Economia
Banco Central anuncia três indicados para cargos de diretores
O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (29) o nome dos três diretores cujos cargos ficarão vagos no próximo ano. Segundo a instituição financeira, na próxima semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhará as indicações ao Senado.
Para a Diretoria de Política Monetária, a mais importante do órgão e que executa a definição da Taxa Selic (juros básicos da economia), o escolhido é Nilton David, que atualmente trabalha no Bradesco. Ele substituirá Gabriel Galípolo, que em janeiro.
Chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco, Nilton David, informou o Banco Central, tem grande experiência no mercado financeiro, tendo trabalhado em diversas instituições no Brasil e no exterior. O diretor indicado é graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Para a Diretoria de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta, será indicada a atual secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União (CGU), Izabela Correa. Ela substituirá a diretora Carolina de Assis Barros, cujo mandato acaba no fim do ano.
Servidora do Banco Central desde 2006, Correa foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford e tem doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science, concluído em 2017. Graduada em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Na Diretoria de Regulação, o escolhido será Gilneu Vivan. Ele substituirá o diretor Otávio Damaso, cujo mandato também se encerra no fim de 2024.
Servidor de carreira do Banco Central desde 1994, Vivan atualmente é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) da instituição financeira. Até o início de 2024, atuou como chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Também representou o Brasil em grupos internacionais, como o Grupo Analítico de Vulnerabilidades, do Conselho de Estabilidade Financeira, órgão do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana) responsável por avaliar as ameaças ao sistema financeiro mundial.
Todos os nomes precisam ser sabatinados pelo Senado e aprovados pelo plenário da Casa. Caso as indicações sejam aprovadas em 2024, os indicados assumirão o cargo de diretor do Banco Central em 1° de janeiro de 2025.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Economia
Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas em 2022, diz IBGE
Em 2022, o Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas, conforme registrou o Cadastro Central de Empresas (Cempre). Desse total, 32,9% (2,6 milhões) eram empregadoras e tinham 40,5 milhões de pessoas ocupadas em seus quadros. Do total de empregados, 90,1% (36,5 milhões) eram assalariadas, recebendo média mensal de R$ 3,1 mil.
Os números fazem parte da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo (2022), divulgada nesta quinta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e organizações internacionais não estão incluídos no conceito de empresas da pesquisa, como também, os microempreendedores individuais (MEI).
Nascimento
Os dados mostram que, dentre as empresas empregadoras, 405,6 mil nasceram em 2022 – o que significa uma taxa de nascimento de 15,3%. Em relação às contratações, essas empresas recém-criadas foram responsáveis por aproximadamente 1,7 milhão de trabalhadores, que representa 4,6% do total de assalariados.
O termo nascimento utilizado pelo IBGE é o evento demográfico caracterizado pelo início da atividade de uma empresa ou unidade local. Também são consideradas nesta categoria, as empresas que passaram 24 meses inativas, sem funcionários e depois volta à atividade.
“São as empresas que são novas ou aquelas que, ao longo da sua existência ficam dormentes por um período que simplesmente fica sem funcionar. Se ela passou mais de 24 meses sem funcionar, quando ela retorna, para a gente, é considerada uma empresa que nasceu”, explica o gerente da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira em coletiva de apresentação dos dados.
Em comparação aos dados de 2017, a taxa de nascimento avançou de 10,9% para 15,3%, em 2022. Em paralelo, a participação do pessoal assalariado subiu de 3,3% para 4,6% em igual período.
Em um recorte por sexo do trabalhador, a pesquisa constatou que as mulheres eram a menor parte dos vínculos das empresas (41,7%) nas empresas sobreviventes, ou seja, as que nasceram em 2017.
“A participação feminina caiu entre 2018 e 2020 e voltou a crescer a partir de 2021”, acrescentou Eliseu Oliveira, analista da Gerência de Análises do IBGE na coletiva de apresentação dos dados.
Na observação do nível de escolaridade, os dados mostram que a maioria não tinha nível superior.
