Esporte
Após entrar no Guinness Book, multiatleta brasileiro planeja novos recordes
Pepe Fiamoncini está no Guinness Book como o ser humano mais rápido da história a cruzar o Salar do Uyuni, na Bolívia, considerado o maior e mais alto deserto de sal do mundo. O brasileiro percorreu 170 km em 33 horas 4 minutos e 10 segundos, a 3.656 metros acima do nível do mar, em maio de 2023. A homologação pelo livro dos recordes acabou de chegar, neste mês de fevereiro. Este é o primeiro grande desafio homologado, mas não é o primeiro e está muito longe de ser o último deste paulista de 33 anos que planeja se tornar o maior multiatleta do planeta.
A temporada 2024 será intensa. Começou em janeiro, quando levou 37 horas para percorrer os 217km (135 milhas), entre as cidades de Águas da Prata e Paraisópolis, da BR 135, a mais difícil ultramaratona do Brasil e uma das mais desafiadoras do mundo. Neste domingo (25), ele completou o Ironman 70.3, no Panamá. Com o tempo de 4h42min51, ele conseguiu o 12° lugar na categoria 30-34 anos e na 59ª posição, entre 696 competidores.
E os próximos desafios não serão menos intensos. Pepe pretende escalar a maior montanha de cada continente (oito no total) em três meses. O objetivo é estabelecer um novo recorde mundial e usar o feito para chamar atenção para o aquecimento global. O projeto é para o primeiro semestre. Até hoje, apenas nove brasileiros conseguiram completar o desafio e o recorde nacional é de um ano. Já o recorde mundial teve duração de quatro meses. Também planeja completar os 7 cumes, escalando a maior montanha de cada continente. “O desafio não apenas escalar todas, mas fazê-lo em três meses e quebrar o recorde brasileiro, que é de um ano”, conta.
Quando o assunto são as corridas, os objetivos não são menos grandiosos. Pepe se prepara para completar a seis Majors, as maratonas mais importantes do mundo. Assim, pretende correr em Nova York, Berlim, Boston, Tóquio, Chicago e Londres. “O objetivo é completar todas em um ano, feito que ainda não foi conquistado por nenhum brasileiro. Apenas 316 brasileiros conseguiram completar as seis ao longo de vários anos. E também tentarei ser o mais rápido na soma dos tempos de cada maratona”, explica.
Outra meta é bater o recorde de maior número de dias consecutivos correndo uma meia maratona em esteira. “A marca atual é de 120 dias e me proponho a correr 125 dias. O objetivo, além do recorde, é engajar mais pessoas a praticar atividade física. A ideia é colocar três esteiras em local de grande visibilidade e fluxo de gente, como um shopping center, para que as pessoas possam participar do recorde, tanto como espectador quanto como atleta, correndo comigo”, revela.
Outro projeto com uma causa ambiental e que visa impactar a sociedade por meio de grande visibilidade é o Viva Mar. Pepe pretende permanecer dez dias embaixo d’água, com o auxílio de cilindros de ar e roupas especiais, sem sair em nenhum momento. “A ideia é comer, beber e dormir, tudo sem sair da água. A ação tem como objetivo contribuir com a preservação dos oceanos, abordando a importância da água. Palestras, apresentações, exposições e mergulhos com convidados serão feitos durante o desafio, que pretendo realizar dentro um tanque, em local público ou com grande fluxo de gente”, conta.
Mudanças radicais – Paraquedista, mergulhador, skatista e montanhista, Pepe resolveu migrar de vez para atividades de endurance durante a pandemia. Cresci em São Paulo, me formei em Administração (PUC-SP) e Contabilidade (IBMEC). Queria seguir a carreira no mercado financeiro. Mudei para o Rio de Janeiro a convite da minha antiga empresa e tudo mudou. Fiz curso de paraquedismo, mergulho, escalada em rocha, trilhas. Isso foi há oito anos e eu queria viver de esporte. Aí veio a pandemia. Voltei para São Paulo para cuidar da minha mãe e me vi enjaulado em um apartamento. No meio desse momento conturbado, sedentário, depressivo, bebedor de cerveja, decidi me inscrever para o Ironman. Comecei a treinar dentro de casa, com tudo improvisado, pois o prazo era curto, apenas oito meses. E completei minha primeira grande vitória. Depois, veio o Ultraman, e mais e mais desafios”, conta.
“Sempre quero testar meus limites e, para isso, sou movido a desafios. Já escalei o Aconcágua, o Sajama, o Illimani (primeiro brasileiro a escalar solo em menos de 24 horas), o Ojos del Salado, entre outras montanhas. Fiz o Desafio Everesting, que consiste em pedalar até completar a altitude da maior montanha do Mundo. Também competi no Mundial de Triathlon Extremo na Noruega em 2023 (melhor sul-americano), no UB515, o Campeonato Sulamericano de Ultradistância (terceiro colocado geral), detenho o recorde como o mais jovem (31 anos) a fazer a travessia do Leme ao Pontal sem Neoprene, entre outros desafios”, conta.
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GP de Interlagos: Lando Norris larga na pole position no domingo
O fim de semana em São Paulo começou perfeito para o britânico Lando Norris, da McLaren. Neste sábado (8), o piloto venceu a corrida sprint no autódromo de Interlagos e, para completar, registrou o melhor tempo no treino classificatório para o GP do Brasil. Com isso, na reta final da temporada da Fórmula 1, tem a chance de abrir vantagem na corrida pelo título inédito da categoria.

