Saúde
Conheça a rinomodelação, alternativa à rinoplastia realizada pela cantora Ana Castela

Procedimento utiliza ácido hialurônico, é uma boa alternativa para quem prefere os não invasivos ou tem medo do bisturi, mas tem seus riscos
A sertaneja Ana Castela compartilhou nas redes sociais o que disse ser seu primeiro procedimento estético: a rinomodelação, que consiste na aplicação de ácido hialurônico no nariz para suavizar e harmonizar o contorno nasal.
A rinomodelação é diferente da rinoplastia, esta, sim, é uma cirurgia que mexe na parte óssea do nariz para corrigir tamanho e desvio, incluindo não só a estética, mas a saúde do paciente. Já a rinomodelação é muito menos invasiva e refere-se somente à estética, não afetando a parte óssea do nariz.
A médica cirurgiã plástica Patrícia Marques explica que na era das selfies, a vantagem da rinomodelação sobre a rinoplastia é que com ela é possível alterar a aparência do nariz sem recorrer ao bisturi e o procedimento é reversível, dura de 8 a 12 meses. Não gostou? Não quer mais? Logo passa. Por outro lado, como o organismo absorve a substância, se gostar vai ter que reaplicar dentro desse período e isso tem um custo. “Em São Paulo e Rio de Janeiro, o custo da aplicação fica entre 2 mil e 3 mil reais, dependendo do caso e do profissional”, explica Marques.
Os procedimentos estéticos não invasivos estão em alta no Brasil. De acordo com a ISAPS, Sociedade Internacional de Estética e Cirurgia Plástica na sigla em inglês, a rinomodelação fica em segundo lugar, perdendo apenas para a harmonização facial. Já o ácido hialurônico está na mesma colocação, atrás somente do botox. “O ácido hialurônico é bem versátil, podemos dizer, sendo bastante utilizado no rejuvenescimento facial para reestruturar a face e melhorar a aparência, atenuando rugas e linhas de expressão desde as primárias até as mais profundas. Além disso, ele estimula a produção do colágeno”, conta a médica.
Alguns cuidados recomendados após a rinomodelação seriam não praticar exercício físico somente no dia do procedimento, evitar exposição ao sol, maquiagem e massagear o nariz nos primeiros dias.
Riscos
A rinomodelação é um procedimento seguro, complicações não acontecem com frequência, mas podem acontecer e até de forma grave, como a necrose de nariz. A correção se dá através de cirurgias que são bem complicadas. “Daí a importância de buscar um médico habilitado e experiente, isso reduz a chance de complicações, que costumam ser brandas, é verdade, mas o risco de infecções e necrose de pele existe e quando isso acontece, o tratamento é muito difícil”, alerta a especialista.
Sobre a especialista:
Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 650 pacientes com as cirurgias realizadas. CRM-SP 146410.
Instagram: @dra_patricia_marques
Site: https://www.drapatriciamarques.com.br/
Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP
Telefone: (11) 93206-0079
Saúde
Governo entrega 400 Unidades Odontológicas para reforço no atendimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta quinta-feira (21), 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). O equipamento permite levar atendimento de saúde bucal a populações que têm dificuldade de acesso a esse serviço, como indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e assentadas. O investimento é de R$ 152 milhões via Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A entrega é ação estratégica do Brasil Sorridente, o programa de assistência odontológica do governo, criado em 2004, no primeiro mandato de Lula na Presidência. Lula defende que saúde bucal também deve ser prioridade para o Estado.
“É muito fácil você ser governante para fazer uma ponte. Agora é muito difícil você ser governante para fazer aquilo que o povo tem necessidade prática, rápida e muito necessária. E a questão odontológica é uma delas”, disse o presidente em evento em Sorocaba (SP).
“Tem muita gente que não sabe que isso [saúde bucal] é necessidade. Tem muita gente que não se dá conta, que não faz falta, até acha bonito: ‘Nossa, que moça bonita sem dente’. Não é possível, não é bonito, não é moral, não é decente. Não para pessoa, mas para o Estado que deixa a pessoa ser daquele jeito”, afirmou.
Lula ressaltou ainda que as ambulâncias do Brasil Sorridente atendem os locais mais distantes, mas também as periferias das cidades. “A gente pensa que a miséria está longe, mas, às vezes, ela está vizinha da gente e a gente não enxerga. Não é todo mundo que mora na cidade que tem dinheiro para pagar um dentista”, disse.
Saúde bucal
Ao falar da importância da saúde bucal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a falta de cuidados pode levar ao agravamento de outras condições. “Muitas doenças são provocadas por uma má saúde bucal, inclusive câncer. Alguns tipos de câncer têm um risco maior de acontecer se a pessoa tem problema nos dentes”, disse.
O ministro citou ainda outras doenças que podem ser causadas por problemas dentários.
“A má saúde bucal impacta também no seu sistema digestivo. Uma má saúde bucal pode impactar, por exemplo, em dores de cabeça que a pessoa não sabe porque tem. Além disso, a saúde bucal impacta na dignidade da vida das pessoas. Todo mundo aqui sabe que uma pessoa que não tem os dentes, às vezes, tem vergonha de conviver”, acrescentou.
As unidades móveis entregues hoje vão atender 400 municípios em todos os estados do país. Nesta primeira etapa, o Nordeste é a região que mais vai receber UOMs, com 207 veículos entregues, seguida do Norte (95), Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21).
De acordo com o governo, os municípios contemplados foram selecionados com base em critérios de vulnerabilidade socioeconômica, extensão territorial e proporcionalidade regional, buscando evitar a concentração de recursos e ampliar a cobertura no Sistema Único de Saúde (SUS).
Até 2026, o Ministério da Saúde prevê a entrega de mais 400 unidades para reforçar o atendimento em todo o país. A previsão é que a frota seja renovada a cada 5 anos.
Funcionamento
Cada Unidade Odontológica Móvel é equipada com cadeira odontológica completa, aparelho de raio-x, ar-condicionado, frigobar, exaustor, gerador de energia, canetas de alta e baixa rotação, fotopolimerizador, entre outros equipamentos essenciais para garantir a qualidade do atendimento odontológico.
A UOM é o componente móvel do Brasil Sorridente e uma extensão da Unidade Básica de Saúde. Ela pode ofertar tanto procedimentos da atenção primária quanto, conforme a organização local, ações especializadas como tratamento endodôntico e a oferta de próteses dentárias. Quando necessário, as pessoas atendidas podem ser encaminhadas para continuidade do cuidado em serviços especializados, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e os Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb), com foco em municípios de até 20 mil habitantes.
Os veículos serão utilizados pelas equipes de Saúde Bucal (eSB), compostas por cirurgião-dentista e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal, habilitadas pelo Ministério da Saúde. Há 34 mil eSB credenciadas no país, de acordo dados de 2024. Os gestores locais podem, ainda, compartilhar uma mesma UOM com mais de uma equipe, para ampliar o atendimento.
Reajuste
Durante o evento em Sorocaba, o ministro Alexandre Padilha assinou portaria que reajusta os valores de implantação das Unidades Odontológicas Móveis de R$ 7 mil para R$ 9.360, se igualando ao valor de repasse mensal de custeio, pago pelo governo aos municípios.
O documento também trata das regras de credenciamento das UOMs, com a lista mínima de equipamentos e características recomendadas para a utilização das unidades pelas equipes de Saúde Bucal. Agora, além da fixação na Saúde da Família, as equipes das UOMs também poderão ser vinculadas às equipes de Saúde da Família Ribeirinhas, e-Multi Indígena e Consultório na Rua.
Outra novidade é que os municípios podem credenciar junto ao Ministério da Saúde suas unidades próprias ou financiadas por emendas parlamentares, e não apenas as doadas pelo Ministério da Saúde.
Saúde
Fernanda Sanches, da Cosmobeauty, orienta sobre hidratação e reforço da barreira cutânea para proteger a pele no clima frio e seco

Baixa umidade e temperaturas reduzidas favorecem ressecamento sensibilidade e descamação e os cuidados devem incluir ativos nutritivos e fotoproteção diária
A queda das temperaturas e a redução da umidade relativa do ar no inverno favorecem o ressecamento e a sensibilidade cutânea, agravando quadros como dermatite, descamação e coceira. Segundo a farmacêutica bioquímica e especialista em cosmetologia Fernanda Sanches, CEO da Cosmobeauty, a estação exige ajustes na rotina de cuidados para manter a barreira de proteção da pele íntegra e funcional.
“No frio, há uma diminuição da produção natural de lipídios, e a pele perde água com mais facilidade. Isso enfraquece a função de barreira e deixa o tecido cutâneo mais vulnerável a inflamações e irritações. É preciso repor esses elementos com produtos adequados para cada tipo de pele”, explica.
Ativos que restauram e nutrem
A especialista recomenda fórmulas ricas em ácido hialurônico, ceramidas e óleos vegetais, que ajudam a reter a umidade e a restaurar a barreira protetora. Entre as opções, destacam-se o Regeneraderm Hidratante Facial Intensivo, que combina Leite de Arroz, Cristais de Oliva e Fator de Crescimento para promover hidratação profunda e reparadora, calmante e regeneradora.
Limpeza suave e fotoproteção o ano todo
Outro ponto crucial é evitar sabonetes agressivos e optar por higienização suave, como a oferecida pelo Hyalu Cleanser Mousse Micelar, com dez tipos de ácido hialurônico e blend de aminoácidos. “Mesmo no inverno, o uso do protetor solar é indispensável. Os raios UVA atravessam nuvens e vidros, causando envelhecimento precoce e manchas”, reforça Fernanda.
Cuidados que vão além dos cosméticos
A rotina deve ser complementada por hábitos que favoreçam a hidratação interna, como a ingestão regular de água e uma dieta rica em frutas, verduras e oleaginosas. Banhos muito quentes e prolongados devem ser evitados para não remover a camada de proteção natural da pele.
De acordo com estudos da American Academy of Dermatology, a hidratação diária reduz em até 59% a perda de água transepidérmica em climas frios e secos, prevenindo o agravamento de condições inflamatórias. “A constância é fundamental. A pele não espera pela próxima estação para se regenerar. Os cuidados de agora definem a saúde e a aparência nos meses seguintes”, conclui Fernanda.
Sobre a Cosmobeauty
Presente há mais de 25 anos no mercado, a empresa apresenta de forma constante ao mercado de beleza lançamentos na área da cosmetologia e tratamentos profissionais estéticos. Buscando constantemente inovações tecnológicas com desenvolvimento de produtos de alta performance, a Cosmobeauty, que está em expansão, visa atendimento integral com protocolos personalizados e produtos home care dermocosméticos para aperfeiçoar os tratamentos realizados nas clínicas, focados em clareamento de hipercromias, propostas rejuvenescedoras, limpeza de pele profunda, tratamentos redutores de medidas, detox, firmadores, entre outros, de âmbito estético. Todas as lojas-conceito dispõem de Centro de Treinamento Educacional Cosmobeauty Academy, que promove cursos de extensão e aprimoramento para os profissionais da área.
Ao longo desses 25 anos de história, a empresa recebeu importantes premiações no segmento, como: Tricampeã do prêmio Les Nouvelles Categoria Empresarial Inovação e Tecnologia em Produtos; Prêmio Estética Business Awards como melhor produto facial e corporal; Prêmio Nacional de Inovação Estética Beauty Fair.
Acesse o site cosmobeauty.com.br ou pelo instagram.com/cosmobeautyoficial
Sobre a Dra. Fernanda Sanches
É farmacêutica bioquímica e especialista em cosmetologia. Possui pós-graduação em homeopatia, diversos cursos de extensão em manipulação de cosméticos e MBA em marketing e vendas. No ano 2000, Fernanda começou a empreender no mundo da beleza e lançou duas marcas, a Cosmobeauty, focada em produtos para profissionais da estética e cujo nome provém da junção de Cosmo (universo) e Beauty (beleza), e a Biomarine, voltada para o público geral. Acesse o instagram.com/dra.fernandasanches
Saúde
Clínicas de saúde enfrentam queda de margem mesmo com alta demanda

Faturamento sobe, mas o lucro encolhe. Especialista aponta falhas na precificação, controle financeiro e gestão de estrutura como vilões da rentabilidade em um setor que segue aquecido.
O setor de saúde privada vive um paradoxo. Enquanto clínicas médicas e estéticas registram aumento na demanda e no faturamento, suas margens de lucro vêm encolhendo de forma silenciosa — mas consistente. A recuperação pós-pandemia trouxe fôlego para o caixa, mas também escancarou uma fragilidade estrutural: clínicas estão faturando mais, porém lucrando menos.
De acordo com o estudo Panorama das Clínicas e Hospitais 2025, realizado pela Ayana Consultoria, 45% das clínicas afirmaram ter aumentado seu faturamento nos últimos 12 meses, especialmente nas especialidades de dermatologia, estética, nutrição e ginecologia. No entanto, apenas 27% relataram aumento de lucratividade no mesmo período.
“Essa diferença entre faturamento e lucro é um alerta claro de má gestão”, afirma Rúbia Pinheiro, proprietária da Artesanal, empresa especialista em abertura e estruturação de clínicas com foco em experiência do paciente. “Sem controle financeiro, precificação correta e estrutura organizada, é inevitável ver a margem evaporar.”
O peso da má precificação
Um dos principais fatores que explicam o encolhimento das margens está na precificação mal feita. Muitas clínicas ainda definem valores com base em concorrência ou percepção de valor do mercado — sem considerar todos os custos fixos, variáveis, tributos e margem desejada.
Segundo levantamento do iClinic, cerca de 62% dos gestores não sabem exatamente quanto cada serviço custa para ser executado. O resultado? Preços que cobrem o custo direto do procedimento, mas ignoram despesas administrativas, encargos trabalhistas e oscilação de demanda.
“É como vender sem saber se está ganhando. E, na maioria das vezes, está perdendo”, resume Rúbia.
Estrutura operacional: o calcanhar de aquiles
A estrutura também pesa. Ainda segundo a pesquisa da Ayana, 72% das clínicas nunca mapearam a jornada completa do paciente, e 40% sequer acompanham indicadores de produtividade e absenteísmo. A ausência de processos claros, uso ineficiente do espaço físico e falhas de comunicação impactam diretamente a experiência do paciente — e os resultados financeiros.
Para Rúbia, esse é um dos maiores gargalos da gestão: “Clínica não é só sala bonita. É fluxo, é recepção eficiente, é conforto, é encantamento. Quando isso não está bem estruturado, você perde produtividade, fidelização e recomendação”.
Setor cresce, mas concentração dos lucros preocupa
Na outra ponta da cadeia, os dados das operadoras de planos de saúde mostram uma disparidade. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor registrou um lucro líquido recorde de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida do setor foi de 7,7% sobre a receita total de R$ 92,9 bilhões.
Entretanto, quase metade das operadoras de pequeno e médio porte operaram no vermelho no mesmo período. “A concentração dos resultados em grandes grupos mostra que a gestão profissionalizada faz diferença. Nas clínicas menores, a ausência de governança e planejamento estratégico cobra um preço alto”, explica o economista de saúde Caio Tavares, consultor da Alleanza Saúde.
A resposta: gestão artesanal com visão estratégica
É nesse cenário que se destaca a abordagem de Rúbia Pinheiro, conhecida por sua atuação em mais de seis clínicas nas áreas de saúde e estética. Com um modelo que ela chama de “gestão artesanal com base estratégica”, Rúbia defende que a sustentabilidade de uma clínica está na soma de três pilares: estratégia, propósito e excelência operacional.
“O que falta na maioria das clínicas é método. A gestão artesanal não significa improviso — significa criar processos com carinho, personalização e estratégia. Quando isso é somado a controle financeiro e foco no paciente, o lucro volta a fazer parte do jogo”, afirma.
Como recuperar as margens: ações práticas
A consultora lista cinco passos fundamentais para quem quer melhorar a lucratividade da clínica:
- Precificação inteligente: planilha completa de custos e margem-alvo definida.
- Controle de indicadores financeiros: monitorar ticket médio, CAC, LTV e ponto de equilíbrio.
- Mapeamento da jornada do paciente: da recepção ao pós-venda, tudo deve ser estruturado.
- Estrutura física funcional: espaços pensados para otimizar o tempo e gerar encantamento.
- Treinamento de equipe com foco em experiência: atendimento é o maior ativo da clínica.
“Mais pacientes não significam, necessariamente, mais lucro. O cenário atual exige um novo olhar sobre gestão: mais estratégico, mais técnico e mais centrado na eficiência. O setor da saúde está em expansão, mas a lucratividade só acompanhará esse crescimento se as clínicas assumirem que, antes de serem clínicas, são negócios — e negócios precisam de gestão profissional”, finaliza a especialista.