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Saúde

Com benefícios para a saúde, uva pode ser utilizada em receitas saudáveis

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Nutricionista ensina preparos práticos para incluir a fruta na alimentação e explica seus benefícios

 

A uva, além de saborosa, é uma fruta rica em nutrientes e benefícios para a saúde. Isso porque uma dieta rica em alimentos com polifenóis, como o caso da uva, pode reduzir em até 23% o risco de síndrome metabólica, um conjunto de alterações metabólicas e hormonais que aumentam o risco de doenças cardiovasculares. O dado é de um trabalho que integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), publicado em fevereiro no Journal of Nutrition.

A pesquisa envolveu mais de seis mil brasileiros e acompanhou, durante oito anos, sua ingestão de polifenóis — compostos bioativos conhecidos por sua ação antioxidante e anti-inflamatória — para, enfim, associá-los à proteção de problemas cardiometabólicos. Além da uva, alimentos como morango, açaí, laranja e chocolate também possuem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, ajudando a proteger contra esses problemas.

Segundo Celso Felipe Roos, profissional de nutrição do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, a uva também é uma excelente fonte de minerais como potássio, cálcio, ferro, fósforo, magnésio e zinco, além de ser rica em vitaminas A, B, C e K. “Ela ajuda na saúde do coração, melhora a circulação sanguínea, auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e promove uma pele saudável”, afirma Roos. “As fibras presentes na uva também contribuem para uma boa digestão e melhoram o funcionamento da flora intestinal”, explica.

 

Variedade de uvas e suas diferenças nutricionais
Embora todas as uvas sejam saudáveis, as diferentes variedades apresentam características nutricionais distintas. As uvas roxas e rosadas, por exemplo, são mais ricas em resveratrol, um antioxidante benéfico para a saúde do coração. Já a uva verde se destaca pela quantidade de vitamina C, essencial para o fortalecimento do sistema imunológico. “A escolha da variedade pode depender de objetivos específicos de saúde, mas, no geral, todas são boas opções”, orienta Roos.

 

Como usar uvas em receitas práticas

Além de ser consumida in natura, a uva também pode ser incorporada em diversas receitas, como saladas, iogurtes, smoothies e até sobremesas, tornando-se uma boa opção para quem busca melhorar a alimentação de maneira prática e saborosa. A seguir, o nutricionista sugere receitas fáceis e refrescantes:

 

Sorvete de uva: ótima opção de lanche para os dias quentes de verão

 

  • Ingredientes: 500g de uva congelada (qualquer variedade), 03 colheres de sopa de leite em pó (pode ser integral, desnatado ou zero lactose).
  • Modo de preparo: em um processador, coloque as uvas congeladas e o leite em pó. Processe até formar uma mistura homogênea (aproximadamente 5 minutos). Transfira para um recipiente e sirva.

 

Bombom de uva saudável: boa alternativa para matar a vontade de doce

 

  • Ingredientes: 12 uvas verdes sem sementes, 01 potinho de iogurte natural, ½ scoop de Whey (ou 2 colheres de sopa de leite em pó), 6 quadradinhos de chocolate 50% cacau.

 

  • Modo de preparo: misture as uvas cortadas ao meio com o iogurte e o whey ou leite em pó. Derreta o chocolate e despeje sobre a mistura. Leve ao congelador por 4 horas.

 

Suco de uva integral como pré-treino
O suco de uva integral também traz muitos benefícios, como os antioxidantes, mas pode ter uma maior concentração de açúcares naturais do que a fruta fresca. “Ele pode ser uma boa fonte de energia antes do treino, mas a recomendação é consumir com moderação, ajustando a quantidade às necessidades calóricas individuais”, alerta Roos.

 

Aproveitando a doçura natural da uva
Para quem busca reduzir o consumo de açúcar, a uva pode ser uma excelente alternativa para adoçar receitas de forma natural. “Você pode usá-la para adoçar smoothies, bolos e geleias caseiras, sem a necessidade de adicionar açúcar refinado. As uvas passas também são ótimas para substituir o açúcar em pães e biscoitos, oferecendo um toque doce e nutritivo”, sugere o nutricionista.