Neste domingo, Norris larga em primeiro, seguido por Kimi Antonelli, da Mercedes e Charles Leclerc, da Ferrari. Oscar Piastri, companheiro de Norris na McLaren e principal concorrente na briga para ser campeão da temporada, vai largar em quarto lugar. A prova está marcada para as 15h de Brasília.
No começo do dia, na corrida sprint, Norris levou a melhor, sendo acompanhado por Antonelli e George Russell, da Mercedes no top 3. Com isso, abriu mais oito pontos sobre Piastri, que teve uma colisão e não pontuou. Norris pulou para 365 pontos, nove a mais que Piastri.
Outro destaque da prova sprint ficou com o brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber. Ele bateu na última volta e o carro ficou destruído. A equipe tentou recuperar o carro para que ele pudesse participar do treino classificatório, mas não conseguiu cumprir a missão com o prazo apertado. Com isso, Bortoleto vai largar dos boxes, na última colocação.
Terceiro colocado na disputa pelo título de pilotos, o holandês Max Verstappen, campeão das últimas quatro temporadas, foi muito mal na classificação, terminando apenas em 16º. Outra lenda, o britânico Lewis Hamilton, dono de sete títulos, vai largar com a sua Ferrari na 13ª colocação.
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Brasil cai nos pênaltis para o México e fecha em 4º no Mundial Sub-17
Por muito pouco a seleção brasileira de futebol feminino sub-17 não terminou o Mundial da categoria no pódio. Neste sábado (8), na disputa do terceiro lugar, a equipe vencia o México até os acréscimos, quando Evelin marcou contra e levou a decisão da colocação final para os pênaltis. Após o empate por 1 a 1 no tempo normal, as mexicanas fizeram 3 a 1 nas cobranças das penalidades e ficaram com o terceiro posto.

A quarta colocação é o melhor resultado do Brasil na história da competição. A final acontece neste sábado, entre Holanda e Coreia do Norte. O Mundial é disputado no Marrocos.
Após um primeiro tempo equilibrado, o Brasil abriu o placar na reta final da partida. Aos 33 da segunda etapa, Maria fez boa jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo e tocou para o meio. Kaylane completou de primeira para o fundo das redes.
A arbitragem sinalizou oito minutos de acréscimos e o México se beneficiou do tempo prolongado e de uma infelicidade brasileira para empatar. Aos 50, após falta cobrada na área, Evelin desviou de cabeça e acabou pegando a goleira Ana Morganti no contra pé, marcando contra. A atacante, autora do gol, ficou visivelmente abalada, chegando a chorar.
Nas cobranças de pênaltis, o Brasil começou bem, marcando com Gaby e vendo Ana Morganti defender a primeira cobrança adversária. No entanto, na sequência, os papéis se inverteram, com a seleção brasileira desperdiçando três cobranças, com Dulce Maria, Kaylane e Dany, enquanto o México converteu as três seguintes, encerrando a disputa em 3 a 1.
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Stefani e Babos perdem na decisão e ficam com o vice no WTA Finals
A melhor colocação de uma atleta brasileira em um torneio WTA Finals na história já está definida. Neste sábado (8), a parceria formada por Luisa Stefani e a húngara Timea Babos acabou derrotada por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (4) e 6/1, pela dupla formada pela belga Elise Mertens e pela russa Veronika Kudermetova, na decisão da competição em Riad, na Arábia Saudita.

O vice-campeonato é o melhor resultado de uma mulher do Brasil no torneio que reúne as melhores tenistas da temporada. Na versão masculina, o ATP Finals, o Brasil tem um título de simples com Gustavo Kuerten, em 2000 e dois vices com Marcelo Melo na chave de duplas, em 2014 e 2017.
Com o resultado, Stefani vai encerrar a temporada na 14ª colocação no ranking de duplas da WTA (Associação Mundial de Tênis feminino). A melhor colocação da brasileira na história foi em 2021, quando chegou a ocupar o nono lugar. Naquele ano, ela conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, junto com Laura Pigossi.
Esta foi a primeira temporada da parceria entre Stefani e Babos. Em fevereiro, elas foram campeãs do WTA 500 de Linz, na Áustria. Foram outros três títulos: no WTA 500 de Estrasburgo, na França, no SP Open e no WTA 500 de Tóquio.



