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Economia

Apex amplia ação nos EUA para apoiar empresas atingidas pelo tarifaço

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© Valter Campanato/Agência Brasil

Em entrevista exclusiva à TV Brasil, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, ressaltou empenho do governo federal para apoiar as empresas brasileiras atingidas e convencer as autoridades estadunidenses a revogar o tarifaço ou, ao menos, mitigá-lo. 

Viana destacou os R$ 30 bilhões do Plano Brasil Soberano destinados às empresas nacionais afetadas e a abertura de um novo escritório da Apex em Washington, capital dos Estados Unidos. 

“São R$ 30 bilhões que criam um ambiente de seguro, de empréstimo, de diminuição de carga tributária, exclusivamente para empresas que foram alcançadas pelo tarifário. Nós também estamos marcando presença, esticando o nosso escritório de Miami para Washington, já temos em Nova York e em São Francisco”, disse nesta sexta-feira (15).   

O presidente da Apex disse que o governo brasileiro já estabeleceu parcerias com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) e com setores que importam produtos brasileiros, “que podem fazer força junto à Casa Branca para a gente excluir mais produtos desse tarifaço”.

Soberania

Para Viana, se o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil tivesse sido causado por uma questão comercial, ela já estaria resolvida. O presidente da Apex afirmou ainda que as exigências dos Estados Unidos para revogar as sanções contra o Brasil ferem a soberania do país.

“Não tem como ter ação política nesse caso, quando as condições que estão sendo colocadas pelo presidente dos Estados Unidos ferem a soberania do Brasil. [O presidente estadunidense] está querendo fazer uma interferência em um poder, no caso, o judiciário brasileiro, e isso é inconcebível. Se fosse uma questão só comercial, já estava resolvida”, disse.

Viana classificou a situação comercial dos Estados Unidos com o Brasil como “extraordinária, fantástica, para eles” e “boa para nós”, e ressaltou que, em razão disso, uma das estratégias brasileiras contra o tarifaço será a de o país se aproximar dos empresários estadunidenses importadores de produtos nacionais. 

“Nós não queremos desistir desse comércio. E para não desistir, nós temos que também trazer para o nosso lado os importadores que ganham muito dinheiro com os produtos brasileiros que chegam lá. Isso vale para o café. Vale para produtos como a carne, que está encarecendo nos Estados Unidos porque o rebanho deles caiu muito”.

Novos mercados

O presidente da Apex afirmou que outra estratégia será a de encontrar novos países compradores dos produtos brasileiros, e que a agência já mapeou novos mercados.

“Tem mercados para a gente colocar do café ao calçado. Nós já estudamos mais de 108 mercados, há setores que podem ter novos mercados em 72 países”, disse.

Segundo Viana, os novos mercados mapeados são “bastante significativos” para absorver os produtos que estão deixando de ser importados pelos Estados Unidos, em razão do tarifaço.

“Nós achamos que os setores atingidos, fazendo trabalho de participação em feiras, eventos, e trazendo compradores para o Brasil, nós vamos encontrar compradores para uma parte desses 18 bilhões de dólares [em exportações do Brasil para os EUA], que é a fatia que está sendo alcançada pelo tarifaço”.

Oportunidades

O presidente da Apex disse que o Brasil está muito bem preparado para enfrentar a crise com os Estados Unidos e que deve encontrar novas oportunidades em meio ao entrave. Segundo Viana, em uma guerra comercial todos os envolvidos perdem, mas “às vezes perde mais é quem provocou a guerra”.

“O Brasil está muito bem para enfrentar essa crise. Numa guerra comercial, que eu acho que é isso que está sendo feito pelos Estados Unidos, todo mundo perde. Mas, às vezes, perde mais quem provocou a guerra. [O Brasil tem] o BRICS, o Brasil tem uma ótima relação com a Índia, com a China, com a Rússia. Temos amizade com todos os países, inclusive com os Estados Unidos”. 

