Economia
Alta nas taxas abre espaço para investir em Tesouro prefixado e Inflação, diz Santander Brasil

A perspectiva de juros mais elevados por mais tempo nos EUA, tensões geopolíticas, uma maior cautela com o quadro fiscal no Brasil e a visão de que o diferencial de juros entre aqui e lá fora pode reduzir a chance de cortes maiores na Selic mexeram com o humor dos mercados nas últimas semanas. Diante de uma maior aversão ao risco, os prêmios dos títulos do Tesouro Direto prefixados e atrelados à inflação subiram bastante no período recente. Mas será que este é um bom momento para investir nestes títulos públicos de renda fixa?
“Sem dúvida, este movimento abre espaço para alocação, principalmente em títulos prefixados, desde que o investidor tenha perfil para tomar risco”, afirma Caio Camargo, estrategista de Investimentos do Santander Brasil. Camargo observa que a maior volatilidade do ambiente externo, que acaba afetando o cenário doméstico, pode fazer com que as taxas oscilem bastante – a chamada marcação a mercado – gerando oportunidades de entrada. Além disso, manter os ativos na carteira até a data de vencimento seria uma opção interessante para quem tem horizonte de longo prazo para investir.
Considerando o cenário do Departamento Econômico do Santander de que o Banco Central brasileiro deve cortar a taxa básica de juros até 9% no fim de 2024, e mais um ponto percentual em 2025, as taxas dos títulos prefixados – hoje ao redor de 10% – estão elevadas ,e os prêmios podem ficar ainda um pouco melhores, avalia o estrategista. “Pode ser que a marcação de curto prazo sofra um pouco, mas pensando no longo prazo, é um investimento atrativo que pode fazer sentido para todos os investidores, com percentual de alocação na carteira adequado ao seu perfil”.
Sobre os títulos públicos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, Camargo aponta que taxas próximas de 6% acima do índice são boas oportunidades de investimento, e também uma forma de proteção na carteira. “Se o mercado se estressar demais e tivermos uma inflação mais alta do que o esperado, esse título protege o investidor do possível repique nos preços”, explica.
Independentemente do ânimo dos mercados, o estrategista do Santander lembra que sempre é importante estar adequado ao seu perfil de investidor e com uma carteira bem diversificada. “O momento está um pouco complicado, mas é na adequação ao seu perfil e na diversificação que o investidor vai encontrar proteção e rentabilidade”.
Veja a Carteira Modelo completa do Santander Brasil, com recomendações para investir por perfil de risco em
https://cms.santander.com.br/sites/WPS/documentos/arq-carteira-modelo-abril-24-nova-versao/24-04-10_124404_guia-mensa-lde-investimentos-abri-l2024-v2.pdf
Economia
Os impactos da reforma tributária para o varejo supermercadista

A
iminente reforma tributária traz consigo significativas mudanças para o varejo
supermercadista e atacadista, focadas na implementação do IBS (Imposto sobre
Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Estas medidas
não apenas impactarão diretamente o setor, mas também exigirão adaptações
profundas na gestão tributária e no fluxo de caixa das empresas.
Segundo
Fabio Silva, especialista em ciências contábeis pela USP e consultor da BMS
Projetos, a transição para o IBS e CBS aumentará consideravelmente a
complexidade da cadeia de fornecimento. “A necessidade de monitorar tributos
em cada etapa e garantir conformidade fiscal dos fornecedores demandará a
implementação de sistemas de apuração baseados em médias históricas, com
ajustes subsequentes”, destaca o especialista.
A
introdução desses novos sistemas, porém, levanta preocupações quanto à
integridade dos dados, especialmente durante a fase inicial de implementação.
Enquanto a CBS será implantada de forma mais rápida, o IBS exigirá planejamento
cuidadoso e ajustes contínuos ao longo dos anos.
Para
os participantes do Simples Nacional, a adesão ao IBS e CBS poderá ser
estratégica para manter a competitividade no mercado, apesar da necessidade de
optar pela geração de créditos tributários. Por outro lado, fornecedores do
Simples que não aderirem poderão enfrentar dificuldades em competir em
licitações e negociações com grandes compradores.
O
novo regime de split payment, que antecipa o pagamento dos tributos pelo
comprador, visa garantir a efetiva geração de créditos ao longo da cadeia
produtiva. Contudo, para supermercados e atacadistas, isso representa um
desafio significativo, impactando diretamente o fluxo de caixa e a
sustentabilidade financeira das empresas, especialmente aquelas com margens
reduzidas e vulneráveis à inadimplência de clientes e fornecedores.
Além
disso, a gestão de inadimplência fiscal na cadeia de valor exigirá ferramentas
robustas de monitoramento fiscal, cláusulas contratuais rigorosas e
investimentos em compliance para mitigar riscos fiscais.
A
reforma também redefine a tributação de produtos, com itens essenciais isentos
de IBS e CBS e a aplicação de impostos seletivos sobre produtos prejudiciais à
saúde e ao meio ambiente. Isso impõe novos desafios operacionais aos
supermercados, incluindo a necessidade de adaptação dos sistemas de
classificação e uma educação clara aos consumidores sobre os impactos nos
preços.
Para
o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro
(ASSERJ), Fábio Queiróz, empresas que se adaptarem proativamente às mudanças
poderão se diferenciar no mercado ao promover produtos sustentáveis e
saudáveis, alinhando-se às novas exigências tributárias e às expectativas dos
consumidores. “Estamos sempre atentos às mudanças e transformações. A Escola
ASSERJ, em parceria com a PWC, vai realizar, no dia 18 de fevereiro, um
workshop online voltado para os associados supermercadistas, para apresentar as
mudanças que podem impactar o varejo e prepará-los para se adaptar de forma
estratégica e ágil”, enfatiza o executivo.
Sobre
a ASSERJ
Foi
com um pequeno número de associados que nasceu a Associação de Supermercados do
Rio de Janeiro – ASSERJ, mais precisamente em 1969, um ano após a atividade
supermercadista ser definida e regulamentada no País. Criada com o intuito de
fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado, a ASSERJ atendeu bem
ao seu objetivo principal. Há mais de cinco décadas representando e defendendo
os interesses do setor, a ASSERJ adquiriu know-how no setor supermercadista,
oferecendo aos seus associados cursos de aperfeiçoamento, palestras,
consultoria e assessoria na área jurídica, gestão, recursos humanos, prevenção
de perdas, alimentos seguros e marketing, além de muitas outras atividades
relevantes para o setor.
Mais
informações: https://asserj.com.br/
Instagram:
@asserjsupermercados
LinkedIn:
https://www.linkedin.com/company/asserjsupermercados/
Economia
Cai o número de endividados no país, aponta entidade do comércio

Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas caiu no país, chegando a 76,1%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado de janeiro representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 p.p. no comparativo com o mesmo período em 2024.
Em janeiro, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas, o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias destinaram 30% dos ganhos para esta finalidade, um aumento de 0,2 p.p.. O estudo mostrou o crescimento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar “muito endividada”, contra 15,4% no final do ano passado.
“Os juros elevados e a seletividade do crédito fazem com que os consumidores procurem fazer menos dívidas e, como efeito adverso, aumentam sua percepção de endividamento. A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Segundo a entidade, como consequência dessa preocupação crescente, menos famílias estão com dívidas em atraso. Elas agora representam 29,1%, diante dos 29,3% de dezembro. O percentual daquelas que não têm condições de pagar o que devem também teve recuo mensal, de 13% para 12,7%. Apesar disso, os resultados ainda se mantêm acima dos patamares observados em janeiro de 2024, de 28,3% e 12%, respectivamente.
