Cultura
Ansiedade: aprenda a conviver com ela e equilibrar bem-estar e produtividade está de graça no Kindle Unlimited

Livro de Flávio Lettieri pode ser lido na versão e-book no app
“As demandas de trabalho, os prazos e as pressões do dia a dia podem nos tornar surdos aos sons mais profundos de nossa própria intuição, das necessidades dos outros e das oportunidades de crescimento pessoal e profissional que estão ao nosso redor.” As palavras de Flávio Lettieri estão no início do livro Ansiedade – Aprenda a conviver com ela e equilibrar bem-estar e produtividade (NovaSkill). O autor, um exigente treinador de lideranças, usou sua própria experiência para codificar um método e ajudar outros executivos a sair do caos.
Em 2023, ele passou cinco dias na UTI. Acordou sem saber como tinha ido parar lá e levou algum tempo para entender que o processo de cura iria além da alta hospitalar. “Após a minha internação, percebi que estava vivendo no piloto automático, respondendo aos ruídos altos da vida e ignorando os sussurros silenciosos da minha própria saúde mental. Arrebatado pela correria do dia a dia e pela incessante busca de performance, eu me tornei incapaz de ouvir o silencioso grito das emoções dentro de mim”, explica Lettieri.
Já no hospital, a agenda de viagens pelo Brasil (ele ainda faz ao menos duas por semana) precisou ser adaptada — e foi só o começo. Era necessário mudar o padrão de vida, de trabalho e, assim, ele se fez de cobaia para criar um treinamento que fosse ao mesmo tempo prático e efetivo. “Da UTI ao Estado de Presença” é o primeiro capítulo do novo livro dele, que, sem dar conta dos pedidos para novos cursos e mentorias, decidiu compartilhar um verdadeiro “guia de bem viver”.
“Por mais que já tivesse alcançado status e sucesso, que já tivesse muito reconhecimento profissional, eu sofri uma crise de estresse correndo atrás de mais e mais conquistas. E percebo no dia a dia de líderes e CEOs a mesma busca, que entendo hoje não precisar ser desenfreada. Pode ser conquistada com mais equilíbrio com alguns ajustes na rotina”, pontua Lettieri. Mas não se engane: esse não é um discurso de autoajuda. “Nossos sentimentos não são escolhas conscientes e mudar o padrão exige escolhas conscientes que são desafiadoras. Mas você não precisa ficar doente para começar a priorizar a sua saúde mental!”
O que é a ansiedade?
A ansiedade nada mais é do que um mecanismo de proteção que o nosso corpo usa para lidar com o ambiente. Ela não é uma vilã ou uma inimiga. É apenas uma condição orgânica que algumas pessoas adquirem como forma de reagir às pressões e aos desafios da vida.
Como ele fez?
- Escolheu hábitos simples e facilmente executáveis;
- Praticou por pelo menos 21 dias, período mínimo para que um novo hábito se consolide;
- Transformou-os em rotina diária.
Se você quiser experimentar, os primeiros hábitos testados por Lettieri foram: comer mais devagar, escovar os dentes com calma e ler no modo natural. Ao constatar os benefícios, ele traçou outros, mais ambiciosos, e descobriu que investir na saúde mental melhora a performance.
Coincidentemente, a partir de 26 de maio de 2025, as empresas no Brasil estão obrigadas a se preocupar com a saúde mental dos seus colaboradores. Essa obrigação é decorrente da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) — o que ajuda a explicar a crescente busca por métodos como o de Lettieri.
No livro, há relatos de casos reais de profissionais que testaram o método, ferramentas para autoavaliação, passo a passo detalhado, instruções para avaliação e um caderno de exercícios que conta com atualização digital, a partir das experiências dos mentorados e do próprio autor.
Trechos do livro (spoiler)
- “Todos nós somos guiados por padrões de escuta que se acomodam ao ambiente e às circunstâncias. Frequentemente, estamos tão imersos em nossas rotinas frenéticas que nos esquecemos de ouvir os fluxos e ritmos mais sutis da vida e dos relacionamentos.”
- “O estresse crônico se infiltra de forma sutil, disfarçado por rotinas exaustivas e pela falsa crença de que é normal precisar ‘dar conta de tudo’.”
- “Por muitas vezes, em meus programas de desenvolvimento humano, repeti uma famosa frase que alguns afirmam ser de Albert Einstein: ‘Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.’ Olhando então para minha própria jornada, era óbvio que eu precisava fazer algo diferente. Mas quais eram as mudanças necessárias em minha vida? O que, de fato, eu precisaria começar a fazer diferente?”