“A análise por nível de escolaridade dos assalariados revela que desde de 2019 houve uma queda de 9,5% para 8,8% na participação dos que tinham nível superior. Essa participação se manteve estável depois dessa queda, alcançando 8,9% de participação em 2022”, informou o analista.
Mortes
A taxa de mortalidade das unidades locais empregadoras no conjunto do país atingiu 9,2%. As maiores taxas, inclusive superando a nacional, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (10%) , Norte (9,6%) e Nordeste (9,3%).
Entre as unidades da federação, os maiores destaques foram Distrito Federal (11,2%) e Goiás (10,0%), na região Centro-Oeste; e Amapá (11,1%) e Amazonas (10,1%), na região Norte.
Em movimento contrário, as menores taxas de mortes de empresas foram registradas na Paraíba (8,3%), Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,7%), e Mato Grosso do Sul (8,7%).
“O conceito é o oposto do nascimento, com a diferença que nessa edição a gente está sendo mais rigoroso com a certidão de óbito da empresa. Se ela estiver em inatividade por dois anos seguidos, aí sim, a gente declara a morte dessa empresa. Significa que a gente só consegue ter uma informação mais precisa da morte de dois anos para trás. Aqui estamos falando de nascimento de empresa em 2022 e a morte de empresa de 2020”, disse
Sobrevivência
A permanência do funcionamento da empresa é tratada como sobrevivência, “evento demográfico caracterizado pela empresa ou unidade local que nasceu cinco anos antes do ano de referência e permaneceu ativa nos anos seguintes”. No caso das empresas empregadoras, se refere às que se encontram ativas no ano de nascimento e no(s) ano(s) seguinte(s), também na condição de empregadora.
“A gente olha o ciclo de sobrevivência das empresas e pretende falar quanto tempo uma empresa sobreviveu. A gente pega as empresas que nasceram em determinado ano e acompanha os anos seguintes. A partir daí se consegue ter a taxa de sobrevivência”, afirmou Ferreira.
De acordo com a pesquisa divulgada hoje, considerando as empresas que nasceram em 2017, pode-se observar que a taxa de sobrevivência após cinco anos de nascimento foi de 37,9%. Das empresas empregadoras que nasceram naquele ano, 76,2% sobreviveram em 2018; 59,6% em 2019; 49,4% em 2020; 42,3% em 2021 e apenas 37,3% sobreviveram em 2022.
De um modo geral, a maior probabilidade de sobrevivência foi na região Sudeste, seguida das regiões Sul, Nordeste, Norte e, por fim, Centro-Oeste. Entre as Unidades da Federação, a taxa de sobrevivência no quinto ano variou de 27,9% (Amapá) a 40,5% (Sergipe).
Empreendedorismo
Os conceitos seguidos pelo IBGE, indicam que as empresas de alto crescimento são as que têm aumento médio de pessoal ocupado assalariado de pelo menos 10% ao ano, por um período de três anos, e com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação.
Em 2022 eram 70.032, que ocuparam 8 milhões de pessoas assalariadas. Em relação às empresas com 10 ou mais assalariados, as de alto crescimento representaram um quantitativo equivalente a 13,8% das empresas, 26,7% do pessoal assalariado e 24,6% dos salários e outras remunerações.
Das empresas de alto crescimento, 6 623 eram as chamadas gazelas, as que tinham até 5 anos de nascimento. “Elas absorveram 409,5 mil pessoas assalariadas e pagaram um salário de 2,1 salários mínimos”, concluiu o analista.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Economia
Marketing Bag fecha 2024 com crescimento recorde e planeja 2025 cheio de novidades
O ano de 2024 marcou um período notável para o setor de franchising no Brasil. Com um ambiente de negócios favorável, impulsionado por avanços tecnológicos, novos hábitos de consumo e inovações nos modelos de negócio, o setor experimentou um crescimento expressivo.
Esse crescimento reflete não apenas o aumento no número de unidades franqueadas, mas também o fortalecimento de marcas brasileiras e internacionais, que consolidaram sua presença e inovação em um mercado competitivo.
