Saúde
ACBG Brasil alerta para sinais do câncer de cabeça e pescoço e destaca diagnóstico precoce

A ACBG Brasil – Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço promove a 9ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, com o tema “Da boca aos pulmões: inspire prevenção, expire saúde”.
A iniciativa reforça a importância de escolhas saudáveis, atenção aos sinais e sintomas iniciais e busca por diagnóstico precoce, fatores que podem fazer toda a diferença nos resultados do tratamento.
A campanha também convida a sociedade a integrar esforços em prol da prevenção, da informação de qualidade e da defesa de políticas públicas que garantam o cuidado integral aos pacientes.
Neste ano, as ações se estendem até o dia 5 de agosto e integram um movimento mais amplo de mobilização pela saúde. Além de marcar o 27 de julho, Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, a iniciativa também dialoga com o 1º de agosto, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, reforçando a necessidade de atenção à metástase pulmonar decorrente de tumores de cabeça e pescoço.
“Receber um diagnóstico de câncer ainda assusta. Muita gente se desespera por causa do estigma que a doença ainda carrega na sociedade. Mas a medicina avançou bastante, e quando o câncer é descoberto no início, muitos casos podem ser curados.
O problema é que os tumores de cabeça e pescoço ainda chegam com frequência em estágios avançados, o que pode causar mutilações que seriam evitáveis”, destaca a fundadora e presidente voluntária da ACBG Brasil, Melissa Medeiros.
“Há 10 anos, a ACBG Brasil trabalha para mudar essa realidade, e esta 9ª edição da campanha é mais uma oportunidade de reforçar a importância da informação, do cuidado e do diagnóstico precoce”, afirma Melissa, que é sobrevivente de câncer de laringe, laringectomizada total e traqueostomizada definitiva, pessoa com deficiência física que demanda necessidades especiais.
Somados, os tumores de cabeça e pescoço ocupam o 4º lugar em incidência
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra, anualmente, cerca de 40 mil novos casos de tumores localizados na região da cabeça e pescoço. Esses cânceres afetam áreas das vias aéreo-digestivas superiores, como cavidade oral, glândula tireoide e laringe. O número reforça a necessidade de intensificar ações de prevenção, diagnóstico precoce e ampliação do acesso ao tratamento para milhares de brasileiros.
Atenção aos sinais e sintomas e fatores de risco
Os tumores de cabeça e pescoço podem demorar para apresentar sintomas e, muitas vezes, são diagnosticados em estágios avançados. O tratamento, que pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, tem a possibilidade de deixar sequelas irreversíveis, mexendo com a estética facial, com a deglutição e alimentação, com a fala e a voz.
Por isso, é importante conhecer e ficar atento aos sinais mais comuns destes tipos de tumores, como:
• Ferida no rosto ou boca que não cicatriza;
• Mancha avermelhada ou esbranquiçada nos lábios e cavidade oral
• Dor persistente na região da face;
• Obstrução persistente e sangramento nasal;
• Alterações oculares (movimentação ocular ou visão);
• Irritação ou dor na garganta;
• Perda de peso sem motivo aparente;
• Mau hálito frequente;
• Dentes moles ou dor em torno deles.
E também evitar os principais fatores de risco:
• Consumo de tabaco (cigarros, incluindo palha, seda e eletrônicos, narguilés, cachimbos e quaisquer outros derivados) e álcool;
• Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral);
• Consumo de bebidas quentes, principalmente as tradicionalmente servidas em temperaturas muito altas, como o chimarrão/mate;
• Exposição excessiva ao sol (câncer de lábios, couro cabeludo);
• Exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno, produtos radioativos;
• Infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), que pode causar a mononucleose infecciosa, uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas.
Defesa dos direitos do paciente
Ao completar uma década de atuação, a ACBG Brasil reforça seu papel como protagonista na luta por políticas públicas e conscientização sobre a doença.
Desde o lançamento da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, a organização vem acumulando conquistas importantes, como a sanção da Lei 14.328, em abril de 2022, que instituiu julho como o Mês Nacional de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.
A ACBG Brasil é integrante do Conselho Nacional de Saúde e também faz parte do Conselho Consultivo do INCA (Consinca), órgão que assessora o Ministério da Saúde nas propostas de formulação, regulamentação e supervisão das ações de oncologia no país. A ACBG Brasil também trabalha ativamente para que a nova Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), sancionada em dezembro de 2023, seja implementada, para melhorar a atenção integral ao paciente oncológico em nosso país.
Saúde
Transplante Capilar: rigor do CFM reforça importância de especialistas e Dra. Camila Hoffmann se destaca

O transplante capilar, antes restrito a poucos especialistas, ganhou popularidade e tornou-se um dos procedimentos mais procurados por homens e mulheres que desejam recuperar a densidade dos fios e a autoestima. Mas com o aumento da demanda, veio também a necessidade de regulamentar quem está realmente habilitado a realizar esse tipo de cirurgia.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM) — órgão máximo responsável pela fiscalização, ética e normatização da atividade médica no Brasil —, apenas médicos especialistas em dermatologia ou cirurgia plástica, com Registro de Qualificação de Especialista (RQE), podem assumir a responsabilidade técnica (RT) de clínicas ou hospitais que realizam transplantes capilares.
