Tecnologia
Campus Party vai debater regulamentação da inteligência artificial
Na próxima semana, a capital paulista receberá mais uma edição do maior festival de tecnologia, criatividade e inovação do mundo, a Campus Party Brasil. O evento, que reúne grandes nomes e muitas discussões sobre ciência, tecnologia, astronomia, entretenimento digital e empreendedorismo, será realizado entre os dias 9 e 14 de julho no Expo Center Norte, em São Paulo.
A novidade da edição deste ano é a realização do 1º Fórum do Marco Regulatório da Inteligência Artificial (IA), que pretende levantar discussões e ajudar a estabelecer um marco regulatório sobre o tema, assim como foi feito com o Marco Civil da Internet.
Ao longo de três anos, os fóruns deverão reunir especialistas da academia, da indústria, do governo e da sociedade civil para discutir sobre segurança de dados, ética e impactos sociais e econômicos sobre o uso de inteligência artificial no Brasil. As palestras serão abertas ao público e vão ocorrer nos palcos da Campus Party ao longo das próximas edições.
“A gente já fez, entre os anos de 2012 e 2014, o marco civil da internet no qual a gente trouxe a sociedade, membros do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, para debaterem o tema. Em 2014, isso virou lei. E agora a gente se propõe a fazer esse debate [sobre IA], convidando ministros, juristas, presidentes de grandes companhias, líderes de comunidades da Campus Party e reitores para debaterem a inteligência artificial”, disse Tonico Novaes, CEO da Campus Party, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, a ideia é criar memorandos de debate que serão enviados para os presidentes dos três poderes.
Além de painéis, mesas de debate, palestras e apresentações de pesquisas sobre o tema, o Fórum vai promover uma consulta pública, procurando promover um debate aberto e participativo sobre políticas públicas voltadas à inteligência artificial.
“É preciso que o Brasil tenha uma lei própria. Não adianta, como o Senado está se propondo em alguns textos, fazer uma cópia similar da lei europeia, que é uma lei que está muito enraizada nas leis europeias e nem foi aplicada ainda. Ela acabou de ser criada e vai passar por diversas alterações. Nós precisamos criar a nossa própria lei. O que a gente está propondo é que tenhamos um amplo debate nos próximos três anos para que a gente tenha a possibilidade de ter os nossos legisladores com informação suficiente para poder colocar uma lei que agrade a todos os setores”, destacou Novaes.
Para ele, a Campus Party é um ambiente adequado para essa discussão sobre inteligência artificial. “Precisamos, de fato, criar esse debate de uma maneira aberta, democrática e pública. E a Campus Party é o ambiente perfeito para isso porque temos os jovens que são ávidos por novidades, que são heavy users [grandes usuários ou usuários massivos] de tecnologia e que podem nos ajudar nesse debate”, acrescentou.
Destaques
O evento também terá exposição de games, Arena de Robôs, competição gastronômica, concurso de cosplay, simuladores e jogos eletrônicos.
“A Campus Party é um grande celeiro de talentos. O Brasil tem mais de 65 milhões de jovens e a ideia é buscar, dentro desse público, os grandes talentos que vão se sobressair nas disciplinas de empreendedorismo e STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics) – do acrônimo do inglês, ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática”, disse Novaes.
A Arena de Robôs, por exemplo, vai apresentar a maior competição de robótica da América Latina, atraindo mais de quatro mil estudantes para disputas como a batalha de robôs, robôs de linha e carros autônomos. “A gente tem, por exemplo, os robôs que passam por obstáculos, que são aqueles que vão ajudar bombeiros e polícias a criarem novas ferramentas de ajuda para a população”, explicou o CEO do evento.
Já o campeonato de gastronomia, chamado de Printer Chef, convida os participantes a criarem pratos com alimentos produzidos em impressora 3D. Outra atração são os hackathons, que reúnem programadores, designers e profissionais ligados ao desenvolvimento de softwares para uma maratona de programação. “A gente tem também a área de drones, onde a gente dará toda a possibilidade de participação para pilotos profissionais e até para crianças, que vão pilotar um drone pela primeira vez. Vamos ter também workshops, onde a gente vai ensinar a construir um drone a partir de materiais reciclados”, falou Novaes.
Além disso, a Campus Party Brasil também contará com seus tradicionais programas como o Startup 360, que possibilita às startups exporem seus trabalhos e receberem mentorias; e a Maratona de Negócios, que visa capacitar mentes inovadoras que estão desenvolvendo um negócio. Outro programa confirmado é a Revista Científica Campus Party, que tem o objetivo de garantir espaço para textos científicos.
