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Cirurgia de orelha: como funciona o procedimento que tem ganhado espaço entre crianças, adolescentes e até famosos
Cirurgião plástico pediátrico explica quando a otoplastia é indicada, como é feita e os cuidados que garantem uma recuperação rápida e segura
A insatisfação com o formato ou a projeção das orelhas não é apenas uma questão estética — muitas vezes, afeta diretamente a autoestima e o convívio social, sobretudo na infância e adolescência. Nesse contexto, a otoplastia, cirurgia de correção das orelhas, tem se tornado cada vez mais procurada, inclusive por celebridades.
De acordo com o Dr. Rafael Zatz (CRM 163787 / RQE 87564), cirurgião plástico pediátrico, o procedimento pode ser realizado a partir dos seis anos de idade, quando as orelhas já atingiram seu desenvolvimento completo. “É uma cirurgia que oferece resultados definitivos e pode evitar situações de bullying ou constrangimento. Também é muito procurada por adultos que carregam essa insatisfação desde a infância”, explica.
Entre os famosos que já passaram pelo procedimento estão nomes como Anitta, que revelou ter feito a cirurgia na juventude, e Prince Harry, que teria optado pela correção anos antes de seu casamento. No Brasil, diversos influenciadores e personalidades também já falaram abertamente sobre a decisão de fazer a otoplastia como parte de um processo de autoestima.
Como é feita a otoplastia?
A otoplastia é considerada uma cirurgia de baixo risco, rápida e com recuperação tranquila. De acordo com Dr. Rafael Zatz, crianças de até 10 anos realizam o procedimento com anestesia geral, mas, a partir dessa idade, já é possível realizar com anestesia local e sedação leve, evitando os riscos da anestesia geral — um diferencial que muitas famílias valorizam.
“O objetivo é reposicionar as orelhas mais próximas à cabeça, corrigindo a chamada ‘orelha de abano’, além de ajustar possíveis assimetrias e o formato da cartilagem”, explica. A incisão é feita na parte posterior da orelha, o que torna a cicatriz praticamente invisível.
O procedimento dura, em média, de 1 a 2 horas. Após um curto período de observação, o paciente recebe alta no mesmo dia.
Recuperação: mais rápida do que se imagina
A recuperação costuma ser simples e bem tolerada. Um dos principais cuidados é o uso da faixa compressiva, que ajuda a proteger as orelhas e a manter a cartilagem na nova posição durante o processo de cicatrização. “O uso da faixa é essencial, especialmente na primeira semana, principalmente durante o sono, para evitar qualquer trauma na região”, reforça o cirurgião.
Ao contrário do que muitos imaginam, atividades escolares, de trabalho e até esportivas podem ser retomadas já no dia seguinte ou até dois dias após a cirurgia, desde que o paciente esteja usando a faixa. A única restrição é para o uso de capacetes, fones ou qualquer equipamento que faça compressão direta nas orelhas.
“Com sete dias, liberamos as atividades físicas habituais, mas, antes da liberação é necessário a avaliação do médico, porque dependerá do impacto de cada exercício. Esportes de contato ou com risco de impacto direto devem ser evitados por cerca de um mês”, orienta Dr. Rafael.
Outro ponto importante é que os pontos utilizados são absorvíveis, não sendo necessário retirá-los. Eles se dissolvem naturalmente com o tempo, sem gerar incômodo ao paciente.
Para quem é indicada?
A otoplastia é indicada para quem apresenta orelhas proeminentes (as chamadas ‘orelhas de abano’), assimetrias, má formação congênita ou deformidades decorrentes de traumas. Embora muito comum na infância, também é um procedimento procurado por adultos que desejam melhorar sua autoestima.
Benefícios que vão além da estética
Além da questão estética, os benefícios emocionais são expressivos. “Corrigir as orelhas pode gerar impactos profundos na autoestima, na autoconfiança e na forma como a pessoa se posiciona no mundo. É uma transformação que se reflete no bem-estar emocional e na qualidade de vida”, destaca o médico.
Crianças ficam mais seguras no ambiente escolar, e adultos passam a se sentir mais à vontade em situações sociais, como prender o cabelo, usar acessórios ou participar de vídeos e fotos, algo cada vez mais presente no dia a dia.
Com técnicas cada vez mais modernas e resultados naturais, a otoplastia segue como uma das cirurgias plásticas mais gratificantes tanto para os pacientes quanto para os profissionais que a realizam. “Quando o paciente se olha no espelho e se reconhece, sem o peso daquilo que o incomodava, sabemos que todo o processo valeu a pena”, finaliza Dr. Rafael.
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O protocolo queridinho do verão que redefine contornos e devolve firmeza à pele
Combinando Liftera e Coolfase, o tratamento atua na estrutura e na parte superficial da pele para melhora da flacidez e redefinir contornos corporais
O verão ainda nem começou, mas os consultórios já respiram a pressa de quem quer chegar à estação com a pele mais firme, o contorno mais definido e com menos flacidez. No radar de quem foge de bisturis e agulhas, um novo protocolo vem ganhando status de protagonista da temporada: o CooLift, que une o ultrassom microfocado Liftera e a radiofrequência monopolar Coolfase, uma dupla que atua nas camadas mais profundas da pele até a superfície, entregando melhora de textura, sustentação e um efeito lifting que não precisa de filtro. Fabricados na Coreia do Sul, os aparelhos são representados no Brasil pela Entera, empresa focada em produtos estéticos de alta tecnologia com exclusividade médica.
