Meio Ambiente
Ana Luiza Varella apresenta na exposição ‘Somos Todos Amazônia’ a instalação ‘Amor às nossas águas’ e a pintura “Auêre-Auára: Ritual das Águas”, que homenageia os atletas que surfam a Pororoca

Com curadoria de Marcia Marschhausen e Alcinda Saphira,a artista busca conscientizar sobre a preservação dos mares, rios e da floresta amazônica.
A artista plástica Ana Luiza Varella participa da exposição “Somos Todos Amazônia – por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, no Espaço Cultural da Marinha, cujo tema principal de seu trabalho é o fenômeno da Pororoca, motivada por pesquisas sobre a floresta e as questões ambientais que envolvem a Amazônia Legal com foco na relação das águas do rio Amazonas com a floresta e o oceano. São pinturas, uma instalação e uma homenagem aos atletas que surfam a Pororoca.
Seu trabalho, que faz parte da Pré-Bienal Amazônia, apresenta uma instalação que promete impactar e conscientizar sobre a importância da preservação dos mares, rios e da Amazônia. Além da instalação ‘Pororoca’, a pintura “Auêre-Auára: Ritual das Águas” é uma homenagem aos atletas que surfam a pororoca. Eles realizam um ritual de confraternização com a comunidade, em prol da preservação ambiental e proteção das águas da Pororoca.
Auêre-Auára advém da comunicação dos povos originários e dá nome ao ritual feito antes de irem surfar. Auêre significa luz e Auára significa reflexo da luz. O uso do termo expressa a troca de energia intensa entre indivíduos. A luz de um indivíduo é passada para o outro indivíduo. Essas palavras também passam a mensagem de comprometimento com a preservação das águas do planeta.
A exposição conta com artistas convidados da Saphira & Ventura Gallery e do Coletivo BB, até o 16 de fevereiro de 2025, que junta arte e “Amazônia Azul” do acervo da Marinha do Brasil, apresentando a Pré-Bienal Amazônia, com o tema “Somos Todos Amazônia – por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, já se preparando para a COP 30.
Pororoca é um termo que vem do Tupi e significa “Grande Estrondo”, o som de explosão que se ouve na floresta quando as águas do mar encontram as águas do rio. O movimento das ondas, sua circularidade e a força das correntes e das marés, que se desfazem e percorrem distâncias imprevisíveis sempre a atraíram. É um fenômeno natural impactante, espetáculo de beleza e destruição, que avança sobre as margens, arrancando árvores e redefinindo o leito dos rios; ocorre na foz do rio Amazonas, no litoral dos Estados do Pará e do Amapá e no Maranhão, na foz do rio Mearim.
Entretanto, o fenômeno do embate das águas dos rios caudalosos com as águas do mar encontra-se hoje ameaçado pelo desafio da seca que se alastra por muitas regiões da Amazônia, provocada não só por questões climáticas, mas, principalmente, pela ação humana, por desmatamentos e queimadas. As consequências são assustadoras e repercutem em todo o País.
“Rios caudalosos estão secando, deixando comunidades ribeirinhas impedidas de pescar e de se locomover; queimadas destroem a fauna e a flora e ameaçam a vida dos moradores da região, que, isolados, sofrem com a falta de acesso a alimentos, remédios e escolas. Sem água o Povo adoece e a Natureza agoniza”, alerta Ana Luiza.
A curadoria é de Marcia Marschhausen e Alcinda Saphira. O Espaço Cultural da Marinha fica na Av. Alfred Agache, S/N – Centro, Rio de Janeiro e funciona de terça a domingo, das 11h às 16h30. Entrada gratuita. A instalação pode ser visitada até o dia 15 de fevereiro de 2025.
Sobre a instalação Pororoca – Amor às nossas águas
O fenômeno do encontro das águas do rio com as águas do oceano, a pororoca, chama atenção para a preservação da vida nos rios e no oceano. Nessa instalação, pretende-se fazer um apelo para a importância de se respeitar e amar o alimento que, tanto rios como mares, nos fornecem. Apesar da grande concentração de água doce na bacia hidrográfica do rio Amazonas, apesar da grande extensão da Amazônia Azul e da grande biodiversidade dessas águas, há uma quantidade relativamente pequena de biomassa em nosso oceano. Ou seja, há poucos peixes em nossos mares. Essa biomassa é disputada por cerca de 1 milhão de pescadores “artesanais” que praticam a pesca de subsistência. Sua renda familiar, que depende da pesca, está sempre ameaçada por fatores como: degradação ambiental da região costeira, conflitos com a pesca industrial.
“No meu trabalho, uso argila trabalhada com minhas próprias mãos, para guardar as lindas escamas de Camurupim e chamar atenção para sua preservação. Na região norte do Brasil, há movimentos entre pescadores e amantes do meio ambiente voltados para a proteção do Pirarucu e do Camurupim”, explica a artista
Sobre Ana Luiza Varella
Sempre desenhou e quis ter a arte como profissão. Seguiu vários caminhos, tendo a arte como fio condutor de suas escolhas. Cursou faculdade de Língua Portuguesa e Literatura, fez Mestrado e Doutorado em Filosofia, e especializou-se na Filosofia da Linguagem, de Walter Benjamin. Na Escola de Artes Visuais (EAV Parque Lage) fez sua formação artística. Tem obras em aquarela e telas em tinta acrílica, além de trabalhos em cerâmica e pintura em porcelana. Participou de exposições no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Nova York, Madri e Veneza. A inspiração de suas obras está nos ciclos da natureza, na sua dança, na sua história. A natureza insere o tempo que rege o mistério da existência, o mistério do universo.
Instagram: https://www.instagram.com/analuizavarella.art/
Sobre a Bienal Amazônia
Em novembro de 2025, Belém, PA, sediará a 1ª Bienal Amazônia, com a participação de cerca de 400 artistas nacionais e internacionais, tornando-se uma das maiores exposições visuais do país. O objetivo de realizar a Bienal Amazônia durante a COP 30 é buscar o alinhamento com as discussões e decisões sobre mudanças climáticas e outras questões ambientais e sociais.
A Bienal Amazônia visa promover a cultura brasileira, especialmente a indígena, a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, buscando conscientizar sobre a importância da floresta amazônica. Além da projeção da arte brasileira, a Bienal tem compromisso com o fortalecimento da economia local, geração de empregos e incentivo ao turismo na região.
Idealizadores: Alcinda Saphira & Louis Ventura
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem
Apoio: G20 / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro / Impacto Coalition
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Meio Ambiente
Engenharia consultiva se consolida como ferramenta estratégica para empresas que buscam eficiência e inovação

Deerns destaca que uma consultoria técnica especializada é aliada na transição energética e no avanço de data centers sustentáveis no país
Em meio à transição energética global e à crescente demanda por responsabilidade socioambiental, a engenharia consultiva vem se consolidando como peça-chave para empresas que buscam aliar eficiência, competitividade e sustentabilidade em seus empreendimentos. A Deerns, empresa internacional referência em consultoria e engenharia, destaca o papel estratégico dessa abordagem na estruturação de soluções inovadoras e alinhadas aos princípios ESG, sem comprometer a viabilidade econômica dos projetos.
“A engenharia consultiva tem um papel extremamente importante ao garantir que metas de sustentabilidade sejam atingidas, ao mesmo tempo que não comprometa a viabilidade econômica dos projetos”, diz Mariana Hentz Domingues, gerente CSA na Deerns. “Ela atua como elo entre os objetivos de sustentabilidade e a viabilidade técnica dos projetos, estando presente desde o diagnóstico até a implementação de soluções de alta performance.”
O Brasil, que se firma como um dos mercados mais promissores para data centers na América Latina devido à sua matriz energética verde, tem atraído investimentos de gigantes do setor. Nesse contexto, a atuação consultiva torna-se ainda mais essencial, permitindo o desenvolvimento de infraestruturas digitais resilientes e sustentáveis.
Entre as principais tendências aplicadas nos projetos consultivos, estão os edifícios inteligentes com sistemas de automação e monitoramento predial (BMS) para maior eficiência de energia, iluminação e climatização; o uso de fontes renováveis com soluções para reuso e aproveitamento de água; bem como a adoção de materiais e soluções construtivas sustentáveis e modelagem energética. Essas estratégias permitem a economia de recursos, o aumento da vida útil das estruturas e a valorização dos ativos.
Além da inovação técnica, a engenharia consultiva também desempenha papel fundamental na adequação das empresas às regulamentações ambientais, cada vez mais rigorosas, e na conquista de certificações como LEED, WELL, BREEAM e AQUA. “Por meio da análise de conformidade, elaboração de estratégias e desenvolvimento de planos de gestão sustentável, a consultoria é a ferramenta que otimiza processos e especificações para atender a esses critérios exigidos”, destaca Mariana.
No entanto, muitas empresas ainda enfrentam grandes desafios na adoção de práticas mais sustentáveis. Entre eles estão o alto custo inicial das soluções, a resistência à mudança nos processos internos e a complexidade regulatória. Segundo Mariana, “a consultoria especializada ajuda a superar essas barreiras com planejamento estruturado, capacitação e ferramentas que auxiliam na medição do impacto das ações adotadas”, conclui a especialista.
O avanço das práticas ESG e a crescente exigência por transparência ambiental devem ampliar ainda mais demanda por consultoria especializada cresça ainda mais nos próximos anos. “Para o setor de engenharia, especialmente o brasileiro, isso representa uma nova oportunidade de inovar, gerar valor e contribuir de forma mais concreta para a agenda climática e social”, diz a executiva. “Mesmo que a tropicalização e aplicabilidade de padrões sustentáveis internacionais em projetos locais ainda sejam um ponto desafiador em projetos de grande porte, como data centers hyperscale, um segmento no qual a Deerns acumula experiência e se destaca.”
Mais informações sobre a atuação da Deerns no Brasil podem ser vistas no site oficial da empresa.
Meio Ambiente
Ação de limpeza no mangue mobiliza pescadores e voluntários no entorno do RioMar Recife

Nesta quinta-feira (24), o RioMar Recife e o Instituto JCPM realizaram uma mobilização ambiental com foco na limpeza de trecho do mangue localizado no entorno do empreendimento, com a coleta de mais de 3 mil litros de material não reciclável. A ação faz parte da programação do “Jogando Limpo com o Mangue”, iniciativa promovida em parceria com o Instituto Bioma Brasil, que contou com a participação de cerca de 25 pessoas, entre jovens inscritos para a oficina de férias, voluntários parceiros e pescadores da Colônia Z1.
Antes de iniciar a ação de limpeza, houve um momento de sensibilização, orientações de segurança e lanche coletivo no Instituto JCPM. Em seguida, os participantes seguiram para a área do mangue em duas frentes: por terra, com os jovens e voluntários; e por água, com apoio de cinco embarcações e dez pescadores locais.
“Esta ação é uma forma de sensibilizar as pessoas e as comunidades, destacando o cenário do mangue com sua beleza interessante, mas, sobretudo, no impacto ambiental que ele tem, conhecido como berçário de espécies marinhas e que traz diversos benefícios ambientais”, explica Jussara de Paula, coordenadora de Sustentabilidade do RioMar Recife.
Todos os participantes estavam identificados com camisetas e equipados com luvas e sacos para a coleta dos resíduos, que foram calculados com o apoio da EMLURB, por meio do lixômetro, atingindo o montante de 3 mil litros de material em cerca de duas horas de atividade. O material foi destinado ao aterro sanitário, devido ao baixo potencial de reciclagem.
Além da limpeza, a programação do “Jogando Limpo com o Mangue” também contou com uma oficina, realizada em dois outros momentos ao longo da semana. As aulas, teóricas, foram conduzidas pelo biólogo Clemente Coelho, do Instituto Bioma Brasil, e buscaram sensibilizar os jovens sobre a importância ecológica dos manguezais, estimulando reflexões sobre sustentabilidade e o papel de cada pessoa na preservação ambiental.
“O manguezal é um ecossistema muito importante pois abriga várias espécies da vida marinha, muitas de relevância econômica; aprisiona lixo e, por isso, esse mutirão de limpeza é importante; e ele tem valor como um aliado às mudanças climáticas, pois ele sequestra o carbono e estoca no solo de forma mais eficiente do que outras florestas”, afirma Clemente Coelho.
