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CNU 2025 registra mais de 760 mil inscrições em 4.951 municípios
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) registrou 761.528 inscrições confirmadas. A primeira edição do concurso unificado, realizada em agosto de 2024, registrou um total de 2.114.145 candidatos inscritos confirmados.
O CPNU 2 oferece 3.652 vagas em 32 órgãos do governo federal. As vagas são para cargos distintos da primeira edição do CNU.
Abrangência nacional
As provas serão aplicadas em 228 cidades de todas as unidades da federação. As regiões Sudeste (247.838) e Nordeste (229.436) tiveram o maior número de inscritos, seguidas por Centro-Oeste (150.870), Norte (84.651) e Sul (48.733).
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o panorama “reflete a abrangência do modelo unificado, que busca garantir igualdade de acesso ao serviço público federal em todo o território nacional, valorizando a diversidade regional”.
O estado do Rio de Janeiro lidera o número de inscrições homologadas, com 108.838 candidatos, seguido pelo Distrito Federal, com 102.940 inscrições. Em terceiro lugar, São Paulo registrou 77.682 inscritos. Bahia e Minas Gerais se destacam com 65.602 e 51.142 inscrições homologadas, respectivamente.
Mulheres
No chamado Enem dos concursos, as mulheres representam 60% dos inscritos. Um aumento de 3,8%, em relação à edição anterior, quando correspondiam a 56,2% do total de candidatos.
Para esta edição, o governo federal anunciou a implementação de medidas específicas para incentivar a participação feminina no certame.
A primeira prevê que, caso haja uma desproporção de mulheres classificadas na primeira fase, de provas objetivas, será feita a equiparação de gênero. Na prática, o edital do certame garante que, no mínimo, 50% das vagas da segunda etapa, de provas discursivas, sejam preenchidas por mulheres, desde que haja candidatas aprovadas nessa fase, com as notas mínimas necessárias nas provas objetivas.
Como em outros concursos do governo federal, o CPNU 2 também assegura condições apropriadas para a participação de gestantes e lactantes, incluindo tempo adicional para amamentação. Para ter direito, a candidata interessada deve ter solicitado atendimentos especializados, no prazo correto à Fundação Getulio Vargas (FGV), banca examinadora do concurso.
Tem o direito, a mãe de filho que tiver até 6 meses de idade nas datas das provas.
Inscritos por bloco
As vagas estão organizadas em nove blocos temáticos, com oportunidades para os níveis superior e intermediário.
Como na primeira edição, o modelo unificado permitiu que, no momento da inscrição, o candidato optasse por um bloco e indicasse diferentes cargos e órgãos, listados em ordem de preferência entre cargos, com base em seu desempenho.
Entre os blocos temáticos, o nono, com cargos de nível intermediário de escolaridade, registrou o maior número de inscrições, com 177.598 homologadas.
Confira o total de inscritos por bloco:
- bloco 1 – seguridade social: saúde e assistência: 127.970;
- bloco 2 – cultura e educação: 69.507;
- bloco 3 – ciências, dados e tecnologia: 35.834;
- bloco 4 – engenharia e arquitetura: 41.245;
- bloco 5 – administração: 173.829
- bloco 6 – desenvolvimento socioeconômico: 44.441;
- bloco 7 – justiça e defesa 54.029;
- bloco 8 – intermediário – saúde 37.075;
- bloco 9 – intermediário – regulação 177.598.
Vagas
Do total de vagas do CNU 2025, 3.144 são de nível superior e 508 de nível intermediário. O MGI prevê a convocação imediata dos aprovados em 2.480 vagas e outras 1.172 vagas são para preenchimento no curto prazo, após a homologação dos resultados.
O processo seletivo também reservou 25% das vagas para pessoas negras; 5% para pessoas com deficiência; 3% para indígenas e 2% para pessoas quilombolas.
A edição de 2025 do concurso unificado terá dois dias de aplicação de provas. A primeira fase ocorrerá em 5 de outubro. Os candidatos habilitados nessa primeira etapa e convocados para fazer as discursivas farão a segunda fase em 7 de dezembro.
A validade do concurso é de 12 meses, contados da data de publicação da homologação de seu resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
Em caso de dúvidas, os interessados devem acessar a página oficial do certame, criada pelo Ministério da Gestão.
