Siga-nos nas Redes Sociais

Outras

Blocos se unem por ações preventivos para problemas climáticos em SP

Publicado

em

Blocos se unem por ações preventivos para problemas climáticos em SP
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Em parceria com organizações voltadas para a questão climática, diversos blocos de carnaval de São Paulo assinaram uma carta para pressionar a prefeitura paulistana e a SPTuris – empresa oficial de turismo e eventos da cidade – a tomarem ações que previnam problemas durante a folia provocados por eventos climáticos extremos tais como forte calor e chuvas.

Entre as recomendações da carta, elaborada pelo Movimento As Águas Vão Rolar, está o pedido de criação de um gabinete de crise climática que monitore em tempo real as condições climáticas e responda rapidamente a emergências durante o carnaval. O movimento também solicita que haja distribuição gratuita de água durante os dias de folia e que também haja preços acessíveis para a água, de forma que seu custo seja mais barato do que ao de bebidas alcoólicas.

Também há o pedido para que haja flexibilidade nos horários dos blocos, permitindo alterações na programação da concentração, desfile e dispersão em casos de calor intenso ou chuvas fortes. Na carta há ainda a proposta de que haja adiamento do carnaval para os dias 15 e 16 de março em situações de calamidade.

“A finalidade de mitigar impactos é de responsabilidade do poder público, para a garantia da proteção da vida, da saúde e da segurança, que são pilares e princípios fundamentais na promoção de direitos básicos garantidos na Constituição Federal, assim também como diz a lei complementar 14.750 que recomenda à União, Estados, e Municípios a adoção de medidas preventivas necessárias para redução de risco a acidentes e a desastres”, disse Jonaya de Castro, diretora do Instituto Lamparina, uma organização liderada por mulheres e que defende a justiça de gênero, racial e climática e que também assina o documento.

“Estamos realmente em uma crise climática e a prefeitura precisa se posicionar de forma diferente nesse momento e acolher as demandas da sociedade civil que estará promovendo a festa na rua”, acrescentou.

A carta é assinada por mais de 80 blocos e organizações como Ilú Obá De Min, Ritaleena, Navio Pirata, Kaya na Gandaia, Bloco Feminista, Vai Quem Quer, Água Preta, Eco Campos Pholiam e Te Pego no Cantinho. Ela também conta com apoio do Greenpeace Brasil e Rede Vozes Negras pelo Clima, entre outros.

Em entrevista à Agência Brasil, Jonaya de Castro afirmou que essas demandas relatadas na carta não são novas. “Elas já vêm desde o ano passado, mas foram mal cumpridas. Tivemos inclusive relatos de vários blocos [no ano passado] que não tiveram água”, falou. “A gente também pede na carta a flexibilização dos horários dos blocos porque, se estiver chovendo muito, como vimos no final de janeiro e começo de fevereiro, a gente não consegue simplesmente sair com um bloco com 20 mil pessoas. Seria preciso realocar isso”, explicou.

Neste ano, o carnaval de rua de São Paulo apresentará o . O período tradicional dos desfiles dos blocos de rua começa no pré-carnaval, em 22 de fevereiro, e termina no pós-carnaval, em 8 e 9 de março. Em 2025, o carnaval começa no sábado, 1º de março, e a quarta-feira de Cinzas cai no dia 4 de março.

A reportagem procurou a prefeitura paulistana e a SPTuris para se manifestarem sobre a carta com as recomendações feitas pelo movimento e aguarda posicionamento.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outras

Profissionais com 50 anos ou mais estão na mira das contratações dos supermercados

Publicado

em

Dados recentes mostram que apenas 5% das contratações realizadas nos últimos dois anos foram destinadas a trabalhadores com mais de 50 anos. Foto: Divulgação

No ano passado, as empresas contrataram, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quase 1,7 milhão de novos profissionais, o que contribuiu para que o número de desempregados chegasse ao patamar de 6,1%.

 

Apesar destes números positivos, há um segmento da população que ainda encontra uma certa dificuldade para retornar ao mercado de trabalho, principalmente aqueles que têm 50 anos ou mais. Muitas dessas pessoas, desta faixa etária, alegam que, além da grande concorrência com os jovens, há ainda a prática do etarismo praticada por algumas empresas. O etarismo é a discriminação contra alguém em função de sua idade. Dados recentes mostram que apenas 5% das contratações realizadas nos últimos dois anos foram destinadas a trabalhadores com mais de 50 anos.