De acordo com dados recentes da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor teve um crescimento significativo este ano, especialmente em setores como alimentação, saúde e bem-estar, e serviços. A expansão das franquias para regiões fora do eixo Rio-São Paulo, com foco no interior e em capitais do Centro-Oeste e Nordeste, também se destacou, mostrando que o franchising está cada vez mais acessível e diversificado.
Para a Marketing Bag, foi um ano de expansão e inovação. Com um desempenho que superou os três primeiros anos da empresa somados, a marca celebra um crescimento expressivo em unidades vendidas e a adesão de novos franqueados em todo o Brasil. Até outubro, 45 novas unidades foram inauguradas, e a previsão é de fechar o ano com 58, consolidando uma rede mais ampla e fortalecida.
Um dos principais diferenciais da marca neste ano foi a introdução de uma metodologia de venda estruturada em campanhas trimestrais. Essa abordagem proporciona aos franqueados uma fonte de renda recorrente e maior lucratividade, além de amplificar a visibilidade dos anunciantes ao longo do ano. “Essa metodologia já passou pelo teste e foi validada por franqueados, sendo uma das principais estratégias de venda,” comenta André Jácomo, CEO da rede.
Em termos regionais, a marca também registrou presença nacional com campanhas em localidades diversificadas, como Concórdia (SC), São Paulo (SP), Brumadinho (MG) e Teresina (PI). Esse alcance demonstra o apelo do modelo de negócios rede e a sua capacidade de se adaptar a diferentes mercados e públicos.
O franqueado de Catanduva, SP, foi um dos que mais se destacou em 2024. Além de executar sua primeira campanha com sucesso, ele utilizou as redes sociais de forma estratégica, produzindo conteúdos impactantes e únicos. Com uma abordagem cuidadosa do pós-venda, recomendada nos treinamentos da franqueadora, ele já assegurou novas vendas para as próximas campanhas. Esse caso de sucesso é um exemplo de como o uso adequado de comunicação e estratégia pode ampliar os resultados dos franqueados.
Para 2025, a rede mira em mais um ano de fortalecimento e inovação. Entre as novidades, está a introdução da publicidade em totens carregadores, um novo modelo de negócio que visa expandir as oportunidades de blended marketing para os franqueados. Esse formato permite a combinação de diferentes tipos de publicidade e oferece a eles uma nova maneira de engajar o público e ampliar as receitas.
Para os novos e antigos empreendedores que querem se destacar, a dica é clara: resiliência. A rede ressalta que todo negócio, especialmente uma franquia, demanda um período de maturação e paciência. “Ter resiliência é fundamental. O sucesso financeiro vem para aqueles que têm força de vontade e sabem trabalhar de maneira estratégica com as respostas que recebem do mercado,” aconselha Jácomo.
A rede conclui o ano de 2024 com um balanço positivo e, com expectativas ambiciosas e um novo leque de oportunidades, promete continuar sendo uma referência no setor. Para eles, 2025 será mais uma etapa de crescimento e inovação, ampliando ainda mais o alcance da marca no Brasil.
Economia
Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei (PL) 3.449/2024, que permite ao Ministério da Fazenda zerar as alíquotas do imposto de importação para medicamentos no Regime de Tributação Simplificada.
O limite para isenção é US$ 10 mil, cerca de R$ 57 mil, para importação por pessoa física para uso próprio ou individual. Aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, o texto segue para sanção presidencial.
O PL, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), incorpora o texto das medidas provisórias (MPs) 1.236/2024 e 1.271/2024, sobre o tema de tributação simplificada, e da MP 1.249/2024, sobre o Programa Mover.
O relator, senador Cid Gomes (PSB-CE), apresentou parecer favorável à proposta e rejeitou todas as emendas apresentadas. “Optamos por rejeitar todas as emendas para que o projeto não tenha que retornar para a Câmara dos Deputados, uma vez que sua aprovação demanda urgência e consequente positivação em lei”, justificou.
*Com informações da Agência Senado
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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