Entre os participantes já confirmados estão o do apresentador Marcelo Tas; da especialista em marketing de influência e entretenimento do Brasil, Fátima Pissarra; do pesquisador de cultura analítica, autor e empreendedor, fundador do Cappra Institute for Data Science, Ricardo Cappra; e de Peter Jordan, um dos principais influenciadores do Brasil e fundador da empresa Petaxxon.
Campus Party
O festival é dividido em três áreas: a Arena, o Camping e a Open. A Arena é o lugar destinado para as pessoas que compraram o ingresso. Nessa área, eles podem levar seus computadores para acompanhar palestras, workshops e ocupar as bancadas de comunidades.
Já a área Open é um espaço gratuito onde as pessoas poderão vivenciar atividades como o Printer Chef, a Arena Drone, a Arena Robô, os simuladores e a exposição de games, por exemplo.
O Camping, por sua vez, é uma das marcas do festival: neste local, os campuseiros acampam. “Para quem quer consumir todo esse conteúdo de uma maneira mais imersa, a gente tem o camping, destinado para quem quer ficar por lá os cinco ou seis dias do evento”, explicou o CEO.
A programação do evento pode ser consultada no site da Campus Party Brasil.
Fonte: Agência Brasil
Tecnologia
Positivo SEG lança Box de Inteligência Artificial com mais de 80 analíticos em um único produto para sistemas de CFTV
Equipamento analisa imagens em tempo real, identifica padrões e emite alertas proativos; solução tem chamado a atenção, inclusive por seu uso em eventos, pela precisão e eficiência na prevenção de incidentes
A Positivo SEG, unidade de negócios e plataforma de automação e segurança eletrônica da Positivo Tecnologia, reforça seu protagonismo no uso de IA aplicada a segurança eletrônica com a IA BOX, solução pioneira no Brasil, que antes estava disponível só em mercados internacionais. O equipamento utiliza Inteligências Artificiais embarcadas e baseadas em Deep Learning para analisar grandes volumes de dados visuais em tempo real, identificar padrões e emitir alertas proativos, facilitando a identificação de eventos conforme as IAs estão sendo processadas.
Entre outras aplicações, recentemente a tecnologia foi utilizada com grande sucesso na Expo Macaé 2025, um dos principais eventos regionais de agronegócios do Brasil. A IA BOX foi empregada em áreas de grande circulação, demonstrando na prática sua capacidade de detectar automaticamente comportamentos fora do padrão e enviar notificações precisas às equipes de monitoramento. O resultado foi uma operação segura, automatizada e preventiva, que reflete como o uso de IA embarcada transforma dados visuais em ações inteligentes.
“A IA BOX representa um novo patamar em vigilância inteligente. Com ela, é possível antecipar riscos e tomar decisões de forma ágil e baseada em dados, elevando a eficiência e a segurança das operações sem comprometer a privacidade”, afirma Felipe Szpigel, vice-presidente da Positivo SEG.
Projetada com foco em segurança, desempenho e inteligência, garantindo análises precisas de indicadores operacionais, como uso de EPI e condições de sono em serviço, a IA BOX processa todas as imagens localmente, o que elimina a necessidade de envio de dados para a nuvem e garante total controle sobre as informações captadas. Essa arquitetura alia alto desempenho em análise de vídeo à proteção de dados sensíveis.
Compatível com qualquer sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão, a IA Box pode ser integrada a câmeras IP (Internet Protocol), DVRs (Digital Video Recorder) e NVRs (Network Video Recorder) por meio dos protocolos ONVIF (Open Network Video Interface Forum) ou RTSP (Real-Time Transport Protocol), ampliando as capacidades de monitoramento sem a necessidade de substituição de equipamentos. Com mais de 80 inteligências artificiais presentes, o sistema oferece desde reconhecimento facial e detecção de objetos suspeitos até monitoramento de uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e análise comportamental em ambientes corporativos.
“A versatilidade da IA BOX é um dos seus principais diferenciais. Ela se adapta facilmente a diferentes contextos – de condomínios e empresas a áreas urbanas e industriais, sempre com o objetivo de transformar vigilância reativa em segurança preventiva”, complementa Szpigel.
