Tecnologia
Como a regulamentação das IAs pode impactar o cenário da cibersegurança no Brasil e no mundo?
Julio Cesar Fort, Sócio e Diretor de Serviços Profissionais da Blaze Information Security.
Algoritmo nas redes sociais, automação de tarefas industriais e domésticas, além de análise de dados em diferentes campos. A Inteligência Artificial (IA) tem desempenhado um papel fundamental na transformação de várias esferas da sociedade moderna. Devido aos seu potencial na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na simplificação de processos, essa tecnologia experimentou um crescimento exponencial, tornando-se rapidamente uma ferramenta indispensável em inúmeros setores.
De acordo com um levantamento do Itaú Unibanco, os gastos de brasileiros com IA se expandiram em 120%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, 41% das empresas brasileiras vêm implementando ativamente essa ferramenta, segundo uma pesquisa de mercado encomendada pela IBM. Por conta dessa rápida ascensão, embora benéfica, a tecnologia ainda possui alguns desafios substanciais.
Questões éticas, transparência e preconceito algorítmico, precisam de mais destaque para garantir o uso responsável da IA. Mas um destaque fica para a segurança, à medida que a tecnologia proporciona conveniências e automação para indivíduos tanto em suas vidas pessoais quanto em seus locais de trabalho, também é explorada por cibercriminosos como meio de aprimorar seus ataques na internet.
O FBI já chegou a emitir um alerta a executivos, pesquisadores e engenheiros de empresas de tecnologia e startups trabalhando com IA para a ameaça crescente de vazamento de propriedade intelectual. Do outro lado do Atlântico, a Agência de Cooperação Policial da União Europeia, Europol, também já chegou a advertir no mesmo sentido. Além disso, já foi comentado a realização de ataques de “spear phishing” usando o ChatGPT.
Nesse contexto, existe uma solução que desempenha um papel fundamental ao estabelecer padrões pré-determinados que abordem problemas como esse de forma eficaz: a regulamentação.
Esse tipo de legislação é crucial para estabelecer padrões de interoperabilidade, usos aceitáveis e ética, permitindo uma abordagem padronizada internacionalmente. A nível nacional, ela é capaz de alinhar a adoção da IA com os valores e interesses do país. Regras claras podem mitigar riscos associados à invasão de privacidade e práticas monopolistas, assegurando que a tecnologia seja utilizada de forma benéfica.
No âmbito tecnológico, a criação de uma legislação nesse sentido pode facilitar a interoperabilidade entre sistemas e plataformas, incentivando pesquisa em áreas de interesse público e promovendo competição justa e melhoria contínua, o que assegura uma IA mais ética, eficiente e transparente.
Andamento da regulamentação
No Brasil, existem alguns projetos de lei que buscam regrar o desenvolvimento, a aplicação e o uso de sistemas de Inteligência Artificial tramitam no Congresso Nacional.
O projeto de lei 21/2020, conhecido como o marco legal para regulamentar o uso, por exemplo, enuncia princípios que deveriam guiar a aplicação da IA no país — respeito à dignidade humana, transparência nos algoritmos e proteção de dados pessoais. Já o 2338/2023, foi apresentado no Senado com o objetivo de estabelecer direitos ao cidadão afetado pela tecnologia e a criação de ferramentas de fiscalização, a norma engloba cinco pilares centrais: princípios; direitos dos afetados; classificação de riscos; obrigações e requisitos de governança; supervisão e responsabilização.
Apesar da necessidade, essa tarefa é complexa. A ausência de conhecimento técnico por parte dos reguladores na elaboração das normas resulta em regulamentações que não apenas apresentam lacunas em sua estrutura, mas também podem representar uma ameaça ao progresso de uma tecnologia tão inovadora, cujos limites ainda não foram completamente definidos.
Mesmo em processo, o desenvolvimento de uma legislação referente ao uso de Inteligência Artificial enfrenta o desafio central de equilibrar proteção pública e fomento à inovação. Regras excessivamente estritas podem inibir propostas inovadores e a agilidade. No entanto, a ausência de normas também é prejudicial, pois conduz ao desenvolvimento de tecnologias de IA que não consideram ética, privacidade e direitos dos indivíduos.
Por isso, é imperativo que órgãos reguladores, em conjunto com a indústria, tenham em mente a construção de arcabouço legal a partir dessas questões, aliando inovação responsável à proteção dos direitos dos cidadãos, assegurando que a tecnologia de IA evolua com benefícios para toda a sociedade.
Julio Cesar Fort é sócio e Diretor de Serviços Profissionais da Blaze Information Security, uma das principais empresas globais especializadas em segurança ofensiva com foco em pentest (teste de intrusão) e desenvolvimento seguro contra ataques cibernéticos. Especialista em cibersegurança com quase 20 anos de experiência, o executivo foi o responsável por agregar a equipe de segurança cibernética das Olimpíadas de Londres de 2012 e do banco de investimentos UBS.
Tecnologia
VAIO® lança notebook AIPC com Intel Core Ultra NPU que une inteligência artificial, alto desempenho e sofisticação
Novo modelo VAIO® FE16 AIPC amplia o portfólio premium da marca com foco em profissionais que precisam de performance com inteligência artificial local, impulsionada pela NPU integrada, além de segurança de dados e portabilidade; modelo com monitor de 16” IPS conta com resolução WUXGA e processamento Intel Ultra
A VAIO®, marca global de tecnologia que está no Brasil por meio da Positivo Tecnologia, amplia seu portfólio com um novo modelo AIPC da linha VAIO® FE16. O lançamento chega ao mercado em um momento em que a inteligência artificial está no centro das transformações tecnológicas e profissionais, e se destaca pelas funções voltadas a atender à crescente demanda por processamento local de IA para altas cargas de trabalho, segurança e eficiência. Equipado com NPU integrada para potencializar recursos de IA e com tela de 16” IPS WUXGA, o VAIO® FE16 é especialmente indicado para consumidores que priorizam produtividade e desempenho nas tarefas diárias, seja no trabalho, nos estudos ou no entretenimento.
“O lançamento do VAIO® FE16 reforça a estratégia de liderança em inovação. A Positivo Tecnologia amplia a linha de notebooks com Inteligência Artificial, oferecendo mais opções ao consumidor brasileiro. Com essa novidade, entregamos ao consumidor um produto que combina design premium, potência e recursos de inteligência artificial embarcada”, explica Daniela Colin, diretora de Procurement e Desenvolvimento de Produtos da Positivo Tecnologia. “Os AI PCs ganham cada vez mais protagonismo por viabilizarem experiências mais rápidas, privadas e personalizadas, sem depender exclusivamente da nuvem”.
O produto será uma edição limitada, celebrando os 10 anos de parceria entre Positivo Tecnologia e a VAIO Japão que chega ao mercado com alto desempenho e elegância. Potencializado pelo recente processador Intel Ultra, o novo notebook possui circuito interno, chamado de NPU (Neural Processing Unit), dedicado ao processamento de IA local e otimizado para executar aplicações como assistentes generativos e processamento de imagem. Além disso, o produto se destaca por sua tela de 16 polegadas IPS WUXGA (1920×1200 pixels), que combina ampla proporção 16:10, antirreflexo e abertura de até 180 graus, oferecendo mais área útil e conforto visual tanto em tarefas profissionais quanto em entretenimento.
O dispositivo também traz entre os diferenciais a bateria Smart com até 10 horas de autonomia, que tem um sistema de gerenciamento avançado para dar maior confiabilidade à estimativa de carga, mesmo em longas jornadas de uso contínuo. Além disso, conta com memória RAM DDR5 expansível até 64GB, e SSD NVMe M.2 de até 4TB, tudo para garantir muita velocidade, inclusive na inicialização otimizada com tecnologia fast startup.
No que diz respeito à segurança e usabilidade, o FE16 conta com funcionalidades práticas, como o Windows Hello, leitor de impressão digital (fingerprint) e tecla Copilot. A VAIO® Câmera Inteligente Full HD 1080p complementa a experiência com uma série de recursos de IA, como desfoque de fundo, iluminação automática, sinalização de webcam cover e modo de auto mudo.
O modelo ainda tem sistema de refrigeração Duplo Heatpipe, que permite melhor dissipação do calor do notebook e proporciona desempenho otimizado – mesmo em atividades intensas –, e teclado ergonômico retroiluminado, resistente a derramamento de líquidos, que tem ciclo de vida de até 10 milhões de cliques.
Por fim, o VAIO® FE16 oferece conectividade de última geração. O modelo vem com Bluetooth 5.3 para conexões rápidas e estáveis, e suporte ao Wi-Fi 6E, que proporciona maior velocidade de navegação, menor latência e mais estabilidade, mesmo em ambientes com múltiplos dispositivos conectados. Conta ainda com duas portas USB 3.2 Gen 1, USB 2.0, USB-C Full (com suporte a dados, vídeo e carregamento), RJ-45, HDMI e slot para Cartão SD.
O novo notebook está à venda no site oficial da VAIO® com preços a partir de R$ 5.399,10 Para saber mais sobre a VAIO® e seus produtos disponíveis no Brasil, clique aqui.
Ficha Técnica:
- Tela: 16” IPS com resolução WUXGA 1920×1200
- Processador: Intel Ultra5 125H
- GPU: Intel Graphics / Intel Arc Graphics
- Memória: 2X Slots DDR5 (5600MHz) suporte até 64GB (total)
- Armazenamento: SSD M.2 até 4TB
- Som: HD Áudio
- Conectividade: Wi-Fi 6E + Bluetooth 5.3
- Portas: 2x USB 3.2 Gen 1, 1x USB 2.0, 1x USB-C Full, 1x RJ-45, 1x Cartão SD e HDMI 2.1
- Segurança: Windows Hello com Fingerprint
- Teclado: Teclado ABNT retroiluminado
- Câmera: 2 MP FHD (1080p)
- Bateria: 55Wh Smart
- Dimensão: 359 x 255,3 x 19,8 mm
- Peso: 1,80 kg
- Possui NPU e processamento local
Tecnologia
Positivo Tecnologia transforma locação de equipamentos em solução estratégica para empresas
Com o modelo Positivo As A Service, companhias de todos os portes acessam tecnologia de ponta com previsibilidade financeira, suporte especializado e otimização de custos operacionais
A Positivo Tecnologia tem redefinido a forma como as empresas lidam com infraestrutura de TI, graças à consolidação do modelo Positivo As A Service. A iniciativa transforma o tradicional processo de aquisição e locação de equipamentos em uma solução integrada e estratégica, realizada diretamente com o fabricante. Com foco na redução de custos, atualização tecnológica contínua e suporte técnico especializado, o método substitui a compra de ativos por contratos sob demanda, que incluem desde computadores e servidores até terminais POS – com instalação, manutenção e gestão com atendimento em escala nacional. A proposta é especialmente atrativa para empresas que buscam manter seus parques tecnológicos atualizados, com previsibilidade orçamentária e sem comprometimento do capital de giro ou sobrecarga de suas equipes de TI com tarefas operacionais.
Ao eliminar intermediários e oferecer solução direta de locação com o fabricante, a Positivo Tecnologia garante mais eficiência no atendimento, flexibilidade na personalização das soluções e ganhos financeiros relevantes. Essa abordagem permite que organizações de diferentes portes e setores ajustem suas infraestruturas tecnológicas com agilidade e previsibilidade, fortalecendo a saúde financeira ao substituir altos investimentos iniciais por pagamentos mensais planejados e escaláveis.
“A locação de equipamentos é hoje uma solução inteligente de gestão, que permite proteger o fluxo de caixa, manter a tecnologia sempre atualizada e tornar a TI um setor mais estratégico dentro das empresas”, afirma Rodrigo Guercio, vice-presidente de Mercado Corporativo da Positivo Tecnologia.
Previsibilidade financeira e eficiência fiscal
Com contratos fixos e transparentes, o modelo assegura previsibilidade orçamentária e controle de gastos, permitindo que os executivos financeiros planejem com clareza os investimentos em tecnologia.
Como a contratação é feita diretamente com a Positivo Tecnologia, sem intermediação de instituições financeiras, o crédito bancário das empresas é preservado — um diferencial competitivo para companhias que desejam direcionar recursos ao capital de giro ou à expansão.
Empresas que operam sob o regime de lucro real ainda podem se beneficiar de vantagens fiscais, com deduções de até 40,1% do valor das mensalidades por meio de créditos de PIS-COFINS (no regime não cumulativo) e abatimentos no Imposto de Renda.
Atualização tecnológica: investimento estratégico que reduz custos a médio e longo prazo
Manter o parque tecnológico atualizado é uma decisão que, embora possa representar aumento de custo no curto prazo, gera redução de gastos a médio e longo prazo. Com equipamentos mais modernos, há menos falhas, menor obsolescência, maior produtividade e redução de custos de manutenção.
De acordo com a consultoria IDC, empresas que adotam modelos de locação renovam seus equipamentos cerca de cinco meses antes daquelas que optam pela compra tradicional. Essa agilidade impacta diretamente na eficiência operacional, na segurança da informação e na sustentabilidade do negócio.