Esta é a sétima edição da iniciativa do “Jogando Limpo com o Mangue”, que reforça o compromisso do Grupo JCPM com a educação socioambiental, o engajamento juvenil e a valorização do território onde atua.
Meio Ambiente
Instituto Aupaba lança projeto de turismo regenerativo sustentável nas favelas do Rio

Iniciativa inédita promove aproveitamento integral de alimentos e mapeia negócios sustentáveis nas comunidades cariocas
O conceito de turismo regenerativo chega às favelas cariocas por meio do projeto “Jornada Inovadora do Turismo”, desenvolvido pelo Instituto Aupaba em parceria com a Chef Regina Tchelly, do ‘Favela Orgânica’. A iniciativa inédita foi lançada no dia 5 de julho e continua agora no dia 12, com workshop gratuito de gastronomia sustentável, desta vez para osr moradores das favelas da Mangueira, Providência, Tuiuti, Maré e Salgueiro.
Regenerar significa dar uma nova existência, restaurar, mudar para melhor ou reconstituir algo. É exatamente isso que pretende o Instituto Aupaba com o projeto, que tem previsão de ser concluído até setembro e vai criar um roteiro que valoriza a sustentabilidade ambiental e social nas comunidades.
“No meu workshop, trago uma proposta de consciência e respeito pela comida e pelo planeta, com receitas de aproveitamento integral dos alimentos, saborosas, nutritivas, de baixo custo e alto valor afetivo. É a força da cozinha de afeto e dos saberes populares transformando realidades”, afirma Regina Tchelly.
O turismo regenerativo vai além do conceito tradicional de turismo sustentável. Enquanto o sustentável busca minimizar impactos negativos, o regenerativo visa criar impactos positivos, restaurando e melhorando os destinos visitados.
O projeto se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, já que o turismo tem papel fundamental na implementação da Agenda 2030. Como uma das maiores indústrias do mundo, o setor tem grande potencial para gerar empregos, reduzir a pobreza e promover igualdade social e econômica.
“Planejamos mapear os pequenos empresários das comunidades, destacando seus talentos e habilidades, seja nas áreas de gastronomia, cultura, arte, artesanato e beleza, entre outras. No roteiro, vamos descobrir talentos e vocações e trazer o perfil de cada favela”, explica Luciana De Lamare, presidente do Instituto Aupaba.
A Chef Regina Tchelly traz em sua trajetória a experiência da sustentabilidade prática. Natural da Paraíba, ela se incomodou com o desperdício de alimentos nas feiras livres cariocas quando chegou ao Rio. “Quando cheguei ao Rio de Janeiro vi o volume e a quantidade de alimentos sendo desperdiçados nas feiras livres da cidade. Foi uma das coisas que mais me incomodou, porque lá na Paraíba a gente sabe como aproveitar tudo”, conta.
O roteiro de turismo regenerativo vai incrementar negócios nas favelas com respeito à sustentabilidade, promovendo transformação social. “Mais do que capacitar, queremos fomentar o orgulho local, impulsionar a economia comunitária e promover um turismo que valorize as raízes culturais e a sustentabilidade”, destaca De Lamare.
O Instituto desenvolveu uma plataforma online com mais de 20 vídeos de treinamento sobre temas como empreendedorismo, inglês básico para turismo e práticas ambientais, complementados por cinco publicações didáticas voltadas para educação ambiental, gastronomia sustentável, hospedagem comunitária, inclusão digital e desenvolvimento de negócios.
A iniciativa representa uma abordagem inovadora que conecta sustentabilidade ambiental, desenvolvimento social e geração de renda nas comunidades cariocas.
SERVIÇO:
Workshop “Gastronomia sustentável” com a Chef Regina Tchelly
- Data: 12 de julho, sábado
- Horário: 9h30 às 13h
- : Sindicato dos Metalúrgicos – Rua Ana Nery, 152, Benfica
- Inscrições: https://forms.gle/332EZFGjPtThh5cg7
- Totalmente gratuito – Vagas limitadas