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Saúde

Ckeck ups anuais para idosos são essenciais para detecção precoce de doenças

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Ckeck ups anuais para idosos são essenciais para detecção precoce de doenças
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Com o aumento da população idosa no Brasil, a realização de exames médicos anuais se torna fundamental. Especialistas destacam a importância de monitorar a saúde a partir dos 65 anos, garantindo qualidade de vida e bem-estar

Com o fim de ano se aproximando, é um bom momento para relembrar a importância de realizar os exames médicos anuais, especialmente para os idosos. Muitas pessoas, por diversos motivos, acabam deixando para depois o cuidado com a saúde, mas a prevenção é essencial, principalmente à medida que envelhecemos. Exames periódicos são fundamentais para a detecção precoce de doenças, permitindo intervenções rápidas e eficazes, o que contribui para uma melhor qualidade de vida e bem-estar. Para os idosos, que são mais propensos a doenças crônicas e condições relacionadas à idade, manter uma rotina de exames é ainda mais crucial. Com a aceleração do envelhecimento da população brasileira, como evidenciado pelo censo de 2022 do IBGE, que mostrou que 15,6% dos brasileiros têm mais de 60 anos, é cada vez mais importante cuidar da saúde de forma proativa.

Segundo a Dra. Lorena Faro, Diretora da Alliança Saúde, após os 65 anos, a saúde requer cuidados especiais, mas essa fase da vida pode ser cheia de novas possibilidades. Para manter a vitalidade, é essencial realizar exames periódicos que permitam a detecção precoce de problemas. “Familiares devem observar sinais como mudanças no apetite, sono e mobilidade, que podem indicar a necessidade de avaliação médica. Exames de sangue, função renal, glicose, pressão arterial e check-ups gerais são fundamentais para um acompanhamento adequado. A prevenção de doenças graves e a detecção precoce fazem toda a diferença na qualidade de vida”, informa a médica, que destaca abaixo os principais exames para fazer:

Hemograma

O hemograma completo é um exame que avalia as diferentes células do sangue, incluindo leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. Ele fornece informações essenciais sobre a saúde do paciente, permitindo a detecção de condições como anemia, inflamações, infecções e até doenças graves, como linfoma ou leucemia. “Este exame de sangue ajuda a diagnosticar anemias, infecções e doenças autoimunes, além de monitorar o progresso de tratamentos.”, comenta Lorena.

Dosagem tireoidiana

A tireoide é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo do corpo. Fatores como envelhecimento, predisposição genética, inflamações na tireoide e hábitos de vida inadequados podem causar alterações que exigem atenção. As condições mais conhecidas são hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios) e hipotireoidismo (produção insuficiente). A avaliação da função tireoidiana pode ser feita pela dosagem do hormônio estimulante da tireoide (TSH), que regula a produção de hormônios tireoidianos. “Este teste não apenas identifica alterações hormonais, mas também acompanha a evolução do tratamento. É possível ainda dosar os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) para avaliar a saúde da tireoide”.

Perfil lipídico

O perfil lipídico, também conhecido como lipidograma, é um exame que analisa os níveis de triglicerídeos, colesterol total e suas frações: HDL (colesterol “bom”), VLDL (colesterol “ruim”) e LDL. Níveis elevados desses indicadores aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca e infarto, especialmente em pessoas acima dos 60 anos. “Esse exame é frequentemente solicitado para avaliações de rotina ou quando o paciente apresenta fatores de risco para doenças cardiovasculares, como diabetes, obesidade e hipertensão. Atualmente, o jejum não é obrigatório, mas, em algumas situações, o médico pode recomendar jejum de até 12 horas”, esclarece o especialista.

Glicemia

A glicemia é outro exame fundamental para a avaliação da saúde do idoso. Realizado com o paciente em jejum, o teste mede os níveis de glicose no sangue, que devem ser de até 99 mg/dl para serem considerados normais. Níveis superiores podem indicar predisposição ou a presença de diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo tem dificuldade em processar o açúcar. “O principal indicativo de diabetes tipo 2 é a hiperglicemia assintomática, que se caracteriza por uma taxa de glicose em jejum de 126 mg/dl ou mais, com sobrecarga de 200 mg/dl ou mais e hemoglobina glicada igual ou superior a 6,5%”, destaca Dra. Lorena Faro da Alliança Saúde.

Vitamina D

A dosagem de vitamina D é fundamental para identificar deficiências que podem aumentar o risco de osteoporose e outras condições ósseas. A vitamina D desempenha um papel crucial na absorção de cálcio e na saúde óssea, especialmente em idosos, que são mais suscetíveis à fragilidade óssea. Segundo Lorena, “a deficiência de vitamina D é comum em pessoas mais velhas, e a sua correção é essencial para prevenir fraturas e outras complicações relacionadas à saúde óssea.

Densitometria Óssea

A densitometria óssea é um exame de imagem que avalia a densidade mineral dos ossos, sendo crucial para a prevenção de osteoporose e fraturas. É recomendado que mulheres realizem esse exame após a menopausa, quando o risco de perda óssea aumenta, e homens a partir dos 60 anos. A médica ressalta que “a densitometria é uma ferramenta indispensável na detecção precoce da osteoporose. Identificar a redução da densidade óssea permite a adoção de medidas preventivas antes que ocorram fraturas.”

Mamografia

A mamografia é um exame de imagem que deve ser realizado a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos. Para aquelas com histórico familiar de câncer de mama, pode ser recomendado com maior frequência. Este exame é essencial para a detecção precoce de alterações que possam indicar câncer. “Realizar a mamografia regularmente é fundamental para a saúde da mulher. Quanto mais cedo for detectado, maior a chance de sucesso no tratamento”, afirma o Dra. Lorena.

Exames Ginecológicos

Todos os anos, mulheres, independentemente da vida sexual, devem realizar o exame de Papanicolau e o exame de toque até os 70 anos. Esses exames são essenciais para detectar infecções e câncer de colo de útero, contribuindo para a saúde ginecológica geral. “Esses exames são vitais para a saúde da mulher e podem salvar vidas. A detecção precoce de condições anormais permite intervenções que podem prevenir o desenvolvimento de câncer“, destaca Dra. Lorena.

Exame de Próstata

Homens a partir dos 50 anos devem realizar anualmente o toque retal, um exame importante para identificar alterações na próstata. O câncer de próstata é um dos mais comuns entre os homens, e a detecção precoce pode ser crucial para o tratamento eficaz. “Converse com seu médico sobre a frequência adequada do exame de próstata. A detecção precoce é a chave para melhores resultados“, recomenda Lorena Faro da Alliança Saúde.

Colonoscopia

A colonoscopia é um exame que avalia o intestino grosso e é recomendado para homens e mulheres a partir dos 50 anos. Ele é essencial para a detecção de lesões precoces e câncer colorretal, ajudando a prevenir complicações mais graves. “Este exame é uma ferramenta poderosa na luta contra o câncer colorretal. A detecção precoce pode fazer toda a diferença no tratamento e na recuperação“, explica Dra. Lorena da Aliança Saúde.

Eletrocardiograma

O eletrocardiograma é um exame que fornece informações essenciais sobre a saúde cardíaca. Ele é crucial para identificar problemas cardíacos, que são uma das principais causas de morte na terceira idade. “Monitorar a saúde do coração é fundamental à medida que envelhecemos. O eletrocardiograma pode detectar irregularidades que podem ser tratadas antes que se tornem sérias“, informa Dra. Lorena da Aliança Saúde.

Por fim, a médica reforça a importância de ser acompanhado por um geriatra ou médico de confiança. “Somente o profissional poderá avaliar o histórico de saúde de cada pessoa. A recomendação é realizar uma consulta anual para pessoas saudáveis e, pelo menos, três para aqueles com problemas de saúde. Essa avaliação permite esclarecer dúvidas sobre exames e cuidados necessários para manter uma boa qualidade de vida”, conclui.

Peterson Baestero, 28 anos. Atuo como.produtor dos artistas independente, Tuono e OMorador. Faço assessoria de imprensa dos mesmo e mais nomes como, Má Donato e LaCruz. Já fiz algumas assessorias para artista fora do Brasil, todos também independente. Atuo na área do Entretenimento a alguns anos, já atuei como: Roddie, produtor de eventos e produtor cultural.

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Saúde

Brasil retomará fabricação nacional de insulina após 20 anos

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© Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Ministério da Saúde recebeu, nesta sexta-feira (11), o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país voltará a fabricar o medicamento 100% nacional, por meio de transferência da tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, com base em um acordo com o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a empresa brasileira Biomm.

O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote com 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG).

“Depois de mais de duas décadas sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação para ser entregue ao Sistema Único de Saúde e contribuir com a saúde da população”, destacou Padilha. “É o Brics acontecendo na realidade, mudando a vida da população brasileira e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, acrescentou, em referência ao bloco econômico que reúne grandes países do chamado Sul Global, incluindo a Índia, país que viabilizou a parceria.  

Segundo a pasta, após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS.

“Uma iniciativa como essa traz segurança aos pacientes de que, independentemente de qualquer crise — como a que vivemos durante a pandemia —, o país tem soberania na produção desse medicamento tão importante. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas precisa usar insulina. Isso garante tranquilidade, segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os cidadãos que dependem do medicamento”, reforçou Padilha.

A iniciativa conta com investimentos de R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, e cerca de 350 mil pessoas com diabetes serão beneficiadas. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, em 2025 e 2026.  

A partir da aquisição inicial, de acordo com o Ministério da Saúde, terá início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao final da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.  

Nas PDPs, instituições públicas e empresas privadas compartilham responsabilidades para a produção nacional do insumo farmacêutico ativo (IFA) e do produto objeto de PDP, em um processo de transferência de tecnologia reversa. A transferência é efetivada por meio de etapas que incluem a realização de embalagens, controle de qualidade dos insumos, produção do produto acabado e do Insumo Farmacêutico Ativo no Brasil, possibilitando, assim, a produção local do medicamento que será fornecido ao SUS.  

Tratamento no SUS

O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. A porta de entrada para o cuidado é a Atenção Primária à Saúde, que realiza o acompanhamento contínuo por meio de equipes multiprofissionais. Atualmente, são ofertados quatro tipos de insulinas: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetável para diabetes mellitus.  

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Saúde

Medicina regenerativa: o avanço que promete tratar a dor crônica com o próprio corpo

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Dr. Guilherme Rossoni explica como terapias com células-tronco, PRP e suplementação personalizada estão mudando o paradigma do tratamento para dores articulares e musculares

Milhões de brasileiros convivem com dores crônicas que comprometem suas rotinas, produtividade e bem-estar. Para muitos, a única alternativa oferecida é o uso contínuo de medicamentos paliativos, ou, em casos mais graves, a cirurgia. No entanto, a medicina está diante de um novo capítulo: a era da medicina regenerativa, que propõe o uso do próprio corpo como ferramenta de cura.

Segundo o neurocirurgião Dr. Guilherme Rossoni, especialista em doenças da coluna e tratamentos para dor, essa abordagem não se limita a aliviar sintomas, mas busca tratar a causa da dor crônica de forma personalizada, minimamente invasiva e com base em evidências científicas.

“Utilizamos técnicas como o PRP (Plasma Rico em Plaquetas), células-tronco, ácido hialurônico, ondas de choque e infiltrações guiadas por imagem para estimular o reparo de tecidos danificados. São procedimentos feitos em consultório, com precisão e acompanhamento individualizado”, explica o Dr. Guilherme .

A proposta é reequilibrar o funcionamento de articulações, tendões e músculos, diminuindo a dor e devolvendo qualidade de vida ao paciente. Para isso, a suplementação personalizada também tem papel fundamental no sucesso da terapia.

“Durante o processo de regeneração, o organismo precisa de nutrientes específicos para reparar tecidos, combater inflamações e acelerar a cicatrização. Por isso, prescrevemos substâncias como colágeno tipo II, vitamina D, ômega-3 e anti-inflamatórios naturais com base no perfil clínico de cada paciente”, destaca.

Um dos grandes diferenciais da medicina regenerativa é o uso das células-tronco mesenquimais, com potencial de se transformar em cartilagem, osso e músculo. A coleta pode ser feita da própria medula óssea ou gordura abdominal, processada em laboratório e aplicada diretamente na área lesionada.

“Essa é uma das terapias mais promissoras da atualidade, com resultados expressivos no tratamento de artrose, lesões tendíneas e dores articulares. Mas é preciso critério, experiência e protocolos bem definidos para garantir a eficácia e a segurança do paciente”, ressalta o neurocirurgião.

A medicina regenerativa é uma abordagem integrativa, baseada na ciência e voltada para o futuro do cuidado com a dor. Ao invés de tratar os sintomas, ela busca restaurar o equilíbrio do corpo e promover a cura a partir dos próprios recursos biológicos do paciente.

“Se você ou alguém próximo convive com dores na coluna, joelhos, quadril ou ombros, saiba que existem alternativas além da cirurgia ou do uso contínuo de medicamentos. A medicina regenerativa pode ser o próximo passo”, finaliza Dr. Guilherme Rossoni.

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Saúde

Cirurgia plástica em debate: mitos, verdades e o que é preciso saber para não correr riscos

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Especialista esclarece os cuidados antes de procedimentos como lipoaspiração e explica por que complicações graves são raras — desde que o paciente escolha o profissional certo

A morte da empresária e influenciadora Natália Cavanellas, de 40 anos, durante uma cirurgia estética em São Paulo reacendeu o alerta: afinal, procedimentos como lipoaspiração são mesmo perigosos? Quais são os riscos reais? O que é mito e o que é verdade nesse universo da cirurgia plástica, tão desejado por milhares de brasileiros?

Para a cirurgiã plástica Dra. Pamela Massuia, especialista em contorno corporal e com mais de 3 mil cirurgias realizadas, a resposta é clara: sim, há riscos — como em qualquer procedimento médico —, mas eles são bastante baixos quando todos os protocolos são respeitados e o paciente é bem preparado.

“O medo é legítimo, principalmente após um caso tão impactante, mas ele precisa vir acompanhado de informação. O problema é quando esse medo paralisa ou coloca todos os cirurgiões sob suspeita. Isso é injusto e perigoso”, explica a médica.

  Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas

O Brasil é o país com maior número de cirurgias plásticas no mundo, à frente dos Estados Unidos, segundo dados da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). A lipoaspiração é um dos procedimentos mais realizados no país, ao lado de mamoplastia e rinoplastia.

Apesar da popularidade, os procedimentos ainda são cercados de desinformação, pressa e falta de critérios na escolha do profissional. Muitos pacientes buscam clínicas por indicação informal, redes sociais ou preço — e deixam de lado a checagem mais importante: a formação e a experiência do cirurgião, além do registro de especialista ativo em cirurgia plástica (RQE).

  Mitos e verdades sobre lipoaspiração, segundo especialista

Para orientar quem está considerando uma cirurgia, a Dra. Pamela elenca os principais mitos e verdades:

  •  Mito: “Toda lipo é arriscada”
    Verdade: Lipoaspiração, como qualquer cirurgia, tem riscos. Mas quando é feita por um cirurgião com registro de especialista, com exames em dia e em ambiente hospitalar adequado, as complicações graves são raras.

    “A maior parte dos casos de complicações vem da combinação de fatores como excesso de procedimentos, ambientes inadequados, profissionais sem especialização e pacientes sem preparo”, alerta a médica.

