Música
Artista LGBTQ+ Victor John reflete sobre processos de luta e coragem em seu novo single “Aniquilamento”

Trazendo diferentes processos da vida, como a culpa, o desejo de se sentir parte de algo e o processo de aceitação da própria orientação sexual, o cantor e compositor Victor John estreia seu novo single de trabalho. Intitulado “Aniquilamento“, este som é a primeira música de seu próximo EP, previsto para ser lançado ainda este ano, e representa um marco significativo na carreira do artista. A canção já está disponível em todas as plataformas digitais.
A composição autoral fala sobre culpa e busca por redenção e lutas internas. Reflete sobre estar preso em um ciclo de autocondenação ao tentar esconder a sua verdadeira identidade, sendo sufocado pelas expectativas externas, e também mostra uma forte vontade de pertencer a algo.
“Sinto que, hoje, me tornei uma voz corajosa, independente e autêntica que luta pelo que acredita. Para isso acontecer, foi necessário passar por um processo demorado e dolorido,” compartilha Victor.
Conhecido anteriormente por suas músicas mais alegres, Victor explica que este single marca um ponto de virada, trazendo à tona suas composições mais tristes e introspectivas. “Isso me deixa muito nervoso, porque mostra o meu lado vulnerável, as minhas dores e cicatrizes, algo que não estou tão acostumado ainda”, conta o artista.
A canção também retrata a importância da coragem para ser quem realmente é. Nisso, ele conta o quanto colocou em questionamento sua sexualidade por pensar que algo poderia estar errado por nunca conseguir se encaixar em lugar nenhum. “’Pai, não me deixais cair em tentação’, esse trecho da música encapsula o sentimento que eu tive quando escrevi. Na minha cabeça, naquela época, ser fiel a quem sou significava me entregar ao pecado”.
Mensagem como artista
Victor espera que a música chegue como um lembrete para todos de que nada e nem ninguém deve estar acima de quem você é. “Acho que a minha mensagem como artista engloba muito esse discurso: eu, como um artista LGBTQIAP+, quero que o meu trabalho defenda a ideia de que possamos ser quem somos verdadeiramente sem amarras, seja da sociedade ou de alguma outra pessoa. O processo de você se entender e de se autoafirmar uma pessoa pertencente à comunidade, deixando de lado as vozes externas, às vezes, é demorado. Pode soar meio clichê, mas acredito que a música e a arte em geral tem o papel de registrar ou até mesmo ressignificar memórias. O meu desejo como artista é me tornar o artista que o mini Victor John, quando criança, sonhava em se tornar”, pondera o cantor.
“Aniquilamento” é uma faixa que mistura Pop, R&B e toques de rock, com um destaque especial para o piano e a voz de Victor. Ele também cita influências de artistas como Beyoncé, Tinashe, Halsey e Daniel Caesar.
Videoclipe
O single “Aniquilamento” também conta com um videoclipe, gravado no Estúdio Solarium, no Centro de São Paulo. A direção criativa e o roteiro são assinados por Victor John, com a direção geral e edição de Pedro Campana e fotografia de Bruno Muniz. O visual do clipe busca ser uma extensão sensorial dos sentimentos retratados na música e estará disponível no YouTube.
“Foi o primeiro clipe que não construímos uma história de começo, meio e fim. Tínhamos o enredo, cenas específicas que gostaríamos que fossem gravadas e complementassem a narrativa, porém gostaríamos que tivesse ações orgânicas e sentidas de acordo com a música”, finaliza.
Gospel
Camillo Merachi lança “Onde Está Deus?” — uma jornada poética sobre fé, inocência e presença

O cantor e compositor Camillo Merachi apresenta ao público “Onde Está Deus?”, seu novo single que antecipa o clima do primeiro álbum de estúdio da carreira. Com produção refinada, letra sensível e sonoridade que dialoga entre o gospel contemporâneo e a música popular brasileira, a faixa chega acompanhada de um videoclipe dirigido por Mess, um dos mais consagrados nomes do audiovisual no país.
A origem de uma pergunta que virou canção
A inspiração para “Onde Está Deus?” surgiu de um momento simples, mas profundamente transformador. Em uma visita à igreja, Merachi foi surpreendido pela pergunta de seu sobrinho — uma criança curiosa, que, ao observar o ambiente, virou-se para o tio e perguntou:
“Tio, onde está Deus?”
A inocência daquela pergunta despertou em Merachi uma reflexão que ultrapassa os muros do templo e se expande para o cotidiano, para o que é vivo, para o que pulsa em cada detalhe da existência.
Foi ali, nesse instante despretensioso, que nasceu a semente da canção — uma busca por responder à criança, mas também a si mesmo, e talvez a todos nós.
Entre o sagrado e o cotidiano
Gravada no estúdio 48k, sob produção de Raul Alaune e Mateus Melo, a música traz arranjos delicados, timbres orgânicos e uma atmosfera contemplativa que conduz o ouvinte a uma experiência íntima e reflexiva.
Merachi compôs a canção sozinho, mas a sensação ao ouvi-la é de conversa — como se cada verso abrisse um diálogo com o invisível, com o que se sente mais do que se explica.
A letra passeia entre imagens poéticas e cenas corriqueiras:
“Ele tá no sol que tá se pondo lá na praia de Ipanema /
Ele tá no cheiro de pipoca da entrada do cinema.”
Ao transformar situações simples em manifestações da presença divina, o artista convida o público a reconhecer o sagrado nas pequenas coisas — no cotidiano, no tempo, nas pessoas e nas memórias.
“Onde Está Deus?” é, ao mesmo tempo, uma pergunta e uma resposta. Uma prece e uma descoberta.
A direção que transforma som em imagem
O videoclipe, assinado por Mess, traduz visualmente essa atmosfera de busca e contemplação. Conhecido por seu olhar artístico e cinematográfico, o diretor já assinou produções de sucesso por todo o Brasil, e em “Onde Está Deus?” entrega uma leitura sensível da música, explorando contrastes de luz, cor e expressão.
O resultado é um filme musical que transcende o formato de clipe: uma experiência estética e espiritual.
O artista e sua mensagem
Camillo Merachi é parte de uma nova geração de artistas que têm transformado a música de fé no Brasil.
Com letras que unem espiritualidade e humanidade, e uma estética moderna que conversa com o público de diferentes contextos, o cantor tem se destacado por sua autenticidade e profundidade.
“Onde Está Deus?” marca um ponto de virada em sua trajetória — o momento em que a arte se torna resposta, e o silêncio se transforma em canção.
Mais do que uma música, é um convite para desacelerar, observar e perceber que Deus está — e sempre esteve — em tudo.
Música
Pedro Perez lança o álbum de estreia “Maré Nova” e te convida a mergulhar nessa vibe solar

Há quem diga que a música tem o poder de mudar o vento e de transformar a maré. Para Pedro Perez, essa é mais que uma metáfora: é a essência de seu primeiro álbum, “Maré Nova”, que acaba de chegar ao público trazendo frescor, maturidade e a vibração do reggae abraçado pelas influências da música brasileira.
Depois de quase seis anos de estrada, entre experimentações e descobertas, Pedro encontrou no mar, no surf e na cultura do reggae um porto seguro para sua sonoridade. Produzido por Fred Nery (Macucos) e Bruno Signorelli — nomes que já trabalharam com artistas como Armandinho e Vk Mac — o disco é um mergulho em canções que misturam percussão, forró pé-de-serra, batucada e reggae, resultando em um trabalho sólido e ao mesmo tempo leve, como uma onda que convida o ouvinte a surfar junto.
“‘Maré Nova’ é meu álbum de estreia após quase seis anos de carreira. Ele une tudo que colhi de referências da música brasileira e principalmente do reggae, mas com composições mais maduras e com muito da minha personalidade. Esse álbum representa uma nova fase: sou um melhor artista, melhor compositor, melhor cantor e também um melhor gestor da minha própria carreira. O nome reflete exatamente isso — novidade, mudança, algo que vem para somar na cena musical”, comenta Pedro Perez.
Ao longo de oito faixas, todas acompanhadas de visualizers gravados na charmosa vila de Itaúnas — cenário que conecta música, mar e liberdade — o cantor apresenta colaborações especiais que reforçam sua caminhada. Em “Maré Nova”, Pedro divide a vibração com Bella Mattar, que traz sua energia tropical para uma faixa que nasceu de forma espontânea no estúdio VVS, e também com a banda Macucos, mentores e parceiros de longa data, que já haviam colaborado com o artista no EP “Devaneios” (2024).
“A Bella entrou de última hora, quase de surpresa, mas escreveu um verso lindo que deu ainda mais vida ao feat. Já com os meninos do Macucos, é nossa segunda parceria, e sempre que eles aparecem é como se a maré ficasse ainda mais boa de navegar”, revela Pedro.
Musicalmente, “Maré Nova” é uma continuação natural do reggae brasileiro que inspira Pedro — nomes como Armandinho, Natiruts, Maneva e os próprios Macucos ecoam como bússolas em sua trajetória. Ainda assim, o disco não se limita: é uma mistura abrasileirada, solar e dançante, que representa a liberdade de quem encontrou sua onda.
Com “Maré Nova”, Pedro Perez convida o público a sentir o balanço das ondas em cada batida, a respirar fundo e a mergulhar em uma novidade que promete movimentar a cena nacional. Porque quando a maré muda, tudo se renova.
Sobre Pedro Perez
A paixão pela música começou cedo. Aos 10 anos, Pedro iniciou os estudos no contrabaixo e, aos 14, formou sua primeira banda de grunge com três amigos, atuando como baixista em apresentações pela capital e cidades vizinhas.
Aos 20, deu início à sua carreira solo e, desde então, já dividiu palco com grandes nomes como Maneva, Armandinho, Nando Reis, 3030 e Vitão. Suas composições e performances o consolidaram como uma das promessas da cena reggae capixaba, com espaço crescente nas rádios e nos palcos.
Depois do EP Devaneios (2024), Pedro chega com seu primeiro álbum completo, Maré Nova, pronto para consolidar uma trajetória que começou nas salas de aula da faculdade de Medicina, atravessou os corredores dos hospitais e encontrou sua expressão mais forte no palco — lugar onde Pedro Perez se completa.
Tracklist:
- Intro
- Te Espero na Vila
- Flor de Mandacaru
- Peço (ft. Macucos)
- Sabor e Fé
- Jeribucaçu
- Corpo e Poesia (ft. Bella Mattar)
- Maré Nova
Música
CRERSP0 lança “Apenas um Mano Latino-Americano” e traz a influência de Belchior para o som das ruas

Com lirismo e crítica social, o artista constrói um diálogo entre o RAP urbano e a nova MPB
A cena musical brasileira ganha um novo capítulo de força e autenticidade com o lançamento de “Apenas um Mano Latino-Americano”, novo single do rapper CRESP0, artista da Zona Leste de São Paulo. A faixa é um encontro entre o RAP e a MPB, traduzindo em versos e batidas a realidade de quem cresce na periferia, mas nunca deixa de sonhar grande.
Inspirado em Belchior, CRESP0 revisita o espírito da música de protesto brasileira, trazendo para o presente o mesmo sentimento de inconformismo e poesia que marcou gerações. A canção é um convite à reflexão sobre o que é ser jovem, latino e periférico no Brasil de hoje — uma mensagem que ecoa entre rimas e melodias suaves, mas carregadas de verdade.
Com letras que unem sensibilidade e potência, o artista reafirma seu compromisso com a arte como ferramenta de identidade e transformação social. O resultado é uma obra que ultrapassa fronteiras musicais, conectando a herança da MPB ao vigor do hip-hop contemporâneo.

Em “Apenas um Mano Latino-Americano”, CRESP0 consolida seu nome entre os artistas que representam a nova geração da música urbana brasileira, com um olhar afiado, poético e cheio de propósito.
O single já está disponível em todas as plataformas digitais.