Entre os ganhos operacionais já observados, destacam-se a redução significativa de falsos alarmes, o aumento da eficiência das centrais de monitoramento e a tomada de decisão mais assertiva em situações críticas. Além disso, o recurso de Auto-Learning permite que o sistema aprenda continuamente com o ambiente, tornando suas análises cada vez mais precisas.
Alinhado às principais tendências globais de segurança baseada em inteligência artificial, a IA BOX faz valer o conceito de Edge AI, em que o processamento ocorre de forma local e autônoma a fim de garantir respostas imediatas, privacidade dos dados e alta performance sem depender da nuvem.
“Estamos atentos à evolução da inteligência artificial e buscamos constantemente aprimorar a IA BOX com novas funcionalidades e modelos de aprendizado. Acreditamos que o futuro da segurança está em soluções cada vez mais inteligentes, integradas e acessíveis”, conclui Szpigel.
Com sua combinação de análise avançada, privacidade garantida e operação escalável, a IA BOX se consolida como uma solução estratégica para segurança e gestão inteligente em diversos setores do corporativo ao residencial.
Para informações adicionais sobre os produtos da Positivo SEG, acesse o site oficial da marca.
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Positivo SEG lança Box de Inteligência Artificial com mais de 80 analíticos em um único produto para sistemas de CFTV
Equipamento analisa imagens em tempo real, identifica padrões e emite alertas proativos; solução tem chamado a atenção, inclusive por seu uso em eventos, pela precisão e eficiência na prevenção de incidentes
A Positivo SEG, unidade de negócios e plataforma de automação e segurança eletrônica da Positivo Tecnologia, reforça seu protagonismo no uso de IA aplicada a segurança eletrônica com a IA BOX, solução pioneira no Brasil, que antes estava disponível só em mercados internacionais. O equipamento utiliza Inteligências Artificiais embarcadas e baseadas em Deep Learning para analisar grandes volumes de dados visuais em tempo real, identificar padrões e emitir alertas proativos, facilitando a identificação de eventos conforme as IAs estão sendo processadas.
Entre outras aplicações, recentemente a tecnologia foi utilizada com grande sucesso na Expo Macaé 2025, um dos principais eventos regionais de agronegócios do Brasil. A IA BOX foi empregada em áreas de grande circulação, demonstrando na prática sua capacidade de detectar automaticamente comportamentos fora do padrão e enviar notificações precisas às equipes de monitoramento. O resultado foi uma operação segura, automatizada e preventiva, que reflete como o uso de IA embarcada transforma dados visuais em ações inteligentes.
“A IA BOX representa um novo patamar em vigilância inteligente. Com ela, é possível antecipar riscos e tomar decisões de forma ágil e baseada em dados, elevando a eficiência e a segurança das operações sem comprometer a privacidade”, afirma Felipe Szpigel, vice-presidente da Positivo SEG.
Projetada com foco em segurança, desempenho e inteligência, garantindo análises precisas de indicadores operacionais, como uso de EPI e condições de sono em serviço, a IA BOX processa todas as imagens localmente, o que elimina a necessidade de envio de dados para a nuvem e garante total controle sobre as informações captadas. Essa arquitetura alia alto desempenho em análise de vídeo à proteção de dados sensíveis.
Compatível com qualquer sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão, a IA Box pode ser integrada a câmeras IP (Internet Protocol), DVRs (Digital Video Recorder) e NVRs (Network Video Recorder) por meio dos protocolos ONVIF (Open Network Video Interface Forum) ou RTSP (Real-Time Transport Protocol), ampliando as capacidades de monitoramento sem a necessidade de substituição de equipamentos. Com mais de 80 inteligências artificiais presentes, o sistema oferece desde reconhecimento facial e detecção de objetos suspeitos até monitoramento de uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e análise comportamental em ambientes corporativos.
“A versatilidade da IA BOX é um dos seus principais diferenciais. Ela se adapta facilmente a diferentes contextos – de condomínios e empresas a áreas urbanas e industriais, sempre com o objetivo de transformar vigilância reativa em segurança preventiva”, complementa Szpigel.
Entre os ganhos operacionais já observados, destacam-se a redução significativa de falsos alarmes, o aumento da eficiência das centrais de monitoramento e a tomada de decisão mais assertiva em situações críticas. Além disso, o recurso de Auto-Learning permite que o sistema aprenda continuamente com o ambiente, tornando suas análises cada vez mais precisas.
Alinhado às principais tendências globais de segurança baseada em inteligência artificial, a IA BOX faz valer o conceito de Edge AI, em que o processamento ocorre de forma local e autônoma a fim de garantir respostas imediatas, privacidade dos dados e alta performance sem depender da nuvem.
