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Blocos oficiais dão a largada para o carnaval de rua do Rio de Janeiro

O carnaval já começou nas ruas do Rio de Janeiro. Depois da , neste sábado (1º) começa a folia oficial dos desfiles autorizados pela Prefeitura que contam com o apoio dos serviços públicos.
Na abertura teve apresentação do primeiro mega bloco da temporada, o Carrossel de Emoções, que embalou a multidão ao som de clássicos do funk carioca dos anos 90. O desfile começou às 9h na Avenida Primeiro de Março, no Centro da Cidade, onde a Prefeitura vai concentrar todos os mega blocos, como são chamados aqueles que reúnem mais de 100 mil pessoas.
Mas quem não gosta de multidão, também pode se divertir neste sábado. Ainda no Centro, desfila o Fina Batucada, que tem bateria majoritariamente composta por mulheres. Já em Laranjeiras, na Zona Sul, o dia é um dos blocos mais queridos das famílias cariocas: o Gigantes da Lira, que faz a sua Sorvetada, com os tradicionais bonecos gigantes multicoloridos que encantam a criançada.
E por falar em tradição, a Liga de Blocos e Bandas da Zona Portuária faz o seu cortejo pela região também conhecida como Pequena África, onde nasceu o samba, a partir das 16h. No mesmo horário, começa a Folia Largo do Sapê, em Bento Ribeiro, na Zona Norte, e um pouco mais tarde, às 17h, o bloco Tá Chegando a Hora faz o seu cortejo em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste
Domingo
Outro mega bloco abre a programação deste domingo (2), o Chá da Alice, inspirado no universo fantástico de Alice no País das Maravilhas. Quem vai puxar os foliões, a partir das 8h, também na Rua Primeiro de Março, é a banda Babado Novo, com participações especiais de É o Tchan e Sambay, a primeira roda de samba voltada para o público LGBTQIA+.
Ainda no domingo, o Bloco Okê agita as ruas do Flamengo, na Zona Sul, a partir das 14h e o Bloco Carnavalesco Xodó da Piedade, faz seu cortejo a partir das 16h, no bairro da Zona Norte.
Programação
Ao todo, o carnaval de rua do Rio de Janeiro terá 482 desfiles oficiais, ao longo de 37 dias de duração. A maior parte dos blocos sai no Centro da cidade, onde serão realizados 128 cortejos, mas há programação em todas as regiões. A festa que começa neste sábado, termina só no dia 9 de março, o primeiro domingo depois do feriado de carnaval.
Este ano, estão previstos nove desfiles de mega blocos. Além dos dois que se apresentam neste fim de semana, também estão programados o estreante SeráQAbre, no próximo domingo (9); o Bloco da Gold, importado de Salvador, com o cantor Leo Santana, no dia 15 de fevereiro; Bloco da Favorita. Ainda em fevereiro, no dia 22, o tradicional Cordão da Bola Preta, como sempre no sábado de carnaval, 1º de março; Fervo da Lud, na terça-feira, 4 de março; Bloco da Anitta, em pleno Dia das Mulheres, 8 de março; e o encerramento, como de costume, será feito pelo Monobloco, no domingo, dia 9 de março.
A lista com todas as atrações do Carnaval de Rua está disponível no aplicativo para celular Blocos do Rio 2025, ou no site oficial que reúne também outras informações sobre a folia.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
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Correios atendem 1,3 milhão de aposentados sobre débitos indevidos

Em um mês, os Correios atenderam 1,3 milhão de aposentados e pensionistas sobre descontos indevidos nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Disponível desde 30 de maio em mais de 5 mil agências da estatal em todo o país, o atendimento presencial foi pensado para os segurados com dificuldade em operar canais digitais, como o aplicativo Meu INSS ou em ligar para a Central 135.
As agências dos Correios habilitadas para atendimento estão disponíveis na seguinte lista. Os aposentados e pensionistas podem obter as seguintes informações:
- consultar se houve algum desconto no benefício;
- contestar descontos não autorizados;
- confirmar se algum desconto foi autorizado;
- acompanhar o resultado da contestação (após 15 dias úteis);
- analisar documentos enviados por associações;
- receber protocolo de atendimento com orientações para continuar acompanhando pelo 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.
Os Correios também tiram dúvidas e ajudam os aposentados e pensionistas a checar se houve débitos não autorizados nos últimos anos.
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Cultura quer garantir políticas perenes, diz ministra Margareth