“Mais do que as vantagens financeiras, o Positivo As A Service oferece segurança tecnológica contínua e contribui diretamente para a excelência operacional e escalabilidade das empresas”, destaca Guercio.
Perspectivas de crescimento e evolução do portfólio
O modelo de locação já representa uma fatia significativa do mercado corporativo brasileiro e tem ganhado espaço também no setor público. Atenta a esse movimento, a Positivo Tecnologia acredita em um crescimento acelerado nos próximos anos e segue com a expansão do seu portfólio a partir de novos dispositivos e serviços agregados.
“A Positivo Tecnologia está entre os líderes de mercado em soluções de locação tecnológica e está preparada para atender à crescente demanda com um portfólio robusto, soluções completas e foco nas necessidades específicas de cada cliente”, conclui Guercio.
Mais informações sobre a Positivo e seus produtos estão disponíveis no site oficial.
Tecnologia
Open Finance impulsiona buscas e revela bancos mais procurados por usuários em 2025
Estudo revela quais bancos despertam maior interesse de empresas em integrações e serviços ligados ao Open Finance em 2025
Um estudo da Topaz, empresa de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais, analisou, entre janeiro e outubro de 2025, o interesse dos usuários sobre o Open Finance, a partir de dados extraídos do Google Brasil. O objetivo foi identificar quais instituições financeiras despertam mais atenção quando o assunto é compartilhamento de dados.
O levantamento ajuda empresas B2B a entender quais bancos avançam em infraestrutura aberta, quais mostram maior maturidade tecnológica e onde estão as oportunidades de integração via API.
Ranking de buscas relacionadas a Open Finance
A seguir, veja os dados coletados pela Topaz referentes ao período de janeiro a outubro de 2025.
Os números indicam maior procura por instituições que já operam com APIs consistentes ou investem em produtos integrados ao sistema financeiro aberto. Para empresas, isso sinaliza quais players tendem a oferecer ecossistemas mais estáveis para integração.
O que é o Open Finance e por que importa para empresas
O sistema amplia o Open Banking ao permitir que usuários compartilhem dados de diferentes produtos financeiros, como crédito, investimentos e seguros. A definição aparece em conteúdos institucionais publicados por bancos como Nubank e Santander em 2024 e 2025, que explicam o funcionamento da arquitetura aberta.
Segundo análise do BV, publicada em 2024, o modelo melhora a precisão na avaliação de risco, amplia as possibilidades de personalização e reduz custos operacionais ao facilitar o fluxo de informações entre plataformas. Para empresas B2B, isso se traduz em vantagens como:
- análise de crédito baseada em dados mais completos;
- decisões automatizadas com maior assertividade;
- redução de fraudes;
- integração direta com bancos, via API, para produtos financeiros digitais.
O que o ranking revela para o mercado B2B
O predomínio de instituições como Caixa, Inter, C6 e Santander mostra que empresas buscam robustez técnica e histórico de operação digital. A presença de Mercado Pago e Nubank evidencia o interesse por fintechs com forte base de clientes e APIs mais amigáveis, o que acelera a implementação de produtos.
Para negócios que desenvolvem soluções financeiras ou dependem de dados bancários para operar, acompanhar os movimentos de busca é um indicador prático de onde investir em integração e de quais bancos oferecem maior aderência a projetos corporativos.
Empresas que atuam em meios de pagamento, crédito, seguros e gestão financeira têm usado o aumento das buscas como termômetro para medir a maturidade tecnológica dos bancos.
O interesse crescente por instituições como Caixa, Inter e Santander indica que o mercado corporativo observa não apenas o volume de usuários, mas a qualidade das integrações disponíveis, o tempo de resposta das APIs e o suporte oferecido durante implementações mais complexas.
Esses fatores se tornaram decisivos para negócios que dependem de dados confiáveis para operar em escala.
Investimentos adicionais
A pesquisa também sugere que a disputa pela atenção do mercado deve se intensificar nos próximos anos, já que mais empresas ampliam investimentos em serviços digitais baseados em dados.
O avanço do Open Finance cria um ambiente de maior competitividade entre bancos, que agora precisam oferecer não só produtos, mas plataformas capazes de sustentar integrações rápidas e seguras.
Para empresas que desenvolvem soluções financeiras, essa movimentação reforça a importância de mapear quais instituições evoluem mais rápido e quais apresentam limitações que podem impactar na velocidade de lançamento e na operação de novos serviços, o que ajuda a esclarecer na prática se o Open Finance vale a pena para cada modelo de negócio.