“Estamos atentos à evolução da inteligência artificial e buscamos constantemente aprimorar a IA BOX com novas funcionalidades e modelos de aprendizado. Acreditamos que o futuro da segurança está em soluções cada vez mais inteligentes, integradas e acessíveis”, conclui Szpigel.
Com sua combinação de análise avançada, privacidade garantida e operação escalável, a IA BOX se consolida como uma solução estratégica para segurança e gestão inteligente em diversos setores do corporativo ao residencial.
Para informações adicionais sobre os produtos da Positivo SEG, acesse o site oficial da marca.
Tecnologia
Conheça os melhores roteadores WIFI rural
A vida no campo, com sua tranquilidade e beleza natural, traz consigo um desafio peculiar: a conectividade. Longe dos grandes centros urbanos e das redes de fibra óptica facilmente acessíveis, encontrar um sinal de internet estável e de alta velocidade pode parecer uma missão quase impossível.
No entanto, o avanço da tecnologia trouxe soluções robustas e específicas para esta realidade, tornando possível transformar fazendas, sítios e chácaras em ambientes totalmente conectados. O segredo está em escolher o equipamento certo.
Conexão rural: por que um roteador comum não serve
A principal diferença entre a internet urbana e a rural é a distância e os obstáculos. Em uma cidade, o roteador precisa cobrir uma casa ou um apartamento, e a torre de celular ou o ponto de fibra óptica estão relativamente próximos. No campo, o desafio se inverte: é preciso captar um sinal fraco de uma torre distante, muitas vezes bloqueada por morros, árvores ou construções rurais, e depois redistribuir esse sinal por uma área de cobertura significativamente maior.
Um roteador comum, projetado para ambientes internos e de curto alcance, simplesmente não tem a potência nem as antenas adequadas para essa tarefa. A latência alta, as constantes quedas de sinal e a lentidão são os sintomas de uma solução inadequada. É preciso um hardware que atue como um verdadeiro amplificador e captador de sinal móvel (3G, 4G ou 5G) na origem.
É neste ponto que entra em jogo a tecnologia especializada. Buscar um Roteador WiFi Rural de Longo Alcance é o primeiro passo estratégico para garantir que a sua propriedade tenha a cobertura necessária, seja para monitoramento por câmeras, comunicação em tempo real, teletrabalho ou até mesmo para o entretenimento da família após um dia de serviço.
Tipos de equipamento que revolucionou a internet no campo
O mercado rural não se limita a um único aparelho, mas sim a um ecossistema de soluções que funcionam em conjunto para oferecer a melhor experiência. A escolha depende muito da qualidade do sinal de celular disponível na sua área.
Modem roteador 4G/5G com chip integrado (FWA)
Esta é a solução mais popular e prática para áreas onde o sinal de celular, mesmo que fraco, existe. Trata-se de um equipamento que funciona como um modem e roteador ao mesmo tempo. Você insere um chip SIM (de qualquer operadora desbloqueada) e ele capta o sinal 4G ou 5G, convertendo-o diretamente em uma rede Wi-Fi.
O grande diferencial desses modelos é o alto ganho das antenas internas ou a capacidade de conexão para antenas externas de alto desempenho. Marcas como Elsys, com o modelo Amplimax, e Aquário, são referências neste segmento. Eles são projetados para otimizar a recepção, agregando bandas e “puxando” o sinal de torres distantes, algo que um celular jamais conseguiria.
O Elsys Amplimax, por exemplo, é conhecido por sua facilidade de instalação e pela robustez na captação em locais de cobertura extremamente baixa, sendo um dos favoritos entre os produtores rurais brasileiros.
CPE (Customer Premises Equipment) externa
A CPE é um equipamento de alto poder de captação, geralmente instalado em áreas externas (no telhado ou em um mastro), onde o sinal 4G é mais forte. Sua principal função é captar o sinal e transmiti-lo via cabo de rede (PoE – Power over Ethernet) para um roteador comum instalado dentro da casa.
A vantagem da CPE reside na resistência climática e no alto ganho direcional. Ao ser instalada na parte mais alta da propriedade, ela minimiza a perda de sinal causada por barreiras físicas. Muitos modelos modernos já vêm com suporte às bandas 4G e, mais recentemente, 5G, garantindo que o equipamento dure por muitos anos, mesmo com o avanço das tecnologias de rede móvel.
