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Saúde

Brasil deixa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

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Vacinas
© Tomaz Silva/Agência Brasil

O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias – muitas em situação de vulnerabilidade – estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.

No mundo

O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.

Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.

Efeito da não vacinação

Uma forma prática de entender a importância da vacinação é por meio da observação de certas doenças, como o sarampo, que apresentou surtos nos últimos cinco anos.

A cobertura vacinal contra o sarampo estagnou, deixando cerca de 35 milhões de crianças sem proteção ou com proteção parcial. Em 2023, apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose do imunizante. Esse patamar fica abaixo da cobertura de 95% necessária para prevenir surtos, mortes desnecessárias e alcançar as metas de eliminação do sarampo.

Nos últimos cinco anos, surtos de sarampo atingiram 103 países – onde vivem aproximadamente três quartos dos bebês do mundo. A baixa cobertura vacinal nessas regiões (80% ou menos) foi um fator importante. Por outro lado, 91 países com forte cobertura vacinal não experimentaram surtos.

HPV em meninas

Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023.

No entanto, esse nível de cobertura está bem abaixo da meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.

 

 Fonte: Ag. Brasil 

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Saúde

Neuropediatra especializada em autismo estabelece residência em Fortaleza

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Fortaleza acaba de ganhar uma importante aliada na atenção à infância e ao diagnóstico precoce de transtornos do neurodesenvolvimento. A neuropediatra Angélica Ávila, reconhecida por sua atuação especializada no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fixou residência na capital cearense, ampliando sua presença no estado e fortalecendo laços com as famílias que já acompanhava em sua agenda regular na cidade.

Mais do que uma mudança geográfica, a permanência em Fortaleza representa a consolidação de uma proposta de cuidado que vai além do consultório: segundo a médica, cada consulta é uma oportunidade de oferecer suporte real e construir, junto com os cuidadores, um percurso mais leve, embasado em informação, conexão e acolhimento.

“Meu trabalho é centrado na criança e na família. É comum que, diante do diagnóstico de TEA, surjam muitas dúvidas, angústias e também expectativas. Por isso, considero essencial criar um espaço seguro, onde os pais se sintam escutados e acolhidos. O tratamento começa aí”, explica a neuropediatra.

Um olhar que nasce da experiência

O diferencial de Angélica está em sua abordagem integral, que une rigor científico com empatia e uma escuta qualificada. Mais do que uma escolha profissional, a forma como conduz os atendimentos tem raízes pessoais profundas. “Essa forma de cuidar nasceu da minha própria história. Cresci ao lado do meu irmão, que só foi diagnosticado com autismo na vida adulta. Durante anos, minha família percorreu um caminho difícil, sem direcionamento, enfrentando muito sofrimento que poderia ter sido evitado”, compartilha.

Segundo a médica, muitas das comorbidades que o irmão apresenta hoje poderiam ter sido prevenidas com um diagnóstico precoce e acompanhamento adequado. Essa vivência, conta, transformou sua trajetória médica em uma missão: fazer com que outras famílias não passem pelo mesmo. “Meu objetivo é que ninguém se sinta sozinho diante do diagnóstico. Quando unimos acolhimento e conhecimento, o caminho pode ser mais leve — porque a jornada já é, por si só, bastante complexa.”

Compromisso com o cuidado

Agora estabelecida em Fortaleza, Angélica Ávila pretende ampliar sua atuação local e aprofundar o vínculo com a comunidade, promovendo também iniciativas de formação, orientação e escuta ativa para pais, educadores e profissionais da saúde. “A empatia não pode ser apenas discurso. Ela precisa ser prática, constante, um compromisso real com o cuidado”, reforça.

Com a presença da médica em tempo integral na cidade, Fortaleza passa a contar com uma especialista que une excelência clínica, vivência pessoal e uma abordagem humanizada para atender uma das maiores demandas da infância contemporânea: o acompanhamento qualificado e afetivo para crianças com autismo e suas famílias.

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Saúde

Centro de diagnósticos para câncer aumenta capacidade do SUS

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

Com a inauguração de um centro de diagnósticos do Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e com o hospital AC Camargo, na capital paulista, o sistema público poderá realizar mais 400 mil exames por ano, analisando amostras para câncer. A doença atinge cerca de 700 mil pessoas por ano no país.

O centro foi inaugurado como parte do programa Agora tem Especialistas, do Ministério da Saúde, e receberá aporte de R$ 126 milhões. Batizado de Super Centro para Diagnóstico do câncer, tem foco em telemedicina e capacidade para realizar até mil laudos por dia, diminuindo o tempo de retorno de laudo de 25 para 5 dias, o que se espera que diminua o tempo para diagnóstico e início do tratamento.

Durante o lançamento, na tarde de hoje, em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que o Instituto do Coração (Incor) já tem feito o atendimento por médicos especialistas à distância. Segundo ele, a teleconsultoria pode reduzir em até 70% as filas por atendimento cardiológico. 

“Isso desafoga as filas, leva cuidado rápido para quem está esperando e otimiza o uso dos especialistas disponíveis no país”, disse Padilha. 

Nesta sexta, o ministro acompanhou a simulação de um diagnóstico por telepatologia no A.C.Camargo Cancer Center, que passou a integrar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Especializada em diagnóstico à distância, a instituição compartilhará sua expertise com o SUS, atendendo unidades de todo o país.

Segundo a pasta, o SUS continua responsável pelos procedimentos de coleta de material para biópsia. A partir daí, as amostras podem tomar dois caminhos até o diagnóstico: logística por transporte especializado ou digitalizado e transmitido remotamente ao centro pelos hospitais da rede pública, inicialmente 20 unidades pólo que receberão treinamento do A.C. Camargo.  

Em seguida, o hospital ofertará telelaudo para conferência diagnóstica ao vivo e, ainda, uma segunda opinião, que poderá ser solicitada para confirmação do diagnóstico, esclarecimento de dúvidas e apoio na decisão terapêutica. 

Também em agenda na capital paulista, Padilha anunciou repasse de R$ 8,2 milhões ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) para a compra de um acelerador linear, equipamento de tratamento para câncer, como parte do financiamento de 121 novos aparelhos, parte do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus II), que investirá R$400 milhões para recompor a capacidade tecnológica da rede pública. Os hospitais interessados em participar deverão aguardar abertura das inscrições, prevista para 14 de julho. 

Ainda como parte da agenda do ministro foi feito anúncio de R$ 12 milhões para ampliação de atendimentos no Instituto do Coração.

*Com informações da Agência Saúde São Paulo

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Saúde

Rir faz bem! Risoterapia ganha espaço nos hospitais e transforma a saúde emocional de pacientes

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Crédito: Rodrigo Feksa- @r.feksa
Crédito: Rodrigo Feksa- @r.feksa

Projeto “Rumo ao Riso” aposta na risoterapia como ferramenta terapêutica para aliviar o estresse, reduzir dores e fortalecer a saúde mental em ambientes hospitalares.

A risoterapia é uma técnica psicoterapêutica baseada no uso do riso como ferramenta de promoção da saúde emocional e física. Diferente do que muitos pensam, ela não se resume a jogos ou piadas. “A risoterapia é uma terapia que funciona através do riso. Ela busca benefícios a nível somático e emocional nas pessoas”, explica Gabi Roncatti, risoterapeuta e idealizadora do projeto Rumo ao Riso.

Segundo Gabi, o riso ativa diversas áreas do cérebro simultaneamente, o que o torna altamente benéfico: “Ele melhora o funcionamento cerebral, diminui o hormônio do estresse, aumenta a imunidade, regula a pressão, estimula a circulação, relaxa os músculos e até ajuda a reduzir a dor. É como uma musculação emocional: quanto mais você ri, mais fácil fica rir e melhores são os resultados para o corpo e a mente.”

O projeto Rumo ao Riso atua em hospitais da Bahia e de São Paulo, levando a risoterapia, a palhaçaria terapêutica, a escuta ativa e a presença consciente a pacientes e profissionais de saúde. A proposta é transformar a experiência hospitalar por meio do afeto, do acolhimento e da leveza. “Quando a gente entra no quarto de um paciente, o objetivo é tirá-lo do papel de doente e reconectá-lo com a sua humanidade. A gente trabalha desde exercícios de riso até apenas estar ali em silêncio, oferecendo presença. Isso também é cuidado”, reforça Gabi.

Além de ser uma prática divertida, o riso é uma poderosa ferramenta de saúde mental.

“Quando a gente dá gargalhada de verdade, a gente não pensa. Isso ajuda a interromper ciclos de estresse e pensamento negativo. É uma pausa para o cérebro, que traz alívio imediato e melhora significativa no bem-estar”, pontua a risoterapeuta.

E ela conclui com um lembrete necessário: “O riso é o remédio mais barato que existe, porque é seu. Só depende de você. A felicidade pode, sim, ser uma escolha.”

Fonte: Gabi Roncatti, risoterapeuta e idealizadora do projeto Rumo ao Riso.

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