A determinação está em conformidade com o papel do CFM de orientar os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) em cada estado e zelar pela ética profissional. Na prática, isso garante que os pacientes sejam atendidos por profissionais com formação adequada para avaliar o couro cabeludo, indicar o procedimento correto e executar a cirurgia com segurança.
A especialização em dermatologia dá ao médico as ferramentas necessárias para diagnosticar doenças do couro cabeludo, como a alopecia androgenética, e planejar o transplante capilar de forma precisa e personalizada. Esse conhecimento técnico é o que permite resultados mais naturais e uma recuperação saudável da pele.
“O transplante capilar é um procedimento cirúrgico que exige planejamento, técnica e responsabilidade. O médico é quem deve indicar ou não a cirurgia, de acordo com as reais necessidades do paciente”, explica a dermatologista Camila Hoffmann, que vem se destacando pela qualidade e segurança de seus tratamentos.
A trajetória da Dra. Camila Hoffmann
Especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Camila Hoffmann atua há mais de uma década na área e é uma das profissionais mais requisitadas em São Paulo quando o assunto é saúde capilar e transplante. À frente da Clínica Dermatológica Dra. Camila Hoffmann, ela oferece atendimentos em dermatologia clínica, cirúrgica, cosmiátrica e tricologia, com foco em tratamentos capilares, faciais e corporais.
Desde a primeira consulta, a médica prioriza a comunicação e o esclarecimento.
“É muito importante que o médico explique todo o processo cirúrgico antes que ele seja iniciado. A boa comunicação é fundamental”, ressalta a doutora.
Além da prática clínica, a médica também tem sólida experiência hospitalar. Foi chefe da equipe dermatológica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, entre 2017 e 2024, e atua até hoje em cirurgias e atendimentos ambulatoriais na unidade Paulista.
Reconhecida por sua atuação técnica e científica, Dra. Hoffmann também ministra cursos para médicos, nas áreas de microagulhamento, drug delivery e terapia capilar, contribuindo para a formação de novos profissionais.
Fora dos centros cirúrgicos, ela é referência em doenças do couro cabeludo, tratando condições que vão desde dermatites até quedas capilares severas. “O couro cabeludo é um órgão vivo e merece cuidados diários. Pequenos hábitos fazem diferença na prevenção de doenças e no crescimento saudável dos fios”, reforça.
Com uma carreira construída sobre ética, atualização constante e resultados consistentes, a Dra. Camila Hoffmann simboliza a nova geração de dermatologistas que une ciência, estética e responsabilidade médica — valores que estão no cerne das diretrizes do Conselho Federal de Medicina para garantir segurança e qualidade nos transplantes capilares realizados no Brasil.
Saúde
Projeto ‘Menina, Moça – Mulher’ do Instituto Carlos Chagas promove ação de Outubro Rosa com foco na saúde feminina

Iniciativa coordenada pelo Dr. Ricardo Cavalcanti oferece rodas de conversa, atividades de autocuidado e orientações sobre prevenção ao câncer de mama
O Instituto Carlos Chagas (ICC), sob a presidência do professor e médico Ricardo Cavalcanti Ribeiro, realiza nesta quinta-feira, 16 de outubro, uma programação voltada à saúde e ao bem-estar da mulher. A ação acontece por meio do projeto Menina, Moça – Mulher, braço social da instituição que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social.
O evento começa às 10h, na sede do instituto localizada na Av. Mem de Sá, 254, Centro do Rio de Janeiro. A proposta é ampliar o acesso à informação, à prevenção e aos cuidados com a saúde feminina, especialmente no contexto do Outubro Rosa.
Ao longo do dia, o público poderá participar de rodas de conversa que abordarão temas essenciais para a saúde da mulher. Entre os assuntos em discussão estão a importância da educação em saúde no câncer de mama, mitos e verdades sobre osteoporose e artrose, além de ações relevantes e políticas no combate à violência contra a mulher.
Acolhimento e cuidado integral
As participantes também terão acesso a discussões sobre os impactos psicológicos da violência e a defesa pessoal como ação educativa e preventiva. Durante o evento, serão oferecidas atividades de embelezamento feminino, terapias complementares e auriculoterapia, em um ambiente acolhedor e de troca de experiências.
Haverá ainda um bazar com produtos desenvolvidos nas oficinas do projeto, que refletem o trabalho de capacitação realizado ao longo dos anos.
Trajetória de impacto social
O projeto Menina, Moça – Mulher é coordenado pelo Dr. Ricardo Cavalcanti e já beneficiou cerca de 4 mil mulheres com oficinas de capacitação, consultas médicas e ações voltadas à promoção da saúde integral. “O Outubro Rosa é um momento de reforçar a importância da prevenção e do cuidado com a saúde feminina. Nosso projeto nasceu justamente com esse propósito: acolher, orientar e fortalecer mulheres que precisam de apoio e oportunidades“, afirma o Dr. Ricardo Cavalcanti.
