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Internacional

Após retaliação da China, Trump diz que sua política não mudará

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© Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução

Enquanto as bolsas em todo o mundo despencam com a intensificação da guerra de tarifas após a retaliação da China, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (4) que sua política “nunca mudará” e fez uma provocação ao dizer que a China estaria em “pânico”.

“Para os muitos investidores que estão chegando aos EUA e investindo grandes quantidades de dinheiro, minhas políticas nunca mudarão. Este é um ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca!!!”, escreveu Trump, em uma rede social.

Em outra postagem, logo em seguida, o presidente americano disse que a China errou ao retaliar.

“A China jogou errado, eles entraram em pânico – A única coisa que não podem se dar ao luxo de fazer!” escreveu. 

Após o anúncio dos Estados Unidos sobre tarifas de importação para todos os parceiros comerciais, com taxas de 34% para China, o governo de Pequim adotou uma série de medidas de retaliação, com igual taxação de 34% das importações de produtos estadunidenses.

A China anunciou a restrição para exportação de minerais raros, chamados terras raras, além da proibição de comércio com 16 empresas dos EUA.

Em uma entrevista publicada na mesma rede social, o presidente dos EUA reforçou que está no caminho certo. “Tudo indo muito bem. Você verá como isso vai acabar, nosso país terá um boom”, disse Trump. 

Bolsas e comércio

As medidas fizeram as bolsas em todo o mundo despencar. Os três principais índices de ações dos EUA – o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones – registravam uma queda de 4,5%, 4,6% e 4%, respectivamente, no início da tarde de hoje.

Em nota publicada nesta quinta-feira (3), antes do anúncio de retaliação do governo chinês, a Organização Mundial do Comércio (OMC) previu que o tarifaço instituído pelos EUA levaria a uma retração de 1% nos volumes globais de comércio este ano, resultado que é 4 pontos percentuais (p.p.) inferior à previsão anterior, que calculava um crescimento de 3% no comércio internacional.  

“Medidas comerciais dessa magnitude têm o potencial de criar efeitos significativos de desvio comercial. Apelo aos membros para que administrem as pressões resultantes de forma responsável para evitar que as tensões comerciais proliferem”, afirmou Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da OMC.  

Juros e inflação

Enquanto isso, o presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Jerome Powell, alertou que as tarifas de Trump podem aumentar a inflação e reduzir o crescimento econômico.

“Embora a incerteza permaneça elevada, agora está ficando claro que os aumentos de tarifas serão significativamente maiores do que o esperado. O mesmo provavelmente será verdade para os efeitos econômicos, que incluirão maior inflação e crescimento mais lento”, comentou Powell.

Por outro lado, o presidente Trump desafiou o presidente do Fed a cortar os juros básicos da economia do país.

“Este seria um momento perfeito para o presidente do Fed, Jerome Powell, cortar as taxas de juros. Ele está sempre ‘atrasado’, mas agora ele pode mudar sua imagem, e rapidamente. Corte as taxas de juros, Jerome, e pare de brincar de política!”, escreveu Trump também nesta sexta em uma rede social.

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Internacional

China diz que vai transformar “tarifaço” dos EUA em “oportunidade”

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© Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados

Em editorial publicado nesse domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais. 

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

O Diário do Povo citou ainda a frase do presidente da China, Xi Jinping, sobre a resiliência do mercado chinês, que pode suportar ventos fortes e tempestades.

“A economia chinesa é um oceano, não um pequeno lago. Tempestades podem virar um pequeno lago, mas não podem virar o oceano”, disse o mandatário chinês citado pelo jornal.  

Nessa segunda-feira (7), Trump ameaçou a China com tarifas adicionais de 50% caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas à Washington. 

Resistência

O jornal reconhece que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra a China vão prejudicar o comércio entre as duas maiores potências do planeta.

“Terá inevitavelmente um impacto negativo nas exportações da China no curto prazo e aumentará a pressão sobre a economia”, disse. 

Por outro lado, o Diário do Povo argumenta que a China tem capacidade de resistir a essa pressão, que o país tem reduzido a dependência em relação à economia dos EUA e aumentado o controle sobre tecnologias chaves.

“Construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os EUA como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, destacou o jornal.

O Diário do Povo lembra que a guerra comercial com os EUA começou em 2017. “Não importa o quanto os EUA lutaram e nos pressionaram, sempre mantivemos o desenvolvimento e o progresso, demonstrando nossa resiliência de ‘quanto mais pressão enfrentamos, mais fortes nos tornamos’”, acrescentou o editorial.

O jornal do Partido Comunista Chinês acredita que a pressão de Trump forçará o país a acelerar e concretizar “avanços tecnológicos essenciais em áreas-chave”. Além disso, lembra que organizações de todo o mundo confiam na estabilidade da economia chinesa.

“Muitas instituições financeiras de Wall Street aumentaram suas previsões para o crescimento econômico do nosso país, estão otimistas sobre o mercado de capitais da China e consideram a ‘certeza’ da China como um porto seguro para se proteger contra a ‘incerteza’ dos EUA”, completou.

Preparados

O editorial do jornal chinês destacou ainda que o Comitê Central do PCCh já previa que os EUA implementariam novas e crescentes rodadas de medidas para contenção econômica da China.

“Sabemos o que estamos fazendo e temos estratégias em mãos. Estamos travando uma guerra comercial com os EUA há oito anos e acumulamos uma rica experiência nessa luta. Os planos de resposta também são preparados com antecedência”, disse o periódico.

Mercado interno

A jornal diz que a China se apoiará no seu imenso mercado interno para se contrapor às tarifas dos EUA. Segundo dados oficiais, 85% das empresas que exportam têm negócios no mercado interno. Além disso, o total de vendas no mercado interno representa 75% do total dos negócios.

 “Devemos adotar a expansão da demanda interna como uma estratégia de longo prazo, nos esforçar para fazer do consumo a principal força motriz e lastro para o crescimento econômico e aproveitar ao máximo as vantagens do nosso mercado de escala supergrande”, afirmou.

Parceiros comerciais

O editorial lembra ainda que os EUA não podem prescindir da China para muitos produtos, tanto de consumo, como de investimentos e intermediários.

“A taxa de dependência de diversas categorias ultrapassa 50%, e será difícil encontrar fontes alternativas no mercado internacional no curto prazo”, destacou.

Ao mesmo tempo, o Diário do Povo citou que a China é o principal parceiro comercial para mais de 150 países, o que inclui o Brasil e a maioria dos países da América do Sul.  

“A cooperação econômica e comercial em mercados emergentes tem enorme potencial e está se tornando cada vez mais uma base importante para estabilizar nosso comércio exterior. Injetaremos mais estabilidade no desenvolvimento econômico global por meio do nosso próprio desenvolvimento estável”, completou o editorial.   

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Internacional

Israel bombardeia tenda com jornalistas ao lado de hospital de Gaza

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© Hatem Khaled/Reuters/proibida reprodução

No Dia dos Jornalistas, comemorado nesta segunda-feira (7), as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam, na madrugada, uma tenda com jornalistas em frente ao Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

Um jornalista e um civil morreram no ataque, e outros nove jornalistas estão gravemente feridos, segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos. Vídeos do momento do ataque, com a tenda pegando fogo com os profissionais queimando dentro, vêm sendo divulgados nas redes sociais.

“O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou fortemente, nos termos mais severos, esse massacre terrível, que custou a vida do jornalista Helmi Al-Faqaawi (Palestine Today TV), como resultado do bombardeio da tenda que pegou fogo”, disse a entidade de classe. 

Ao todo, mais de 200 jornalistas já foram assassinados por Israel em Gaza, o que é denunciado por grupos de defesa da liberdade de expressão como estratégia de Israel para promover um “apagão da mídia” que cobre a guerra. 

Por outro lado, a FDI acusou um dos jornalistas feridos na tenda ao lado do Hospital Nasser de pertencer à Brigada do Hamas em Khan Yunis.

“As FDI atacaram o terrorista do Hamas Hassan Abdel Fattah Mohammed Aslih na área de Khan Yunis, que opera sob o disfarce de jornalista e é dono de uma empresa de imprensa”, disse o Exército israelense, sem apresentar provas.

Segundo Israel, o jornalista Aslih teria participado do ataque do Hamas em 7 de outubro. “Durante o massacre, ele documentou e enviou imagens de saques, incêndios criminosos e assassinatos para as mídias sociais”, completou a FDI.

Israel tem acusado jornalistas assassinados de participar do Hamas, como ocorreu na semana passada com o profissional Hossam Shabat, de 23 anos, da TV Al-Jazeera, morto em um ataque de drone. Entidades como Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) têm questionado essas acusações, que consideram “frágeis” e que carecem de provas.

Desde que retomou os ataques à Faixa de Gaza, no dia 18 de março, após dois meses de relativa trégua, Israel já matou 1,3 mil pessoas, ferindo outros 3,4 mil moradores de Gaza. Ao todo, 505 crianças foram assassinadas e mais 1,2 mil ficaram feridas nos últimos 20 dias, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino. 

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Internacional

Lula vai à Cúpula da Celac em busca da integração latino-americana

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© Arte shaadjutt/FREEPIK

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (9), em Honduras, da 9ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), única organização que reúne os 33 países latino-americanos e caribenhos.

“A participação do presidente é um claro sinal da prioridade que, aliás, sempre foi dada pelo presidente Lula e pelo Brasil à integração. Na nossa Constituição, no Artigo 4º, consta que o Brasil deve buscar exatamente a Celac: a construção de uma comunidade de nações latino-americanas e caribenhas”, afirmou embaixadora Gisela Padovan.

A secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE) acrescentou que essa Cúpula faz parte de um processo de revitalização da Celac. Ela lembrou que a entidade foi enfraquecida nos últimos anos, citou a saída do Brasil da Celac no governo anterior, e lembrou que Lula decidiu que o país deveria voltar ao grupo logo no início do terceiro mandato. 

“O sonho da integração existiu desde Bolívar, desde San Martín [líderes dos processos de independência de países da América do Sul], que se falava essa visão de que juntos temos mais condição de enfrentar os desafios globais e também de nos desenvolvermos e resolvermos nossos problemas internos e regionais”, acrescentou a embaixadora.

Lula viaja à Tegucigalpa, em Honduras, ainda na terça-feira (8). A expectativa do Itamaraty é que a Cúpula realize um debate amplo sobre todos os temas da atualidade. Além disso, Honduras deve transferir para Colômbia à presidência do bloco. No final, deve ser publicada uma declaração conjunta dos 33 países da região. 

Tarifas e imigração  

O encontro da Celac ocorre no contexto de forte tensão na região em meio ao endurecimento das políticas contra imigração do governo dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, além da guerra de tarifas iniciada pela Casa Branca.  

O Itamaraty informou que o tema das tarifas não estava na pauta das negociações, até porque, quando a agenda foi preparada, não havia informação da extensão dessas tarifas.

Por outro lado, o tema da imigração será um dos destaques da Cúpula. A ideia é reativar um grupo de trabalho que existia na Celac para tratar do tema.

Devem participar do encontro ainda a presidente do México, Claudia Sheinbaum, da Colômbia, Gustavo Petro, da Bolívia, Luis Arce, do Uruguai, Yamandú Orsi, de Cuba, Miguel Diáz-Canel, entre outros, segundo o governo hondurenho, que organiza a Cúpula dessa semana.

Mulher latino-americana na ONU

Entre as propostas do Brasil que serão discutidas no encontro está a escolha de uma única candidatura feminina para disputar a secretária-geral das Nações Unidas (ONU) diante do fim do mandato do atual chefe da ONU, António Guterres, programado para o ano que vem. 

Celac

Fundada em fevereiro de 2010, a Celac reúne os 33 países da América Latina e do Caribe que abrangem uma área de mais de 22 milhões de km², o que equivale a cinco vezes o território da União Europeia. A população total somada, de 670 milhões, é o dobro do número de habitantes dos Estados Unidos.

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