Teatro
‘A Vedete do Brasil’ resgata o mito de Virginia Lane em espetáculo musical inédito

A vida de Virginia Lane (1920-2014) foi marcada por uma série de feitos e histórias que até hoje reverberam no imaginário coletivo. Artista pioneira, ela começou a carreira como cantora ainda adolescente nos anos 30, atuou no Cassino da Urca, trabalhou e foi amiga de personalidades como Carmen Miranda, Oscarito, Walter Pinto e Grande Otelo. Teve uma intensa carreira cinematográfica e virou um dos maiores ícones do teatro de revista brasileiro, ao receber o título de ‘A Vedete do Brasil’ pelas mãos de Getúlio Vargas, com quem afirmava ter mantido um relacionamento por mais de dez anos.
É justamente esta alcunha que batiza o espetáculo com estreia marcada para 30 de novembro no Teatro Copacabana Palace. ‘A Vedete do Brasil’ é uma comédia musical que pretende mostrar a mulher que estava por trás de tantas plumas, paetês, polêmicas e lantejoulas. O centenário de Virginia Lane, em 2020, foi a grande inspiração para a empreitada, que acabou sendo adiada pela pandemia e agora finalmente chega aos palcos.
Com realização da WB Produções de Wesley Telles e Bruna Dornellas, o projeto foi idealizado pelo jornalista Cacau Hygino, que assina a dramaturgia ao lado de Renata Mizhari. A direção marca a estreia de Claudia Netto na função e a direção musical fica a cargo do premiado Alfredo Del-Penho.
Em cena, Suely Franco interpreta Virginia já em seus últimos anos de vida, enquanto prepara uma ceia de Natal com a filha única, Marta (Flávia Monteiro), e aguarda a chegada de um amigo. Ao longo do dia, ela relembra episódios que marcaram a sua trajetória, em cenas que divide com Bela Quadros, responsável por dar vida à Virginia no auge de sua juventude.
São momentos em que a vedete precisou enfrentar a Igreja para conseguir se casar no Outeiro da Glória após o veto de um padre, ou mesmo memórias divertidas de seus trabalhos na televisão, como apresentadora infantil, ou de suas turnês pelo Brasil e países vizinhos. Os números musicais intercalam e formam um elo entre as lembranças e o presente, na casa em que Virginia viveu até o final da vida em Piraí (RJ).
Aparecem então canções como a famosa ‘Sassaricando’, gravada pela primeira vez por ela, em 1951, ‘Barracão’ (da chanchada ‘É Fogo na Roupa’), ‘Ninguém me Controla’ e muitas marchinhas de letras maliciosas e com o duplo sentido bem-humorado que a consagrou, como ‘Marcha da Pipoca’. As atrizes vão cantar acompanhadas por três músicos, que também fazem algumas intervenções em cena.
Nome incontornável da retomada do teatro musical brasileiro, Claudia Netto assina pela primeira vez a direção de um espetáculo, após dirigir alguns shows. Atriz de uma série de montagens bem-sucedidas (‘Company’, ‘Na Bagunça do Teu Coração’, ‘Mamma Mia!’, ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’) e com uma sólida carreira, ela procurou justamente focar a encenação em apresentar quem era Virginia Lane, a mulher por trás de tantos brilhos e fantasias: a dona de casa e mãe zelosa, que enfrentou uma série de preconceitos dentro e fora do lar.
O texto, de Renata Mizhari e Cacau Hygino, também idealizador do projeto, teve como inspiração um encontro dele com Alex Palmeira, o amigo pelo qual Virginia espera na noite de Natal. Alex foi seu maquiador, figurinista e anjo da guarda nos últimos anos de vida. Cacau e Alex se encontraram e logo surgiu o desejo de reviver o mito da vedete mais famosa do país. Ela própria cansava de pedir para que Alex e a filha Marta não deixassem de contar a sua história.
O desafio foi assumido pela WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles, que ressaltam a importância de falar sobre uma mulher como Virginia Lane no mundo de hoje, ao contar toda a sua saga de pioneirismo, empoderamento e luta contra os preconceitos para se tornar uma das artistas mais representativas de toda uma geração.
‘A Vedete do Brasil’ é ainda um resgate e uma grande homenagem a todas as vedetes brasileiras, que, assim como Virginia, conseguiram superar imensas dificuldades, se impor perante o olhar torto dos moralistas e viraram verdadeiras estrelas.
Sinopse: Virginia Lane (1920-2014) foi uma artista que marcou época, enfrentou preconceitos e viveu histórias inacreditáveis em sua carreira como vedete. É véspera de Natal e Virgínia, já no final da vida, prepara a ceia para seus dois maiores afetos: a filha única, Marta, e o amigo Alex, que está a caminho. É uma época em que ela fica especialmente sensível e repassa a vida diante de seus olhos. Enquanto relembra episódios como a sua relação com o presidente Getúlio Vargas, o sucesso na televisão, no cinema e no teatro de revista, o preconceito sofrido dentro e fora de casa e todo o glamour das plumas e paetês, Virginia (Suely Franco) se reencontra com ela mesmo na juventude (Bela Quadros) e acerta as contas com a filha (Flávia Monteiro). Números musicais ao vivo embalam o espetáculo, com direito a canções marcantes, como “Sassaricando”, gravada pela primeira vez por Virginia no Carnaval de 1951.
As canções:
‘Listinha de Natal’ (Índia, Jorge Henrique)
‘Barracão’ (Luiz Antônio, Oldemar Magalhães)
‘Santo Antônio Casamenteiro’ (Antônio Almeida, Alberto Ribeiro)
‘Ninguém me Controla’ (Alcebíades Nogueira, Luiz de França, Nelson Bastos)
‘La Barca’ Roberto Cantoral
‘Mamãe Já Vem Aí’ (Nelson Castro, José Batista)
‘Menino triste’ (Autor desconhecido)
‘A Vedete Do Brasil’ – (Valsa de Luiz Antonio e Virginia Lane)
‘Amendoim Torradinho’ (Luiza Pereira, Freitas Carvalho)
‘É Baba de Quiabo’ (Arsênio de Carvalho, Virgínia Lane)
‘Somebody Loves Me’ (George Gershwin, Ballard MacDonald Buddy DeSylv)
‘Marcha da Pipoca’ (Luiz Bandeira, Arsênio de Carvalho)
‘Sassaricando’ (Luiz Antônio, Jota Júnior, Oldemar Magalhães)
A VEDETE DO BRASIL
Ideia original e pesquisa: Cacau Hygino
Texto: Renata Mizhari e Cacau Hygino
Direção: Claudia Netto
Direção musical: Alfredo Del-Penho
Com Suely Franco, Flávia Monteiro e Bela Quadros
Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles
Desenho de luz: Adriana Ortiz
Cenografia: Natália Lana
Cenógrafa assistente: Julia Marina
Cenotécnico: André Salles
Costureira de cenário: Nice Tramontin
Pintor de arte: Cássio
Equipe de cenotécnica: Paulo Sá, Walmir Junior, Márcio Domingues, Gilvan do Carmo, Gilmar Kalkman, Wellington Carmo, Vinícius Carmo, Ronaldo Ferrinha e Tayane Valle.
Figurino: Karen Brusttolin
Contra mestre / modelista: Fatima Félix
Costureiras: Vera Costa, Ivonete Lima, Ana Vitta, Maria Margarida de Oliveira,
Regiane Nascimento.
Assistente de figurino: Júlia Altahyde
Design de adereços: Ateliê Belisario Cunha
Bordadeiras: Val Justino
Sapateiro: Gomes calçados
Motorista de figurino: Ronaldo Santos
Direção de movimento: Dani Cavanellas
Diretora assistente: Ana Luiza Folly
Preparadora vocal: Luciana Oliveira
Assistente de produção: Thalia Peçanha
Designer gráfico: Lydia Spinassé e Jhonatan Medeiros
Fotos: Pino Gomes
Produção audiovisual: Quarta Dimensão
Gestão de Mídia: R+ Marketing
Marketing digital: Válvula Marketing
Designer de som: Gabriel D’ Angelo
Músicos: Antonio Guerra – Piano e acordeon
Rodrigo Revelles – Flauta, Sax, Tenor e Sax alto
Marcio Romano – Bateria e Percussão
Técnico de Som: Bernardo Aragão
Técnico de Luz: Bernardo Amorim
Camareira: Silvia Oliveira
Direção de Palco: Lucia Martinusso
Contrarregra: Adriana Oliveira
Designer de Som associado e Microfonista: Bernardo Nadal
Intérprete de Libras: Cristiano Souza
Assistente de interpretação: João Cunha
Consultor Cultural e Visagista: Alex Pinheiro
Coreógrafa de sapateado: Sarah Coutinho
Produção Executiva: Aline Gabetto e Clarice Coelho
Assistente de Produção: Thalia Peçanha
Gestão de Projetos: Deivid Andrade
Projeto Gráfico: Nós Comunicações – Leticia Andrade
Mídias Sociais: Ismara Cardoso
Estagiário de comunicação: Bruna Malacarne
Coordenação Administrativa: Letícia Napole
Assessoria de Comunicação: Pedro Neves
Contabilidade Vitória: Geovana Gava
Contabilidade Rio de Janeiro: Contemporânea Contabilidade
Assessoria Jurídica: Maia, Benincá & Miranda Advocacia
Produtora Associada: Arte Estúdio e Entretenimento e WB Entretenimento
Realização: WB Produções
SERVIÇO:
A VEDETE DO BRASIL – UM MUSICAL BRASILEIRO
De 30 de novembro a 28 de janeiro*
Quintas, sextas e sábados, às 19h30. Domingos, às 18h.
