Esporte
Cléber Machado: Uma voz que ecoa memórias no tempo da televisão

Entrevista-manifesto celebra a jornada de um narrador que transcendeu o microfone e transformou a crônica esportiva em linguagem afetiva
Crédito: LeoDias TV/Divulgação
Legenda: Cléber Machado ao lado de Flávio Ricco nos bastidores da LeoDias TV: reencontro marcado por confidências, emoção e histórias que moldaram a crônica esportiva brasileira.
Há vozes que apenas informam. Outras, formam memória coletiva. Cléber Machado pertence à segunda linhagem. Em sua participação no Programa Flávio Ricco, que vai ao ar em 29 de julho na LeoDias TV, o narrador compartilha não apenas marcos de uma carreira de quatro décadas, mas emoções de quem se fez parte do imaginário nacional. O especial, gravado como uma espécie de acervo oral, é menos entrevista e mais celebração de um percurso narrativo que acompanhou gerações.
“Eu achava que o auge da minha carreira seria ser diretor artístico de uma rádio”, revela Cléber. A declaração, dita com a simplicidade de quem não imaginava narrar Copas do Mundo, finais olímpicas e histórias que atravessaram fronteiras, dá o tom de um episódio íntimo, generoso e revelador.
A saída da TV Globo, após décadas de casa, é tratada por Cléber com a honestidade de quem vê a vida como um campo aberto. “Para mim foi inesperado, para eles não”, resume. Em seguida, reflete sobre a passagem para a Record com a elegância de quem sabe que legado não se apaga: “Não cometi nenhuma traição”. Cada resposta é um exercício de pausa, de escuta interior, de postura ética num mercado muitas vezes ruidoso.
A conversa conduzida por Flávio Ricco revela, com precisão, a transição de Cléber como mais do que mudança de emissora: uma nova camada em sua própria narrativa — menos institucional, mais existencial.
Entre lembranças de bastidores e reflexões sobre o futuro da narração, Cléber emociona-se ao ouvir mensagens de sua esposa e filha. Em silêncio, enxuga os olhos. A câmera permanece. Não há ensaio, não há enquadramento que prepare o telespectador para esse instante de humanidade pura. É ali, sem microfone ou escalação, que o narrador revela-se narrado — e, por um momento, desarmado.
No outro extremo da emoção, o riso também encontra espaço. Entre takes, Cléber gargalha de si mesmo, dos tropeços e dos improvisos, como quem entende que, no fundo, o que fica não é a voz — é o gesto.
Ao abordar a presença feminina na narração esportiva, Cléber fala menos sobre mercado e mais sobre vocação. A admiração que nutre pelas profissionais que chegam não é protocolar — é parte de sua escuta ativa ao tempo. Há, em seu discurso, uma atenção rara à mudança, sem ressentimento ou superioridade. Apenas respeito.
Por isso, talvez, Cléber Machado continue a ser uma das vozes mais reconhecíveis — e confiáveis — do país: porque fala como quem ainda escuta. Como quem sabe que, na era da velocidade, permanecer é quase um ato de resistência.
A participação de Cléber no Programa Flávio Ricco é mais do que uma entrevista: é uma homenagem viva à delicadeza em meio ao espetáculo. Uma reafirmação de que, no mundo veloz do entretenimento, há espaço — e reverência — para quem fez da televisão um lugar de encontro, da voz um gesto de afeto, e da carreira, um legado sensorial.
A edição completa estará disponível a partir de 29 de julho na LeoDias TV, no YouTube. Um convite à escuta, ao riso contido, à lágrima que escapa — e à memória que insiste em ficar.
Serviço
Programa Flávio Ricco
– Data: 29 de julho de 2025 (terça-feira)
– Onde assistir: LeoDias TV (YouTube), às 19h
Esporte
Jogos Mundiais Universitários: Beatriz Freitas fatura 2ª prata do país

O Brasil fechou esta sexta-feira (25) com mais uma medalha de prata nos Jogos Mundiais Universitários (JMU). A judoca paulista Beatriz Freitas subiu ao pódio da categoria até 78 kg. Na final ela enfrentou a alemã Anna Monta Olek, atual vice-campeã mundial. A adversária foi superior no combate ao desferir um waza-ari seguido de imobilização.
Após a cerimônia de premiação, Beatriz falou sobre o dia de competições e como concilia estudo e esporte.