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A complexidade e a liderança por trás dos grandes projetos submarinos

O setor de óleo e gás permanece como um dos pilares estratégicos da economia mundial, responsável por movimentar trilhões de dólares e impulsionar a inovação tecnológica em escala global.Nesse cenário, a exploração offshore, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, tornou-se fundamental, exigindo o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas e seguras.
Empresas que atuam com tecnologia submarina têm papel decisivo nesse ecossistema. Elas desenvolvem sistemas integrados de produção submarina, válvulas, bombas, compressores, árvores de natal molhadas e equipamentos de controle de fluxo capazes de operar sob condições extremas de pressão e temperatura. O objetivo é aumentar a eficiência da produção, reduzir custos operacionais e garantir a segurança ambiental das operações.
Nos últimos anos, a digitalização e a automação transformaram profundamente o setor. Sensores inteligentes, sistemas de monitoramento remoto e análise de dados em tempo real permitem prever falhas, otimizar a produção e aumentar a vida útil dos equipamentos. Essa integração entre engenharia, automação e inteligência artificial redefiniu o conceito de eficiência operacional no fundo do mar.
Liderança e Estratégia em Projetos Submarinos
Nesse ambiente altamente técnico e competitivo, profissionais de liderança exercem papel essencial para o sucesso de cada operação. À frente de projetos complexos está Bruno Rompkovski, executivo com sólida trajetória internacional no setor, que atua como responsável pelas áreas de Licitações, Propostas, Operações Comerciais e Projetos em uma das maiores empresas globais de tecnologia submarina.
Rompkovski liderou projetos submarinos de grande porte em diversas regiões do mundo, unindo conhecimento técnico e visão estratégica. Em sua função como Western Hemisphere Tender Manager, ele supervisiona o portfólio de propostas para produtos, sistemas e serviços submarinos no Hemisfério Ocidental, assegurando consistência global, conformidade e alinhamento com os objetivos corporativos.
Sua atuação envolve definir e implementar estratégias de licitação, gerenciar propostas complexas e desenvolver soluções competitivas que impulsionam receitas e destravam casos de negócios desafiadores junto a grandes operadores do setor. O papel que desempenha exemplifica a importância de uma liderança técnica e comercial integrada, capaz de conectar engenharia de ponta, inovação e resultados financeiros sustentáveis.
Os desafios enfrentados por gerentes comerciais e diretores de projetos nesse setor são notáveis. “O ciclo de vendas de soluções submarinas é longo, técnico e envolve contratos de alto valor, frequentemente em múltiplas jurisdições, exigindo uma combinação rara de visão estratégica, domínio técnico e capacidade de negociação”, afirma Bruno.
Atuando em posições que exigem tanto visão comercial quanto conhecimento técnico aprofundado, Bruno gerencia negociações complexas e coordena equipes multidisciplinares. A experiência de Rompkovski ilustra como o sucesso no setor depende de uma atuação integrada, em que gestão, engenharia e estratégia comercial caminham lado a lado para garantir resultados sustentáveis e inovadores.
O futuro do mercado de óleo e gás, em especial no segmento de tecnologia submarina, aponta para uma integração cada vez maior entre inovação, sustentabilidade e automação. A busca por operações mais seguras, eficientes e com menor impacto ambiental orienta novos investimentos em inteligência artificial, robótica submarina e soluções energéticas híbridas.
Assim, o setor continua sendo um dos mais desafiadores e fascinantes do mundo industrial. Profissionais como Bruno Rompkovski exemplificam o perfil de liderança que impulsiona essa transformação — combinando excelência técnica, gestão estratégica e visão global em um ambiente onde inovação e resiliência são essenciais para o sucesso.
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Zurich Seguros anuncia Thales Amaral como novo diretor comercial regional RJ/ES/N/NE

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Parecer do Senado reconhece que o homeschooling é o direito de educar nasce na família

Autoria: Zizi Martins
A luta pelo reconhecimento da liberdade educacional no Brasil tem raízes que remontam a 1994, quando o Projeto de Lei 4.657 propôs, pela primeira vez, a regulamentação do ensino domiciliar. Desde então, milhares de famílias têm enfrentado perseguições judiciais e administrativas por exercerem o direito mais básico: educar seus filhos conforme seus valores, crenças e convicções. O homeschooling não é uma moda, mas uma expressão legítima de um direito natural dos pais educarem seus filhos, que, além de tudo, lhes permite o desenvolvimento pleno de seu potencial em um ambiente personalizado, seguro e alinhado aos princípios familiares.
Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade do ensino domiciliar ao decidir que sua ausência de regulamentação não o torna ilegal, mas sim um vácuo legislativo a ser preenchido. Ministros como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso foram claros: a educação é dever conjunto da família e do Estado, e os pais têm liberdade para escolher a forma de ensino, desde que respeitados os princípios constitucionais Esse marco abriu caminho para a esperança de uma regulamentação justa e equilibrada.
Essa esperança ganhou corpo com a aprovação, em maio de 2022, do PL 1338/2022 pela Câmara dos Deputados. O projeto, que altera a LDB e o ECA para permitir o ensino domiciliar com supervisão estatal, foi aprovado com 264 votos favoráveis, demonstrando amadurecimento político e reconhecimento do direito das famílias. Hoje, tramita no Senado, sob a relatoria da senadora Professora Dorinha, que apresentou parecer, reforçando a necessidade de segurança jurídica para os pais.
O parecer favorável da senadora Professora Dorinha, apresentado em 6 de outubro de 2025, é o fato novo que confirma a necessidade de mudar o rumo do Estado brasileiro em relação ao ensino domiciliar. Como relatora do PL 1338/2022 na Comissão de Educação do Senado, Dorinha não apenas endossou o projeto, mas o fez com um relatório claro, técnico e profundamente alinhado com os princípios da liberdade familiar e da autonomia pedagógica. Ela, que também é especialista em Educação, reconhece que o ensino domiciliar é uma escolha legítima, respaldada por valores constitucionais, e que o Estado tem o dever de regulamentar sem dificultar ou proibir. Esse posicionamento político e jurídico ratifica o que há décadas famílias educadoras buscam em termos de reconhecimento. E que mais de 60 países também já consagraram.
Apesar disso, a perseguição persiste. Em Manhuaçu (MG), o Ministério Público processou cinco famílias por praticarem homeschooling, exigindo matrícula compulsória e ameaçando multas e desobediência. Casos semelhantes ocorrem em diversos estados, revelando um padrão de hostilidade institucional contra pais que buscam apenas o melhor para seus filhos. Essa criminalização da parentalidade é incompatível com uma sociedade democrática e não se sustenta frente às evidências sociais e científicas.
O direito à educação domiciliar é natural, anterior ao Estado, e está protegido por tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica, que tem hierarquia constitucional no Brasil. A UNESCO, agência da ONU, em relatório recente, também reconheceu o homeschooling como uma alternativa válida para garantir ambientes educativos seguros, personalizados e inclusivos, alinhados ao direito universal à educação. O mundo avança; o Brasil insiste em punir quem ousa escolher.
A regulamentação do PL 1338/2022 não é um favor, mas uma obrigação. Ela traz regras claras: matrícula em instituições para acompanhamento, avaliações periódicas e qualificação dos responsáveis. Nada disso representa ameaça à sociedade, mas sim responsabilidade e transparência. O que está em jogo é a liberdade educacional: o direito de cada família escolher a melhor forma de ensino, com base em evidências de excelência acadêmica, desenvolvimento integral e valores éticos. O ensino domiciliar tem demonstrado resultados superiores em aprendizagem, formação cívica e preparação para a vida adulta, com alunos mais autônomos, críticos e bem-sucedidos na vida civil.
As famílias que educam em casa não fogem da sociedade. Ao contrário, preparam cidadãos mais autônomos, críticos e resilientes. Estudos internacionais mostram que alunos homeschoolers têm desempenho superior em avaliações e maior taxa de sucesso no ensino superior. No Brasil, a comunidade cresce com eventos, plataformas e materiais didáticos, provando que é possível construir um ecossistema educacional paralelo, plural e eficaz.
É hora de o Brasil reconhecer que a liberdade educacional não é privilégio, mas direito fundamental. O PL 1338/2022 é o caminho para garantir proteção estatal àqueles que já a exercem sob risco. Regular não é permitir, é reconhecer. E proteger não é favorecer, é cumprir a Constituição. A família, não o Estado, é o primeiro e mais importante espaço de formação humana. E esse direito natural merece, finalmente, ser respeitado.
*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente do Conselho Administrativo da ANED, membro fundadora e diretora da Lexum, Presidente do Instituto Solidez e membro do IBDR. Procuradora do Estado da Bahia, Advogada. Com mestrado em direito público e especialização em Direito Religioso, Doutora em Educação, Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia.