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Economia

Como o fit cultural impulsiona os resultados das empresas desde a contratação até a análise de desempenho

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Divulgação: TODOS Internacional

Estratégia potencial para lideranças de RH pode gerar resultados assertivos para empresas ao alinhar os valores e propósitos dos colaboradores e das organizações

O mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais competitivo, não somente para os candidatos a vagas de emprego, mas também para os contratantes. Isso porque para reter talentos, o salário importa, mas aspectos ligados à identificação entre a marca empregadora e o colaborador também. De acordo com o estudo “Força de Trabalho Global do Futuro” feito pela empresa suíça Adecco, que também ouviu brasileiros, 71% dos profissionais se sentem desengajados onde trabalham e 25% apontam a incompatibilidade em relação aos valores e à cultura da empresa como um dos motivos para querer deixar o emprego atual.

No mundo corporativo, o fit cultural é uma estratégia de RH utilizada no processo de recrutamento para certificar que os valores, propósitos e objetivos dos candidatos estejam alinhados com a cultura da empresa, possibilitando contratações mais assertivas. Com a análise destes aspectos, para além das qualificações técnicas e da formação, o objetivo é construir uma cultura organizacional forte, mas até mesmo os resultados dos profissionais podem ser mais expressivos quando há “match” entre sua visão de mundo e a da companhia em que trabalha.

Para Rennan Vilar, Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional, as lideranças de RH têm de enxergar o fit cultural não como um molde para os colaboradores mas, justamente, como parte da estratégia para criar uma cultura organizacional forte. “O fit cultural pode ser a ponte entre os interesses e valores dos profissionais e da empresa, aumentando o envolvimento dos funcionários e favorecendo a sinergia entre ambas as partes. Um colaborador que se identifica com os propósitos da empresa é também um promotor da marca, pois se identifica, acredita e apoia a cultura na qual está inserido”, afirma.

Organizações comprometidas com a inclusão e diversidade veem o fit cultural muito mais como um alinhamento de expectativas, visões e propósito, do que uma ferramenta voltada para filtrar candidatos segundo a universidade em que se formaram, por exemplo. Reduzir a aplicação da estratégia a este pensamento pode gerar o efeito contrário ao objetivo de construir uma cultura coesa e unificada para a empresa.

Como exemplo deste olhar atento para inclusão e diversidade, Paula Lisboa, Gerente de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional, destaca que os principais pontos que levam em consideração em um fit cultural são exatamente a identificação dos colaboradores com os valores e princípios da empresa em relação à ética, integridade e responsabilidade social e, também, com o modelo de gestão adotado pela organização e com a dinâmica de trabalho no dia a dia. “Avaliamos o impacto que a afinidade cultural com nosso modelo de gestão e com a rotina de trabalho da equipe pode ter no desempenho do candidato e no relacionamento com os outros colaboradores. Se o desencaixe prejudicar o ambiente de trabalho, mas houver interesse do candidato em fazer ajustes, a empresa pode se empenhar em ajudá-lo a se integrar, por meio de mentorias, treinamentos em habilidades interpessoais ou programas de integração”, ressalta Lisboa.

Quais são os impactos do fit cultural para a empresa?

O principal impacto do fit cultural para a empresa é o fortalecimento da cultura organizacional e o bom alinhamento entre os propósitos da organização e dos profissionais gera um efeito positivo também em pontos como desenvolvimento humano e organizacional, resultados expressivos, fortalecimento perante o mercado e fortalecimento da marca.

  1. Desenvolvimento humano e organizacional: uma cultura forte e positiva pode promover um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados, inspirados e capacitados a alcançar seu pleno potencial, incorporando com mais facilidade as diretrizes e com mais autonomia para executarem o trabalho que a empresa precisa;
  2. Resultados expressivos: o alinhamento de cada um dos profissionais à missão e aos valores da empresa contribuem, no coletivo, para uma equipe entrosada e engajada, mais disposta a encarar desafios e crescer em conjunto;
  3. Fortalecimento perante o mercado: a coesão, união e sinergia de uma cultura organizacional forte são vistos como um diferencial competitivo no mercado, uma vez que esta cultura indica como uma marca é vista pelos colaboradores, parceiros e clientes.
  4. Fortalecimento da marca: companhias como Nubank e Netflix, por exemplo, têm uma cultura organizacional que ultrapassa o ambiente interno e faz com que sejam reconhecidas pelo mercado e pelos clientes quase como um time ou família. Este potencial permite que uma marca se diferencie da concorrência e destaque sua própria identidade.

O fit cultural pode mudar ao longo do tempo

De acordo com Paula Lisboa, o fit cultural não é algo imutável e “existem várias razões pelas quais mudanças podem acontecer, incluindo alterações na liderança, na estratégia da empresa, na composição da equipe ou, até mesmo, na própria percepção e valores do funcionário”. A profissional compartilha estratégias para lidar com este cenário.

  1. Promova uma cultura de comunicação aberta e permita que os funcionários expressem preocupações e pontos de vista sobre a cultura organizacional. Isso pode ajudar a identificar mudanças e problemas potenciais antes que se tornem maiores.
  2. Realize avaliações de desempenho e feedbacks regulares para ajudar os funcionários a entenderem como estão se encaixando na cultura organizacional e onde podem ser necessários ajustes.
  3. Invista no desenvolvimento de gestores para que possam liderar efetivamente durante mudanças culturais. Os líderes devem ser capazes de comunicar a visão da empresa e gerenciar a relação da equipe.
  4. Reconheça e valorize a diversidade de pensamento e a experiência dentro da organização para criar uma cultura mais inclusiva e adaptável.
  5. Ofereça treinamentos regulares sobre diversidade, equidade e inclusão para todos os funcionários para aumentar a conscientização sobre questões relacionadas à diversidade e promover uma cultura de respeito e aceitação no local de trabalho.
  6. Periodicamente, a organização deve avaliar sua cultura e identificar áreas que precisam de ajustes. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de clima organizacional, grupos focais e outras formas de feedback dos funcionários.

Quais são os conselhos para os candidatos?

Quem está em busca de uma nova oportunidade de emprego pode até pensar que se forçar para atingir um “perfil ideal” para a empresa seja uma boa saída, mas Lisboa aconselha evitar esta postura. “Seja autêntico, não tente se encaixar em um molde que não corresponda à sua verdadeira personalidade e valores. Destaque suas experiências relevantes, como experiências passadas que demonstrem sua capacidade de se adaptar a diferentes ambientes de trabalho e culturas organizacionais”, afirma.

Para garantir que o perfil da empresa esteja alinhado ao que se procura em uma vaga, o candidato pode pesquisar sobre a companhia antes da entrevista, para conhecer sua missão, valores, cultura e ambiente de trabalho e se sentir à vontade para fazer perguntas sobre a cultura, valores e como é trabalhar na companhia.

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Economia

Verba para crianças e adolescentes sobe, mas não chega a 2,5% do PIB

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© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os recursos federais destinados a ações que impactam a infância e a adolescência mais do que dobraram entre 2019 e 2024, passando de R$ 96 bilhões para R$ 240 bilhões, sem considerar a inflação. Entre 2023 e 2024, houve ligeira queda, de R$ 4 bilhões. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (9), fazem parte de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A proporção desses investimentos no orçamento total da União também cresceu de 3,36% para 4,91% no mesmo período. Ainda assim, o chamado Gasto Social com Crianças e Adolescente não chega a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. De acordo com o Censo de 2022, o Brasil tem cerca de 48,7 milhões de crianças e adolescentes, que representam 24% da população total.

Segundo a técnica de Planejamento de Pesquisa do Ipea, Enid Rocha Andrade da Silva, o volume total de recursos, dividido pelo número de crianças e adolescentes também não é favorável. Em 2024, representa em média R$ 5 mil por criança ao ano, ou seja, R$ 420 por mês.

“Um plano de saúde infantil privado custa em média R$ 400 por mês. O gasto médio anual de material escolar em 2025, no ensino fundamental, é de R$ 400 a R$ 800. Esses R$ 400 por mês não cobrem com qualidade as outras despesas necessárias para o desenvolvimento do ensino infantil. Isso mostra que o montante ainda é limitado diante das múltiplas dimensões que o cuidado e a proteção da infância exigem.”

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A pesquisa analisou os recursos federais destinados a áreas fundamentais para a infância e a adolescência, como combate à pobreza, assistência social, educação, esporte, habitação, saúde, saneamento, segurança alimentar e proteção de direitos. Há investimentos específicos para a população infantojuvenil, como o custeio da educação e ações de proteção à infância e à adolescência, mas também os ampliados, que beneficiam outras pessoas, como saneamento e habitação e transferência de renda. Nesse caso, os valores foram ponderados para estimar o montante destinado a crianças e adolescentes.

“As decisões tomadas pelos governos sobre o financiamento de políticas e serviços têm implicações profundas para crianças e adolescentes. Recursos insuficientes, mal direcionados ou mal geridos comprometem o acesso — especialmente dos mais vulneráveis — a serviços e programas essenciais que garantam sua sobrevivência, desenvolvimento, aprendizagem, proteção contra a violência e a exploração, vida em ambientes seguros e oportunidades equitativas ao longo da vida”, alerta o estudo.

A maior parte do valor foi alocado em políticas públicas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que teve aumento expressivo de 2021 a 2023, quando a quantia total paga saltou de R$ 54 bilhões para R$ 159 bilhões. As famílias inscritas no programa abrigam 32,4 milhões de crianças e adolescentes. Outro programa importante foi o do auxílio emergencial distribuído às pessoas afetadas financeiramente pela pandemia de covid-19, em 2020.

Assim como as políticas de alívio à pobreza, a maior parte das ações investigadas teve caráter ampliado, e a proporção de ações específicas variou de 15% a 30% do total. Um ponto fora da curva é a educação, área que se tornou a segunda maior em investimentos, ultrapassando a saúde, e que alocou até 84,9% dos recursos em ações específicas.

Em quase todos os anos, a taxa de execução orçamentária, ou seja, a proporção que o governo efetivamente gastou dos recursos destinados, manteve-se acima de 90%, à exceção de 2020, quando caiu para 83,4%, no contexto da pandemia. O ápice foi atingido em 2023: 99,5%, mas, no ano passado, houve queda e ficou em 93,2%.

“Os dados são fundamentais para que, mesmo em momentos de crise financeira e restrição fiscal, as políticas sociais sejam devidamente priorizadas. Investir nas crianças e adolescentes é a melhor aposta que o país pode fazer agora e para o futuro”, afirma a chefe de Políticas Sociais do Unicef no Brasil, Liliana Chopitea.

Enid Rocha também ressalva que medidas de contenção de gastos e o cumprimento do arcabouço fiscal impõem desafios adicionais: “É preciso alertar para a necessidade de que os esforços de ajuste fiscal sejam compatíveis com a proteção dos investimentos sociais voltados à infância e adolescência”, diz a técnica do Ipea.

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Economia

Mercadante destaca papel do BNDES para pesquisa e inovação

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© Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, elogiou a atuação do Brics, destacando a importância dos bancos de desenvolvimento, como o banco brasileiro, para a promoção da pesquisa e inovação, principalmente dos países do Sul Global. Reunião de cúpula do bloco ocorreu nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. 

“[Os países do Brics] estão puxando essa agenda de articulação do Sul Global para que a gente traga a reconstrução das ações multilaterais, do novo marco regulatório nas relações financeiras, do fortalecimento das ações multilaterais que estão sendo erodidas”, afirmou.

Mercadante também destacou a importância das relações do Brasil com a China, um dos países do Brics. 

“Se tem gente no planeta que se incomoda com o êxito da experiência do crescimento da China, não é o Brasil”, disse.

O presidente do BNDES participou, nesta quarta-feira (9), do seminário A Transição Energética e a Sustentabilidade do Futuro, na sede do banco. 

O mundo, segundo Mercadante, está vivendo “uma crise global de grandes proporções”, o que pede novas soluções. Ele defendeu a necessidade de se repensar a relação entre o Estado e o mercado.

“Nós não temos modelos a copiar, nós temos nosso próprio caminho, somos uma nação grande demais e com muita história, mas nós temos que repensar a relação entre Estado e mercado e ajudar a construir um caminho que supere essa erosão das instituições multilaterais e do direito internacional”, defendeu.

“O Sul Global precisa ter uma presença, ser sujeito histórico construtivo na reconstrução de um novo pacto entre as nações, para restabelecer as relações multilaterais, o respeito mútuo, e evitar uma visão de um mundo monopolar autoritário, que nunca contribuiu para a história da humanidade”.

Mercadante defendeu ainda, no discurso, o papel do Estado, principalmente para impulsionar a inovação. 

“Não há inovação sem Estado. Nós queremos parceria com o Estado, nós queremos parceria com o setor privado, com o mercado de capitais, mas o mercado não resolve algumas questões. Inovação é risco. Se não tiver o Estado para correr risco, você inibe o processo de inovação”, avaliou.

China

O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, que também participou do evento no BNDES, ressaltou a importância mundial do bloco e criticou medidas que chamou de unilaterais e protecionistas, como as adotadas pelos Estados Unidos. 

“Desafios globais, como crises climáticas e transições energéticas, surgem sem cessar. Alguns países, ao adotarem medidas unilaterais e protecionistas e abandonarem mecanismos multilaterais, como o Acordo de Paris, minam a ordem e as regras internacionais e intensificam instabilidades e incertezas”, disse.

“O Brics, como vanguarda do Sul Global, posiciona-se do lado correto da História. Defendem a paz, o desenvolvimento, benefícios mútuos e rejeitam hegemonismos. Nossa atuação conjunta garante proteção dos direitos legítimos dos países em desenvolvimento, demonstrando sabedoria e força coletiva”, defendeu o embaixador chinês.

Pesquisa e Inovação

Aloizio Mercadante informou que o edital do BNDES, em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para selecionar propostas para atração, implantação ou expansão de centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) no Brasil recebeu 618 propostas, que somam R$ 57,4 bilhões em investimentos, sendo R$ 51,9 bilhões pleiteados junto às duas instituições financeiras.

O orçamento originalmente anunciado para o edital é de R$ 3 bilhões. No entanto, de acordo com o BNDES, as propostas serão analisadas e as instituições buscarão apoiar todos os bons projetos.

O edital prevê o uso de diferentes instrumentos financeiros, incluindo crédito, participação acionária, recursos não reembolsáveis para projetos cooperativos entre empresas e instituições tecnológicas e subvenção econômica, operados pelo BNDES ou pela Finep.

As propostas são tanto de empresas nacionais quanto de multinacionais com sede em diversos países, como Alemanha, Japão, Coréia do Sul, Holanda, Singapura, Suíça, Estados Unidos, Itália e Luxemburgo.

Do total de propostas, 368 (59,5%) têm como foco exclusivo a implantação de novos centros de pesquisa, que representam investimentos de R$ 37,8 bilhões, o equivalente a 65,9% do valor apresentado, dos quais R$ 34,7 bilhões seriam financiados por BNDES e Finep. Apenas para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, foram apresentadas 201 (32,5%) propostas com investimentos previstos de R$ 16,1 bilhões.

Juntas, as propostas apresentadas indicam a contratação de 4.501 mestres e 2.754 doutores e mais de 28 mil funcionários para compor as equipes. O que significa que cada proposta prevê, em média, 11,7 pesquisadores qualificados e 46 novos profissionais.

“A universidade não pode ser só um centro de produção de teses acadêmicas. Precisa olhar a produção, precisa olhar a inovação, precisa criar mecanismos de atrair os profissionais e os pesquisadores para encontrar as soluções, e soluções rápidas”, defendeu Mercadante. 

“É isso que muda o salto de qualidade em relação à nossa pauta de exportações e de desenvolvimento”, afirmou.

Centros de PD&I são instalações que compreendem laboratórios, plantas piloto, plantas de demonstração e outras instalações de uso exclusivo para atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. As atividades desenvolvidas vão desde pesquisa básica e aplicada até o desenvolvimento de produtos, testes, validação, além de colaboração com universidades e instituições científicas.

De acordo com o BNDES, no cenário internacional, os incentivos governamentais são fundamentais para atrair centros de PD&I de empresas multinacionais. Países como China e Índia oferecem incentivos diretos voltados a setores estratégicos, como eletrônica e farmacêutica. Já Japão, Holanda e Reino Unido oferecem benefícios fiscais.

Brics

O Brics é o bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia, que representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. 

Em 2024, países do Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos.

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Economia

Haddad: bets ganham fortuna, mas mandam dinheiro para fora do país

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© Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) que as bets paguem mais impostos no país. Para ele, as casas de apostas virtuais (bets) devem pagar taxas mais elevadas, a exemplo do que ocorre com os cigarros e as bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, disse ele, em entrevista. “Os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui, e que vantagem a gente leva?”, questionou o ministro.

“Para mim, tem que tratar as bets na linha do que é o cigarro e a bebida alcoólica. É uma coisa difícil de administrar e há vários casos na história de que, quando proíbe, piora. Temos que enquadrar esse setor de uma vez por todas”, defendeu.

De acordo com o ministro, medidas como essa que preveem maior taxação das bets são importantes para o governo. 

“Nosso objetivo é um só: depois de 10 anos estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo, com baixo desemprego e inflação em queda. Mas a impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”.

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IOF

Em entrevista na manhã de hoje (8) ao portal Metrópoles, o ministro falou ainda que o impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como um “Fla x Flu”, disputa clássica do futebol carioca entre Flamengo e Fluminense. “Esse Fla-Flu não interessa a ninguém. Não vejo as coisas assim. Prefiro pensar institucionalmente”, disse ele.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevam o IOF quanto o decreto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e que derruba essa medida. Para resolver o impasse, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o tema para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

Na entrevista de hoje, Haddad disse que não pode se antecipar à decisão que será tomada pelo Supremo em relação ao IOF, mas informou que o governo está trabalhando para que essa questão seja resolvida.

Ele ressaltou ainda que o governo está buscando manter o diálogo com o Congresso e afirmou que, em breve, ele deverá se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. 

“Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar. Não tenho nem o direito de ter as relações estremecidas porque ele é o presidente da Câmara. Ele é um poder institucional e o Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele. Eu sou um ministro, não tenho mandato. Mas ele é poder constituído. Nunca saí de uma mesa de negociação. E só saio com acordo”, afirmou Haddad.

Imposto de Renda

Durante a entrevista, o ministro disse ainda acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovado.

Segundo Haddad, o deputado Arthur Lira, que é o relator do projeto sobre o Imposto de Renda, tem se reunido frequentemente com o governo, seja presencialmente ou de forma virtual. “Eu acredito que esse projeto será aprovado com larga margem de apoio”, falou.

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