas impõem uma mentalidade de restrição total, fazendo com que os alimentos sejam classificados como “bons” ou “ruins” de forma radical. 

Esse tipo de abordagem pode gerar culpa e ansiedade em relação à comida.

A melhor estratégia é entender que nenhum alimento precisa ser completamente proibido, mas é essencial saber como e quando consumir cada tipo de alimento. Algumas diretrizes incluem:

  • Alimentos liberados para consumo frequente: Proteínas de qualidade, gorduras saudáveis, vegetais e legumes e folhas low-carb.
  • Alimentos que devem ser consumidos com moderação: Alimentos naturais mais calóricos, como queijos, castanhas, receitas adaptadas como pães low-carb.
  • Alimentos que devem ser consumidos ocasionalmente: Doces, ultraprocessados, frituras e bebidas alcoólicas.

Ter clareza sobre essa classificação permite que a alimentação seja mais equilibrada e flexível, evitando excessos sem criar uma mentalidade de privação.

O Primeiro Passo para uma Mudança Real

A mudança de hábitos não acontece da noite para o dia. No entanto, pequenos passos podem fazer uma grande diferença. Algumas atitudes para começar incluem:

  • Investir em conhecimento: Assistir aulas, ler artigos e aprender sobre alimentação saudável ajuda a tomar decisões melhores no dia a dia.
  • Fazer pequenas mudanças graduais: Em vez de cortar tudo de uma vez, substitua um alimento ultraprocessado por uma versão mais natural, aumente o consumo de vegetais e priorize proteínas.
  • Criar um ambiente favorável: Se a casa está cheia de alimentos não saudáveis, a tentação será maior. Organizar a cozinha com opções nutritivas facilita escolhas melhores.
  • Praticar a consistência: Pequenas escolhas diárias, quando feitas de forma contínua, geram um impacto muito maior do que dietas extremas seguidas por pouco tempo.

Conclusão: Desafiando o “Normal” para Viver Melhor

Muitas condições de saúde que consideramos normais são, na verdade, sinais de um estilo de vida que pode ser melhorado. 

O ganho de peso progressivo, exames alterados e fadiga constante não devem ser aceitos como parte inevitável do envelhecimento.

A chave para a mudança está na educação nutricional e na adoção de hábitos sustentáveis. Quando aprendemos a nos alimentar de forma equilibrada, conseguimos manter um peso saudável sem precisar de dietas restritivas e sem abrir mão do prazer de comer.

O primeiro passo para essa transformação é questionar o que é comum, mas não necessariamente normal, e buscar conhecimento para construir uma relação mais saudável com a alimentação.

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