Economia
Brasil vai viver situação nova com reforma tributária, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (28), em São Paulo, que o Brasil deverá “viver uma situação nova” com a reforma tributária.
“Se tem uma coisa que me dá otimismo, é essa reforma. Ela é muito mais profunda do que se pode imaginar e está lidando com questões centrais para o aumento da produtividade da economia brasileira. Porque a disputa, a partir dessa reforma, não se dará entre as empresas por quem tem o melhor planejamento tributário, mas de quem é mais produtivo”, disse.
Segundo o ministro, o governo já está trabalhando em um sistema que deve entrar no ar a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano e que irá facilitar e simplificar o processo de tributação no país. “Acho que nós estamos preparados para não dar um salto apenas legislativo. Eu acho que nós vamos dar um salto de TI [tecnologia da informação] no Brasil, como poucos países têm condição de fazer.”
“Acredito que vamos ver isso acontecer no sistema tributário. Vai ser tudo digital, não vai ter papel. Você vai conseguir fazer o acompanhamento de tudo online, você vai saber tudo o que está acontecendo online, em tempo real, até as estimativas de projeção e de crescimento você vai ter no computador. Isso vai dar capacidade de planejamento para o Estado e capacidade de planejamento para empresas.”
Com tudo isso, defendeu o ministro, não haverá mais guerra fiscal no país. “O Brasil, que sempre patinou a vida toda nessa área, vai poder dar um salto de qualidade”, falou. “Penso realmente que o Brasil vai viver uma situação nova.”
Na manhã de hoje, o ministro participou do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo. Durante o evento, ele informou que deverá ir para a Califórnia, na próxima sexta-feira, para divulgar o plano nacional de data centers, uma política que ele acredita que vai fazer o investimento melhorar muito no país.
“Queremos começar a divulgar o marco regulatório do Plano Nacional de Data Center. Somos deficitários na balança de serviço. Nós contratamos 60% da nossa TI fora do país, o que significa não apenas remessa de dólares para fora, mas subinvestimento no Brasil e acredito que o lançamento dessa política vai fazer o investimento melhorar muito”, acrescentou.
Turbulência estrangeira
Também durante o evento, o ministro declarou que o Brasil tem tudo para crescer neste ano, apesar das turbulências estrangeiras. “Nós estamos falando de um cenário em que o Brasil tem tudo para crescer, mesmo com as turbulências geopolíticas que estão acontecendo que, na minha opinião, vão acabar sendo endereçadas ainda esse ano. Eu penso que o Brasil, em qualquer cenário, menos ou mais favorável do ponto de vista externo, se cumprir com esse programa [econômico atual], vai se desenvolver com sustentabilidade”, disse.
Para o ministro, ainda é preciso “prudência” para analisar os possíveis impactos da política de taxação do governo norte-americano. “O grau de incerteza sobre qual é o ponto de chegada dessa turbulência que foi causada ainda é grande. Nós temos que aguardar um pouquinho. Quando a incerteza é tamanha, você vai ter que ter alguma prudência, embora as conversas estejam acontecendo a todo vapor”.
Segundo ele, a situação de incerteza econômica no mundo dificulta o planejamento do governo, mas destacou que a habilidade diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um trunfo para o país.
“O presidente tem um muita autoridade junto aos BRICs e muita autoridade junto ao G20. Ele tem uma boa interlocução com líderes europeus. Felizmente temos uma pessoa na Presidência da República que é um ativo para o país do ponto de vista da diplomacia. O presidente é uma pessoa que não tem portas fechadas e que não vai não vai permitir que as portas se fechem para nós, porque entende o papel do Brasil no cenário global”.
Neste cenário, disse o ministro, o Brasil tem mantido abertos os canais de comércio com os três grandes blocos mundiais – Estados Unidos, China e Europa – mas sem deixar o multilateralismo de lado. “De 2023 para cá, nós nos reunimos não apenas com os três blocos, mas com diversos chefes de Estado em busca de fortalecer o multilateralismo”, falou. “O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra”, reforçou.
Economia
5 apps que tem emprestimo fácil e rápido: liberado imediatamente!

Atualmente, os 5 melhores aplicativos que permitem solicitar crédito de forma simples, pelo celular são:
- RecargaPay
- Caixa Econômica
- Banco do Brasil
- PicPay
- FinanZero
Os aplicativos que oferecem empréstimo pessoal se tornaram uma saída prática para quem precisa de dinheiro extra, seja para quitar contas, realizar projetos ou resolver imprevistos.
Para te ajudar com isso, vamos te mostrar como funciona cada um desses aplicativos, seus pontos fortes e o que avaliar antes de contratar. Para saber mais sobre empréstimos, o Hwsinet conta com todos os detalhes.
1) RecargaPay

O RecargaPay é o melhor aplicativo para conseguir um empréstimo pessoal fácil e rápido. Todo o processo acontece pelo aplicativo, de forma intuitiva e em poucos cliques.
Um dos diferenciais é que o valor pode ser transferido imediatamente via Pix, facilitando o uso. As taxas costumam ser competitivas e o parcelamento é flexível, embora o limite inicial não seja tão alto para quem precisa de grandes quantias.
Outro ponto interessante é que pessoas com restrições no nome também podem tentar o crédito, já que a plataforma não faz consulta direta ao SPC ou Serasa.
Como solicitar:
- Baixe o aplicativo RecargaPay.
- Vá até a área de Empréstimos.
- Defina o valor e escolha as condições de pagamento.
- Confirme os termos.
- Após aprovado, o dinheiro cai direto na conta.
2) Caixa Econômica
A Caixa Econômica oferece empréstimos digitais que podem ser contratados diretamente pelo app, de forma prática. Essa é uma boa opção especialmente para quem já possui conta ou cartão no banco.
O aplicativo permite simular diferentes cenários antes da contratação, garantindo clareza sobre valores, prazos e taxas. A grande vantagem é a transparência, já que não existem cobranças escondidas.
Por outro lado, a liberação depende da análise de perfil, e nem todos os clientes terão acesso imediato ao crédito.
Passo a passo para solicitar:
- Instale o app da Caixa e faça login.
- Acesse a seção de Crédito Pessoal.
- Escolha o valor desejado e o número de parcelas.
- Revise os dados e finalize a solicitação.
- Aguarde a análise e a liberação do crédito.
3) Banco do Brasil
O Banco do Brasil também oferece uma solução digital completa para quem precisa de dinheiro extra. O aplicativo é simples de usar e reúne outros serviços, como investimentos e conta digital.
O ponto positivo é que não há cobrança de tarifas adicionais e todo o acompanhamento do contrato pode ser feito diretamente pelo celular.
O que pode pesar é que, em alguns casos, a análise de crédito demora mais, atrasando um pouco o recebimento do valor.
Como funciona a solicitação:
- Baixe o app do Banco do Brasil e crie sua conta digital.
- Vá até o menu de Empréstimos.
- Simule o valor, prazo e condições de pagamento.
- Envie o pedido.
- Após aprovado, o dinheiro será liberado.
4) PicPay
O PicPay é conhecido pelos pagamentos digitais, mas também disponibiliza empréstimos pessoais. A contratação é rápida, com taxas competitivas e liberação que pode ser usada diretamente no app para pagar contas ou transferir.
A integração com os serviços da plataforma é um dos diferenciais, pois permite movimentar o dinheiro sem complicações.No entanto, quem tem pouco histórico de crédito pode enfrentar juros mais altos ou condições menos vantajosas.
Passos para pedir o empréstimo:
- Instale o app PicPay e faça login.
- Vá até a aba Empréstimos.
- Informe o valor desejado e o prazo de pagamento.
- Aceite os termos.
- Se aprovado, o dinheiro fica disponível na sua conta PicPay.
5) FinanZero
A FinanZero funciona como um correspondente bancário digital, conectando o usuário a diferentes instituições financeiras para encontrar propostas personalizadas. É ideal para quem busca valores mais altos e prazos mais longos.
O diferencial é a possibilidade de contratar crédito com garantia de bens, como veículos ou imóveis, o que costuma reduzir as taxas de juros. O ponto de atenção é que o processo pode ser um pouco mais demorado, já que inclui etapas adicionais de avaliação.
Como solicitar:
- Acesse o site ou app da FinanZero.
- Faça o cadastro e escolha entre crédito com ou sem garantia.
- Preencha as informações para simulação.
- Envie a documentação necessária.
- Aguarde a análise e a aprovação.
Economia
Governo pode prorrogar Brasil Soberano, diz Teixeira

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que, se necessário, o governo federal prorrogará a validade da Medida Provisória (MP) que criou o Programa Brasil Soberano pelo tempo que durarem as consequências das sobretaxas que o governo dos Estados Unidos (EUA) impôs à compra de alimentos brasileiros por importadores norte-americanos.
“A MP tem validade de 180 dias. Seis meses [durante os quais] esses mecanismos podem ser utilizados. Evidentemente, se for preciso prorrogar [a MP], o governo brasileiro vai prorrogar”, declarou Teixeira em entrevista coletiva nesta segunda-feira (25).
Publicada no Diário Oficial da União no último dia 13, a MP nº 1.309 institui o chamado Plano Brasil Soberano – um conjunto de medidas de apoio às empresas exportadoras diretamente afetadas pela decisão do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, bem como a fornecedores e trabalhadores dessas empresas.
Entre as medidas de socorro está a autorização para que os governos federal, estaduais e municipais e órgãos públicos comprem, em processo simplificado, sem a necessidade de licitação, alimentos que deixarem de ser exportados devido ao impacto das tarifas estadunidenses sobre os preços dos produtos. Inicialmente, na aquisição excepcional de gêneros alimentícios, sem licitação e estudos técnicos preliminares, o contrato de compra não deverá exceder 180 dias.
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Como toda MP, o texto entrou em vigor assim que foi publicado no Diário Oficial da União, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias para não perder a validade. Além disso, o governo regulamentou a lista de alimentos que a administração pública poderá adquirir para abastecer escolas, hospitais e outros órgãos públicos que têm restaurantes próprios, ou mesmo para formar estoques, por meio de portaria interministerial que cita açaí, água de coco, castanha de caju, castanha do Brasil, mel, manga, pescados e uva, com a possibilidade de essa lista ser atualizada a qualquer momento.
“Essa é uma medida que será monitorada cotidianamente para que saibamos como as coisas estão acontecendo e, junto com os governos estaduais e municipais, vermos a absorção desses produtos a fim de dar uma resposta rápida para que não haja perdas”, comentou Teixeira.
O programa Brasil Soberano também destina R$ 30 bilhões, do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), para uma linha de crédito destinada a ajudar os produtores que atuam em território brasileiro que deixarem de fechar negócios; altera regras do seguro de crédito à exportação e prorroga a suspensão de tributos.
“A validade dessa medida é o tempo para a solução definitiva do tema imprevisto tanto para o governo, quanto para a sociedade brasileira, assegurou o ministro, confiante na aprovação da MP pelo Congresso Nacional.
“Creio que o Congresso tem simpatia por essa medida que dialoga com a economia agrícola dos estados brasileiros, com o agricultor familiar e com o pequeno produtor”, comentou Teixeira, acrescentando que o próprio Congresso Nacional, ao aprovar a MP, transformando-a em lei, poderá definir um prazo de validade maior que o inicialmente estabelecido.
Economia
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,86%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,95% para 4,86% este ano. É a décima terceira redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (25), em Brasília.
A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,4% para 4,33%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,97% e 3,8%, respectivamente.
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Acima do teto
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Em julho, pressionada pela conta de energia mais cara, a inflação oficial divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou em 0,26%, sendo o segundo mês seguido de queda nos preços dos alimentos, o que ajudou a segurar o índice. No acumulado em 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, acima do teto da meta de até 4,5%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e o início da desaceleração da economia fizeram o colegiado interromper o ciclo de aumento de juros na última reunião, no mês passado, após sete altas seguidas na Selic.
Em comunicado, o Copom informou que a política comercial dos Estados Unidos aumentou as incertezas em relação aos preços. A autoridade monetária informou que, por enquanto, pretende manter os juros básicos, mas não descartou a possibilidade de voltar a elevar a Selic caso seja necessário.
A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,21% para 2,18% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,86%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,87% e 2%, respectivamente.
Puxada pela agropecuária no primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,4%.
Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,59 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,64.