Internacional
Ativistas presos por Israel recebem assistência de embaixadas

Movimentos e organizações de direitos humanos realizaram ato, na tarde dessa segunda-feira (9), em Brasília, pera pedir liberdade dos 12 ativistas presos por Israel em águas internacionais quando estavam a bordo do navio Madleen de ajuda humanitária, com destino à Faixa de Gaza, território palestino que sofre cerco total das forças israelenses.
A embarcação, que tinha como objetivo estabelecer um canal de acesso para transporte de alimentos e medicamentos a Gaza, pertence ao movimento Freedom Flotilla Coalition, que atua em ações humanitárias internacionais e promove campanha para acabar com o bloqueio ilegal israelense.
“A gente teve notícias de que o Thiago e todos os participantes estão bem, chegaram numa base militar. Não sabemos quais são os procedimentos [agora], se eles ainda serão detidos ou se vão ser imediatamente deportados, mas sabemos que as embaixadas estão em contato com todos eles”, afirmou Lara Souza, esposa do ativista brasileiro Thiago Ávila, que está entre os detidos. Segundo ela, Thiago está recebendo assistência consular da diplomacia brasileira. Além do brasileiro, estavam na embarcação de ajuda humanitária a sueca Greta Thunberg e mais dez ativistas.
O Ministério das Relações Exteriores se manifestou, em nota, sobre a interceptação do Madleen, pedindo a liberdade dos seus tripulantes. A pasta lembrou que eles navegavam por águas internacionais.
A nota brasileira reforça ainda “a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante”.
Nascido no Distrito Federal, o ambientalista Thiago Ávila é coordenador da Freedom Flotilla Coalition. Além do brasileiro, estavam na embarcação de ajuda humanitária a ativista sueca Greta Thunberg e outros dez ativistas.
A interceptação ocorreu logo após o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarar que havia instruído seu Exército a não permitir que a embarcação chegasse a Gaza. Na declaração, ele também informou que a tripulação seria escoltada e, em seguida, deportada.
De acordo com a nota do Itamaraty, as embaixadas da região estão sob alerta para prestar a assistência consular caso necessário, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e os direitos internacionais.
“Que a gente torne esse momento mais forte pelo fim do cerco ilegal a Gaza e o fim do genocídio [do povo Palestino]”, afirmou Laura Lemos, integrante da direção internacional da Flotilha da Liberdade. Ela também pediu que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas com Israel.
Internacional
Governador admite que infraestrutura no Monte Rinjani é insuficiente

O governador de West Nusa Tenggara, local onde fica o Monte Rinjani, na Indonésia, divulgou uma carta aberta aos brasileiros em suas redes sociais reconhecendo as falhas no resgate da brasileira Juliana Marins.
Segundo Lalu Iqbal, desde o primeiro momento em que o governo foi informado do acidente, o time de resgate agiu com urgência e dedicação.
“Reconhecemos que o número de profissionais certificados em resgate vertical ainda é insuficiente e que nossas equipes ainda não dispõem dos equipamentos avançados necessários para missões desse tipo. Também percebemos que a infraestrutura de segurança ao longo das trilhas do Rinjani precisa ser aprimorada”, disse o governador Lalu Iqbal.
Juliana caiu enquanto fazia uma trilha na borda do vulcão. Ela esperou resgate por alguns dias, mas quando a equipe finalmente conseguiu chegar ao local onde ela estava, constatou que a brasileira havia morrido.
Segundo ele, apesar dos “esforços extraordinários” do time de resgate, as operações foram desafiadas significativamente pelas forças na natureza.
“A névoa espessa e a chuva persistente dificultaram os esforços de resgate desde o primeiro dia. O terreno arenoso próximo ao local representava um risco extremo para os dois helicópteros que foram disponibilizados”, disse Iqbal.
O governador também destacou o trabalho das equipes de resgate que, segundo ele, colocaram sua própria segurança em risco. “Na nossa cultura, aqueles que entram na nossa terra são considerados família”.
Internacional
Segurança do Brics terá cerca de 17 mil policiais civis e militares

Cerca de 17 mil policiais civis e militares e agentes do Programa Segurança Presente vão reforçar a segurança da reunião da cúpula do Brics, nos dias 6 e 7 de julho, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
Além do reforço das forças estaduais e o uso de tecnologia de ponta, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, solicitou ao governo federal o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no período de 2 a 9 de julho, com atuação no perímetro externo do MAM, da Marina da Glória, do Monumento de Estácio de Sá, dos locais de hospedagem dos chefes de Estado e em outros locais de interesse das delegações, como aconteceu na reunião de cúpula do G20, também realizada no Museu de Arte Moderna, em novembro de 2024.
“Estamos unindo esforços para garantir a segurança das delegações que virão para a reunião de cúpula do Brics e para quem mora no Rio. Temos uma grande expertise em planejamentos de segurança para grandes eventos, com ótimos resultados. A adoção da Garantia da Lei e da Ordem não é uma excepcionalidade. Isso já aconteceu, por exemplo, no ano passado, quando o Rio também sediou a reunião de cúpula do G20”, explicou o governador Cláudio Castro.
O esquema da Polícia Militar terá 15,5 mil policiais, incluindo equipes do Comando de Operações Especiais (COE), para garantir a segurança nas vias públicas, no entorno de hotéis e do MAM, com suporte do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) Móvel, instalado próximo à entrada principal do museu.
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Imagens geradas por câmeras urbanas com software de reconhecimento facial e de leitura de placas, instaladas em helicópteros e drones e das câmeras corporais dos policiais militares poderão ser acessadas pelo Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (Cesir), que será instalado no CICC, na Praça Onze. O Cesir é formado por representantes de forças estaduais e federais de segurança.
O esquema especial da Polícia Civil inclui 1.400 policiais, com reforço de efetivo nas unidades que abrangem o evento e áreas de interesse operacional. Haverá uma Central de Flagrantes extraordinária funcionando na Cidade da Polícia.
O efetivo dedicado ao Brics também contará com especialistas do Esquadrão Antibomba, policiais com proficiência em idiomas e agentes da inteligência, com monitoramento de redes sociais, além de policiais da perícia técnico-científica.
Todas as delegacias localizadas no percurso das autoridades estrangeiras estão aptas para servir como ponto de refúgio e proteção dessas autoridades.
Brics
O Brics é formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. É um grupo de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico. O agrupamento começou em 2009, com quatro países sob o nome Bric, reunindo Brasil, Rússia, Índia e China. Em 14 de abril de 2011 o grupo foi acrescido da África do Sul e ganhou um S na sigla.
Em 1º de janeiro de 2024, o grupo cresceu com a entrada do Egito, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Etiópia e Irã, com membros plenos. Em 6 de janeiro de 2025, a Indonésia também entrou no grupo como membro pleno.
Internacional
Família de Juliana Marins recorre à Justiça e pede nova autópsia

A família da brasileira Juliana Marins, que morreu em um acidente no Monte Rinjani, na Indonésia, solicitou uma nova autópsia do corpo. O pedido foi feito à Justiça Federal para esclarecer a causa da morte. O procedimento deverá ser feito quando o corpo dela chegar ao Brasil, o que deve ocorrer na quarta-feira (2).
“Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, afirmou via redes sociais a irmã de Juliana, Mariana Marins.
O pedido foi feito via Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ), com o auxílio da Prefeitura de Niterói, cidade do Rio de Janeiro onde Juliana morava.
O corpo da brasileira foi resgatado na quarta-feira (25), quatro dias após Juliana cair e rolar por centenas de metros enquanto fazia uma trilha na borda do vulcão. O acidente ocorreu no sábado (21), mas apenas na terça-feira (24) a equipe de resgate conseguiu encontrar Juliana, já sem vida.
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A autópsia feita por legistas na Indonésia concluiu que a turista morreu em decorrência de hemorragia, provocada por danos a órgãos internos e fraturas ósseas. Segundo os legistas, os ferimentos foram provocados por traumas por contusão.
Traslado
O corpo de Juliana deixará a Indonésia nesta terça-feira (1º). Segundo a companhia aérea Emirates, o voo seguirá inicialmente para Dubai. Ali, o caixão será transferido para uma outra aeronave que, na quarta-feira (2), seguirá para o Rio de Janeiro. O voo deve chegar ao Rio de Janeiro às 15h50 de quarta-feira (2).