 

Moderação no consumo
Embora a uva seja uma fruta saudável, pessoas com diabetes devem monitorar o consumo devido ao seu teor de açúcares naturais. Além disso, quem tem alergia ou intolerância deve evitar a fruta. “Moderação também é recomendada para evitar desconforto digestivo, especialmente se consumida em grande quantidade”, finaliza Roos.

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Saúde

Cuidado cardiovascular deve fazer parte do acompanhamento do diabetes

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O cuidado no acompanhamento de pacientes com diabetes não pode se resumir ao controle da glicose. Membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Bruno Bandeira destaca que as complicações da doença podem estar fortemente ligadas a problemas cardiovasculares, criando quadros desafiadores para a qualidade de vida dos pacientes.

“O que mais preocupa não é só a glicose alta. O diabetes anda de mãos dadas com pressão elevada e com colesterol alto, o que aumenta o risco de infarto, de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Diabetes é uma das principais causas de hemodiálise. Muita gente só descobre a doença quando já existe a complicação grave. A doença gera sofrimento, incapacita e sobrecarrega o sistema de saúde. Por isso, a prevenção é tão urgente”, afirma Bandeira.

O cardiologista é um dos editores do manual “Diabetes e Doença Cardiovascular”, que será lançado no 42º Congresso de Cardiologia, que ocorre entre os dias 8 e 9 de maio, no Expo Mag, no centro do Rio de Janeiro. O manual trata, em oito capítulos, de uma visão ampla sobre diagnóstico, estratificação de risco, individualização terapêutica, impacto das comorbidades e estratégias práticas de acompanhamento dos pacientes. O material será disponibilizado no site da Socerj após o lançamento.

“O novo manual surge como uma ferramenta fundamental para o médico que está na linha de frente e para o médico da atenção primária, que é aquele que é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde”, explica o editor, que descreve de que forma essa ajuda se dá: “oferecendo orientações claras sobre como realizar a avaliação clínica, rastrear complicações cardiovasculares — que são algumas das mais graves consequências do diabetes — e escolher o tratamento mais adequado, seja ele farmacológico ou cirúrgico”.

Novos medicamentos

Na visão do cardiologista da Socerj, o advento de novas drogas para o tratamento do diabetes, com impacto comprovado na redução do risco cardiovascular, trouxe perspectivas transformadoras para a abordagem terapêutica integrada. Segundo Bandeira, esses novos medicamentos mudam a lógica do tratamento. O foco deixa de ser apenas o controle da glicose e passa a ser o paciente como um todo, ao tratar o diabetes tentando evitar um possível problema cardíaco.

“As novas drogas para o tratamento do diabetes são uma revolução silenciosa na medicina. Estamos falando de potentes medicamentos chamados de inibidores da SGLT2 (cotransportador de glicose sódica 2), os agonistas do GLP1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1) muito importantes hoje na prática médica. Esses remédios ajudam controlar a glicose e, ao mesmo tempo, protegem o coração e os rins. Ou seja, os mecanismos de ação são múltiplos. Hoje, até se fala de redução do risco de Alzheimer”, diz Bandeira.

O médico especialista também cita medicamentos com as substâncias empagliflozina e dapagliflozina que são orais. “A dapagliflozina, hoje, está sendo liberada gratuitamente para pacientes diabéticos acima de 65 anos no SUS. Também temos a semaglutida, que é um medicamento subcutâneo, uma das canetas para emagrecimento, mas que na verdade serve para o controle do diabetes. Em pacientes obesos, reduz também o peso”.

 

 Anvisa aprova a Awiqli, primeira insulina semanal para tratar diabetes 1 e 2. Foto: Awiqli/Divulgação – Awiqli/Divulgação

Desafio de saúde pública

O subcoordenador do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Saulo Cavalcanti, também acredita que o diabetes é um dos maiores desafios da saúde, não só no Brasil, como no mundo.

“Embora a doença seja conhecida desde 1.500 antes de Cristo, ainda hoje uma pessoa morre a cada sete segundos no mundo por complicações causadas pelo diabetes, segundo a Federação Internacional de Diabetes”, disse Cavalcanti.

O endocrinologista acrescenta que a falta de esclarecimento sobre a doença, o custo elevado do tratamento e a baixa aderência dos pacientes dificultam a superação desse desafio.

A prevalência de diabetes no país é de 10,2% da população, representando cerca de 20 milhões de pessoas, de acordo com a pesquisa Vigitel Brasil 2023 ─ Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Esse número representa aumento em comparação a 2021, quando a taxa era de 9,1%. O levantamento mais recente também revela que o diagnóstico da doença é mais comum entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%)

De acordo com o subcoordenador do Departamento de Diabetes da SBEM, o diabetes tipo 1 responde por 8% dos casos, e o tipo 2, por 90%. “Por estarem assintomáticos, apenas cerca de 45% deles [pacientes do tipo 2] sabem que são diabéticos, e não fazem tratamento. O diabetes causa lesões em vários órgãos como coração, rins, cérebro e olhos. A maioria dos diabéticos chega para o médico em fases avançadas da doença com prognóstico pior. Diabetes não tem cura, tem controle”.

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Saúde

Casos de malária no Brasil caem 26% no primeiro trimestre de 2025

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© Alex Pazuello/Secom

O Brasil registrou uma redução de 26,8% nos casos de malária contabilizados entre janeiro e março deste ano, quando foram identificados 25.473 casos da doença, contra 34.807 casos no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Ministério da Saúde em razão do Dia Mundial da Malária.

Segundo a pasta, o número de óbitos pela doença no país também apresentou queda, de 27%, no primeiro no período entre 2023 e 2024. Foram contabilizadas 43 mortes no ano passado, frente às 63 registradas no ano anterior..

Dados do ministério apontam ainda a redução no número de casos da doença em três das cinco áreas especiais de vigilância em 2024. Nas áreas de garimpo, houve queda de 27,5%, e, nas de assentamento, de 11%.

“A separação por áreas é uma estratégia de acompanhamento dos casos, uma vez que a malária é uma doença determinada socialmente, ou seja, que afeta mais pessoas em áreas de maior vulnerabilidade social”, informou a pasta.

O levantamento mostra que 99% dos casos da doença estão concentrados na região amazônica, abrangendo os seguintes estados: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Novas tecnologias

Em evento na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou o compromisso brasileiro de eliminar a malária e a importância de novas tecnologias para combater a doença, incluindo o uso ampliado de testes rápidos e a adoção do antimalárico tafenoquina.

“Treinamos quase 3 mil profissionais, tratamos mais de 7 mil pessoas, e a meta é ampliar o acesso em todo o país até 2026”, destacou Padilha.

A tafenoquina é classificada pela pasta como um medicamento inovador de dose única. O fármaco é indicado para a cura da malária causada pelo Plasmodium vivax, parasita responsável por mais de 80% dos casos da doença em 2024.

O tratamento, de acordo com o ministério, reduz os casos graves e a mortalidade por malária e já foi implementado em 49 municípios de seis estados – Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Amapá e Acre – e em nove Distritos Sanitários Indígenas (DSEi).

A previsão é que, em maio, o medicamento será implantado na região extra-amazônica e, em junho, em duas áreas do Mato Grosso.

Ainda segundo a pasta, uma versão pediátrica da tafenoquina está em processo de incorporação junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), com parecer favorável em avaliação inicial feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

“A recomendação inicial vai à consulta pública nos próximos dias e retorna para a análise final da comissão.”

Em relação à vigilância epidemiológica, o ministro chamou atenção para os casos de malária fora da Amazônia. “Embora o número de casos seja menor fora da região amazônica, a letalidade é mais alta. Por isso, vamos implementar um sistema de vigilância específico para os estados com registros fora da Amazônia. É preciso criar alertas e ações direcionadas para esses territórios”.

*Matéria alterada às 13h35 para correção do período de comparação no segundo parágrafo.

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Saúde

Falta de diagnóstico é obstáculo para eliminação da malária no Brasil

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© Prefeitura de Caraguatatuba

Um dos grandes entraves para a eliminação da malária é a falta de diagnóstico adequado, alerta o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária da Fundação Oswaldo Cruz, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro. Na última sexta-feira (25), por ocasião do Dia Mundial da Malária, o Ministério da Saúde divulgou que os casos comprovados da doença caíram 26,8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, foram 25.473 registros em apenas três meses.

Daniel-Ribeiro compõe o comitê de especialistas que assessora o governo federal nas ações de controle da doença e considera que as metas de reduzir em 90% os novos casos até 2030 e eliminar a transmissão no país até 2035 são factíveis, desde que a vigilância seja fortalecida em todo o Brasil.

“Embora 99% dos casos de malária ocorram na Amazônia, o mosquito transmissor da doença vive em 80% do território nacional. Então, a malária é um problema fora da Amazônia também, porque hoje as pessoas têm grande facilidade para se locomover, inclusive da Amazônia para a área extra-amazônica, ou vindo de outras áreas endêmicas, como a África, pro Brasil”, reforça o imunologista.

A malária é causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos a partir da picada do mosquito Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego. Um viajante infectado pode demorar até 30 dias para manifestar sintomas e se tornar uma fonte de novas infecções, ao ser picado por fêmeas do mosquito, que vão sugar o protozoário junto com o sangue, e transmiti-lo para outras pessoas.

Além disso, pessoas infectadas pela primeira vez tendem a desenvolver quadros mais graves, com chance maior de morte, por não terem nenhuma imunidade contra a doença. Por isso, Daniel-Ribeiro reforça a importância do diagnóstico adequado:

“É preciso que os médicos fora da Amazônia tenham consciência de que um sujeito com febre, dor de cabeça, sudorese e calafrios, pode ter malária”.

Quase todos os casos registrados no Brasil são causados por duas espécies de Plasmodium, a vivax e a falciparum. A primeira tem maior potencial de infecção, e responde por 80% dos casos, mas a segunda representa maior risco de morte. Antes de eliminar totalmente a transmissão, o Brasil também espera acabar com as infecções pelo Plasmodium falciparum até 2030.

 

O especialista da Fiocruz explica que a pessoa infectada pelo plasmodium vivax já pode transmitir a doença a partir do primeiro dia, enquanto aquela infectada por falciparum só desenvolverá a forma infecciosa do protozoário após sete dias de contaminação.

Então, se você tratar rapidamente a malária, você não deixa aquele indivíduo infectar novos mosquitos. Mas se não fizer o diagnóstico rápido e não correr para a região onde ele foi infectado para fazer ações de bloqueio de transmissão, você pode ter um novo surto ou até a reimplantação da malária em um lugar onde ela já foi eliminada”, ele complementa.

Hoje em dia, os serviços de saúde contam com remédios bastante eficazes para tratar a malária e interromper a cadeia de transmissão, além de testes de diagnóstico rápido, que podem ser realizados com apenas uma gota de sangue. Mas, há um grande desafio no horizonte: as mudanças climáticas.

“A gente eliminou muito mais rapidamente a malária na Europa e na América do Norte, também porque o mosquito e o próprio plasmodium tem uma sensibilidade maior ao clima temperado. Então, se você aquecer demais a temperatura, a gente pode ter a reimplatação da malária em áreas onde ela já foi eliminada. E não há dúvida nenhuma que as alterações climáticas podem facilitar o desenvolvimento e o aumento da transmissão em áreas onde a doença ainda existe, porque as condições ambientais vão dificultar o controle do mosquito”

 

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