“Todo mundo perde, mas quem melhor aproveitar as oportunidades pode sair melhor dessa crise”, acrescentou. 

Exportações 

Dados da ApexBrasil mostram que, de janeiro a março deste ano, o Brasil exportou US$ 77,3 bilhões em bens, valor menor que os US$ 77,7 bilhões do mesmo período de 2024. O saldo comercial fechou positivamente em US$ 10 bilhões. 

Os principais produtos exportados foram petróleo bruto, soja, minério de ferro e café verde, com destaque para as exportações de bens industrializados, que tiveram alta no período, inclusive em itens como máquinas e aparelhos elétricos.

Em relação aos principais países de destino das exportações brasileiras, destacam-se, no primeiro trimestre, China (US$ 19,8 bilhões), União Europeia (US$ 11,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 9,7 bilhões) e Mercosul (US$ 5,8 bilhões), com destaque para a Argentina, com um aumento de 51%.

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Economia

Governo vai comprar perecíveis que iriam para EUA, diz ministro

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© SEDUC/AM

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse nessa quarta-feira (20) à noite (20), em entrevista à Voz do Brasil, que o governo brasileiro vai comprar produtos perecíveis, como frutas, peixes e carnes. 

Segundo Teixeira, o destino dos produtos deve ser a merenda escolar, a alimentação das Forças Armadas, os hospitais, os restaurantes universitários e os programas de aquisição de alimentos destinados às populações em insegurança alimentar.

“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos da alimentação escolar”, afirmou. Paulo Teixeira explicou que isso vai representar uma alimentação escolar, por exemplo, com produtos da melhor qualidade. 

Outros compradores

“Nós estamos só regulamentando porque percebemos que alguns setores conseguem redirecionar rapidamente esses programas para outros países”.

Um dos exemplos que ele citou foi o caso da castanha que deve ser comercializada para a Europa. “O mesmo acontece com o café. Não tem café no mundo hoje, em lugar nenhum, para substituir o produto brasileiro”, argumentou. 

No caso da carne, o ministro afirmou que o produto pode ser estocado, congelado e redirecionado. No entanto, em relação a produtos como mel, açaí, uva e peixes são mais perecíveis e, por isso, deverão ser absorvidos nos programas nacionais de compras públicas. 

Cadeia produtiva 

“O governo vai incluir em todos os seus editais de compras públicas a aquisição para que não haja perda de alimentos”, garantiu.

 

 

Ele ressaltou que as compras vão proteger os empreendedores diretos e toda a cadeia produtiva. O ministro conta que os exportadores venderão os produtos pelo preço que eles utilizariam no mercado interno. “Certamente o governo não tem como pagar o preço em dólar, que é o preço de exportação. Mas o governo tem como pagar o preço do mercado interno”.

 

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Economia

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 4

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© Lyon Santos/ MDS

A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (21) a parcela de agosto do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,54. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 19,19 milhões de famílias, com gasto de R$ 12,86 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Os beneficiários de 521 cidades receberam o pagamento na segunda-feira (18), independentemente do NIS. A medida beneficiou os moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e moradores de algumas cidades em quatro estados: Amazonas (3), Paraná (4), Roraima (6) e Sergipe (11)

Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção

Cerca de 2,63 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até um ano, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 365,81.

Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano. No entanto, a mudança só abrange as novas famílias que entraram na fase de transição. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta quinta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 4. O valor para este mês foi mantido em R$ 108.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,13 milhões de famílias neste mês. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

 

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Economia

Presidente do Conselho de Administração da Petrobras deixa o cargo

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© Tomaz Silva/Agência Brasil

A Petrobras informa que recebeu nesta quarta-feira (20), o pedido de renúncia, com efeitos imediatos, do presidente do Conselho de Administração da companhia, Pietro Adamo Sampaio Mendes, em razão de novos desafios profissionais.

Mendes foi indicado pela Presidência da República para ocupar diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A indicação foi aprovada pelo Senado Federal e a nomeação efetivada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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