“É claro que eu estou feliz, ganhar uma medalha de prata em Jogos Mundiais. Mas eu senti que eu poderia mais. Acabou não dando. Amanhã teremos a disputa por equipes e nós vamos com tudo. É possível estudar, fazer uma faculdade e ao mesmo tempo ser uma atleta de elite. A gente acaba recebendo algumas ajudas e vai se adaptando”, detalhou a judoca.
Com a prata, o Brasil subiu da 20ª para a 19ª posição no quadro de medalhas, com uma de ouro, três de prata e cinco de bronze.
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Outro brasileiro que fez bonito em Essen foi o ginasta Diogo Soares. Finalista no individual geral nos Jogos Olímpicos de Paris no ano passado, ele terminou os JMU em quinto lugar.
“O individual geral é duro. Você passa por todos os aparelhos, no último, acaba cansado. Fiz boas apresentações, mas cometi erros no solo e acabei ficando fora do pódio. Eu queria muito essa medalha. Mas temos mais competições pela frente para aprimorar ainda mais e eu vou voltar para a próxima e levar a medalha”, projetou o ginasta paulista de 23 anos.
Neste sábado (25), o Brasil terá duas boas chances de conquistar medalhas. No basquete masculino, a amarelinha vai lutar pelo ouro contra a equipe dos Estados Unidos, a partir das 15h (horário de Brasília). A final com transmissão ao vivo online (streaming) no canal oficial da Federação Internacional do Esporte Universitário (Fisu, na sigla em inglês).
A outra oportunidade do Brasil subir ao pódio é no salto triplo, com João Pedro Silva de Azevedo. Ele se classificou à final com a segunda melhor nota desta sexta (25), ao saltar 16m28cm.
* Maurício Costa viajgou à Alemanha a convite da CBDU.
Esporte
ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro coloca Espírito Santo no centro da modalidade no mundo em setembro

Última etapa feminina do Circuito Mundial será realizada entre os dias 11 e 21, na praia de Jacaraípe, em Serra, com ações sociais e ambientais, além de reunir os principais nomes do ranking e definir as campeãs da temporada. Inscrições estão abertas
Julho, 2025 – As ondas da praia de Jacaraípe, em Serra, no Espírito Santo, vão se transformar, mais uma vez, no centro das atenções do bodyboarding no mundo. O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro é a última etapa feminina do Circuito Mundial e reunirá as melhores atletas do ranking mundial do IBC (International Bodyboarding Corporation), entre os dias 11 e 21 de setembro. A expectativa é da participação de aproximadamente 120 bodyboarders, de mais de 10 países. As inscrições já estão abertas.
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro terá uma premiação total de 45 mil dólares (R$ 250 mil), um aumento de 28,5% em relação à edição 2024. E reunirá nomes como a líder e a vice-líder do ranking mundial, Alexandra Rinder (Áustria) e Namika Yamashita (Japão). O Espírito Santo estará representado por atletas como Neymara Carvalho – pentacampeã mundial, Maíra Viana – atual campeã mundial e Maylla Venturin – tricampeã brasileira -, além de Bianca Simões – cria do Instituto Neymara Carvalho e destaque da nova geração. Outra atleta a ser batida é a carioca Mariana Nogueira, a atual campeã máster.
Neymara, idealizadora e organizadora do evento, vive a expectativa para mais uma edição. “O Wahine é mais do que um campeonato. É uma grande festa do bodyboarding feminino, trazendo a representatividade, a força e o futuro da mulher na modalidade. Uma oportunidade de encontro, de troca de experiências, que vai além da disputa em si. Expectativa muito grande para esta edição, fortalecendo cada vez mais o evento, crescendo sempre”, destaca a capixaba.
Serão disputadas as categorias Profissional, Pro Junior, Máster, Paratletas (amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais – categoria especial e exclusiva no Wahine, sem contar pontos para o Circuito Mundial) e Mães&Filhos (categoria especial, celebrativa, sem caráter competitivo oficial).
Aulão, ações ambientais e área kids, como novidade – O público que for até a praia durante a etapa, além de poder acompanhar de perto baterias de alto nível e as melhores do ranking mundial, contará com uma estrutura de apoio, como uma área kids, que será destaque entre a criançada e a comunidade do entorno do campeonato.
O evento começa em setembro, mas já estará movimentando o Espírito Santo com uma série de atividades e ações paralelas que antecedem o início das baterias, ao longo do mês de agosto, como aulão social, limpeza de praia, Desafio das Campeãs e roda de educação ambiental. Destaque também para a Presença do Juizado itinerante da lei Maria da Penha (Ônibus Rosa) durante todos os dias do evento, prestando atendimento à comunidade e aos participantes da competição.
