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Camila Balbo: Consciência e acolhimento no enfrentamento do TDAH

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O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) afeta milhões de brasileiros e, embora não seja um fenômeno novo, sua compreensão e diagnóstico vêm ganhando destaque nos últimos anos. Estimativas da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) apontam que cerca de 10% da população brasileira pode ter o transtorno, mais de 20 milhões de pessoas diagnosticadas ao longo do tempo. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere um número menor, de aproximadamente 2 milhões de brasileiros, mas especialistas acreditam que o dado esteja subestimado devido ao subdiagnóstico.

 

Entre crianças e adolescentes, a prevalência é ainda mais expressiva: entre 5% e 7,6% apresentam TDAH, o que representa cerca de 2 milhões de indivíduos menores de 14 anos.

De acordo com a psicóloga Camila Balbo, que atua há mais de 12 anos na área clínica e educacional, o TDAH não é uma nova descoberta da ciência, mas uma condição que “sempre existiu, e apenas agora estamos aprendendo a reconhecê-la com mais clareza e sensibilidade”.

“O que é novo é a crescente conscientização, o reconhecimento científico e a melhoria nos métodos de diagnóstico, o que faz parecer que o transtorno está surgindo agora”, explica Camila.

Essa mudança de percepção é resultado direto de campanhas de saúde pública, do acesso à informação e da redução do estigma em torno das condições de saúde mental. Pais, professores e profissionais de diversas áreas têm buscado identificar os sintomas e encaminhar as pessoas afetadas para tratamento adequado.

O estilo de vida moderno, marcado pelo excesso de estímulos digitais e pela cobrança constante por desempenho, também tem contribuído para que os sintomas se tornem mais evidentes, o que aumenta a procura por avaliação e acompanhamento especializado.

 

Questionada sobre o tratamento, Camila reforça que lidar com o TDAH é um processo multifatorial, que exige cuidado, estrutura e apoio contínuo:

“Na verdade, é um processo complexo. Criar e seguir rotinas estruturadas ajuda muito, horários regulares para trabalho, alimentação e sono fazem diferença. Atividades físicas reduzem a hiperatividade e o estresse. E a organização, com o uso de agendas, calendários e aplicativos, pode transformar a rotina”, orienta.

Camila Balbo é também autora do livro “Caminhos de Amor: Um Método Bíblico Inclusivo”, obra que propõe uma abordagem inovadora para o ensino de histórias bíblicas a crianças com TDAH, TEA nível 1 (autismo leve) e Síndrome de Asperger, aliando espiritualidade, inclusão e práticas terapêuticas.

 

O tratamento para o TDAH, segundo a especialista, costuma envolver medicação, psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), e mudanças no estilo de vida, que ajudam no desenvolvimento de estratégias de organização, controle da impulsividade e fortalecimento da autoestima.

“Em resumo, o TDAH não é uma invenção ou algo novo, mas uma condição neurobiológica que a ciência e uma parte expressiva da sociedade estão finalmente reconhecendo e compreendendo melhor”, conclui Camila Balbo.

 

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Enem 2025 destaca o rádio como meio que se reinventa e segue conectando gerações

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O rádio se reinventou e incorporou novas linguagens Foto: Rádio Hits FM
O rádio se reinventou e incorporou novas linguagens Foto: Rádio Hits FM

O rádio, um dos veículos de comunicação mais tradicionais e influentes do país, voltou ao centro das atenções ao ser tema de uma das questões da prova de Linguagens do Enem 2025. A abordagem chamou atenção por ressaltar a capacidade desse meio de se adaptar às transformações tecnológicas e culturais ao longo do tempo, mantendo-se como um importante instrumento de informação, educação e entretenimento.

O texto utilizado na questão recorda que o rádio, mesmo diante do avanço da televisão e das novas mídias, nunca se tornou obsoleto, porque soube se reinventar. Com a chegada da internet, dos smartphones e dos podcasts, o rádio incorporou novas linguagens e plataformas, mantendo-se um veículo democrático, versátil e acessível. Como destacou o pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), citado no enunciado, “o podcast é uma continuação, uma evolução natural do rádio” — uma observação que reafirma a vitalidade de um meio que continua atual e relevante.

Exemplos dessa reinvenção estão presentes em diversas emissoras brasileiras que expandiram seus formatos para o ambiente digital. Um dos casos é o da Rede Hits, que atua no interior do Estado do Rio de Janeiro. Com sinais irradiados a partir de Macaé, Campos e Itaperuna, a rede atinge mais de 30 cidades e tem consolidado sua presença multiplataforma.

Nas redes sociais, o alcance da emissora é expressivo: mais de 40 milhões de visualizações mensais no Instagram, onde reúne mais de 860 mil seguidores. Somente no último mês, 44 mil novos seguidores passaram a acompanhar seus conteúdos. A presença digital se estende também ao Facebook e ao TikTok, além de um público fiel que garante mais de 20 mil visualizações mensais no site.

Recentemente, a rádio lançou o Podcast Hits Conecta, disponível no YouTube, ampliando o alcance do rádio para novos formatos e públicos. O projeto reforça uma tendência que vem se consolidando em todo o país: a expansão do rádio para o meio digital, acompanhando os hábitos de consumo das novas gerações.

O destaque dado ao rádio no Enem 2025, portanto, reflete não apenas uma homenagem histórica, mas também o reconhecimento de um meio que segue fundamental na formação cultural e informativa do Brasil.

Mais do que sobreviver, o rádio se transformou e continua sendo voz, memória e conexão entre pessoas e comunidades em todas as regiões do país.

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O que é e o que não é fake news na febre do colágeno das celebridades

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Créditos: Internet | CO Assessoria
Créditos: Internet | CO Assessoria

A explosão de celebridades promovendo colágeno injetável transformou um procedimento médico em tendência de rede, alimentando promessas de efeito imediato, resultados permanentes e usos sem indicação.

 

O colágeno injetável se tornou um símbolo da estética moderna. Celebridades e influenciadores ajudaram a popularizar o procedimento, apresentando-o como segredo de rejuvenescimento natural, com pele firme e contornos definidos. Mas, entre filtros e legendas virais, a tendência deu origem a um novo fenômeno: a desinformação estética, em que o discurso digital sobre o colágeno se distancia da realidade médica.
 
Frases como “colágeno que levanta tudo”, “rejuvenescimento definitivo” e “efeito na hora” se repetem nas redes, impulsionadas por vídeos de antes e depois e depoimentos de famosos. Na tentativa de simplificar um tratamento médico, as publicações acabam promovendo falsas expectativas e distorcendo o funcionamento real do bioestímulo de colágeno.
 
Segundo o Dr. Roberto Chacur, médico referência em harmonização facial e bioestimuladores de colágeno, muitas das informações que viralizam sobre o tema não correspondem à prática médica. “O colágeno injetável não é um produto milagroso, nem um resultado instantâneo. Ele é um bioestimulador, ou seja, ativa o próprio organismo a produzir colágeno de forma gradual e controlada. É um processo biológico, não um filtro de imagem”, explica o médico, que integra a equipe científica da Harmonize Gold, bioestimulador de colágeno líder de mercado no Brasil.
 
De acordo com o especialista, uma das fake news mais difundidas nas redes é a de que o colágeno injetável produz resultados imediatos e permanentes. “O estímulo acontece ao longo das semanas, e o resultado é progressivo. Outro equívoco é acreditar que uma única aplicação resolve tudo. O processo de envelhecimento continua, por isso o resultado precisa de manutenção definida em consulta”, orienta Chacur.
 
Nas redes sociais, também se popularizaram expressões como “colágeno íntimo”, muitas vezes usadas sem critério técnico. O médico alerta que o termo não define uma substância diferente, mas apenas a região de aplicação. “O princípio é o mesmo: estimular o colágeno local, com indicação médica adequada. O problema é que o conteúdo se espalha sem contexto, transformando um tratamento médico em modismo”, explica.
 
Para Chacur, o crescimento do interesse pelo colágeno é positivo, mas a forma como ele é tratado nas redes pode comprometer sua credibilidade. “O colágeno injetável é uma das tecnologias mais seguras e eficazes da medicina moderna, mas não pode ser comunicado como promessa de milagre. Quando o tema vira tendência no TikTok, muitas vezes se perde a noção de que se trata de um ato médico”, afirma.
 
Entre vídeos de resultados e promessas exageradas, o colágeno acabou se tornando um exemplo de como a popularização digital pode gerar confusão entre ciência e entretenimento. “As pessoas veem o resultado das celebridades e querem o mesmo efeito, mas esquecem que cada organismo reage de forma diferente. O colágeno é ciência, não marketing”, conclui o médico.

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Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”

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A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.

 

Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.

 

De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.

 

Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.

 

A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.

 

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