Esporte
Brasil vence Paraguai e se classifica para o Mundial Sub-20

O Brasil garantiu a classificação para a próxima edição da Copa do Mundo Sub-20 após derrotar o Paraguai por 3 a 1, nesta segunda-feira (10) no Estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela (UCV), em Caracas (Venezuela).
Com o triunfo sobre os paraguaios, o terceiro seguido no hexagonal final do Sul-Americano Sub-20, o Brasil chegou ao total de nove pontos, ocupando a liderança da classificação e se garantindo entre os quatro primeiros colocados, o que garante a presença no próximo Mundial da categoria, que será disputado entre os dias 27 de setembro e 19 de outubro no Chile.
Após cumprir sua primeira missão no Sul-Americano, o Brasil buscará o título da competição. Para isto terá que encarar mais dois adversários, a Argentina na próxima quinta-feira (13) e o Chile no próximo domingo (16).
O jogo
O Brasil mostrou superioridade nos primeiros minutos do confronto. Assim, logo aos 14 minutos do primeiro tempo o meia-atacante Gustavo Prado acertou chute colocado para abrir o placar. Dois minutos depois a equipe comandada pelo técnico Ramon Menezes voltou a chegar ao gol, desta vez com Rayan.
O Paraguai chegou a descontar aos 24 minutos do primeiro tempo com Ángel Aguayo, mas o Brasil confirmou sua vitória, e a classificação para o Mundial, graças a um gol de Alisson aos 32 minutos da etapa final.
Esporte
Volta por cima e título inédito: PSG é o novo dono do futebol europeu

A perda da filha de 9 anos por conta de um câncer ósseo, em 2019, é uma ferida que Luís Enrique carregará pela vida. Neste sábado (31), porém, o técnico espanhol pôde sentir a presença da pequena Xana mais uma vez, ao conduzir o Paris Saint-Germain ao inédito título da Liga dos Campeões da Europa. E com direito a goleada histórica. A equipe francesa atropelou a Inter de Milão, da Itália, por 5 a 0, na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha.
Há dez anos, quando levou o Barcelona à conquista da Champions em Berlim, Luís Enrique festejou a conquista com a filha, fincando uma bandeira do clube espanhol no centro do gramado do estádio olímpico da capital alemã. A memória é uma das que o treinador considera inesquecíveis junto de Xana. Ele sonhava repetir o gesto, de alguma forma, em Munique. Após o apito final, o comandante ganhou uma camisa com um desenho reproduzindo o técnico e sua pequena colocando a bandeira do PSG no campo. Sim, ela também estava ali.
Para além da superação de Luís Enrique, a conquista do PSG marca, positivamente, a mudança de rota do time francês. Desde que foi adquirido pelo empresário catari Nasser Al-Khelaifi, o clube investiu pesado na contratação de estrelas, para conquistar a Liga dos Campeões. A equipe bateu na trave em 2020, ao perder a final para o Bayern de Munique, quando tinha Neymar e Kylian Mbappé. Nem a vinda do também atacante Lionel Messi, anos depois, possibilitou a realização do sonho.
A partir da temporada passada, já com Luís Enrique no comando, a diretoria parisiense decidiu substituir as estrelas por um elenco mais jovem. O atual elenco do PSG tem média de idade quatro anos menor que a do time finalista em 2020. Nomes como o zagueiro William Pacho (23 anos), os meias Vitinha (25 anos), Khvicha Kvaratskhelia (24 anos) e João Neves (20 anos) e o atacante Désiré Doué (19 anos) dão a tônica da renovação. E foi justamente Doué o protagonista da decisão: dois gols e uma assistência.
O único remanescente da equipe de cinco anos atrás é justamente o capitão Marquinhos, que teve a honra de levantar a taça da Champions. O defensor entrou para o grupo de agora 58 brasileiros campeões da Europa, assim como o também zagueiro Beraldo, ex-São Paulo, que não saiu do banco. Ambos foram convocados pelo técnico Carlo Ancelotti para os jogos da seleção masculina contra Equador e Paraguai, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Atropelo parisiense
O primeiro tempo foi dominado pelo PSG. Sem dar condições de a Inter sair do campo de defesa, o time francês abriu o placar logo aos 11 minutos, em bela troca de passes. Primeiro, de Vitinha encontrando Doué livre, quase na pequena área. O atacante, na frente do goleiro Yann Sommer, rolou para a direita e Achraf Hakimi concluiu para as redes. O lateral marroquino, que já atuou pela equipe italiana, não comemorou o gol em respeito ao ex-clube.
A pressão parisiense não arrefeceu. Aos 19 minutos, Kvaratskhelia lançou Ousmane Dembelé pela esquerda. O atacante avançou e inverteu a jogada com Doué, que dominou na entrada da área pela direita e finalizou. A bola desviou no zagueiro Federico Dimarco e saiu do alcance de Sommer, aumentando a vantagem do PSG. Festa da torcida barulhenta torcida francesa em Munique.
A Inter conseguiu responder somente aos 36 minutos, em cabeçada perigosa do atacante Marcus Thuram, que saiu rente à meta do PSG, após cobrança de escanteio do meia Hakan Çalhanoglu. E os franceses, por muito pouco, não foram para o intervalo com o placar ainda mais elástico. Aos 43, Dembelé foi lançado por Doué na pequena área, às costas de Dimarco, mas perdeu o gol, frente à frente com Sommer, chutando em direção à lateral.
O cenário da final não se alterou no segundo tempo, com o Paris Saint-Germain envolvendo a Inter de Milão e assustando em contra-ataques velozes. Em cinco minutos, Kvaratskhelia desperdiçou duas chances quase na pequena área. Aos 17, Doué foi letal. Em contra-ataque com direito a passe de calcanhar de Dembelé para Vitinha e assistência precisa do português, o atacante concluiu de primeira, no canto de Sommer, fazendo o terceiro.
E teve mais. Dez minutos depois, Dembelé lançou Kvaratskhelia pela esquerda. O georgiano apareceu sozinho na área e anotou mais um para o PSG. A Inter, abatida, não esboçava reação e dava espaço para contra-ataques fulminantes. Aos 40 minutos, veio o golpe de misericórdia: o jovem Sammy Mayalu, que tinha acabado de entrar no lugar do meia Fabián Ruiz, tabelou com o atacante Bradley Barcola (que substituiu Doué) e definiu o placar.
Esporte
Novo presidente da CBF projeta mais investimentos no futebol feminino

O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, afirmou que a entidade atuará para expandir investimentos na modalidade feminina. O dirigente se manifestou em entrevista a jornalistas na Neo Química Arena, em São Paulo, onde o Brasil derrotou o Japão por 3 a 1, em amistoso na noite da última sexta-feira (31).
“Deixamos bem claro [em conversa com as atletas da seleção feminina, que ocorreu horas antes da partida na capital paulista] que queremos apoiar, incentivar, investir, trazer mais captação de recursos para poder ter um campeonato robusto”, declarou Xaud.
“O que vamos fazer é continuar dando suporte, apoio. O que a CBF puder fazer pelo futebol feminino, que é uma das bandeiras que defendo, vamos estar fazendo, com mais investimentos e trazendo patrocinadores para apoiar e investir na modalidade em todo o Brasil”, completou o dirigente, eleito para o cargo no domingo passado (25).
O técnico da seleção feminina, Arthur Elias, foi questionado, em entrevista coletiva, sobre a expectativa com relação à nova gestão da CBF. Para o treinador, ter as portas abertas na entidade é importante, mas somente parte de um processo de revolução que envolve clubes, federações e governo federal.
“O que temos de mais importante é a Copa do Mundo [de 2027, no Brasil]. Para ser mais rápida [essa evolução], precisamos do aumento de oportunidades para as garotas, um trabalho social, porque ainda fazemos poucos, e melhores condições para as atletas jogarem”, avaliou o técnico.
Na ocasião em que foram anunciadas as oito sedes do Mundial, no começo do mês, a diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Marileia dos Santos, a ex-jogadora “Michael Jackson”, afirmou que a estratégia nacional para a modalidade, criada para fortalecer a base e incentivar a prática do esporte a meninas e mulheres, está em andamento.
“Isso tudo vai se intensificar com a chegada da Copa. Queremos formar uma rede sólida, que permaneça muito além de 2027. A ideia é descentralizar, para que o impacto do futebol feminino floresça em todos os cantos do país”, disse Michael Jackson, ao site do ministério.
Esporte
João Fonseca cai, mas duplas brasileiras vencem em Roland Garros

A trajetória de João Fonseca em Roland Garros, um dos quatro maiores torneios do circuito mundial de tênis (chamados Grand Slams) chegou ao fim. Neste sábado (31), o carioca de 18 anos, 65º colocado do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), perdeu para o britânico Jack Draper, número cinco do mundo, por 3 sets a 0, parciais de 6/2, 6/4 e 6/2, pela terceira rodada da competição em Paris, na França.
Esta foi a estreia de Fonseca em Roland Garros. Se vencesse, seria o primeiro brasileiro a chegar ao quarto jogo no Grand Slam francês pela chave individual masculina desde o paulista Thomas Belucci, em 2010. Na edição deste ano, nenhum outro jogador com menos de 19 anos foi tão longe quanto o tenista do Rio de Janeiro.
Nas duplas, porém, o dia foi de vitórias para os brasileiros. Na chave feminina, Luísa Stefani, 31ª do ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, sigla em inglês) avançou às oitavas de final ao lado da húngara Timea Babos (27º). Elas superaram a ucraniana Yulia Starodubsteva (sem ranking em duplas) e a tcheca Anastasia Detiuc (82º) por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 4/6, 6/3 e 7/5.
A paulista – medalhista de bronze na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021 – terá pela frente a parceria das duas jogadoras mais bem colocadas do ranking feminino de duplas da WTA: a tcheca Katerine Siniakova (1ª) e a norte-americana Taylor Townsend (2ª). O duelo está previsto para domingo (1º), em horário a ser definido.
No torneio masculino, é certo que haverá pelo menos um brasileiro nas quartas de final, pois um dos confrontos das oitavas terá, de um lado, o gaúcho Orlando Luz, número 64 do ranking de duplas da ATP, e do outro, o paulista Fernando Romboli (56º). Neste sábado, a parceria de Luz com o croata Ivan Dodig (58º) levou a melhor sobre os alemães Tim Puetz (6º) e Kevin Krawietz (5º), favoritos ao título, ao vencer por 2 sets a 1, parciais de 6/3, 6/7 (7-4 no tie-break) e 6/3.
Ainda neste sábado, Romboli e o australiano John-Patrick Smith (62º) resistiram à pressão da torcida da casa e ganharam dos franceses Harold Mayot (151º do ranking em simples, 485º em duplas) e Arthur Cazaux (113º em simples, sem ranking em duplas) por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 6/7 (9-7 no tie-break) e 6/4. O duelo entre o paulista e o gaúcho está previsto para 8h20 (horário de Brasília) deste domingo.
Já Rafael Matos deu adeus à competição. Campeão do Aberto da Austrália (outro dos quatro Grand Slams) em 2023 ao lado de Luísa Stefani nas duplas mistas, o gaúcho disputou a mesma chave em Roland Garros com a espanhola Cristina Bucsa. Neste sábado, pela segunda rodada, eles foram derrotados pela parceria do britânico Lloyd Glasspool com a mexicana Giuliana Olmos por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 6/7 (7-9 no tie-break) e 11-9 no super tie-break (um set sem games, em que vence quem chegar primeiro a 10 pontos, com diferença mínima de dois pontos para o adversário).