 

Porém, há um setor que vem agindo na contramão desta filosofia em relação aos 50+. Empresas como a Nestlé, Coca-Cola, O Grupo Pereira e muitas redes de supermercados, na hora de contratar novos funcionários, usam a política da diversidade, abrindo vagas também para aqueles que já passaram dos 50 anos.

 

Grupos supermercadistas como o Pão de Açúcar, os cariocas Supermercados Mundial e o Serra Azul, esse último localizado na cidade de Nova Friburgo, região serrana do estado do Rio, são alguns exemplos de estabelecimentos que vêm abrindo postos de trabalho para as pessoas que têm mais de 50 anos. O Supermercados Mundial, por exemplo, mantém, desde 2017, o programa “Todo Mundo no Mercado”, que busca a inclusão de profissionais com mais de 60 anos em diversas áreas da companhia.

 

O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio (ASSERJ), Fábio Queiróz, acredita que este tipo de iniciativa é muito importante, principalmente para aquelas pessoas que estão encontrando uma certa dificuldade em retornar ao mercado de trabalho, em função da idade. “A idade é apenas um número, não pode ser item de exclusão na hora de uma possível contratação. Tradicionalmente, o setor de supermercados é considerado porta de entrada para o mercado de trabalho formal, e agora, também para o regresso de profissionais experientes, que podem contribuir fortemente na formação de novos colaboradores”, sentencia.

 

Para ele, o mercado de trabalho precisa se modernizar não apenas em tecnologia, mas também em mentalidade. “A valorização da diversidade geracional é uma necessidade urgente. Profissionais acima dos 50 anos trazem experiência, comprometimento e um atendimento diferenciado, características essenciais para o varejo”, finaliza o presidente da ASSERJ.

 

Sobre a ASSERJ

Foi com um pequeno número de associados que nasceu a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro – ASSERJ, mais precisamente em 1969, um ano após a atividade supermercadista ser definida e regulamentada no País. Criada com o intuito de fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado, a ASSERJ atendeu bem ao seu objetivo principal. Há mais de cinco décadas representando e defendendo os interesses do setor, a ASSERJ adquiriu know-how no setor supermercadista, oferecendo aos seus associados cursos de aperfeiçoamento, palestras, consultoria e assessoria na área jurídica, gestão, recursos humanos, prevenção de perdas, alimentos seguros e marketing, além de muitas outras atividades relevantes para o setor.

 

Mais informações: https://asserj.com.br/

Instagram: @asserjsupermercados

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/asserjsupermercados/

Continue Lendo

Outras

Pequim+30: sociedade civil vê retrocesso na igualdade de gênero

Publicado

em

© Paulo Pinto/Agência Brasil

Instituições que representaram a sociedade civil na delegação oficial brasileira durante a 69ª Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW69), em Nova York, apontam retrocessos na declaração política acordada entre os países.

A conferência, ocorrida na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) nas duas últimas semanas, é o principal fórum global sobre igualdade de gênero e empoderamento de mulheres e meninas. Este ano, as sessões foram dedicadas a avaliar e revisar a Declaração e a Plataforma de Ação de Pequim, maior tratado multilateral sobre o tema, que completa 30 anos.

Segundo uma das representantes da sociedade civil na delegação brasileira, Manuela Thamani, coordenadora executiva do Observatório da Branquitude, um dos pontos de maior descontentamento para a delegação brasileira foi a supressão de um dos parágrafos da declaração política, em relação ao ano passando, quando o documento trouxe o reconhecimento da contribuição significativa das mulheres e meninas afrodescendentes para o desenvolvimento da sociedade.

Manuela Thamani lembra que o parágrafo suprimido “destacava ainda a importância de garantir a participação plena, equitativa e significativa em todos os aspectos da sociedade, incluindo o enfrentamento da pobreza e o fortalecimento das instituições e do financiamento como perspectiva de gênero, e aí também colocava a questão interseccional”.

De acordo com Manuela, o trabalho do movimento das mulheres negras foi intenso e também teve o apoio do governo brasileiro, a partir da ideia de manter o conteúdo em uma perspectiva de mulheres diversas, contemplando indígenas, trans e outras representatividades e em notas de rodapé. 

