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Anatel apura envio de alerta de terremotos por sistema do Google

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"Anatel Investiga Alertas de Terremotos via Google"
© Dragana Gordic/Freepik

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) instaurou, nesta sexta-feira (14), um processo administrativo para apurar o envio de falsos alertas de terremotos a moradores de diferentes regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Os avisos de tremor no litoral da Região Sudeste foram enviados a usuários do sistema operacional para dispositivos móveis Android pelo Sistema de Alertas de Terremoto desenvolvido pela empresa Google, que também é responsável pelo Android. A companhia pediu desculpas pelo ocorrido. 

Disparadas por volta das 2h20 de hoje, as mensagens alertavam os destinatários para as possíveis consequências de um suposto terremoto a cerca de 55 quilômetros da costa, na altura de Ubatuba, no litoral norte paulista.

Embora a Defesa Civil do estado de São Paulo, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, tenham se apressado a desmentir a ocorrência de qualquer abalo significativo, os alertas deixaram muitas pessoas apreensivas.

“Considerando o caso noticiado e o impacto causado na população, a Anatel instaurou um processo administrativo para avaliar a situação em detalhes, a fim de compreender os mecanismos de geração e de disseminação de tais alertas via redes de telecomunicações”, informou a Anatel, em nota divulgada na tarde de hoje.

Segundo a agência reguladora, os falsos alertas “foram enviados diretamente pelo Google para dispositivos com sistema Android”. Verificada qualquer irregularidade, “a Anatel adotará as providências adequadas junto à empresa responsável, de modo a impedir novos episódios, preservando a eficácia e a credibilidade do Defesa Civil Alerta perante a sociedade”. As mensagens do sistema Androide não se confundem com as encaminhadas pelo sistema oficial de alarmes sobre possíveis desastres naturais, o Defesa Civil Alerta,

Em nota divulgada mais cedo, a Google confirmou que seu sistema de alertas para celulares emitiu os alertas, que não foram “desenhados para substituir nenhum outro sistema de alerta oficial”. “Em 14 de fevereiro, nosso sistema detectou sinais de celulares em localização próxima ao litoral de São Paulo e disparou um alerta de terremoto aos usuários na região. Desativamos prontamente o sistema de alerta no Brasil e estamos investigando o ocorrido. Pedimos desculpas aos nossos usuários pelo inconveniente e seguimos comprometidos em aprimorar nossas ferramentas.”, informou a empresa.

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Duas apostas do interior de SP acertam as seis dezenas da Mega-Sena

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/ARQUIVO

Dois apostadores do interior de São Paulo acertaram as seis dezenas do Concurso 2838 da Mega Sena, realizado nesta terça-feira (11). Cada um irá receber um prêmio de R$ 5.958.829,78

As duas apostas que acertaram todas as dezenas apostaram em apenas 6 números. O primeiro jogo foi feito na Casa Lotérica Leão o Reio da Sorte, em de Itapira (SP). O segundo ganhador é de Jundiaí (SP) e fez a aposta em canais eletrônicos. 

A estimativa para o próximo sorteio, na quinta-feira (13), é de R$ 3,5 milhões.

Os números sorteados foram: 04 – 07 – 29 – 32 – 36 – 53.

A quina teve 73 apostas ganhadoras, cada uma vai ganhar R$ 31.673,49. Já a quadra registrou 4.204 vencedores que vão receber, individualmente, um prêmio de R$ R$ 785,70.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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Polícia do Rio derruba símbolo religioso usado por traficante Peixão

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Equipes do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar removeram, nesta terça-feira (11), dois dos principais símbolos do grupo criminoso liderado pelo traficante Álvaro Malaquias Santos Rosa, conhecido como “Peixão”.

Os policiais retiraram uma Estrela de Davi, que ficava no topo da comunidade, e uma bandeira. Os símbolos eram usados pelo grupo para marcar território no complexo de comunidades de Parada de Lucas, Cordovil e Vigário Geral, na zona norte do Rio. 

Peixão, que se declara evangélico, usa símbolos religiosos para justificar disputas por território. O traficante, apontado como líder da facção Terceiro Comando Puro (TCP), é associado também a episódios de intolerância religiosa, envolvendo ordens para fechamento de terreiros e ameaças a lideranças da umbanda e do candomblé.

Foi demolido ainda um imóvel de alto padrão, classificado como “resort de luxo” pela Polícia Civil, em Parada de Lucas. O local era utilizado como esconderijo e base operacional do líder da facção, segundo as investigações. Outro mandado foi cumprido em uma academia de musculação, também usada pelos criminosos como ponto de encontro. 

Quatro pessoas foram presas, sendo um deles foragido da Justiça, além da apreensão de dois fuzis, munições, carregadores e drogas. As equipes também recuperaram uma motocicleta.
 

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Indígena pataxó é assassinado em comunidade na Bahia

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O indígena Vitor Braz, de 53 anos, do povo pataxó, foi assassinado na noite desta segunda-feira (10), durante um ataque contra comunidade da Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, no município de Prado (BA). Segundo o que foi divulgado por entidades indígenas e pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ele foi morto por disparos de arma de fogo. 

Braz era morador da Terra à Vista, localizada em área que está em processo de demarcação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, outro indígena foi ferido por disparos de arma de fogo e teve que passar por cirurgia na manhã desta terça-feira (11). 

“Indignação”

Após o crime, o Conselho de Caciques Pataxó (Conpaca) manifestou “profundo repúdio e indignação” diante da violência. 

“Vitor Braz foi cruelmente assassinado por pistoleiros em um ataque orquestrado por fazendeiros, e outros dois adolescentes seguem desaparecidos”, acusou a entidade.

O Conselho de Caciques Pataxó considera que a nova tragédia se soma a um histórico de violações e ameaças contra o povo pataxó. “Não aceitaremos que nossas terras sejam tomadas e que nossas vidas sejam ceifadas impunemente”, apontou o Conpaca. 

A entidade, em nota, reafirmou que exige providências imediatas das autoridades.

“Exigimos justiça para Vítor Braz e a localização urgente dos adolescentes desaparecidos. Não permitiremos que mais uma gota de sangue indígena seja derramada sem resposta”, ressaltou no documento.

Audiência pública

Tanto o Conselho Indígena Missionário como o Conpaca contextualizaram, em suas manifestações, que o assassinato ocorreu na noite que antecedeu a audiência pública em Brasília (DF) sobre a demarcação das terras indígenas Tupinambá de Olivença, Tupinambá de Belmonte e Barra Velha do Monte Pascoal. 

“Cerca de 300 indígenas dos povos tupinambá e pataxó encontram-se na capital federal para participar da atividade, promovida pelo Ministério Público Federal (MPF). A audiência iniciou com um minuto de silêncio em memória de Vitor Braz”, assinalou o Cimi.

Espera por demarcação

De acordo com a entidade, os três territórios, localizados no sul e extremo sul da Bahia, aguardam há mais de uma década a emissão das portarias declaratórias da demarcação, atribuição do Ministério da Justiça. 

“Não há nenhum impedimento jurídico ou administrativo para a emissão das portarias”, lamentou.

Busca dos suspeitos

Também em nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que um grupo denominado Força Integrada de Combate a Crimes Comuns Envolvendo Povos e Comunidades Tradicionais reforçou as ações ostensivas e de inteligência na Aldeia Terra Vista, após o crime. 

“As Forças da Segurança trabalham no local buscando identificar e capturar os envolvidos no ataque a tiros”, afirmou a SSP.

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