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Saúde

Como o Autocuidado Contribui para a Saúde Emocional

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Como o Autocuidado Contribui para a Saúde Emocional
Imagem: Divulgação

Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à saúde mental. Esse período nos lembra da importância de cuidar de nossas emoções e, mais do que isso, de adotar práticas que preservem e promovam o bem-estar psicológico.

O autocuidado é uma dessas práticas fundamentais, um conceito que vai além de simples indulgências e está profundamente ligado à nossa capacidade de lidar com o estresse, a ansiedade e as pressões cotidianas. Mas o que exatamente é autocuidado? E como ele pode impactar diretamente nossa saúde emocional? Vamos explorar essas questões em profundidade.

Psicóloga Luana Ganzert

O que é Autocuidado?

Autocuidado pode ser descrito como o conjunto de práticas que adotamos para cuidar de nós mesmos, tanto física quanto emocionalmente. Essas práticas variam de atividades simples, como manter uma boa alimentação e dormir o suficiente, até hábitos mais intangíveis, como respeitar nossos limites, reconhecer e gerenciar nossos sentimentos e dedicar tempo para relaxamento e lazer.

Na sociedade atual, altamente acelerada e exigente, o autocuidado ganhou relevância como uma forma de resistência contra o burnout e o desgaste emocional. Com o ritmo intenso da vida moderna, muitas pessoas negligenciam suas necessidades mais básicas, o que pode resultar em problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e, em casos mais extremos, pensamentos suicidas.

O Papel do Autocuidado na Saúde Emocional

O autocuidado é um pilar essencial da saúde emocional. Quando praticamos autocuidado, estamos fortalecendo nossa capacidade de enfrentar os desafios da vida de maneira mais equilibrada e resiliente. Isso não significa evitar problemas, mas sim desenvolver mecanismos para lidar melhor com eles. Abaixo, exploramos alguns dos principais benefícios do autocuidado para a saúde emocional:

→ Redução do Estresse

O estresse crônico é um dos maiores inimigos da saúde emocional. A vida moderna, com suas múltiplas demandas — trabalho, família, responsabilidades financeiras — muitas vezes nos sobrecarrega. O autocuidado, por meio de atividades como meditação, exercícios físicos, hobbies e até mesmo pequenos momentos de pausa durante o dia, ajuda a reduzir os níveis de estresse, acalmando a mente e o corpo.

Quando estamos menos estressados, temos mais clareza para tomar decisões, nos relacionar com as pessoas de maneira saudável e enfrentar as adversidades com mais serenidade. Além disso, o autocuidado contribui para o equilíbrio hormonal, reduzindo a produção de cortisol (o hormônio do estresse) e aumentando a liberação de endorfinas, que promovem o bem-estar.

→ Melhoria da Autoestima

Praticar o autocuidado também está profundamente ligado à autoestima. Quando nos dedicamos tempo e atenção, estamos nos dizendo, de forma implícita, que somos valiosos e dignos de cuidado. Esse processo de valorização de si mesmo reforça a autoestima, nos fazendo sentir mais seguros, confiantes e capazes de enfrentar desafios emocionais.

Pessoas com alta autoestima tendem a lidar melhor com situações difíceis, a se recuperar mais rapidamente de fracassos e a manter relações interpessoais mais saudáveis. Ao investir em autocuidado, você está investindo na sua percepção de valor próprio, o que tem um impacto direto na saúde mental.

→ Estímulo ao Autoconhecimento

Autocuidado não é apenas sobre ações externas, como fazer uma massagem ou praticar um esporte; ele também envolve um mergulho interno em nós mesmos. Momentos de reflexão, meditação ou journaling (escrita terapêutica) são formas de autocuidado que nos permitem conhecer melhor nossos pensamentos, emoções e padrões de comportamento.

O autoconhecimento é uma das chaves para a saúde emocional. Quando nos conhecemos profundamente, sabemos identificar mais facilmente o que nos afeta, o que nos traz alegria e o que precisamos mudar em nossa vida. O autocuidado, portanto, nos ajuda a construir uma relação mais íntima e honesta com nós mesmos, o que reflete diretamente em nosso bem-estar emocional.

→ Melhora da Qualidade dos Relacionamentos

Uma das consequências mais positivas do autocuidado é a melhoria na qualidade dos relacionamentos. Quando cuidamos de nossa saúde emocional, estamos mais dispostos a nos comunicar de maneira assertiva, a ouvir os outros com empatia e a estabelecer limites saudáveis. Pessoas que praticam autocuidado são menos propensas a buscar validação externa para seus sentimentos e, assim, conseguem estabelecer relações mais equilibradas e harmoniosas.

Além disso, o autocuidado nos ajuda a evitar a codependência emocional, um fenômeno em que nos tornamos excessivamente dependentes das emoções e ações de outra pessoa para nos sentirmos bem. Ao cuidar de nós mesmos, nos tornamos emocionalmente autossuficientes e capazes de compartilhar nossa vida com os outros de maneira mais saudável.

→ Prevenção de Problemas Mais Graves

A negligência da saúde emocional pode levar ao agravamento de problemas como ansiedade, depressão e estresse crônico. Em casos mais graves, a falta de autocuidado pode resultar em crises de pânico, esgotamento mental ou até mesmo pensamentos suicidas. Setembro Amarelo nos lembra da importância de estar atento aos sinais de que algo não está bem emocionalmente, e o autocuidado pode ser uma forma eficaz de prevenção.

O autocuidado é uma medida preventiva contra esses males. Ao manter uma rotina de cuidados consigo mesmo, você está se protegendo contra o desgaste emocional, mantendo sua mente e corpo em equilíbrio. Esse cuidado preventivo é essencial para evitar que pequenos problemas emocionais se transformem em questões mais sérias ao longo do tempo.

Como Praticar o Autocuidado na Rotina

Agora que entendemos a importância do autocuidado para a saúde emocional, surge a pergunta: como implementá-lo no dia a dia? Abaixo, algumas dicas práticas:

– Estabeleça limites: Aprenda a dizer “não” quando necessário. Respeitar seus próprios limites é uma das formas mais poderosas de autocuidado.

– Durma bem: O sono é crucial para a regeneração emocional. Garanta que você esteja dormindo o suficiente para se sentir descansado e revitalizado.

– Faça exercícios físicos: A prática regular de atividades físicas libera endorfinas, o que melhora o humor e reduz os níveis de estresse.

– Alimente-se de forma saudável: Uma alimentação balanceada não só beneficia o corpo, mas também a mente.

– Busque momentos de lazer: Dedique tempo para atividades que você realmente gosta e que tragam prazer, seja ler um livro, ouvir música ou sair com amigos.

– Pratique a gratidão: Desenvolva o hábito de refletir sobre as coisas boas que acontecem em sua vida. Esse exercício fortalece a resiliência emocional.

– Terapia: Buscar a ajuda de um profissional para cuidar da saúde mental é uma forma importante de autocuidado. A terapia proporciona espaço para autoconhecimento e desenvolvimento emocional.

A Importância da Terapia no Autocuidado

A prática do autocuidado muitas vezes envolve buscar apoio profissional para questões emocionais mais profundas. A terapia, especialmente a cognitivo-comportamental, oferece ferramentas práticas para o autoconhecimento e para a mudança de padrões de pensamento e comportamento que prejudicam o bem-estar emocional. Psicólogos como Luana Ganzert, especialista em saúde emocional e terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar a construir um plano de autocuidado personalizado, voltado para as necessidades e desafios individuais.

O autocuidado não deve ser visto como um luxo ou algo reservado para momentos de crise, mas sim como uma prática contínua que fortalece a saúde emocional ao longo do tempo. Durante o Setembro Amarelo, e em todos os outros meses do ano, cuidar de si mesmo é essencial para manter o equilíbrio e a paz interior.

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Saúde

Casos de síndrome respiratória grave caem no país

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© Tony Winston/Agência Brasília

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A estão em queda no país. O Amazonas é o único estado ainda com aumento de notificações entre crianças de até 2 anos, conforme boletim semanal  InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (21).

Neste ano, já foram notificados 159.663 casos, sendo que em 53,4% foram detectados a presença de vírus respiratório.

Entre os casos positivos, 45,5% foram provocados pelo vírus sincicial, seguido por influenza A (25%). Nas quatro últimas semanas, a prevalência dois dois vírus permanece.

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Rinovírus e Covid

O estudo alerta, no entanto, para tendência de alta no número de casos de  rinovírus em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos no Nordeste e no Centro-Sul. Além disso, foi identificado leve aumento de casos de Covid-19 entre os idosos, a partir de 65 anos, no Amazonas e na Paraíba.

Os estados do Ceará e Rio de Janeiro também apresentam crescimento nas notificações por Covid-19.

A Fiocruz reforça a importância da vacinação em dia contra a Covid-1, principalmente de idosos e pessoas imunocomprometidas, que devem tomar doses de reforço a cada seis meses.

A orientação é que crianças e adolescentes com sintomas de gripe ou resfriado fiquem em casa e evitem ir à escola, para não transmitir o vírus. Se não for possível, o ideal é que usem uma máscara. 

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Saúde

Médicos do trabalho lançam guia com cuidados para evitar adoecimento

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) lançou nesta quinta-feira (21) um guia com orientações sobre como cuidar da saúde no ambiente laboral. O documento foi distribuído, em formato digital, para sindicatos, empresas e órgãos públicos, e destaca a importância de encontros periódicos, não apenas no momento da admissão ou rescisão de contratos, com funcionários.

Segundo a entidade, em junho, mais de 330 mil brasileiros maiores de 18 anos de idade solicitaram ao governo federal afastamento das atividades profissionais. Desse total, 76% dos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram motivados por doenças. 

“Um número que se repete mês após mês, com pequenas variações, compondo um ciclo silencioso de alto impacto econômico e social”, avaliou a Anamt.

Os dados mostram que lesões por esforço repetitivo, dores lombares e doenças crônicas recorrentes ocupam o topo do ranking dos motivos de afastamento, seguidas por transtornos mentais e comportamentais. 

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O comunicado destaca uma “percepção equivocada” da atuação do médico do trabalho já que ela não passa, necessariamente, pelo diagnóstico de uma doença.

De acordocom a Anamt, a contribuição do médico do trabalho acontece, sobretudo, no campo da prevenção, seja identificando sinais e sintomas junto ao trabalhador e orientando sobre como proceder na sequência; seja apoiando empresas a criarem ambientes e práticas saudáveis capazes de reduzir os riscos de adoecimento.

Guia

A publicação aborda questões que vão desde a relevância de exames ocupacionais como admissional, periódico e mudança de função até a necessidade de o trabalhador estar atento a detalhes do local de trabalho e da rotina para apontar eventuais problemas que precisam ser corrigidos pelo empregador, incluindo a existência de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, entre outros.

O guia alerta ainda para questões “aparentemente banais”, mas que podem desencadear quadros clínicos agudos ou graves, como exposição a variações de temperatura, ao som em alto volume e a produtos químicos, além de levantar peso excessivo ou fazer o mesmo movimento repetidas vezes, o que pode implicar em lesões na coluna e nos membros.

Outro destaque do documento diz respeito a máquinas sem proteção e à obrigatoriedade do uso de equipamento de proteção individual (EPI) indicado para cada função.

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Saúde

Governo entrega 400 Unidades Odontológicas para reforço no atendimento

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© Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta quinta-feira (21), 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). O equipamento permite levar atendimento de saúde bucal a populações que têm dificuldade de acesso a esse serviço, como indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e assentadas. O investimento é de R$ 152 milhões via Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A entrega é ação estratégica do Brasil Sorridente, o programa de assistência odontológica do governo, criado em 2004, no primeiro mandato de Lula na Presidência. Lula defende que saúde bucal também deve ser prioridade para o Estado.

“É muito fácil você ser governante para fazer uma ponte. Agora é muito difícil você ser governante para fazer aquilo que o povo tem necessidade prática, rápida e muito necessária. E a questão odontológica é uma delas”, disse o presidente em evento em Sorocaba (SP).

“Tem muita gente que não sabe que isso [saúde bucal] é necessidade. Tem muita gente que não se dá conta, que não faz falta, até acha bonito: ‘Nossa, que moça bonita sem dente’. Não é possível, não é bonito, não é moral, não é decente. Não para pessoa, mas para o Estado que deixa a pessoa ser daquele jeito”, afirmou.

Lula ressaltou ainda que as ambulâncias do Brasil Sorridente atendem os locais mais distantes, mas também as periferias das cidades. “A gente pensa que a miséria está longe, mas, às vezes, ela está vizinha da gente e a gente não enxerga. Não é todo mundo que mora na cidade que tem dinheiro para pagar um dentista”, disse.

Saúde bucal

Ao falar da importância da saúde bucal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a falta de cuidados pode levar ao agravamento de outras condições. “Muitas doenças são provocadas por uma má saúde bucal, inclusive câncer. Alguns tipos de câncer têm um risco maior de acontecer se a pessoa tem problema nos dentes”, disse.

O ministro citou ainda outras doenças que podem ser causadas por problemas dentários. 

“A má saúde bucal impacta também no seu sistema digestivo. Uma má saúde bucal pode impactar, por exemplo, em dores de cabeça que a pessoa não sabe porque tem. Além disso, a saúde bucal impacta na dignidade da vida das pessoas. Todo mundo aqui sabe que uma pessoa que não tem os dentes, às vezes, tem vergonha de conviver”, acrescentou.

As unidades móveis entregues hoje vão atender 400 municípios em todos os estados do país. Nesta primeira etapa, o Nordeste é a região que mais vai receber UOMs, com 207 veículos entregues, seguida do Norte (95), Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21).

De acordo com o governo, os municípios contemplados foram selecionados com base em critérios de vulnerabilidade socioeconômica, extensão territorial e proporcionalidade regional, buscando evitar a concentração de recursos e ampliar a cobertura no Sistema Único de Saúde (SUS).

Até 2026, o Ministério da Saúde prevê a entrega de mais 400 unidades para reforçar o atendimento em todo o país. A previsão é que a frota seja renovada a cada 5 anos.

Funcionamento

Cada Unidade Odontológica Móvel é equipada com cadeira odontológica completa, aparelho de raio-x, ar-condicionado, frigobar, exaustor, gerador de energia, canetas de alta e baixa rotação, fotopolimerizador, entre outros equipamentos essenciais para garantir a qualidade do atendimento odontológico.

A UOM é o componente móvel do Brasil Sorridente e uma extensão da Unidade Básica de Saúde. Ela pode ofertar tanto procedimentos da atenção primária quanto, conforme a organização local, ações especializadas como tratamento endodôntico e a oferta de próteses dentárias. Quando necessário, as pessoas atendidas podem ser encaminhadas para continuidade do cuidado em serviços especializados, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e os Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb), com foco em municípios de até 20 mil habitantes.

Os veículos serão utilizados pelas equipes de Saúde Bucal (eSB), compostas por cirurgião-dentista e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal, habilitadas pelo Ministério da Saúde. Há 34 mil eSB credenciadas no país, de acordo dados de 2024. Os gestores locais podem, ainda, compartilhar uma mesma UOM com mais de uma equipe, para ampliar o atendimento.

Reajuste

Durante o evento em Sorocaba, o ministro Alexandre Padilha assinou portaria que reajusta os valores de implantação das Unidades Odontológicas Móveis de R$ 7 mil para R$ 9.360, se igualando ao valor de repasse mensal de custeio, pago pelo governo aos municípios.

O documento também trata das regras de credenciamento das UOMs, com a lista mínima de equipamentos e características recomendadas para a utilização das unidades pelas equipes de Saúde Bucal. Agora, além da fixação na Saúde da Família, as equipes das UOMs também poderão ser vinculadas às equipes de Saúde da Família Ribeirinhas, e-Multi Indígena e Consultório na Rua.

Outra novidade é que os municípios podem credenciar junto ao Ministério da Saúde suas unidades próprias ou financiadas por emendas parlamentares, e não apenas as doadas pelo Ministério da Saúde.

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