Saúde
Com apenas 22% de cobertura, Rio começa vacinação volante contra gripe

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) inicia nesta terça-feira (10) a vacinação volante em apoio a algumas cidades fluminenses com a finalidade de sensibilizar a população e melhorar a cobertura vacinal contra o vírus da Influenza, que transmite a gripe.
Inicialmente, caminhões volantes visitarão os seis municípios do estado que não atingiram sequer 10% de cobertura vacinal. Até o dia 4 de julho, as cidades de Duque de Caxias, Queimados, Japeri, Três Rios e Paraíba do Sul vão receber o caminhão da secretaria, que ficará em cada município por dois dias.
Confira o calendário:
- 10/06, Centro – Magé
- 11/06, Piabetá – Magé
- 12/06, Pça Nossa Senhora da Conceição – Queimados
- 13/06, C.F Miguel Luiz de Carvalho, Estrada das Pianas, s/n, Eldorado – Queimados
- 16/ e 17/06, Praça Wendel Coelho, Engenheiro Pedreira – Japeri
- 24/06, Pça São Sebastião, Centro – Três Rios
- 25/06, Pça Arsonval Macedo, Rua Professor Murteira, Vila Isabel – Três Rios
- 26/06, Pça da Matriz, Rua da Matriz, 186, Stª Cruz da Serra – Duque de Caxias
- 27/06, Pça do Sossego, Pantanal, R. Gen. Roca, 736-792, Vila São José – Duque de Caxias
- 03 e 04/07, Praça Garcia, s/nº, Centro – Paraíba do Sul
Mortes
Desde o início do ano, até o dia 3 de junho, o estado contabilizava 6.277 internações e 476 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em consequência de infecções graves.
Em relação à semana anterior, os números representam aumento de 3,44% nas internações e 1,7% nos óbitos.
Imunização
De acordo com a secretária estadual de Saúde Claudia Mello, até o momento apenas 22,28% do público-alvo foi protegido contra a Influenza. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% desta parcela da população.
“Para melhorar esses índices, toda semana nossa unidade móvel vai estacionar em áreas de grande circulação de pessoas de dois municípios para que possamos ajudá-los a alavancar esta cobertura”, disse a secretária.
Apesar de parecer simples, as síndromes respiratórias causadas por Influenza podem se agravar e causar a morte, especialmente da população mais vulnerável, que são idosos e crianças.
Seis cidades do Estado ainda não atingiram sequer 10% de cobertura vacinal. Em outros 25 municípios, o percentual varia de 10% a 20%; em 35 municípios, a cobertura vai de 21% a 30%; em 17 cidades, a cobertura vacinal está entre 31% e 40%; e em nove, a variação atinge entre 41% e 50%.
De acordo com a secretaria, a meta de cobertura vacinal contra a Influenza vem avançando, mas ainda existe um longo caminho a ser percorrido.
O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro, destacou a necessidade de atenção especial, dentro do público-alvo, para idosos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto) e crianças.
“A vacinação é fundamental porque temos vivenciado casos graves em UTIs de nossa rede, especialmente entre crianças pequenas e idosos. São complicações que poderiam ter sido evitadas com a imunização”, avaliou.
Saúde
Rio de Janeiro apresenta queda nos casos de internações por covid-19

O Panorama Covid-19 desta semana, divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) indica que o número de internações pela doença parou de crescer desde a semana passada no estado do Rio. Entretanto, três dos oito indicadores precoces da saúde apresentaram aumento: as taxas de positividade dos testes rápidos na rede particular; dos de RT-PCR analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RJ; e o número de atendimentos de crianças com suspeita de covid-19 em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
De acordo com a secretaria, o cenário mostra uma queda momentânea nos casos graves da doença. As autoridades de saúde reforçam a importância de manter a vacinação em dia e adotar cuidados individuais, como o uso de máscaras e a higiene das mãos. O Sistema Único de Saúde (SUS) também disponibiliza um tratamento para casos leves em pessoas acima de 65 anos ou imunocomprometidas, desde que iniciado nos primeiros cinco dias de sintomas da doença.
“Desde o início do ano, temos observado um predomínio da variante Ômicron em todas as semanas epidemiológicas, com a detecção de diferentes subvariantes. Vale destacar que a vacina que temos disponível reforça a proteção contra essa linhagem da doença, por isso é importante manter a caderneta em dia e não vacilar com a Covid-19”, explica a superintendente de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do estado, Luciane Velasque.
Saúde
Três pessoas tiveram encefalite equina venezuelana no AM, diz Fiocruz

Três pessoas (dois homens e uma mulher) foram diagnosticadas com encefalite equina venezuelana, pela primeira vez, na cidade de Tabatinga (AM), na região do Alto Solimões, neste ano.
A informação foi confirmada, nesta terça-feira (26), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A entidade divulgou que o monitoramento dos casos é realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A descoberta foi feita a partir da detecção do material genético do vírus da doença pela equipe do estudo FrontFever, e divulgado para a comunidade científica neste mês.
Tabatinga (AM) fica na região da tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru.
Segundo a Fiocruz, o virologista Felipe Gomes Naveca, do Instituto Leônidas e Maria Deane, explicou que os casos foram identificados com a tecnologia de PCR em tempo real, desenvolvida na Fiocruz, seguida da confirmação por sequenciamento genético.
“Nossos achados identificam o vírus como uma causa sub diagnosticada de doença febril aguda na Amazônia brasileira”, explica.
A encefalite equina venezuelana, segundo o especialista, é uma doença viral causada por um alphavirus transmitido por mosquitos que afeta humanos e equinos.
Sequelas
A doença, que gera uma inflamação do cérebro, pode deixar sequelas variadas, dependendo da gravidade da infecção e da área afetada. De acordo com a Fiocruz, as sequelas podem ser motoras, cognitivas, comportamentais e emocionais, afetando a qualidade de vida do indivíduo.
O especialista da Fiocruz aponta, entretanto, que a maior parte dos casos se apresenta como uma doença febril sem consequências graves.
Felipe Gomes Naveca, que é chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), integra a Rede Genômica da Fundação, que foi criada inicialmente com o objetivo de liderar as pesquisas para decodificar o genoma do Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
A rede tem a missão de gerar mais dados sobre o comportamento dos vírus para um melhor preparo do país no enfrentamento da pandemia em prol de diagnósticos precisos e produção de vacinas.
* Com informações da Fiocruz
Saúde
Anvisa proíbe versões manipuladas da semaglutida, usada no Ozempic

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a manipulação da substância semaglutida, utilizada em canetas de emagrecimento como Ozempic e Wegovy e no medicamento via oral Rybelsus. Em despacho publicado na última segunda-feira (25) no Diário Oficial da União, a agência estabeleceu os critérios para importação e manipulação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) agonistas do hormônio GLP-1, usado em tratamentos de diabetes tipo 2 e obesidade.
Segundo a decisão, os insumos obtidos por via biotecnológica, caso da semaglutida, só podem ser importados para fins de manipulação se forem do mesmo fabricante registrado no Brasil.
“Atualmente, a semaglutida possui registro apenas como produto biotecnológico. Portanto, não é permitida a importação nem a manipulação da semaglutida sintética até que exista um medicamento registrado com o IFA sintético”, explicou a agência.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) considerou a proibição da manipulação da semaglutida um passo fundamental para a proteção da população brasileira “contra práticas que colocam em risco sua saúde e minam a confiança na medicina baseada em evidências”
A Novo Nordisk, detentora da patente da semaglutida e fabricante do Ozempic, do Wegovy e do Rybelsus, considera a decisão da Anvisa um benefício para a saúde pública e para os pacientes brasileiros.
“Medicamentos irregulares não oferecem garantia de pureza, dosagem correta, estabilidade ou esterilidade, podendo resultar em ineficácia do tratamento, reações adversas graves e contaminação, colocando a saúde e segurança do paciente em risco”, diz a empresa, em nota.
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Mounjaro
Na decisão, a Anvisa manteve a permissão para a manipulação da tirzepatida, outra substância utilizada no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, conhecida comercialmente como Mounjaro.
Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os riscos que levaram à proibição da semaglutida são “idênticos e igualmente graves” no caso da tirzepatida manipulada.
“A manutenção de uma proibição parcial, restrita apenas à semaglutida, abre espaço para a migração do mercado irregular para a tirzepatida manipulada, perpetuando o risco sanitário e expondo pacientes a produtos inseguros”, diz a entidade.
A SBEM solicitou formalmente que a Anvisa estenda a medida cautelar também à tirzepatida, proibindo sua manipulação em território nacional.