Saúde
Conselho Federal de Medicina inicia intervenção no Cremerj

O Conselho Federal de Medicina (CFM) iniciou, nesta sexta-feira (14), intervenção emergencial e por tempo ilimitado no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). A justificativa foi a constatação de uma série de condutas que, de acordo com o CFM, desrespeitam normas da gestão pública.
A resolução que decreta a intervenção foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Segundo o CFM, uma vistoria realizada pela autarquia federal na regional fluminense, em janeiro deste ano, identificou situações como despesas elevadas e desnecessárias com aluguéis e condomínios; desrespeito às normas legais de compra e pagamento de fornecedores; falta de transparência e controle em informações sobre concessões e pagamentos; conflito de interesse e uso indevido de recursos públicos.
Também teriam sido constatados, na vistoria de janeiro, aumento de despesa com pessoal sem observar exigências legais; ineficiência na gestão financeira; ausência de responsabilização para decisões e ações tomadas; falta de controle e monitoramento em processos de dívida ativa e no pagamento de verbas a empregados e conselheiros.
Além disso, o Cremerj não teria cumprido a maioria das recomendações feitas na auditoria anterior, em junho de 2024. De 12 recomendações, de acordo com o CFM, apenas uma foi efetivamente implementada. O Conselho Federal destaca ainda que o Ministério Público Federal (MPF) já tinha feito vários pedidos de informação que não foram respondidos pelo Cremerj.
A resolução do CFM afasta a diretoria atual do Cremerj, que tomou posse em 1º de outubro de 2023 e que encerraria o mandato em 31 de maio deste ano. Apenas o corregedor, o vice-corregedor e diretor de sede e representações estão mantidos nos cargos, mas não terão direito a voz e voto nas reuniões de diretoria.
Em nota, a diretoria do Cremerj informou que não teve, até o momento, ciência oficial do conteúdo da auditoria do CFM, “o que reforça a irresignação diante de uma medida extrema e arbitrária que viola o devido processo legal”.
“O Cremerj tem se dedicado a oferecer cada vez mais benefícios aos médicos do estado do Rio de Janeiro, lutando por melhores condições de trabalho e remuneração justa para a classe. Nosso compromisso sempre foi com a valorização da medicina e a transparência na administração dos recursos”, acrescentou a nota.
O texto diz ainda que o Cremerj conta com R$ 20 milhões em caixa e repassou, no último ano, R$ 30 milhões ao CFM. Além disso, destaca que os médicos aprovaram as contas de 2024 do conselho regional, em assembleia na última terça-feira (11).
“Reafirmamos que as contas do Cremerj são públicas e acessíveis no Portal da Transparência. Não há qualquer fato que justifique a intervenção, senão interesses políticos que tentam desestabilizar um grupo legitimamente eleito. Essa ação nos parece uma clara represália contra a postura independente e combativa do Cremerj na defesa dos interesses da categoria médica”, diz a nota.
“Somos um dos poucos conselhos regionais que têm resistido à crescente partidarização dos conselhos de Medicina no Brasil. Essa tentativa de intervenção política tem como objetivo fragilizar uma gestão que sempre se pautou pela ética, transparência e autonomia em relação a interesses externos. Lamentamos profundamente que questões políticas estejam sendo utilizadas para enfraquecer a representação médica, desviando o foco dos verdadeiros desafios da classe. Seguiremos firmes na defesa dos médicos e da autonomia do Cremerj, sempre pautados na ética, na transparência e no respeito à categoria”, conclui a nota.
Os conselhos federal e regionais de Medicina foram criados em 1945 para zelar pelos princípios de ética profissional no exercício da medicina. Uma lei de 1957 deu aos conselhos o caráter de autarquias federais, com cada um tendo personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira.
Segundo a lei, suas funções são julgar e disciplinar a classe médica. Os conselhos regionais são subordinados ao federal e têm como funções específicas fiscalizar o exercício da profissão do médico, expedir carteira profissional e manter o registro dos profissionais que trabalham em determinada região, entre outros.
A lei também prevê que cabe ao CFM promover diligências e verificações nos conselhos regionais e, quando for necessário, adotar providências para sua eficiência e regularidade, o que inclui a designação de diretoria provisória.
Saúde
Exaustão emocional cresce entre brasileiros e acende alerta sobre saúde mental no dia a dia

Conheça Poliene Rieger, especialista em Psicanálise que une arte, ciência e escuta no universo digital
Sentir-se cansado deixou de ser um sinal de esforço físico e passou a ser quase uma condição constante. Mesmo após uma boa noite de sono ou dias aparentemente tranquilos, muitas pessoas relatam um esgotamento persistente mental, emocional e até existencial. É a chamada exaustão silenciosa, um fenômeno cada vez mais presente nas conversas cotidianas e, principalmente, nas sessões de terapia.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking de países com mais casos de ansiedade no mundo, e a depressão já é uma das principais causas de afastamento do trabalho. Vivemos em um ritmo acelerado, cercados por estímulos, expectativas e cobranças — inclusive internas. E quando não damos conta de tudo, o cansaço aparece como sintoma de uma sobrecarga que não é apenas de tarefas, mas de sentidos.
Para a psicóloga e psicanalista Poliene Rieger, a exaustão moderna está profundamente ligada à ausência de escuta, de pausas verdadeiras e da constante tentativa de se encaixar em padrões inalcançáveis. “Você cresceu tentando adivinhar o que esperavam de você? Sorrir, agradar, dar conta de tudo… Isso tem um preço emocional alto. E às vezes, esse preço é o cansaço sem nome”, diz Poliene em um de seus vídeos recentes publicados no Instagram, onde vem se destacando pela forma sensível, simbólica e acessível com que aborda questões psíquicas.
Com mais de 15 anos de atuação na clínica e na docência, e atualmente doutoranda pela FGV com uma pesquisa sobre dopamina e tomada de decisões, Poliene tem se consolidado como uma das vozes mais relevantes quando o assunto é saúde mental. Mas seu trabalho vai além do consultório: no digital, ela cria conteúdos que dialogam com a arte, a literatura e o surrealismo, trazendo à tona reflexões profundas sobre o inconsciente humano — sempre com uma linguagem acolhedora e poética.
“A psicanálise pode ser poesia, pode ser lágrima, pode ser chá. Mas acima de tudo, ela pode ser a travessia que não precisa ser feita sozinha”, afirma a especialista. Essa travessia, segundo ela, não acontece apenas no espaço terapêutico tradicional. Pode começar também com um post, um vídeo, uma frase que faça sentido em meio ao caos do feed. E é exatamente isso que ela oferece: um lugar de pausa em meio à velocidade do mundo.
Entre seus projetos mais recentes está o grupo “Hora do Chá”, um espaço de escuta e partilha virtual, onde ela conduz encontros com quem deseja refletir sobre sua vida emocional de forma leve, profunda e coletiva. A proposta é simples, mas potente: criar tempo e espaço para olhar para dentro, sem pressa e sem julgamentos.
No Instagram, Poliene também compartilha trechos de suas vivências clínicas, conceitos psicanalíticos traduzidos de forma orgânica, e frases que ressoam em quem busca mais do que conselhos prontos. “Não ofereço respostas fáceis. Ofereço caminhos de escuta, beleza e coragem”, resume.
Essa coragem, inclusive, passa por admitir que estamos cansados — e que não há fraqueza nisso. Pelo contrário: reconhecer a exaustão é o primeiro passo para cuidar dela. Para Poliene, a solução não está em fazer mais, mas em sentir mais. Em dar nome ao que nos afeta, em pausar com consciência, em escutar o que o corpo e a mente vêm dizendo há muito tempo.
“Vivemos em busca de estímulos constantes. Estamos viciados em dopamina, mas famintos de sentido”, reflete a psicanalista, conectando sua pesquisa acadêmica com os dilemas reais do cotidiano.
Em tempos de exaustão generalizada, o trabalho de profissionais como Poliene Rieger se torna ainda mais essencial. Não apenas por oferecer ferramentas clínicas, mas por abrir um espaço de reflexão, afeto e arte. Um lembrete de que o cansaço não precisa ser solitário — e que, muitas vezes, ele é só o início de uma escuta mais honesta com nós mesmos.
Para conhecer mais sobre o trabalho da especialista, acesse: https://www.instagram.com/poliene_fsn_rieger?igsh=MWRlaDV4ZGo1ZnZudg%3D%3D&utm_source=qr
(Foto: Divulgação)
Saúde
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave estão em queda, diz Fiocruz

O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, destaca que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entrou em queda em grande parte do país, indicando uma tendência de reversão da doença.
O quadro é atribuído à interrupção do crescimento ou queda das hospitalizações pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.
A análise dos especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta também para estabilidade nos casos de SRAG por Covid-19, que continuam baixos na maioria dos estados, com um pequeno aumento da doença no Estado do Rio de Janeiro.
A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, alerta que, embora os números de casos de VSR e influenza A estejam caindo, ainda há locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias. Os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Por isso, ela reforça a importância das medidas preventivas.
“É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além de usar máscara em locais fechados e com muita aglomeração de pessoas. Além disso, pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”, alerta a especialista.
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Incidência
Apesar da tendência de queda na maior parte do país, os casos de SRAG nas crianças, associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), continuam elevados na maioria do país, com exceção do Tocantins e Distrito Federal.
Os casos de SRAG entre os idosos, associados à influenza A, permanecem em níveis de moderado a muito alto nos estados da região Centro-Sul, além de alguns estados do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e do Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
O InfoGripe observa a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com tendência de aumento na população idosa, associada à influenza A em alguns estados do Nordeste (Paraíba e Sergipe), e possibilidade de aumento de SRAG em crianças, associadas ao VSR em Roraima.
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento de casos de SRAG no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho.
Saúde
Hospital Ceuta oferece atendimento premium com foco em conforto, exclusividade e recuperação otimizada

Crédito: João Macêdo/ Agência MiThi.
Legenda: Com equipe especializada e ambiente controlado, o Ceuta garante protocolos assistenciais rigorosos desde o pré-operatório.
Com estrutura moderna e atendimento humanizado, o Hospital Ceuta adota um modelo de atenção voltado à exclusividade e ao bem-estar do paciente. Localizado em Águas Claras, o hospital alia alta tecnologia à lógica assistencial de curta permanência, buscando máxima eficiência e segurança nos procedimentos, sem a necessidade de longas internações.
“O Ceuta foi planejado para ser mais que um hospital: é uma experiência. Nossa proposta é oferecer um atendimento de excelência com alma de boutique, onde cada detalhe é pensado para que o paciente se sinta acolhido”, afirma o diretor técnico e sócio-fundador, Dr. Silvio de Moraes Júnior.
Com menor volume de internações e foco total em cirurgias eletivas, o hospital consegue oferecer atenção personalizada, sem o ambiente agitado típico de grandes centros médicos. Cada paciente é tratado de forma única, desde a ambientação do quarto até o cardápio individualizado, passando por protocolos assistenciais customizados. “Aqui, o paciente não divide o espaço ou a equipe com casos emergenciais ou de alta complexidade. Ele é o centro das atenções naquele momento”, destaca o diretor. Esse cuidado, segundo ele, contribui não apenas para o conforto físico, mas também para a tranquilidade emocional, fator decisivo para uma boa recuperação.
Modelo hospital dia
O Ceuta é o primeiro hospital dia de Brasília, modelo que permite que entre 70% e 80% das cirurgias, tradicionalmente realizadas em hospitais gerais, possam ser feitas com alta no mesmo dia, desde que os pacientes estejam dentro dos critérios clínicos de elegibilidade. “A curta permanência reduz o risco de infecções hospitalares, diminui a ansiedade e contribui para uma recuperação mais rápida, no conforto do lar”, explica o médico. A estrutura foi projetada para diminuir o estresse, com leitos privativos, design clean e uma estética diferente dos hospitais tradicionais.
Com o sucesso do modelo, o Ceuta já iniciou sua ampliação e pretende lançar novos centros cirúrgicos. A meta é manter o padrão de excelência enquanto expande sua atuação, sempre com foco em inovação, segurança e personalização da jornada hospitalar.
Serviço:
Contato Principal: (61) 3356-0020
Endereço: Lote 34, Avenida Sibipiruna – Águas Claras, Brasília – DF
Website Institucional: https://ceutahospitaldia.com.br/