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Internacional

Comissária defende energia nuclear como solução para desafio africano

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Amani Abou Zeid
© Amani Abou-Zeid/

A comissária da União Africana para Infraestruturas e Energia, Amani Abou-Zeid, afirmou que a energia nuclear “tem um enorme papel a desempenhar no futuro sistema energético africano”, podendo contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do continente.

“O acesso à energia é um pré-requisito fundamental à realização dos objetivos [conjuntos] de transformação econômica e social dos países da África”, disse a comissária ao participar, na sexta-feira, de evento paralelo à 37ª Cúpula da União Africana, aberta neste sábado (17), em Adis Abeba, Etiópia.

Segundo Amani, a energia nuclear oferece uma solução viável para os desafios energéticos africanos, como a necessidade de mais investimentos, a baixa capacitação técnica e a consequente precariedade do serviço de fornecimento de energia elétrica – debilidade que, de acordo com a comissária, resulta na exclusão de mais de 600 milhões de pessoas em todo o continente que não têm acesso a fontes confiáveis.

“Os baixos níveis de infraestrutura e de acesso a serviços energéticos modernos no continente significam que África terá de acelerar seus meios de implementação e fortalecer os principais pilares [para desenvolvimento do setor], que incluem financiamento, tecnologias, competências, políticas e regulamentações, além de promover a integração regional”, acrescentou Amani.

A comissária classificou de “paradoxo” o fato de o continente deter quase 20% das reservas mundiais de urânio e responder por apenas 0,6% do consumo global da eletricidade obtida a partir da energia nuclear. Entre os 54 países africanos, apenas a África do Sul tem uma central nuclear, com cerca de 1800 mW de capacidade, o que, de acordo com Amani, representa 5% do fornecimento energético sul-africano anual.

Ela disse que seu papel na comissão é liderar e defender políticas e mobilizar recursos para os países africanos melhorarem o acesso moderno à energia. Amani apelou aos países africanos que se unam para promover “mudanças radicais” na infraestrutura continental, levando em conta a “crescente convergência entre os objetivos energéticos e as metas de enfrentamento às mudanças climáticas globais”.

Para a África, o objetivo a longo prazo é manter a trajetória de exploração de fontes de energia de baixo carbono, incluindo energias renováveis, gás natural, hidrogênio verde e energia nuclear, defendeu Amani, ao comentar que o Egito já anunciou a construção de uma central nuclear no país. Enquanto isso, os governos da Nigéria, Argélia, de Gana e do Marrocos manifestam interesse de seguir pelo mesmo caminho, acrescentou.

“É encorajador que vários outros países [africanos] estejam [pretendendo] avançar para a energia nuclear num futuro próximo”, comemorou Amani, ao lembrar que há anos a União Africana vem encorajando os países-membros a pensarem formas de empregar a energia nuclear em seus projetos de transição nergética e, ao mesmo tempo, promoverem a cooperação regional.

“Se aproveitada de forma adequada, a energia nuclear é um recurso energético limpo em emissões de carbono […] mas devemos desenvolver as competências e capacidades para identificar as tecnologias apropriadas, implementar as políticas necessárias e utilizá-las. Dada a complexidade e sensibilidade das tecnologias nucleares, são necessárias competências e conhecimentos especializados ao longo de toda a cadeia de valor.” Além disso, é preciso abordar questões sociais, políticas, de segurança e proteção; de eliminação de resíduos associadas ao uso”, finalizou a comissária, reconhecendo que muita gente, incluindo líderes políticos, ainda tem dúvidas quanto à segurança e temem a possibilidade da tecnologia ser indevidamente aplicada para fins militares.

Cúpula

A 37ª Cúpula da União Africana começou, oficialmente, nesta madrugada, na Etiópia. O evento reúne os principais líderes políticos do continente africano, com a expectativa de discutir e aprovar medidas conjuntas sobre segurança regional e de resposta a crises humanitárias decorrentes de guerras, conflitos e alterações climáticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do evento, acompanhado por uma comitiva brasileira. Em discurso na abertura da cúpula, Lula disse que o Brasil se dispõe a desenvolver programas educacionais na África e a promover o intercâmbio entre pesquisadores e professores, colaborando para que o continente se torne independente na produção de alimentos e de energia limpa.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também discursaria durante a cerimônia de abertura da cúpula, mas teve problemas com o voo que pegaria em Munique, na Alemanha, onde participava de uma conferência de segurança, e foi obrigado a cancelar sua participação.

 

Fonte: Agência Brasil

Editora e criadora da Rede Brasileira de Notícias. Fazendo também parte da redação do Imprensabr. Sempre com comprometimento com a imparcialidade na informação.

Internacional

Paulo Goulart Filho reestreia em nova profissão como corretor de imóveis de luxo em Orlando, sem abrir mão da carreira artística

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Paulo Goulart Filho reestreia em nova profissão como corretor de imóveis de luxo em Orlando, sem abrir mão da carreira artística
Divulgação

Após mais de quatro décadas dedicadas às artes, o ator Paulo Goulart Filho inicia uma nova jornada como corretor de imóveis de luxo nos Estados Unidos, conciliando a nova função com seus projetos no teatro

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Paulo Goulart Filho, ator e coreógrafo de renome com uma trajetória artística consolidada no Brasil, está vivendo uma nova fase em sua vida profissional. Atualmente radicado em Orlando, na Flórida, ele abraça uma nova atividade como corretor de imóveis de luxo, somando à sua experiência de palco e tela o desafio de atuar no competitivo mercado imobiliário dos Estados Unidos.

Com uma sólida carreira de mais de 40 anos no teatro, na televisão e no cinema, Paulo traz consigo o legado artístico dos pais, Paulo Goulart e Nicette Bruno. Agora, ele utiliza a comunicação e o carisma que o consagraram no mundo das artes para oferecer um atendimento personalizado a brasileiros e estrangeiros que buscam investir em imóveis de alto padrão em Orlando, uma das cidades mais procuradas por investidores internacionais.

Apesar do novo foco no mercado imobiliário, Paulo Goulart Filho faz questão de reforçar que a carreira artística continua a todo vapor. Ele seguirá se dedicando a projetos como ator e diretor, conciliando as duas áreas. “Minha essência é artística, e nunca vou deixar de atuar. Essa nova fase é um complemento, uma forma de ampliar meus horizontes e trazer novas experiências para minha vida profissional e pessoal”, afirma.

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Paulo Goulart Filho

O mercado imobiliário em Orlando, impulsionado pelo turismo, parques temáticos e alta qualidade de vida, oferece inúmeras possibilidades para quem deseja investir em imóveis de luxo, seja para moradia, férias ou negócios. Com a habilidade de criar conexões genuínas e seu forte espírito empreendedor, Paulo promete entregar um atendimento diferenciado, estabelecendo uma ponte entre o público brasileiro e as melhores oportunidades nos Estados Unidos.

Além de seu trabalho como corretor, Paulo planeja usar as redes sociais para compartilhar conteúdos sobre o mercado imobiliário, dicas de investimentos e insights sobre a vida em Orlando, buscando inspirar e informar quem deseja expandir seus negócios no exterior.

Essa nova etapa mostra que Paulo Goulart Filho segue fiel a uma de suas principais características: a capacidade de se reinventar. Somando suas atividades no mercado imobiliário com seus projetos artísticos, ele reforça que é possível explorar diferentes paixões sem abrir mão de suas raízes. “A vida é feita de desafios, e eu gosto de abraçá-los. Continuo sendo ator, mas agora com novas histórias para contar — e algumas delas se passarão aqui, em Orlando.”

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Paulo Goulart Filho em Orlando

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Internacional

Trump defende vistos para profissionais qualificados e reforça importância da imigração legal

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Trump defende vistos para profissionais qualificados e reforça importância da imigração legal
Trump e Musk

Já em janeiro, Donald Trump assume novamente a presidência dos Estados Unidos, um dos países mais procurados por imigrantes de todo o mundo, incluindo muitos brasileiros. Reconhecido por oferecer segurança e oportunidades de trabalho, o país continua sendo um destino preferido para aqueles que buscam uma nova vida, especialmente diante das incertezas econômicas e sociais enfrentadas no Brasil.

Para empresas e indivíduos que desejam se regularizar ou aproveitar oportunidades no território americano, o cenário permanece promissor, desde que as regras legais sejam seguidas. O Dr. Vinicius Bicalho, especialista em imigração e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), destaca: “A força da imigração na economia americana é inegável, e não há indícios de que o governo queira enfraquecer isso. O foco está na segurança e no combate a práticas ilegais, mas a contribuição positiva dos imigrantes é reconhecida.”

Em entrevista ao New York Post, Trump reafirmou seu apoio aos vistos de trabalho para profissionais qualificados, como o H-1B, utilizado por muitas empresas americanas para contratar estrangeiros especializados. “Sempre gostei dos vistos”, disse ele. “Sempre fui a favor dos vistos.” Trump também mencionou que muitos funcionários em suas propriedades trabalham sob o programa H-1B, ressaltando sua importância para setores estratégicos da economia.

Recentemente, líderes do setor de tecnologia, como Elon Musk, reacenderam o debate sobre a necessidade de atrair talentos de alto nível para os Estados Unidos. Musk, um dos maiores doadores individuais na eleição de Trump, defende a valorização de profissionais estrangeiros qualificados, o que o alinha com a visão apresentada pelo presidente eleito.

O posicionamento de Trump sugere um esforço para equilibrar a retórica populista de sua base de apoio com as demandas econômicas de setores cruciais. Para muitos brasileiros, essa abertura aos talentos estrangeiros reforça a possibilidade de construir um futuro nos Estados Unidos, desde que alinhado às normas e regulamentações locais.

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Internacional

Eleições nos EUA: Imigração entre os cinco principais temas dos discursos

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Eleições nos EUA: Imigração entre os cinco principais temas dos discursos
Kamala e Trump

Estamos a menos de dez dias de descobrir quem ocupará a Casa Branca: Trump ou Kamala Harris. A disputa acirrada atrai olhares do mundo todo, e os eleitores norte-americanos analisam com atenção as declarações e posturas dos candidatos. Ao longo da campanha, cinco temas dominaram a agenda de ambos: economia, imigração, aborto, relações internacionais e meio ambiente.

Para nós, brasileiros, o tema da imigração reveste-se de particular importância. Milhares de brasileiros buscam oportunidades de vida nos Estados Unidos a cada ano, seja por meio de processos legais ou, em alguns casos, de maneira não documentada. O impacto das políticas de imigração na vida desses imigrantes pode ser profundo, especialmente quando um dos candidatos, Donald Trump, coloca a situação na fronteira com o México como prioridade máxima. Durante seu primeiro mandato, ele prometeu construir um muro para reforçar a segurança fronteiriça, e agora, em sua nova campanha, ele propõe a maior operação de deportação de imigrantes ilegais da história americana.

Do lado democrata, Kamala Harris mantém uma postura cautelosa. Embora se oponha à retórica inflamada de Trump, Harris apoia uma abordagem firme, defendendo que aqueles que cruzam ilegalmente a fronteira enfrentem consequências legais. Ela também demonstrou apoio a um projeto de lei de Biden que visa endurecer certas medidas migratórias, com maior investimento em barreiras físicas na fronteira.

Especialistas como o Dr. Vinicius Bicalho, advogado de imigração e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), apontam que, para quem busca imigrar legalmente, o cenário pouco muda independentemente de quem vencer a eleição. “É crucial reconhecer que os imigrantes que seguem os processos legais são uma peça-chave para o sucesso econômico dos EUA”, afirma o Dr. Bicalho. Ele acrescenta que esses imigrantes “trazem habilidades inovadoras, criam empresas e impulsionam a inovação em diversos setores da economia americana”.

O Dr. Bicalho também ressalta a diversidade de opiniões entre imigrantes legais quanto às propostas de cada candidato. “É interessante notar que os imigrantes legais se dividem entre ambos os lados. Medidas mais rígidas tendem a focar na imigração ilegal, e muitos brasileiros, por exemplo, preferem as políticas de Trump, enquanto outros se identificam mais com a proposta de Kamala Harris”, analisa o advogado. Essa diversidade reflete a complexidade da realidade imigrante nos EUA, onde as perspectivas de cada comunidade variam, moldando assim as escolhas políticas.

Independentemente de quem for o próximo presidente, o que está em jogo é a definição de um cenário que impactará profundamente tanto a segurança das fronteiras quanto a política migratória dos Estados Unidos.

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