O Ministério da Cultura (MinC) vem realizando ações, projetos e programas para garantir políticas públicas perenes para o setor, independentemente do governo.
A conclusão é da ministra Margareth Menezes, que participou da abertura da XIV edição do Seminário Internacional de Políticas Culturais na sede da Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.
“Nós estamos já com algumas políticas que já estão perenes, como a [Política Nacional] Cultura Viva, estamos agora trazendo a institucionalização do Sistema Nacional de Cultura, as responsabilidades das cidades, dos estados e do governo federal com o acontecimento cultural, também o nosso Plano Nacional de Cultura, que já foi para o Congresso”, disse em entrevista à Agência Brasil, após a abertura do evento.
“São várias ações que já estão em andamento para a gente aproveitar esse momento que o ministério está aí, porque justamente a falta dessas políticas mais cristalizadas é que traz esta instabilidade ao Ministério da Cultura e às políticas culturais.”
Para Margareth Menezes, a produção cultural brasileira deve ser contemplada com a visão da diversidade existente no país: “Penso que só teremos êxito de trabalhar políticas culturais, nesse imenso país continente, se tivermos capacidade e coragem de redimensionar o nosso olhar, nossa compreensão, nossa aceitação sobre esse caleidoscópio de expressões culturais. Todas legítimas que compreendem a representação da sociedade brasileira.”
O presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, deu a dimensão do encontro e, brincando com a ministra, afirmou que o seminário ‘brocou’ [deu muito certo], como se diz na Bahia é ‘barril dobrado’.
“Os números desse seminário já falariam por si. São mais de 230 especialistas do Brasil e da América Latina e cerca de 40 atividades todas ao mesmo tempo e agora. São mesas temáticas, conferências, lançamentos de livros inéditos. Todos os temas de políticas culturais estão colocadas aqui na agenda do seminário: patrimônio, culturas afro-brasileiras, educação e cultura, acessibilidade, culturas tradicionais, audiovisual, gastronomia, direitos culturais, enfim, toda a diversidade de temas.”
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), coautora e relatora da Lei Aldir Blanc emergencial, criada na época da pandemia para apoiar o setor cultural e também relatora do projeto de lei que resultou na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, pediu para a sociedade brasileira não generalizar o entendimento sobre as emendas parlamentares. Ela destacou que muitas têm propósitos relevantes.
“Cuidem da não despolitização. Não generalizem o Congresso Nacional, não generalizem as emendas como algo ilícito, não generalize a atuação política como algo ruim. A política é decisiva, Não há solução sem política” afirmou.
Jandira Feghali defendeu que o momento atual é muito decisivo para o país afirmar o Ministério da Cultura e novas políticas:
“Regulação do streaming, da nossa produção cultural, de regular as redes, fazer uma regulação ética da inteligência artificial, fazer uma integração mais profunda da cultura, da educação, da comunicação com a ciência e com a economia, porque é desse jeito que a gente faz essa integração poderosa que faz esse país superar as suas dificuldades.”
O XIV Seminário Internacional de Políticas Culturais começou nesta segunda-feira e segue até sexta-feira (4). “O evento se consolida como espaço estratégico de reflexão, formulação e intercâmbio de propostas para o fortalecimento das políticas culturais no Brasil e no mundo”, informou a organização do encontro.
Além de comemorar os 40 anos do Ministério da Cultura e 50 anos da Funarte, a edição deste ano destaca os 20 anos do Cultura Viva e 10 anos do IberCultura Viva, contando com participação de representantes de diversos países da América Latina e da Espanha, nos debates sobre políticas culturais colaborativas e de base comunitária.
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Memorial na Barra da Tijuca homenageia congolês Moïse, morto em 2022

Um memorial em homenagem ao congolês Moïse Mugenyi Kabagambe foi inaugurado nesta segunda-feira (30) no quiosque Dumar, na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O busto instalado no local é uma das medidas previstas na ação indenizatória movida pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), que representa a família de Moïse desde o início do caso.
O jovem congolês, de 24 anos, foi espancado até a morte em 24 de janeiro de 2022, no quiosque Tropicália, após cobrar o pagamento de três dias de trabalho. A violência, registrada por câmeras de segurança, mobilizou movimentos sociais, entidades de direitos humanos e a sociedade civil em busca de justiça.
A data escolhida para a inauguração, 30 de junho, marca a independência da República Democrática do Congo, país de origem de Moïse. A mãe de Moïse, Lotsove Lolo Lavy Ivone, destacou a importância do memorial como símbolo de resistência e memória.
“É muito difícil estar aqui, onde tudo aconteceu. São muitas memórias. A gente acha que a dor vai diminuir, mas não diminui. Ainda assim, é importante que a história do meu filho não seja esquecida. Espero que este lugar se torne um espaço de acolhimento, um lugar para outras pessoas refugiadas”, disse Ivone.
Defensoria
O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), da Defensoria do Rio, atua na defesa da família de Moïse, tanto na esfera criminal quanto cível. Além de acompanhar o processo penal, a Instituição move ação indenizatória por danos morais.
Em março de 2025, dois dos três acusados pelo crime, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Fábio Pirineus da Silva, foram condenados por homicídio triplamente qualificado. O terceiro réu, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, será julgado separadamente, segundo seu próprio desejo.
O coordenador do Nudedh, defensor público Marcos Paulo Dutra Santos, reforçou o compromisso da Defensoria com o enfrentamento ao racismo estrutural e disse que essa é uma pauta prioritária da Instituição e uma luta inegociável.