“Por fim não concretizou a expectativa de aumentar o que tinha sido conquistado em relação ao ano anterior. Foi o contrário. A gente lutou para evitar o retrocesso, mas nossa conquista foi retirada sem a mínima explicação”, lamenta.

Na avaliação da diretora executiva da plataforma social Força Meninas, Déborah De Mari, que também atuou na delegação brasileira, além dessa visão, que classificou de “generalista”, a declaração final também retrocedeu quanto aos direitos sexuais e reprodutivos

“Isso envolve todas as medidas e políticas que vão desde, por exemplo, uso de anticoncepcional, até prevenção de gravidez, educação sexual e outras mais polêmicas, como o acesso ao aborto legal em todos os casos”, explica.

A omissão do tema pelos países signatários da Declaração de Pequim reflete a dualidade extremada da atual política global, afirma Déborah. 

“Isso é um ponto bem preocupante, porque a gente sabe que esse é um tema que aflige, sobretudo, as mulheres e meninas em maior vulnerabilidade. Mostra realmente um sinal dos nossos tempos, que, em pleno 2025, a gente regride em algumas partes do texto que foram contempladas 30 anos atrás.”

Débora afirma que não houve apenas retrocessos, a declaração política do ano passado também reforçou compromissos de promoção dos direitos e proteção de mulheres e meninas. 

“Menciona a importância de ampliar o acesso à educação de qualidade, de investir nos sistemas de cuidado, na economia do cuidado, de combater as diversas formas de violência contra mulheres e meninas. Ela traz também um fator, que para a gente é crucial, porque está no coração do nosso trabalho, que é garantir a participação plena de mulheres na ciência, na inovação e na tecnologia”, destaca.

Segundo a diretora executiva da plataforma social Força Meninas, esses aspectos são importantes de serem reforçados porque demonstram que a luta pela igualdade de gênero e pelo exercício de direitos de mulheres e meninas não é uma causa perdida. 

“A gente viu países que sempre tiveram uma posição muito conservadora se mantendo nesse lugar. Viu algumas figuras novas nesse cenário com grande influência, como os Estados Unidos. Mas ao mesmo tempo, a gente ainda tem países como a Espanha, Suécia, Noruega, o México muito forte, e o Chile e Brasil, com grande importância e representatividade, acreditando e trabalhando para que a gente possa avançar nessas temáticas importantes”, avalia.

Confira a declaração política na íntegra, em inglês.

Fonte

Continue Lendo

Outras

PF repatria bebê que estava em Portugal e foi vítima de tráfico humano

Publicado

em

© Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta segunda-feira (24) Operação Pérola, que resultou na repatriação de um bebê que fora levado para Portugal no final de 2023, pouco após o nascimento, vítima de tráfico humano.

A investigação, conduzida pela Delegacia da PF em Campinas (SP), começou após o órgão ser acionado pela Promotoria de Justiça em Valinhos, no interior paulista. 

Em ação conjunta com a Polícia Judiciária de Portugal, o bebê foi encontrado na região de Porto.

Segundo nota, a criança foi localizada e encaminhada à Assistência Social de Portugal, que a destinou a uma família acolhedora no país, “tendo lá permanecido até se confirmar que efetivamente não se tratava de criança portuguesa, pois os registros haviam sido falsificados quanto à sua nacionalidade e naturalidade”.

Após a confirmação da identidade e com intervenção do Ministério Público Federal em Campinas, policiais federais brasileiras foram até Portugal para trazer a criança, que já tem um ano e quatro meses, de volta ao Brasil.

De acordo com a PF, a criança está sob os cuidados de uma instituição brasileira, e as famílias acolhedoras em Portugal e no Brasil estão em contato para compartilhar informações.

“O vínculo criado durante esse período será respeitado, e as famílias continuarão em comunicação, mantendo um elo que visa o melhor interesse da criança”.

O processo para repatriação seguiu o Protocolo de Palermo, de 2004, que combate o tráfico internacional de pessoas.

“O retorno deste bebê ao Brasil simboliza não apenas o sucesso da cooperação entre os órgãos envolvidos, mas também a esperança renovada de um futuro seguro e protegido, com a crença de um recomeço de uma nova história com acolhimento e reconstrução”, complementa a nota da PF.

Fonte

Continue Lendo