Inscrições no site IBC – O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro está com inscrições abertas, que podem ser feitas no site oficial do IBC World Tour: www.ibcworldtour.com. Lá é possível conferir, também, informações sobre a etapa.
O evento – O projeto idealizado por Neymara surgiu em 2021. “Wahine”, que significa mulher na língua havaiana, evidencia o resgate da conexão com os povos indígenas das ilhas do Havaí e inspira o evento. Foi em águas havaianas que a atleta venceu uma das mais acirradas disputas do Circuito Mundial, na Praia de Pipeline, ganhando em 2006 e 2011.
Confira as campeãs do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2024
Profissional: Sari Ohara (Japão)
Pro Junior: Luna Hardman (Brasil)
Máster: Mariana Nogueira (Brasil)
Categorias especiais:
Deficientes Visuais: Renata Balzone
Mastectomizadas: Cristina Dantas
Amputadas: Carla Cunha
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025 tem patrocínio máster da ArcelorMittal, com realização do INC (Instituto Neymara Carvalho) e IBC (International Bodyboarding Corporation).
Rede Social:
Instagram: @wahinebbpro
@neymaracarvalho
@institutoneymaracarvalho
No ES: Lúcia Marins – luciammarins@gmail.com – 27 99943-8246
Foto: Wahine Bodyboarding Pro / Divulgação
Esporte
Thiago Pereira reforça combate ao afogamento no Dia Mundial de Prevenção, celebrado em 25 de julho

Projeto oferece aulas gratuitas de natação em Volta Redonda (RJ) e atende 360 jovens em 2025.
O Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, celebrado em 25 de julho, chama atenção para um problema de saúde pública global. Estima-se que 236 mil pessoas morram afogadas todos os anos — totalizando mais de 2,5 milhões de mortes na última década, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A maior parte dessas ocorrências (mais de 90%) ocorre em países de baixa e média renda, atingindo principalmente crianças entre 1 e 9 anos de idade. No Brasil, o afogamento é a segunda maior causa de mortalidade infantil, com 1.480 óbitos registrados em 2019, segundo dados do Ministério da Saúde.
Para enfrentar esse cenário, o medalhista olímpico Thiago Pereira lidera o projeto social Nadando com Thiago Pereira, que oferece aulas gratuitas de natação a crianças e adolescentes de 7 a 17 anos no Parque Aquático Municipal da Ilha São João, em Volta Redonda (RJ).
Realizado pelo Instituto Thiago Pereira, o projeto conta com patrocínio da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Núclea, YDUQS/Estácio e Mitsui Sumitomo Seguros via Lei de Incentivo ao Esporte, além do apoio da Prefeitura de Volta Redonda e do Ministério do Esporte.
“Nós criamos o projeto para buscar diminuir esses índices de afogamento e dar mais segurança e confiança para as crianças na água”, afirmou Thiago Pereira.
Em 2025, 360 jovens foram selecionados entre mais de mil inscritos, através de critérios como renda familiar, acesso a aulas de natação e histórico prévio de afogamentos. As aulas ocorrem duas vezes por semana e incluem metodologia de iniciação à natação e enfrentamento de situações de risco, avaliações físicas, acompanhamento técnico, além de uniformes e materiais esportivos distribuídos gratuitamente.
O projeto prioriza alunos da rede pública e visa atender famílias que enfrentem barreiras no acesso ao esporte. O Nadando com Thiago Pereira conta com coordenação técnica, três professoras titulares e quatro monitores.
Sobre o Instituto Thiago Pereira
Fundado em 2022, o Instituto Thiago Pereira é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão tornar o esporte acessível a todos, promover os valores que a prática esportiva ensina (entre eles disciplina, respeito, ética e união) e utilizar a natação como ferramenta de prevenção de afogamentos e de formação cidadã.
Desde sua criação, já atendeu mais de 600 crianças e adolescentes em Volta Redonda (RJ), através de recursos da Lei de Incentivo ao Esporte. Thiago Pereira, que é sobrevivente de um afogamento aos 2 anos de idade, sempre enfatiza a importância de saber nadar para aumentar a segurança, a autonomia e o desenvolvimento físico e social das crianças.
Saiba mais em www.institutothiagopereira.org.br | @institutothiagopereira
Foto: Flávio Perez | On Board Sport