Em propriedades muito extensas, a CPE atua como o ponto central de recepção, alimentando toda a rede interna e de longo alcance.
Sistemas Mesh e repetidores de alta potência
Uma vez que o sinal de internet (fibra, rádio ou 4G/5G) chega à casa principal, o próximo desafio é cobrir grandes áreas internas e externas. Os sistemas Mesh, como os modelos Deco da TP-Link ou Twibi da Intelbras, são excelentes para eliminar zonas mortas dentro de grandes casas de fazenda. Eles criam uma rede única e inteligente, onde os módulos se comunicam entre si, garantindo que você tenha o mesmo sinal forte em todos os cômodos.
Para a cobertura externa em planos, pátios ou galpões próximos, a solução são os repetidores e Access Points (APs) de alta potência ou externos (Outdoor APs). Estes dispositivos são equipados com antenas de alto ganho (acima de 8 dBi), capazes de projetar o sinal Wi-Fi a centenas de metros de distância em linha de visão, ideais para cobrir áreas de trabalho, oficinas ou residências secundárias na propriedade.
O que considerar antes de comprar seu roteador rural
A decisão de compra deve ser guiada por alguns fatores cruciais, que são específicos para o ambiente rural. Ignorá-los é o caminho certo para frustrações e gastos desnecessários.
Ganho e tipo de antena (dBi)
Este é, talvez, o fator mais importante. O ganho da antena, medido em dBi, indica o quão bem a antena concentra o sinal. Quanto maior o dBi, maior o alcance em uma direção específica (antenas direcionais) ou a intensidade do sinal em todas as direções (antenas omnidirecionais). Para captar o sinal móvel (4G/5G) em longa distância, antenas externas direcionais são fundamentais.
Já para distribuir o Wi-Fi dentro da propriedade, antenas de alto ganho (5 dBi ou mais) e tecnologias como Beamforming (que direciona o sinal especificamente para o dispositivo) fazem toda a diferença.
Resistência climática e padrão IP
Equipamentos instalados ao ar livre precisam suportar sol forte, chuva, poeira e variações de temperatura. É essencial buscar por roteadores ou CPEs com bom Índice de Proteção (IP). Modelos com classificação IP65 ou superior são resistentes à poeira e jatos d’água (chuva), garantindo a durabilidade e o funcionamento contínuo, mesmo sob condições adversas.
Compatibilidade com frequências (Bandas)
As operadoras de telefonia móvel no Brasil usam diferentes faixas de frequência (Bandas) para o 4G, como as bandas 3 (1800 MHz), 7 (2600 MHz) e 28 (700 MHz). A banda de 700 MHz (Banda 28) é a mais importante no campo, pois tem um alcance maior e atravessa obstáculos com mais facilidade.
Certifique-se de que o roteador ou CPE escolhido seja compatível com as bandas utilizadas pela operadora que tem o melhor sinal em sua região.
Velocidade e tecnologia (Wi-Fi 6 e 5G)
Embora o sinal de celular seja o gargalo principal, a rede interna também deve ser rápida. Roteadores compatíveis com Wi-Fi 6 (802.11ax) oferecem maior eficiência, melhor gerenciamento de múltiplos dispositivos conectados (MU-MIMO) e maior estabilidade, sendo o ideal para quem pretende usar a internet para trabalho ou streaming em alta qualidade, atendendo toda a família e os sistemas de monitoramento da fazenda.
Modelos de roteadores rurais
A seguir, listamos algumas categorias de equipamentos que se destacam pela eficácia no ambiente rural:
Elsys Amplimax / Amplimax Fit
São líderes no segmento de Modem Roteador 4G/3G integrado. A principal característica é a capacidade de amplificar o sinal de celular, transformando-o em internet de alta qualidade via cabo ou Wi-Fi (com o modelo Fit). É a escolha ideal para locais onde o sinal de celular é muito fraco, mas presente.
Aquário CPE (Ex: CPE-4000)
Excelentes opções para quem busca alta performance na captação externa. Funcionam como modems externos de alto ganho, capturando o 4G com potência e transmitindo a internet para um roteador interno convencional.
TP-Link Archer C6 ou AX Séries
Embora sejam roteadores domésticos, os modelos de longo alcance da TP-Link, como o Archer C6 (com seu bom alcance 2.4 GHz) ou as versões AX (Wi-Fi 6), são perfeitos para a distribuição interna da rede, quando alimentados por uma CPE ou Amplimax. Eles garantem que o sinal captado seja bem distribuído pela residência.



