Tecnologia
Cliente do Santander vai poder bloquear celular roubado em menos de 1 minuto

O Santander coloca à disposição de seus clientes, a partir desta semana, um recurso adicional de proteção para os casos em que o celular é roubado, furtado ou simplesmente perdido. Um site que pode ser acessado, de forma segura, a partir de qualquer dispositivo com internet e que permite realizar o bloqueio imediato do acesso aos aplicativos do Banco. O portal ainda permite bloquear cartões de débito e crédito, físico ou online, que o cliente tenha perdido a posse por qualquer razão.
Batizado de “Bloqueio Imediato”, o novo recurso de segurança do Santander pode ser utilizado por todos os clientes da base de pessoas físicas do Banco e acessada em www.santander.com.br/bloqueioimediato
A solução foi desenvolvida pelo Santander no formato de site com o objetivo de ser o mais simples e acessível para qualquer pessoa. Além de permitir conexão por qualquer celular ou computador, o cliente faz o bloqueio do aplicativo do Banco ou dos seus cartões sem que seja necessário pré-cadastros, de forma simples. Ao conseguir um dispositivo com acesso à internet, o portal do Bloqueio Imediato solicita apenas dois dados: o CPF e a senha de acesso ao aplicativo do banco, informações que o cliente já tem memorizadas para o dia a dia.
Ainda é prevista uma segunda etapa de reconhecimento da biometria facial, que dura poucos segundos. “A gente avaliou que ter um segundo fator de autenticação, prioritariamente por meio do reconhecimento da face, dá ao cliente uma segurança extra, uma vez que somente ele pode bloquear o seu próprio celular ou cartões”, explica Leandro Granja, executivo de Cyber Security e Antifraude do Santander.
“Após a autenticação, basta o cliente informar o que deseja bloquear e a operação é realizada instantaneamente, na mesma velocidade de um Pix”, completa o executivo. O modelo desenvolvido pelo Banco ainda permite reverter a operação, desbloqueando o aparelho caso seja recuperado pelo cliente.
O Bloqueio Imediato do Santander incrementa o aparato de segurança e de medidas preventivas do Banco tendo como ponto de partida a experiência do cliente. Assim, em 2023, foram implantadas novas soluções como a Confirmação de Compras Suspeitas, em que cliente recebe uma mensagem por WhatsApp, app e SMS para confirmação se foi ele que realizou uma movimentação no cartão. A iniciativa reduz em 60% a necessidade de contato com a central de atendimento e permite que, após uma confirmação digital com autosserviço, o cliente siga sua experiência de compra.
Outra iniciativa que será lançada nos próximos meses é a notificação em tempo real de transações financeiras no app, como o Pix, que apresentem algum risco de golpe ou fraude. O cliente será alertado quando detectado que está em uma ligação suspeita durante a realização do Pix. Com isso, poderá interagir de forma online informando se deseja ou não seguir com a transação. “O foco é seguir investindo cada vez mais em conveniência e agilidade para os clientes, sempre suportadas pela melhor segurança nas suas experiências digitais e físicas”, finaliza o executivo do Santander.
Tecnologia
App brasileiro usa inteligência artificial para transformar mobilidade urbana de pessoas com deficiência visual

No Brasil, cerca de 19% da população convive com algum grau de deficiência visual, segundo dados recentes do IBGE. Entre eles, mais de 6 milhões enfrentam comprometimento severo da visão, e outros 16,5 milhões não encontram solução nem mesmo com o uso de óculos. Para essas pessoas, deslocar-se pelas cidades é uma tarefa que vai muito além do simples ato de caminhar.
Falta de calçadas acessíveis, ausência de sinalização tátil e a escassez de semáforos sonoros tornam o ambiente urbano um obstáculo constante. “Caminhar em um mundo em silêncio visual significa se deparar diariamente com incertezas que a maioria desconhece”, explica Adriana Duarte, especialista em inteligência artificial aplicada à acessibilidade e deficiente visual.
É justamente a partir dessa experiência que ela criou o ViCop, aplicativo que pretende ampliar a autonomia de quem tem baixa acuidade visual, oferecendo rotas adaptadas, alertas em tempo real e integração com pontos de apoio próximos, como estações e comércios acessíveis.
Mais que um GPS com comando de voz, o ViCop é um copiloto que acompanha o ritmo do usuário e interpreta o ambiente. Ele identifica obstáculos como buracos, degraus e veículos, além de fornecer informações detalhadas sobre o entorno, desde a leitura de placas e fachadas até a indicação de espaços adaptados. “Desenvolvemos o ViCop ‘de dentro para fora’. Quem vive a deficiência sabe o quanto pequenos detalhes fazem diferença. Nossa proposta respeita o tempo e o ritmo de cada pessoa, promovendo uma navegação segura e inclusiva”, diz Adriana.
A tecnologia do ViCop está em fase de desenvolvimento com usuários reais e deve ser lançada em versão beta ainda em 2025. Adriana optou por não acelerar o processo com pressa de mercado. O objetivo, segundo ela, é escalar com responsabilidade e escuta ativa. “O uso da inteligência artificial só faz sentido quando serve para incluir. Quando olhamos para acessibilidade como prioridade, a tecnologia deixa de ser um recurso e passa a ser uma ponte para a liberdade”, afirma.
O contexto global confirma essa urgência. Segundo relatório da OMS, menos de 3% dos aplicativos disponíveis em lojas digitais oferecem recursos nativos de acessibilidade. Isso significa que, mesmo na era da tecnologia, pessoas com deficiência ainda são invisibilizadas nas soluções mais básicas de mobilidade.
Com base nos primeiros testes, o ViCop já começa a atrair atenção de instituições públicas e privadas comprometidas com acessibilidade. O app também está alinhado às diretrizes da ONU para Cidades Inteligentes Inclusivas e Sustentáveis, que colocam mobilidade e equidade no centro da inovação.
Para Adriana, mais do que uma solução tecnológica, o ViCop é um manifesto. “A autonomia não pode ser um privilégio. Mobilidade com dignidade é um direito e é isso que a gente está construindo”, conclui.
Tecnologia
Um novo rosto para uma nova era: Jessica Santos é a nova Embaixadora do Clube do Influenciadores

A escolha por Jessica foi altamente estratégica, baseada em sua notável autenticidade e na qualidade superior de seu conteúdo. Sua capacidade de construir uma comunidade fiel, traduzindo tendências complexas em dicas práticas e acessíveis, que genuinamente ajudam seus seguidores, foi um fator decisivo. Esta visão alinha-se perfeitamente à missão do Clube de promover um marketing de influência muito mais humano, eficaz e com um propósito claro, que ressoa com as novas gerações de consumidores.
Jessica se une à já consolidada e respeitada Embaixadora Denise Emart, formando uma dupla poderosa que promete agitar o mercado. O Clube já adiantou que a parceria estratégica incluirá workshops exclusivos, webséries com conteúdo aprofundado e o desenvolvimento de linhas de produtos co-criadas, explorando a incrível sinergia entre os talentos de ambas. Todas as novidades e oportunidades serão divulgadas em primeira mão no app “Clube dos Influenciadores” e no perfil oficial do Instagram.
O título de Embaixadora dentro do Clube é hoje uma das posições mais cobiçadas do setor. Ele oferece um convite a um ecossistema de oportunidades gerenciado pela tecnologia do app, onde os membros têm acesso a projetos exclusivos com grandes marcas, networking de alto nível e se conectam para eventos estratégicos, como o famoso Café da Manhã das Embaixadoras, um encontro para alinhamento e troca de experiências.
Tecnologia
Robôs mais humanos, processos mais inteligentes: o que mudou na robótica nos últimos 15 anos

*Por Diego Lawrens Bock
Muita gente ainda associa robôs à ideia de substituição e perda. Quem assistiu ao remake de A Fantástica Fábrica de Chocolates, lançado em 2005, talvez se lembre da cena em que o pai de Charlie perde o emprego para um braço robótico numa fábrica de pastas de dente. Aquela cena refletia um medo real: as máquinas tirariam realmente os nossos empregos?
Quase duas décadas depois, o que vejo no chão de fábrica é diferente. A robótica evoluiu, sim, mas no sentido de ampliar capacidades humanas e não apagá-las. Hoje, robôs colaboram com operadores, interpretam imagens, tomam decisões técnicas e evitam riscos. Onde antes havia competição, há agora parceria. E isso muda tudo.
Quando comecei a programar robôs industriais, ainda era comum ouvir que essa tecnologia era “coisa de filme” ou privilégio de grandes montadoras. Quinze anos depois, ela está espalhada por setores diversos, do agronegócio à indústria farmacêutica, da logística à produção de alimentos e não só otimiza processos como redefine a maneira como pensamos o trabalho.
Trabalhei em fábricas da Alemanha, Argentina e Brasil, sempre com foco em automação de alto desempenho. Vi de perto como a robótica saiu da repetição para a inteligência. Um robô de solda hoje não apenas executa movimentos com precisão, ele ajusta parâmetros em tempo real com base em sensores e sistemas de visão computacional. Uma câmera acoplada à máquina não só enxerga, mas interpreta e isso transforma a lógica da operação.
Na Bock Robotics, por exemplo, desenvolvemos soluções em que a máquina não substitui o humano, mas colabora com ele. Robôs compartilhando o mesmo espaço que operadores, com segurança e fluidez. Menos isolamento, mais integração. Esse conceito ganhou força com os cobots, que rompem a ideia de “ilha de automação” e entram diretamente no ritmo da produção.
Outro ponto de virada foi a acessibilidade. Há quinze anos, montar uma célula robótica era um investimento milionário. Hoje, com a miniaturização dos sistemas e o avanço da conectividade, pequenas e médias empresas já conseguem automatizar etapas críticas com retorno rápido. Isso abriu espaço para inovação em setores antes pouco explorados e no campo, especialmente, a automação agrícola vive uma revolução silenciosa, moldada às características do solo, do clima e da rotina rural brasileira.
É claro que os desafios seguem presentes: mão de obra qualificada, integração entre sistemas, atualização de software, conectividade em regiões mais afastadas. Mas o que mais vejo, no fundo, é uma mudança de mentalidade. Aos poucos, a automação deixa de ser vista como custo e passa a ser compreendida como investimento estratégico.
Mais do que máquinas sofisticadas, a robótica atual entrega eficiência, segurança, sustentabilidade e inteligência aplicada. E essa combinação tem valor real, tanto em produtividade quanto em impacto social. Hoje, vejo robôs que se adaptam, que aprendem e que ajudam pessoas a trabalhar melhor. Não é mais sobre o futuro e sim sobre fazer o presente funcionar com mais precisão, rapidez e menos desperdício.
*Diego Lawrens Bock é engenheiro mecatrônico com especialização em robótica industrial e sistemas de visão computacional. Fundador da Bock Robotics, acumula mais de 15 anos de atuação em automação de alto desempenho, tendo liderado projetos em montadoras como Volkswagen, Ford, General Motors, PSA e Opel, com foco em programação de robôs, inspeção óptica automatizada e soldagem de precisão. Com vivência internacional em projetos na Alemanha, Argentina e Brasil, seu trabalho une inovação e engenharia aplicada para aumentar a eficiência, segurança e sustentabilidade em processos industriais e agrícolas.