O Instituto Carlos Chagas atua há 66 anos na promoção da saúde, educação e bem-estar social. A instituição privada sem fins lucrativos oferece mais de 30 cursos, mantém parcerias com 29 hospitais, conta com 25 professores titulares e cerca de 380 alunos. Além de funcionar como faculdade voltada ao ensino médico, o ICC desenvolve pesquisas e atividades de relevância pública.
SERVIÇO
Ação do Outubro Rosa no projeto Menina, Moça – Mulher do ICC
Data: 16 de outubro (quinta-feira)
Horário: a partir das 10h
Local: Av. Mem de Sá, 254 – Centro, Rio de Janeiro
Evento gratuito e aberto ao público
Saúde
Psoríase: saiba mais sobre a doença crônica e as formas de tratamentos

A médica Isabel Martinez afirma que empatia, acolhimento e ausência de julgamento fazem parte da jornada de cuidado
A psoríase é uma doença crônica, inflamatória e imunomediada que pode afetar pele, unhas e articulações, mas também repercutir na saúde emocional. Estudos científicos, incluindo uma meta-análise publicada no JAMA Dermatology, mostram que pessoas com psoríase têm risco aumentado de desenvolver depressão e ansiedade, especialmente nos casos mais graves.
Segundo a médica Prof. Dra. Isabel Martinez, Pós-Graduada em Cosmetologia e Tricologia e CEO da Clínica Martinez, esse dado reforça a necessidade de olhar para a psoríase de forma integral, entendendo que vai muito além da pele. “Por isso, o apoio humano é tão importante quanto o tratamento médico. Quem convive com alguém que tem psoríase deve saber que esse paciente pode estar enfrentando desafios emocionais profundos. Empatia, acolhimento e ausência de julgamento fazem parte da jornada de cuidado”, comenta.
Ela afirma que, embora não exista cura definitiva, hoje existem diversas opções de tratamento altamente eficazes que controlam a doença, reduzem o impacto físico e emocional e proporcionam qualidade de vida. “Cada paciente deve ser avaliado individualmente, e o acompanhamento médico é essencial para ajustar a conduta conforme a gravidade e as necessidades de cada pessoa”.
Dra. Isabel Martinez, explica que a psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de base imunológica, que pode atingir também unhas e articulações. “Sua origem envolve predisposição genética associada a alterações do sistema imunológico, que levam a uma renovação acelerada e desorganizada da pele. Entre os genes mais estudados está o HLA-C*06:02, mas diversos outros também estão implicados”.
De acordo com a médica, Infecções (especialmente de garganta por estreptococos, ligadas à psoríase gutata), traumas na pele (fenômeno de Koebner), estresse emocional, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e uso de determinados medicamentos, como lítio e antimaláricos podem ser gatilhos para a condição.
A médica explica que a psoríase pode se manifestar em qualquer idade. “Um terço dos casos aparece ainda na infância ou adolescência, mas a maioria se manifesta na vida adulta. É possível que um adulto desenvolva psoríase mesmo sem nunca ter tido lesões na infância”.
Segundo Dra. Isabel, é preciso evitar fatores que podem agravar a doença: cigarro, consumo excessivo de álcool, obesidade, estresse e traumas na pele. “Também é importante discutir com o médico o uso de medicamentos que possam piorar a condição”.
A doença não tem cura definitiva, mas existem tratamentos muito eficazes. A médica listou eles:
– Nos casos leves, são usados medicamentos tópicos, como corticoides e derivados da vitamina D.
– Em quadros moderados a graves, podem ser indicados medicamentos sistêmicos (como metotrexato, ciclosporina, acitretina), fototerapia e terapias biológicas que bloqueiam citocinas inflamatórias específicas, com grande impacto positivo na qualidade de vida.
“O tratamento é sempre individualizado, considerando a gravidade da doença, o impacto na vida do paciente e a presença de comorbidades, como artrite psoriásica e doenças cardiovasculares. Vale lembrar que diversas figuras públicas já compartilharam o diagnóstico de psoríase, como Juju Salimeni, Kim Kardashian e Kelly Key. Esses relatos ajudam a dar visibilidade à condição e a reduzir o estigma em torno da doença, parabéns a estas ilustres mulheres que se colocaram em uma posição de vulnerabilidade a faltem de si, para ajudar outras mulheres”.
Se você tem psoríase ou conhece alguém com a doença, ofereça apoio e incentive a procurar um especialista próximo da sua casa. O acompanhamento adequado faz diferença não apenas na pele, mas também na saúde geral e no bem-estar emocional..
Sobre Isabel Martinez – CRM-SP 115398
Médica, professora e CEO da Clínica Martinez. Pós-graduada em Cosmetologia e Tricologia. Membro da American Society for Laser Medicine and Surgery (ASLMS) e idealizadora do Climex Academy, centro de inovação, pesquisa e educação voltado para uma visão diferenciada da saúde da mulher no climatério e na menopausa, incluindo aspectos além do hormônio. Com mais de 20 anos de experiência, atua na interface entre ciência, tecnologia e inovação, com foco em saúde, qualidade de vida e bem-estar.