Sobre Flávio Lettieri
Consultor e palestrante há mais de 30 anos, Flávio Lettieri é professor de Gestão de Conflitos em cursos de Administração e MBAs executivos. Faz parte de um seleto grupo de profissionais credenciados no Brasil para a aplicação do Assessment SDI (Strengths Development Inventory) – Inventário de Forças Pessoais – da Core Strengths, referência mundial no estudo de conflitos.
Entre seus clientes estão multinacionais como Johnson & Johnson, Roche, Aché, Pfizer, BMW, Ferrari, Citroën e Still, além de grandes players nacionais como EMS, Energisa, Unipar, Águas do Rio, Torrent Pharma, BrasEq, Bauducco, Adium, Pedras Agroindustrial S/A, entre outras.
Cultura
Segunda semana do VI Festival de Ópera de Pernambuco traz ‘O Refletor’ ao Teatro Santa Isabel

Recife se consolida como um polo da música de concerto com a realização do VI Festival de Ópera de Pernambuco, um evento que celebra os 90 anos de Maurício de Sousa e José Alberto Kaplan, e os 200 anos de Johann Strauss II. Sob a direção artística do Maestro Wendell Kettle, o festival traz três grandes produções ao palco do Teatro de Santa Isabel.
Após a estreia com a ópera infantojuvenil “A Turma da Mônica em ‘Amizade é tudo'”, o festival entra em sua segunda semana de programação. A partir desta sexta-feira, o público poderá conferir a ópera de câmara ‘O Refletor’, de José Alberto Kaplan. A obra, que está sendo orquestrada e editada pelo próprio Maestro Kettle em homenagem ao 90º aniversário do compositor, promete uma sátira afiada sobre a hipocrisia social.
Baseada na peça ‘Lux in tenebris’ de Bertolt Brecht, a ópera acompanha João, um suposto reformista moral que, por meio de palestras, tenta combater as doenças sexualmente transmissíveis. Sua cruzada, no entanto, esconde ambições obscuras e uma enorme dose de hipocrisia, especialmente quando confrontado com a Cafetina, dona do bordel local. A trama, que também inclui figuras como uma Repórter e um Capelão, questiona a diferença entre certo e errado e até onde a moralidade pode ser usada para mascarar a exploração.
As apresentações de ‘O Refletor’ acontecem no Teatro Santa Isabel nas seguintes datas e horários:
Sexta-feira (22 de agosto): 20h
Sábado (23 de agosto): 20h
Domingo (24 de agosto): 19h
O festival é uma iniciativa colaborativa da Academia de Ópera e Repertório (AOR) e da Sinfonieta UFPB, projetos criados pelo Maestro Wendell Kettle. Os projetos visam não apenas oferecer uma experiência estética completa ao público, mas também impulsionar o mercado cultural e turístico da região.
A programação do festival se encerra na próxima semana, com a opereta ‘O Morcego’, de Johann Strauss II, nos dias 29, 30 e 31 de agosto.
Para mais informações e compra de ingressos para os espetáculos, acesse o site oficial do evento.
SERVIÇO
VI Festival de Ópera de
Pernambuco
Sexta-feira (22 de agosto): 20h
Sábado (23 de agosto): 20h
Domingo (24 de agosto): 19h
Local: Teatro Santa Isabel (Praça da República – Santo Antônio, Recife – PE)
Ingressos a partir de R$ 40 disponíveis no site: https://www.guicheweb.com.br/vi-festival-de-opera-o-refletor—22-ago-19h30_45618
Informações: @festivaloperape
Cultura
Lorena Guimarães, mãe atípica, luta pelos direitos de seu filho autista, empoderando outras mães e se tornando referência em Belo Horizonte

Lorena Guimarães relata a EMEI Jardim Vitória 3 de maus-tratos, negligência alimentar e falta de inclusão; corpo docente teria bloqueado a mãe após hematoma na criança e não dá retorno sobre o caso.
Belo Horizonte (MG), agosto de 2025 – A mãe Lorena Guimarães denuncia que seu filho, B. G. M., de 5 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista nível 3 de suporte não verbal, foi vítima de maus-tratos, negligência e capacitismo na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Jardim Vitória 3, em Belo Horizonte.
No dia 22 de julho, a criança apresentou hematomas pelo corpo, episódio confirmado em exame de corpo de delito, que atestou agressões por meio contundente. O fato foi considerado o estopim da crise entre família e escola. Lorena afirma que não recebeu nenhuma explicação oficial e, ao procurar a direção, foi bloqueada pela corpo docente, que estaria de férias pela segunda vez em menos de dois meses.
