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Com humor e leveza, espetáculo Sem Registro – Uma Performance Paterna aborda os impactos do abandono familiar do pai

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Fotos: Guga Millet

Mesclando autoficção, depoimentos reais e dados estatísticos sobre ausência paterna, o espetáculo Sem Registro – Uma Performance Paterna, de Victor Albuquerque com direção de Chia Rodriguez, aborda a construção da masculinidade de uma maneira leve e bem-humorada. O solo estreia no Espaço Cênico Ademar Guerra, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na quinta-feira, dia 25 de janeiro, às 20h.
A temporada continua até domingo, dia 18 de fevereiro, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h e 20h. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados na bilheteria uma hora antes do início da peça.

Idealizador do espetáculo, Albuquerque tem uma filha de 18 anos e, segundo ele, já passou a maior parte da vida sendo pai do que não sendo. Por isso, refletir sobre a paternidade é uma constante no seu dia a dia. Ainda mais porque ele teve um pai ausente.
“O tempo inteiro eu vivo esse reflexo da minha relação com meu pai espelhada na minha relação com a minha filha. Quer dizer, busco sempre transformar aquilo que não deu certo com meu pai em algo que funcione com a minha filha, me afastando do padrão do abandono”, comenta Albuquerque.

Em cena, o protagonista tenta entender por que os homens têm tanta facilidade de abandonar as suas famílias. “Ao longo da narrativa, ele transita pelas memórias da ausência paterna. Mas não queremos apresentar um trabalho pesado e centrado na dor. É para ser uma dramédia que, inclusive, flerta com o stand up comedy e tem a colaboração de Marco Gonçalves”, conta a diretora.
Embora o foco da peça seja a paternidade, de acordo com Chia, é impossível abordar esse assunto sem questionar a visão tradicional da masculinidade. “Nossa intenção é mostrar que não existe uma única maneira de ser homem. Não é preciso mais ser durão e ter medo de demonstrar sentimentos e carinho”, completa Chia. Para Victor, todo esse processo foi libertador.
Entre os referenciais para a criação do texto estão os livros Seja homem: a masculinidade desmascarada (2020), de JJ Bola; Homens justos: do patriarcado às novas masculinidades (2021), de Ivan Jablonka; Cartografias da masculinidade (2021), organizado por Pedro Ambra; Carta ao pai (1919), de Franz Kafka; Conversas com meu pai + Stabat Mater, uma trajetória de Janaina Leite, de Janaina Leite e Alexandre Dal Farra.

Sobre a encenação
Chia Rodriguez quis criar um jogo de luz e sombras em Sem Registro – Uma Performance Paterna. Dessa forma, a iluminação de Gabi Souza levou essa ideia em consideração. Segundo Victor, isso é para potencializar a ideia do abandono, mostrando que, apesar de tudo, aquele pai acaba presente, mesmo estando distante, já que existe um impacto na vida do filho.
“Estamos chamando a peça de um plano sequência, porque ela constrói uma espécie de simulação. O protagonista vive as experiências e as narra. Por isso, ele manipula a luz e os elementos do cenário, quase como se estivesse em um set de filmagem”, detalha Chia.
Por fim, a direção musical de Dani Nega está focada em dar ritmo e musicalidade à fala do Victor. A atriz e MC premiada é parceira de importantes grupos de teatro como O Crespos, Coletivo Negro e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.

Sobre Victor Albuquerque
Ator, produtor e roteirista formado pela CAL e Roteiraria, Victor faz parte do grupo teatral Os Inclusos e os Sisos, premiado pela ONU por sua abordagem inclusiva.
Com mais de 15 anos de experiência, o artista se destacou em diversos espetáculos, como “Um Amigo Diferente”, “Histórias do Final da Fila” e “Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho”.
Também participou do filme “Alfazema”, premiado em festivais como o Festival de Brasília e o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. Sua trajetória artística reflete seu talento versátil e compromisso com a qualidade e diversidade nas artes.

Sobre Chia Rodriguez
Atriz, diretora de teatro e professora de atuação, Chia tem uma carreira de 15 anos no campo das artes cênicas.
Formada em Artes Cênicas pela CAL e em Artes Dramáticas pela UniverCidade, Chia também possui especialização em Artes da Cena pela UFRJ.
Ao longo de sua trajetória, ela idealizou e dirigiu diversos projetos teatrais, como “Miss Eloquência”, “Cenas AFORA” e “Talvez uma história de amor”. Também atuou como assistente de direção de Christiane Jatahy e ministrou aulas de atuação em renomadas escolas de teatro no Rio de Janeiro.

Sinopse
Um jogo cênico não linear mescla autoficção, depoimentos reais e dados estatísticos em um ambiente fabular. O espetáculo aborda as complexidades das relações familiares, explorando o impacto da ausência paterna e a busca por quebrar o ciclo de abandono.
Durante essa trajetória, testemunhamos como um filho, que cresceu com um pai ausente, confronta seu passado e se esforça para se tornar uma figura paterna diferente.

Ficha Técnica
Concepção: Victor Albuquerque e Chia Rodriguez
Direção: Chia Rodriguez
Assistente de direção: Sarah Lessa
Atuação: Victor Albuquerque
Participação Especial: Elenir Ribeiro
Dramaturgia: Rita Batata, Chia Rodriguez e Victor Albuquerque
Cenografia e Direção de Arte: Rafael Fassani
Figurino: Joana Porto
Desenho de Luz: Gabriele Souza
Operação de Luz: Nayka Alexandre
Trilha Sonora: Dani Nega
Operação de Som: Bruna Moreti
Designer Gráfico: Raquel Alvarenga
Direção de Movimento: Fabricio Licursi
Preparação Corporal e Pesquisa de dispositivos Cênicos: Thiago Amaral
Consultoria de Comédia: Marco Gonçalves
Visagismo: Diego Nardes
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal aberto
Direção de Produção: Victor Albuquerque e Wemerson Nunes
Produção Executiva: Wemerson Nunes – WN Produções
Assistente de Produção: Murilo Palma
Realização: Associação dos Artistas e Amigos da Praça e WN Produções

SERVIÇO

Sem Registro – Uma Performance Paterna
De 25 de janeiro a 18 de fevereiro, com sessões de quinta a sábado*, às 20h, e, aos domingos, às 18h e 19h
*No sábado 17/02, haverá sessão também às 18h
** Não haverá espetáculo no carnaval
Local: Espaço Cênico Ademar Guerra – Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade
Ingressos: gratuitos | Retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos

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Teatro

Jonathan Nemer apresenta show Existe Vida Após o Casamento neste sábado no Teatro RioMar

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Crédito: Divulgação.
Crédito: Divulgação.

Se antes a preocupação era saber como namorar, agora a pergunta mudou: existe vida após o casamento? Jonathan Nemer volta aos palcos com um show inédito, trazendo toda a comédia e as verdades afiadas que ninguém contou sobre a vida a dois. O comediante se apresenta neste sábado (05/07), às 20h, no Teatro RioMar Recife.

Você já se perguntou como é a vida depois do “felizes para sempre”? Todo mundo sonha com o casamento perfeito, mas ninguém avisa que junto com a aliança virão as senhas de celular, discussões sobre toalha molhada na cama e a eterna dúvida: “você está brava”? seguido do clássico “não!”.

Para os solteiros que acreditam que o casamento é um conto de fadas, este show de Jonathan Nemer pode salvá-los. Para os casados, a apresentação pode render boas risadas do caos ao entender que certas coisas não acontecem apenas nas casas deles. Para os enrolados, o alerta é que é melhor assistir logo antes que seja tarde.

O novo espetáculo de Jonathan Nemer, intitulado “Existe Vida Após o Casamento”, é um show para quem ama, para quem já amou e para quem está quase desistindo de amar. Os ingressos custam a partir de R$ 55 e podem ser adquiridos na bilheteria e no site do Teatro RioMar (www.teatroriomarrecife.com.br) ou através do app do RioMar Recife.

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Elisa Neves: a promessa carioca que brilha no palco do Bolshoi Brasil

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Elisa Neves no palco - Foto: Vanderléia Macalossi
Elisa Neves no palco - Foto: Vanderléia Macalossi

Jovem bailarina marcou presença na comemoração dos 25 anos do Bolshoi no Brasil e vive a expectativa de novos desafios

 

A aluna da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Elisa Neves, já viveu neste início de ano emoções que muitas pessoas lutam por anos para alcançar — e nem sempre conseguem. Com apenas três anos de estudos na instituição, Elisa já teve a oportunidade de apresentar seu talento em festivais e eventos especiais.

E não para por aí. A jovem também participa dos espetáculos semanais da escola, intitulados Sexta com Arte. Recentemente, foi divulgado o elenco que irá se apresentar no espetáculo O Lago dos Cisnes durante a abertura do Festival de Dança de Joinville. Elisa ficou como bailarina reserva — um reconhecimento importante que mostra que ela já está entre os nomes observados de perto pela equipe artística da escola.

Mas estar entre os bailarinos de uma escola de balé reconhecida mundialmente exige muitos sacrifícios. “O maior deles foi se afastar, tão nova, do convívio com a família no Rio de Janeiro e se mudar para Joinville”, conta Elaine Neves, mãe de Elisa, que acompanhou a filha nessa mudança. “Foi um momento difícil para a Elisa e para toda a família. Ela teve que deixar a escola, os amigos, os professores que sempre acreditaram no talento dela. Não foi fácil, mas me impressionou a forma como ela lidou com tudo isso e como o amor pelo balé a ajudou a aceitar essa transformação”, completa. 

 

Com três anos de aprendizado e dedicação intensa, Elisa vê seus sonhos se tornando cada vez mais concretos. “Continuo sonhando e sei que esses sonhos vão me levar até o meu objetivo: ser uma bailarina completa. Tenho certeza de que a paixão que sinto pela dança vai me tornar uma bailarina ainda melhor”, finaliza.

 

 

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Será Portugal um mercado rentável para as casas de apostas?

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https://unsplash.com/pt-br/fotografias/pessoas-na-pista-de-patinacao-no-gelo-mRyMi1qsdqs
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A viabilidade financeira das casas de apostas Portugal é uma questão complexa, influenciada por uma multiplicidade de fatores interligados. A regulamentação do mercado, o panorama competitivo, a estrutura de custos operacionais e a evolução das tendências das apostas online são elementos cruciais a considerar.

Embora exista um potencial de rentabilidade, o sucesso está longe de ser garantido e depende em grande medida de uma gestão estratégica e de um profundo conhecimento do contexto português.

Como é composto o mercado de apostas em Portugal?

O setor do jogo em Portugal é altamente regulado, com o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) como a principal autoridade. Este organismo é responsável por assegurar a integridade do jogo, proteger os consumidores e combater a atividade ilegal.

Para operar legalmente, as casas de apostas necessitam de uma licença, um processo que tende a ser longo e dispendioso. Estas licenças impõem condições rigorosas sobre as plataformas de jogo, a solvência financeira e o cumprimento das normas de jogo responsável.

O investimento inicial significativo para obter a licença e estabelecer uma operação legal constitui uma barreira de entrada considerável.

Uma vez obtida a licença, o principal desafio para as casas de apostas reside em atrair e reter clientes num mercado altamente competitivo. Portugal tem uma longa história no jogo, com uma forte presença de lotarias e casinos estatais.

Como tem evoluído o mercado português?

O crescimento das apostas online intensificou a concorrência, permitindo aos utilizadores aceder a uma vasta gama de plataformas internacionais. Para se destacarem, as casas de apostas devem oferecer odds competitivas, uma ampla variedade de opções de aposta (desporto, jogos de casino, póquer) e uma experiência de utilizador intuitiva.

O marketing e a publicidade são fundamentais, embora também estejam sujeitos a controlos rigorosos para prevenir o jogo excessivo ou irresponsável.

A rentabilidade de uma casa de apostas assenta no “percentual de retenção” (hold percentage), que representa o lucro teórico esperado de todas as apostas. Este valor já está incluído nas odds oferecidas e, embora varie consoante o jogo ou evento, a casa mantém sempre uma vantagem estatística. No entanto, essa vantagem teórica nem sempre se traduz em lucros reais.

Pontos contra as casas de apostas no país?

Fatores como pagamentos elevados a apostadores sortudos, erros na definição de odds ou até apostadores profissionais que exploram ineficiências do mercado podem impactar negativamente os resultados financeiros de uma casa de apostas.

Os custos operacionais são outro fator determinante. Além das taxas de licença, as casas de apostas enfrentam despesas substanciais com tecnologia, segurança, informática, apoio ao cliente, marketing e recursos humanos.

As casas de apostas físicas enfrentam ainda custos adicionais como renda, serviços públicos e manutenção de instalações. As plataformas de apostas online, embora não tenham presença física, requerem um investimento considerável em servidores, desenvolvimento de software e sistemas de segurança robustos para proteger os dados e fundos dos clientes.

O mercado português apresenta tanto oportunidades como desafios. O futebol é, de longe, o desporto mais popular para apostas e representa uma parte significativa do mercado. Compreender as preferências locais e adaptar a oferta pode ser uma vantagem competitiva.

No entanto, o tamanho relativamente pequeno da população portuguesa, em comparação com outros mercados europeus maiores, implica um número limitado de clientes potenciais, o que pode restringir as possibilidades de crescimento exponencial.

Formas de proteger o apostador

As iniciativas de jogo responsável são também fundamentais para a sustentabilidade e rentabilidade a longo prazo das casas de apostas. Os reguladores em Portugal, tal como noutros países, estão cada vez mais focados na proteção de pessoas vulneráveis à dependência do jogo.

Isto inclui programas de auto exclusão, limites de depósito e perda, e avisos claros sobre os riscos associados ao jogo. Embora estas medidas sejam essenciais para a proteção do consumidor, também podem afetar as receitas das casas de apostas ao limitar os gastos dos utilizadores.

Ainda assim, uma abordagem responsável pode fomentar a confiança e a lealdade, conduzindo a uma base de clientes mais estável a longo prazo.

A transição para as apostas online tem sido uma tendência global e particularmente forte em Portugal. As plataformas online oferecem conveniência, acessibilidade e uma ampla gama de opções de aposta, atraindo um número crescente de utilizadores.

Para as casas de apostas tradicionais com presença física, adaptar-se a esta transformação digital é crucial. Muitas lançaram as suas próprias plataformas online ou estabeleceram parcerias com operadores existentes para manterem a sua relevância e captarem uma fatia do mercado digital.

Adicionalmente, a situação económica de Portugal pode influenciar os gastos dos consumidores em jogos de azar. Em períodos de crescimento económico, as pessoas tendem a dedicar mais rendimentos ao lazer, incluindo as apostas como na Betfair. Pelo contrário, em tempos de recessão, o consumo discricionário diminui, afetando as receitas das casas de apostas.

Conclusão

Em suma, embora exista um potencial de rentabilidade para as casas de apostas Portugal, o caminho para o sucesso exige um esforço considerável.

O êxito depende da capacidade de navegar num ambiente altamente regulado, oferecer uma proposta de valor atrativa num mercado competitivo, gerir eficazmente os custos e adaptar-se às preferências dos utilizadores e aos avanços tecnológicos.

Não é um caminho garantido para a riqueza, mas para empresas bem geridas e com uma estratégia sólida, as casas de apostas em Portugal podem gerar lucros, contribuindo para a economia do país e oferecendo entretenimento à população.

A chave está em encontrar o equilíbrio entre a geração de receitas e a promoção do jogo responsável, aliado a um profundo conhecimento do mercado português.

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