*não teremos apresentações nos dias 24 e 31 de dezembro e 04 e 05 de janeiro
As sessões de domingo vão contar com intérprete de libras.
Teatro Copacabana Palace
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 261 – Copacabana- Rio de Janeiro
Tel.: (21) 2548-7070
Ingressos a R$ 160,00 e R$ 80,00 (plateia), R$ 50,00 e R$ 25,00 (balcão) Visão parcial.
Compras via internet: www.sympla.com.br
Vendas na bilheteria do Teatro: duas horas antes de cada sessão.
Acesso ao Balcão apenas por escada.
Pessoas com mobilidade reduzida: Acesso apenas à plateia
Classificação Indicativa:12 anos
Duração: 90 minutos
Gênero: Musical
Teatro
Clássico de Alcides Nogueira retorna aos palcos com Bárbara Bruno no papel que marcou a carreira de sua mãe, Nicette Bruno

A peça “Gertrude, Alice e Picasso”, escrita por Alcides Nogueira em 1996 para celebrar os 50 anos de carreira da saudosa Nicette Bruno, ganha nova montagem no MI Teatro, em São Paulo. Desta vez, quem assume o papel de Gertrude Stein é Bárbara Bruno, filha de Nicette, que também celebra meio século de trajetória artística.
Com direção de Vanessa Goulartt, a peça conta com os atores Joca Andreazza e Patrícia Vilela no elenco e ficará em cartaz de 7 de fevereiro a 5 de abril de 2025, às sextas e sábados, às 20h.
A trama retrata três figuras fundamentais para a arte e a intelectualidade: Gertrude Stein, Alice B. Toklas e Pablo Picasso. Gertrude, escritora e colecionadora de arte, foi uma influente mentora de artistas e escritores da vanguarda europeia, reunindo em sua casa, em Paris, nomes como Ernest Hemingway, Henri Matisse e o próprio Picasso. Alice Toklas, sua companheira de toda a vida, desempenhou um papel crucial ao cuidar do cotidiano que permitiu a Stein se dedicar à sua obra, além de ser uma figura essencial na preservação do legado literário e artístico da época. Picasso, por sua vez, revolucionou o mundo da arte com o cubismo, marcando uma ruptura estética que redefiniu o conceito de modernidade.
Patrícia Vilela e Bárbara Bruno
A peça, portanto, não só celebra os laços afetivos entre essas personalidades históricas como também convida o público a refletir sobre os movimentos artísticos que transformaram a cultura no século XX e sobre acontecimentos da atualidade.
A montagem tem concepção original de Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho e trilha original composta por André Abujamra.
Gertrude, Alice e Picasso reforça a importância de preservar memórias e explorar a complexidade das relações humanas.
Joca Andreazza e Bárbara Bruno
O MI Teatro, fundado pela atriz Mara Carvalho, é um espaço anexo ao restaurante “El Mercado Ibérico”, proporcionando ao público a possibilidade de vivenciar uma experiência completa: Assistir a peça e saborear as delícias da cozinha espanhola.
“Gertrude, Alice e Picasso” traz à cena um diálogo atemporal entre arte, memória e legado, promovendo uma reflexão profunda e emocionante para o público paulistano.
Serviço:
Peça: “Gertrude, Alice e Picasso”
Autor: Alcides Nogueira
Elenco: Bárbara Bruno, Patrícia Vilela e Joca Andreazza
Direção: Vanessa Goulartt
Concepção original: Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho
Luz: César Pivetti
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Caracterização: Beto França
Trilha composta: André Abujamra
Trilha sonora: Ricardo Severo
Onde? MI Teatro
Rua Pamplona, 310
Quando?
De 07 de fevereiro a 05 de abril de 2025.
Sextas e sábados às 20h.
Valor do ingresso: R$80,00 Meia R$40,00
Ingressos à venda no Sympla
Cultura
A força da mulher nordestina: Do premiado autor Newton Moreno, “As Cangaceiras – O Musical” chega ao Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea

Inspirado em depoimentos de mulheres envolvidas no cangaço, espetáculo com direção de Rafaela Amado faz curtíssima temporada de 28 de janeiro a 12 de fevereiro, terças e quartas-feiras, às 20h
A história de mulheres fortes e destemidas que marcaram o Brasil chega aos palcos cariocas. Com direção artística de Rafaela Amado e produção da Encantarte, “As Cangaceiras – O Musical”, do premiado autor pernambucano Newton Moreno, faz curtíssima temporada no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, de 28 de janeiro a 12 de fevereiro, terças e quartas-feiras, às 20h.
Indicada ao Prêmio Shell 2019 na categoria de melhor dramaturgia, indicada ao Bibi Ferreira 2019 em 10 categorias e vencedora do prêmio APCA de melhor dramaturgia, a peça acompanha a saga de Serena, uma mulher do cangaço que busca encontrar seu filho, antes dado como morto, como fio condutor de um enredo que questiona os mecanismos de opressão encontrados dentro do próprio cangaço.
– Trata-se de uma fábula inspirada nos depoimentos de mulheres que seguiam os bandos nordestinos que atuavam contra a desigualdade social na região e promove uma reflexão sobre o papel do feminino dentro desse sistema – conta Rafaela Amado.






A musicalidade é outro ponto forte da peça, que presta uma verdadeira homenagem à cultura nordestina, com músicas e letras originais de Fernanda Maia e Newton Moreno compostas especialmente para o espetáculo. As canções costuram o enredo enquanto ajudam o espectador a se conectar inteiramente com os dilemas e sentimentos de cada personagem. A direção musical é de Chiara Santoro.
– Será a oportunidade de fazer um grande mergulho nas tradições nordestinas com uma emocionante aventura guiada por personagens complexos e cativantes – destaca a diretora.
Ficha técnica:
Produção: Encantarte
Coordenação Artística e Design: Caio Godard
Texto e Letras Originais: Newton Moreno
Músicas Originais: Fernanda Maia
Direção Geral: Rafaela Amado
Direção Musical: Chiara Santoro
Direção de Movimento: Malu Cordioli
Assistente de Direção Geral: Nanan Gonzaga
Assistente de Direção Geral: Ísis Lua
Assistente de Direção Musical: Carol Vanni
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Cenário: Nello Marrese
Consultoria de Figurino: Layse Medeiros
Fotos: Paulo Aragon
Estudo da Obra: Gerson Steves
Elenco: Alessandra Martins, Ana Belarmino, Camila Paola, Claire de Lua, Dani Saboia, Eduardo Neiva, Gabriel Lemos, Gisele Castro, Guilherme Pinheiro, Keren Silveira, Layse Medeiros, Léo Patrocínio, Luiza Jorgi, Murici Lima, Nádia Nogueira, Paulo Oliveira, Pedro Aran, Prit Soares, Rapha Moreira, Rodrigo Trindade, Simone Bittencourt, Stephanie Costa, Thobias Araújo, Valléria Freire, Vini Duarte e Wanderlucy Bezerra
Serviço:
“As Cangaceiras – O Musical”
Estreia: 28/01
Temporada: de 28/01 até 12/02, terças e quartas-feiras, às 20h
Local: Teatro dos Quatro – Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52, loja 265, 2o andar, Gávea – Rio de Janeiro
Ingressos: R$ 45 (meia-entrada) e R$ 90 (inteira), vendas na bilheteria do teatro ou na plataforma Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/101587/
Tel.: (21) 2239-1095 / 97309-6234
Duração: 120 min
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
Rede social: https://www.instagram.com/ascangaceirasmusicalrj/
Cultura
Premiado multiartista Muato realiza oficina inédita de música para teatro no MUHCAB, na Gamboa

“Oficina de Som e Silêncio” acontece de 28 de janeiro a 01 de fevereiro, das 13h às 17h
Quais são os caminhos de expressão da musicalidade no teatro? Esse é o ponto de partida da “Oficina de Som e Silêncio”, evento que o premiado multiartista Muato lança em 2025 e que terá a sua primeira edição do dia 28 de janeiro a 01 de fevereiro, das 13h às 17h, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), na Gamboa, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. As inscrições serão divulgadas e abertas na rede social de Muato: @muatomuato.