“O CoolLift é um protocolo que trata de dentro para fora. Começamos com o Liftera, que atua nas camadas musculares e de gordura, e finalizamos com o Coolfase, que aumenta a espessura e firmeza da pele, oferecendo um resultado global: menos flacidez, mais definição e uma pele visivelmente mais densa, lisa e rejuvenescida. É como passar o ferro na roupa: a cereja do bolo”, explica a médica Marcelle Caramez.
Se originalmente o CoolLift ficou conhecido pelos resultados faciais, sua versão corporal ganhou protagonismo entre os protocolos de verão. A dermatologista Fernanda Nunes destaca que o tratamento é especialmente eficaz no combate à flacidez solar, aquela causada pela exposição ao sol e perda de colágeno, e na melhora da textura da pele em áreas críticas. “O foco corporal do CoolLift é tratar a gordura localizada enquanto melhora a flacidez e a rugosidade da pele. O Liftera trabalha nas camadas mais profundas, promovendo uma compactação progressiva, enquanto o Coolfase atua de forma mais superficial, entregando resultados imediatos de firmeza e uniformidade”, explica. E o melhor de tudo: sem dor e sem downtime, é possível sair da sessão e ir para os compromissos.
Quanto tempo até os resultados
Os efeitos do protocolo podem ser observados logo após a primeira sessão, com melhora contínua nas semanas seguintes. “O Coolfase já entrega uma melhora importante da flacidez e da regularidade da pele, especialmente em áreas como abdômen, braços, coxas e joelhos. O Liftera, por sua vez, estimula o colágeno e o processo de compactação dos tecidos, com o resultado máximo evidenciado após cerca de três meses”, complementa a Dra. Fernanda.
Segundo as médicas, a combinação das duas tecnologias permite resultados progressivos e naturais, dispensando o tempo de recuperação que geralmente acompanha procedimentos invasivos. O protocolo pode ser realizado ao longo do ano, mas ganha destaque no pré-verão por sua capacidade de promover uma pele mais firme e uniforme, pronta para ser exibida com confiança.
Nova geração de protocolos “indetectáveis”
Esqueça o efeito “pele esticada demais”, a nova geração de tratamentos estéticos aposta em resultados sutis, quase imperceptíveis, que respeitam o tempo e a estrutura do corpo. O CoolLift se insere nesse movimento de transição, o da beleza que não quer mais apagar sinais, mas aprimorar o que já existe.
A tendência reflete uma mudança de mentalidade: cada vez mais, pacientes buscam tecnologias que entregam resultado sem a aparência de “procedimento feito”. A combinação entre o ultrassom microfocado e a radiofrequência monopolar responde a esse novo olhar, em que ciência e sensibilidade caminham juntas. No lugar de transformações drásticas, a promessa é de um efeito progressivo, com melhora da firmeza e da textura da pele, mas mantendo a naturalidade intacta.
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O Novo Rosto: Entre a Liberdade e a Máscara
Nos últimos anos, a expressão “novo rosto” deixou de ser metáfora e tornou-se um dos grandes símbolos da transformação cultural contemporânea. Mais do que moda, é um paradigma em mutação: já não falamos apenas de estética, mas de como entendemos identidade, imagem e autenticidade.
A medicina estética alcançou um grau de sofisticação sem precedentes. Preenchimentos, bioestimuladores e tecnologias a laser já não são apenas correções discretas: são ferramentas capazes de reescrever narrativas pessoais, alinhando o espelho com a forma como cada indivíduo deseja ser percebido.
O rosto, epicentro da identidade humana, sempre foi mais do que pele e traços. Ele carrega histórias, origens, emoções e valores. Alterá-lo, ainda que levemente, é intervir na própria biografia. E é aí que surge a questão crucial: estaríamos diante de uma vaidade fútil ou de um exercício legítimo de liberdade?
“As redes sociais complicaram ainda mais esse dilema. Filtros e avatares criam belezas virtuais que inspiram e oprimem, oferecendo modelos tão sedutores quanto inatingíveis. O risco é óbvio: perder a singularidade na busca por um rosto que se confunde com pixels e tendências passageiras”, ressalta o cirurgiao plástico Eduardo Sucupira, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
É nesse ponto que a ética médica deve ser inegociável. Sucupira reforça que o cirurgião plástico não pode ser cúmplice da padronização, mas guardião da diversidade facial e da saúde emocional dos pacientes. “Como ensinava o professor Ivo Pitanguy, “a cirurgia plástica deve servir para harmonizar o corpo com a alma, e não para fabricar máscaras”. Essa visão filosófica ressoa ainda mais forte hoje, quando a tentação do artifício digital ameaça apagar a verdade interior”, lembra Sucupira.
A estética, portanto, não é mero artifício de embelezamento. Ela é instrumento de reinvenção pessoal e, ao mesmo tempo, campo de responsabilidade ética. “O “novo rosto” digno de celebração não é o homogêneo, moldado pela ansiedade de pertencimento, mas aquele que nasce da convergência entre tecnologia, autenticidade e verdade interior. Porque, no fim, a verdadeira transformação estética não está no espelho, mas na coerência entre quem somos e como decidimos ser vistos”, conclui o cirurgiao plástico Eduardo Sucupira..
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O “arquiteto da autoestima”: Como um médico carioca revoluciona a medicina estética com abordagem única no Brasil



