Estilo de Vida
As Terapias Holísticas como tendência principal para aliviar a ansiedade da população em 2024
Recentemente, muito tem se discutido sobre o crescimento da quantidade de pessoas com ansiedade, especialmente no Brasil. De acordo com o levantamento Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade. Além disso, o mesmo estudo aponta que um terço (31,6%) da população mais jovem, de 18 a 24 anos, é ansiosa.
Além de fatores mais comuns, como jornadas estendidas no trabalho e estresse no dia a dia, a pandemia da COVID-19 também teve impacto direto na rotina das pessoas, causando mudanças drásticas e, consequentemente, culminando em mais ansiedade.
Paralelo a isto, a busca dos brasileiros por melhorias relacionadas à saúde mental cresceu, conforme indica pesquisa da Global Health Service Monitor, que aponta que o percentual de pessoas que se preocupam com saúde mental saltou de 18% para 49%, entre 2018 e 2022 no Brasil.
Neste sentido, as Terapias Holísticas chegam como uma alternativa para reduzir males, como a ansiedade, por exemplo. O conceito tem como objetivo central tratar doenças a partir de uma visão global do ser humano, fazendo uma análise da pessoa como um todo e considerando seus aspectos físicos, culturais, psicológicos e sociais.
Tipos de Terapias Holísticas
Primeiramente, para garantir maior relaxamento em momentos de estresse e ansiedade, é crucial saber respirar. Por isso, é importante aplicar e incluir técnicas de respiração na rotina.
O conceito de Breathwork, por exemplo, vem sendo difundido no dia a dia do trabalho, no formato de respirações lentas e profundas, que promovem maior consciência das emoções, obtendo maior clareza, acalmando, melhorando o fluxo de energia e conduzindo as ações de maneira mais consciente.
Outra técnica de bem-estar muito buscada recentemente é a Terapia Manual Integrada, que engloba Massagem, Quiropraxia, Acupuntura e Alongamento, ferramentas que ajudam as pessoas a ganharem mais mobilidade, acalmar a musculatura e, consequentemente, o emocional. Para se ter uma ideia, a Massagem libera endorfina e serotonina, auxiliando na abertura dos músculos associados à respiração.
Investindo nisso, haverá pessoas com menos dores, mais motivação e energia, tendo em vista que a Massagem não trabalha apenas a questão muscular esquelética, mas também a energética.
Com relação à Acupuntura, prática milenar que usa a aplicação de agulhas pequenas em várias regiões do corpo, já existem estudos científicos que comprovam o seu benefício na redução do estresse e da ansiedade, tonificando órgãos internos e equilibrando as energias do corpo para obter bem-estar e longevidade.
É importante ressaltar, ainda, que a frequência ideal para apostar nesses serviços variam de acordo com o estilo de vida de cada um. Se for uma rotina agitada e intensa, é preciso buscar essas alternativas com mais frequência.
Desta forma, por meio dessas práticas, é possível resolver, também, problemas ligados à postura, como tendinite, bursite e escoliose, gargalos comuns daqueles que trabalham em home office.
Benefícios para pessoas e empresas
É evidente que cada vez mais as Terapias Holísticas terão maior volume de procura, uma vez que elas fortalecem o sistema imunológico de forma natural e, aplicadas ao dia a dia, melhoram a qualidade de vida da população.
Até mesmo nas grandes empresas já há uma consciência da importância das práticas de bem-estar para fidelizar e reter funcionários. Tanto é que, segundo estudo do Gympass, nove em cada dez companhias veem impactos positivos ao investir na saúde mental, conforto e segurança dos funcionários.
No entanto, é preciso difundir a importância destas práticas, lembrando sempre em realizá-las com frequência, para que, a longo prazo, possam virar um hábito. Além disso, é sempre bom lembrar que, para funcionar de maneira efetiva, os serviços de bem-estar devem sempre ser associados a um estilo de vida saudável, com boas noites de sono e alimentação balanceada.
Hideo Muraoka é CEO da rede Muraoka Massoterapia, empresa com mais de 20 anos no mercado de saúde e bem-estar e uma das precursoras da famosa Quick Massage.
Saúde
Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.
As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.
Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.
Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.
Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2), em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).
Saúde
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.
Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.
A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.
“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..
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Modernização
Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.
O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.
Saúde
OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência
Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
Riscos
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Apelo à ação
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.