  •  Mito: “Quanto mais gordura tirar, melhor o resultado”
    Verdade: Existe um limite seguro de retirada de gordura (geralmente 7% do peso corporal). Ultrapassar esse valor pode gerar instabilidade hemodinâmica e risco à vida.

  •  Mito: “É só estética, então é simples”
    Verdade: Toda cirurgia plástica é um ato médico sério, com exames pré-operatórios, avaliação clínica, jejum, anestesia, internação e recuperação.

  •  Mito: “Se é em hospital, está tudo certo”
    Verdade: Além da estrutura do hospital, é fundamental que o médico tenha registro de especialista ativo (RQE) e experiência na área. A participação em sociedades médicas, como a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) ou a BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons), pode ser um diferencial, mas não é obrigatória.

  •  Mito: “Um médico que faz muitos procedimentos juntos é mais prático”
    Verdade: Fazer múltiplas cirurgias ao mesmo tempo (como lipo, enxerto, prótese, abdominoplastia) prolonga o tempo anestésico e aumenta os riscos. O ideal é limitar o tempo de cirurgia e o número de áreas operadas.

 O que avaliar antes de operar?

A Dra. Pamela orienta os pacientes a se atentarem a pontos cruciais:

  • Verificar se o médico tem registro de qualificação de especialista (RQE) ativo em cirurgia plástica

  • Confirmar a formação em cirurgia plástica e sua experiência com o procedimento desejado

  • Checar o local da cirurgia (hospitais com UTI, centro cirúrgico completo)

  • Exigir avaliação clínica e exames antes da data da cirurgia

  • Evitar decisões por impulso ou baseadas apenas em redes sociais

“O paciente também tem responsabilidade. Ele deve fazer perguntas, entender o procedimento, saber os riscos e confiar que o médico pode, inclusive, dizer ‘não’ a um pedido estético quando isso for necessário para preservar sua saúde”, afirma.

  Lipo HD, LAD, enxerto, prótese… o que muda em cada técnica?

Nos últimos anos, a lipoaspiração ganhou novas versões e siglas, como lipo HD, LAD e lipoescultura com enxerto glúteo. Para leigos, parece tudo igual. Mas as abordagens, indicações e riscos são diferentes.

  • Lipo HD (ou LAD): feita para realçar o contorno muscular. Exige mais precisão e cuidados, especialmente com cânulas finas e áreas delicadas.

  • Enxerto glúteo: A gordura retirada do corpo é injetada nos glúteos. O maior risco acontece quando a gordura é aplicada dentro do músculo (técnica intramuscular), especialmente sem o uso de ultrassom guiado, o que aumenta significativamente a chance de embolia pulmonar.

  • Lipo convencional: remove gordura de áreas específicas, sem necessariamente modelar a musculatura.

“O enxerto glúteo em plano subcutâneo profundo, especialmente quando guiado por ultrassom, tem risco muito menor. A técnica e os cuidados no intra e pós-operatório fazem toda a diferença”, destaca a médica.

  Segurança: o que é feito para reduzir riscos?

Além da técnica adequada, existem protocolos essenciais para garantir segurança em cirurgias plásticas. Dra. Pamela destaca alguns deles:

  • Uso de ultrassom para guiar o enxerto glúteo, evitando que a gordura seja injetada no músculo

  • Aplicação de gordura na camada subcutânea profunda, não no plano intramuscular

  • Manta térmica, bota pneumática, meia de compressão e medicamentos preventivos durante a cirurgia

  • Deambulação precoce e continuidade da profilaxia no pós-operatório para evitar trombose

Casos como o de Natália devem servir de alerta, não de pânico

Diante do caso de Natália Cavanellas, a cirurgiã reforça a importância de não generalizar ou demonizar os procedimentos estéticos:

“A cirurgia plástica salva a autoestima de muita gente. Quando feita com critério, ela transforma positivamente. O que precisamos é de mais informação, responsabilidade e consciência — dos dois lados: paciente e médico”, conclui Dra. Pamela.

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