Antes disso, em 10 de julho, a mãe já havia registrado boletim de ocorrência por maus-tratos, denunciando que o filho não estava recebendo a alimentação adequada conforme determinado em laudo médico. Lorena também afirma ter aberto denúncia junto à Ouvidoria da Prefeitura de Belo Horizonte, mas até agora não recebeu retorno. Além disso, segundo relato, houve episódios de capacitismo, quando uma professora teria afirmado que o aluno não participou das atividades por “não ser capaz”.
“Meu filho precisa de cuidados, de inclusão e de acolhimento. No lugar disso, ele sofreu violência, discriminação e negligência. E quando busco respostas, o corpo docente da escola simplesmente não me dá explicações sobre os hematomas. Estou desesperada, mas não posso deixá-lo fora da escola porque o Conselho Tutelar pode tirar minha guarda caso ele não frequente a escola regular”, desabafa Lorena Guimarães.
A mãe destaca que outras famílias também relatam problemas com a instituição, mas considera que seu caso expõe de forma ainda mais grave a falta de inclusão e a violência contra crianças neurodivergentes.
Além da denúncia, Lorena também compartilha em suas redes sociais a rotina de uma mãe atípica dedicada, mostrando a relação próxima e de afeto com o filho. Ela já vinha desabafando há meses sobre a insatisfação com a falta de inclusão na escola. Em vídeos, registra momentos de superação do menino e sua luta diária por acolhimento. Em um deles, durante a festa junina da escola, relata que Benício não conseguiria dançar como os colegas. Para que ele não se sentisse excluído, Lorena o acompanhou dançando com o filho, repetindo os movimentos dos coleguinhas, garantindo que ele se sentisse parte da turma e que a memória fosse registrada como todas as mães gostariam.
Esse episódio simboliza, segundo Lorena, a dedicação e entrega de uma mãe que busca constantemente espaços de inclusão para o filho, frente a um ambiente escolar que, em sua visão, não está preparado para acolher crianças com deficiência.
Atualmente, já há um processo investigativo em andamento, e o caso reacende o debate sobre a falta de preparo das escolas públicas para receber alunos com deficiência e a urgência de maior fiscalização contra casos de violência, negligência e capacitismo no ambiente escolar.
Onde está a Inclusão ?
Cultura
Luiza Repsold França se destaca como curadora de importantes exposições nos Estados Unidos

Brasileira está na equipe curatorial do Philadelphia Museum of Art
A arte brasileira está cada vez mais valorizada internacionalmente, com grandes mostras em museus e galerias em países europeus e nos Estados Unidos. Em paralelo, uma nova geração de curadores também vem se destacando em grandes instituições norte-americanas, conquistando posições em conceituadas instituições.
Entre esses profissionais está a carioca Luiza Repsold França. Graduada em História da Arte pela Universidade da Pensilvânia e Mestre em História da Arte pelo Williams College e The Clark Art Institute, Luiza tem uma extensa pesquisa sobre o papel da costura nas obras têxteis dos artistas brasileiros Arthur Bispo do Rosário, Rosana Paulino e Sonia Gomes. Além de realizar projetos curatoriais com grandes nomes da cena contemporânea global, seu olhar para a história da arte é voltado para o Brasil e América Latina, como foco na valorização de artistas e narrativas historicamente marginalizadas, em especial a importância histórica da preservação e transmissão de conhecimento por meio do manual.
Atuando na equipe de curadores do Philadelphia Museum of Art, um dos mais importantes museus dos Estados Unidos, seu mais recente trabalho é a mostra “Pauline Boudry/Renate Lorenz: Moving Backwards”, uma instalação de vídeo imersiva que combina dança urbana e coreografia moderna com a cultura underground queer e táticas de guerrilha. Está em visitação no Museu até 29 de setembro.
Luiza também é co-curadora de uma instalação monumental do artista ganês El Anatsui, composta por mais de 200 elementos suspensos, feitos a partir de lacres de alumínio reciclados. A obra aborda temas como o comércio global, identidades pós-coloniais e os impactos do consumo excessivo sobre o meio ambiente.
Seu currículo no mundo da arte impressiona para uma profissional tão jovem, com passagens pelos El Museo del Barrio e Cooper Hewitt Smithsonian Design Museum, ambos em Nova Iorque, e Museu de Arte do Rio – MAR.