O projeto é contemplado pelo edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura carioca, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura. Nessa experiência destinada a profissionais e estudantes de artes cênicas, o aclamado diretor musical – duplamente indicado e ganhador do Prêmio Shell de Teatro em 2024 – tem como referência a sua trajetória e concepção criativa para transmitir aos alunos inscritos o conhecimento que o faz criar, performar e adaptar textos teatrais com uma expressão musical contemporânea e performativa.
Ao longo de cinco dias consecutivos, Muato transmitirá seu conhecimento e visão sobre percussão corporal, uso não tradicional da voz, o ritmo do texto, composição para cena e aspectos que observa, envolve e aplica em sua vivência nos palcos. Cada dia contém uma programação que visa aprofundar conhecimentos e caminhos a serem vivenciados pelos inscritos de forma prática.
De acordo com o multiartista, o projeto tem o propósito de contribuir para a cena teatral da cidade a partir da provocação de novas perspectivas artísticas na relação entre música e teatro, gerando, com isso, novas abordagens e conduções nas futuras produções artísticas realizadas pelos profissionais e estudantes impactados. Desde o início de seu processo como diretor musical de teatro, ele lembra que nunca tomou conhecimento sobre nenhum curso ou oficina que tivesse como objetivo principal aprofundar aspectos da abordagem musical dentro da linguagem teatral, o que o motivou a mudar essa realidade.
– A vocação musical da cidade se reflete na abundante produção teatral com temática musical ou com forte presença da música nos espetáculos aqui nascidos. No entanto, a formação de profissionais capacitados tanto para performar (atores, por exemplo), quanto para criar (diretores musicais e compositores para teatro, por exemplo) tem fragilidades devido ao tempo necessário para adquirir tais habilidades e à falta de um processo didático e organizado de transmissão desse conhecimento. Com a oficina, queremos formar artistas mais preparados para as futuras produções na cidade, mas também multiplicadores de conhecimento – destaca Muato.
Acessibilidade
A oficina contará com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência e bolsas com gratuidade para estudantes de baixa renda.
O MUHCAB fica na rua Pedro Ernesto, 80, na Gamboa.
Sobre Muato
Artista da música desde a infância e há oito anos produzindo intensamente para a cena teatral, Muato se destaca pelo uso criativo da musicalidade em cena. Com a utilização de conhecimentos pouco convencionais, como a percussão corporal, surpreende também na capacidade de composição e vem se notabilizando e tendo reconhecimento, sendo premiado pelo Prêmio APTR em 2020 por “Oboró – Masculinidades Negras” e atualmente duplamente indicado ao maior prêmio de teatro do Brasil, o Prêmio Shell de Teatro, pela música de “Chega de Saudade!”, ao lado de Felipe Storino, e de “Pelada – A Hora da Gaymada”.
Na Alemanha, foi premiado como produtor musical, pelo álbum da cantora Denise Krammer, recebendo seis prêmios pela crítica alemã especializada do AWARDS DEUTSCHER ROCK & POP PREIS 2019, entre eles os de: “Melhor Álbum de World Music”, “Melhor Álbum de Pop Latino” e “Melhor Arranjo”.
Um dos diretores musicais mais atuantes do circuito carioca, circula, no período de apenas um ano, com oito espetáculos em que assina a direção musical: “Pelada – A Hora da Gaymada”, “O Pequeno Herói Preto”, “Negra Palavra – Solano Trindade”, “Chega de Saudade!”, “O Admirável Sertão de Zé Ramalho”, “Guasú”, “Abismo de Rosas” e “Ray — Você Não Me Conhece”.