“Apesar da queda do endividamento, as dívidas estão consumindo uma parcela maior da renda das famílias brasileiras, especialmente por causa dos juros altos e prazos mais curtos. Esse cenário pode manter a inadimplência em patamares elevados nos próximos meses”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
A pesquisa também analisou o endividamento por faixa de renda. Houve queda de 0,8 p.p. entre as famílias que recebem mais de dez salários mínimos (65,3%) e de 1 p.p. entre as que ganham até três salários mínimos (79,5%), no comparativo com dezembro.
As famílias mais vulneráveis – até 3 salários mínimos – representaram o único grupo cujo percentual de endividamento aumentou, na comparação com janeiro de 2024 (79,2%).
Já a saída da inadimplência demonstra ser um caminho mais longo. A redução da parcela de consumidores com dívida em atraso ocorreu apenas entre os que ganham de três a cinco salários mínimos, saindo de 28,1% em dezembro para 27,5%. No decorrer de 1 ano, houve alívio apenas na faixa entre cinco e dez salários mínimos, com o índice caindo de 22,7% para 22%.
O cartão continua sendo a principal modalidade de crédito utilizada pelos consumidores, atingindo 83,9% do total de devedores, mesmo com a retração de 2,9 p.p., na comparação anual. Em contrapartida, destacam-se o crédito pessoal, com um aumento de 1,3 p.p., atingindo 10,9%, e os carnês, com crescimento de 0,6 p.p. em relação a 2024, chegando a 16,8%.
Apesar da recente melhora dos índices de endividamento e inadimplência, a CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias brasileiras endividadas e 29,8% inadimplentes.
“A necessidade de recorrer ao crédito para consumo, somada à manutenção de juros elevados, deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores brasileiros”, disse o economista Felipe Tavares.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Economia
Caixa Tem passa a ser desbloqueado pelo WhatsApp

Principal aplicativo usado para o pagamento de benefícios sociais e trabalhistas, o Caixa Tem teve a navegação e o acesso simplificados. O aplicativo poderá ser desbloqueado por WhatsApp, sem a necessidade de o usuário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal caso tenha esquecido o código de acesso.
O processo 100% digitalizado também vale para a criação de acesso, recuperação de senha e atualização cadastral. No caso de atualização das informações, o usuário poderá mudar dados obrigatórios como telefone, e-mail, endereço e renda. Em casos de troca de celular, o registro do novo número também foi simplificado.
A liberação de contas bloqueadas poderá ser feita rapidamente, sem a necessidade de e-mail para confirmação do usuário. Apesar da simplificação, a Caixa informa que o processo ficou mais seguro com a adição de novas camadas de segurança.
A validação do celular passa a ocorrer por meio do WhatsApp do titular da conta, de forma automática, ampliando o alcance para regiões remotas, bastando ao cliente ter um ponto de conexão com a internet.
Passo a passo
Ao abrir o Caixa Tem, o cliente deve informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o número de telefone para fazer o login. Em seguida, a Caixa enviará um código de verificação por meio do WhatsApp oficial da instituição financeira (0800-104-0104).
Nos aparelhos Android, não será necessário copiar e colar o código. O preenchimento no Caixa Tem é automático. Nos aparelhos iPhone, o cliente terá de copiar o código no WhatsApp e colá-lo no Caixa Tem.
Em seguida, o cliente terá de fazer o processo de autenticação facial, tirando uma selfie e seguindo as orientações do aplicativo. Se, por algum motivo, não conseguir concluir essa etapa, deve ir até um caixa eletrônico, clicar em “Entrar” e depois escolher a opção “Liberar acesso CAIXA TEM”, utilizando sua biometria digital ou o cartão da conta com senha.
Em alguns casos, pode ser necessário enviar uma foto da Carteira Nacional de Habilitação ou da Carteira de Identidade para concluir o cadastro. Novamente, se o usuário não conseguir enviar o documento, pode ir ao caixa eletrônico e usar a biometria digital ou o cartão da conta com senha para concluir o cadastro.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc