Economia
Construção civil impulsiona empregos e reforça o crescimento econômico em Caraguatatuba
A construção civil segue como um dos pilares da economia brasileira, e o Litoral Norte de São Paulo é um exemplo claro desse movimento. Segundo o Novo CAGED, o setor registrou 17.328 novas vagas formais em agosto de 2025, consolidando-se entre as atividades que mais geraram empregos no país. No acumulado de janeiro a agosto, o saldo positivo do emprego formal alcançou 1,5 milhão de postos.
No cenário regional, Caraguatatuba desponta como um dos municípios mais dinâmicos do estado. De acordo com levantamento recente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), a cidade contabilizou 898 novas unidades residenciais lançadas no primeiro semestre de 2025. Esse ritmo reflete o avanço da urbanização e o aumento populacional local: entre 2022 e 2024, Caraguatatuba cresceu 4,4%, o que reforça a demanda por moradias, infraestrutura e geração de renda.
Entre os projetos que simbolizam esse novo ciclo está o Ruy Barbosa Residencial, empreendimento da Delfi Incorporadora, em construção no bairro Porto Novo. Mais do que um conjunto de torres, o projeto representa um movimento que envolve toda a cadeia produtiva da construção civil, impulsionando setores como engenharia, arquitetura, indústria de materiais, transporte, marketing e serviços.
“O Ruy Barbosa Residencial representa muito mais do que a construção de duas torres. Ele gera um movimento econômico direto e indireto que envolve uma ampla rede de profissionais e fornecedores, da obra-prima ao produto final. Além do impacto durante a obra, há o reflexo positivo pós-entrega, com novas oportunidades e dinamismo dentro do próprio bairro”, destaca Luiz Carlos Delben Leite, sócio da Delfi Incorporadora, responsável pelo projeto. Para Luiz, o momento que Caraguatatuba vive é estratégico. “Mais do que o lançamento de novos empreendimentos, estamos diante de uma cidade que atrai investimentos consistentes, valoriza o patrimônio dos moradores e se consolida como um polo econômico regional”, avalia o empresário. Para ele, “a combinação de obras, geração de renda e valorização imobiliária reforça o papel da construção civil como um dos principais motores do desenvolvimento sustentável do Litoral Norte”, finaliza.
Economia
Entidades da indústria e do agro celebram fim da taxa de 40% dos EUA
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar as tarifas de 40% sobre diversos produtos brasileiros foi amplamente celebrada por entidades e associações ligadas à indústria e agricultura.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) publicou nota em que “avalia como muito positiva” a revogação da tarifa extra de 40% para uma lista de itens majoritariamente agrícolas, como café, carne bovina, banana, tomate, açaí, castanha de caju e chá. A isenção tem efeito retroativo a 13 de novembro e permitirá o reembolso de produtos já exportados.
Para o órgão, a medida é um avanço importante para a normalização do comércio bilateral “com efeitos imediatos para a competitividade das empresas brasileiras envolvidas e sinaliza um resultado concreto do diálogo em alto nível entre os dois países”.
No entanto, para a Amcham, é preciso intensificar o diálogo entre Brasil e EUA para eliminar as sobretaxas de produtos que continuam sendo impactados.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se manifestou.
“A decisão do governo americano de remover a tarifa de 40% a 249 produtos agrícolas brasileiros é avanço concreto na renovação da agenda bilateral e condiz com papel do Brasil como grande parceiro comercial dos Estados Unidos”, declarou Ricardo Alban, presidente da entidade, em comunicado.
Alban disse ainda que “vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) considerou que a medida alivia “setores que vinham enfrentando perda de competitividade no mercado norte-americano”.
A FIEMG lembra que sempre defendeu a negociação constante e técnica entre os dois países “como instrumento central para a retomada das condições adequadas de comércio”.
Tarifaço ainda traz impactos
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (21) que 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos permanecem sujeitas às sobretaxas impostas pelo governo norte-americano.
Segundo Alckmin, a nova decisão representa o maior avanço até agora nas negociações bilaterais.
Economia
Dólar supera R$ 5,40 em meio a ajustes externos e tensão política
Num dia de ajustes externos e tensões políticas internas, o mercado financeiro teve um dia de nervosismo. O dólar encerrou a sexta-feira (22) em forte alta no mercado brasileiro, retomando o patamar acima de R$ 5,40. A bolsa caiu pela quarta vez seguida e perdeu os 155 mil pontos.

O dólar à vista fechou vendido a R$ 5,401, com alta de R$ 0,063 (+1,18%). A cotação operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 12h30, chegou a R$ 5,42.
A moeda estadunidense está no maior valor desde 17 de outubro. A divisa acumulou alta de 1,97% na semana, mas cai 12,6% em 2025.
O mercado de ações também teve um dia tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 154.758 pontos, com queda de 0,4%. Ações de mineradoras e de bancos chegaram a subir, mas a maior parte dos papéis caiu nesta sexta-feira.
A moeda estadunidense acompanhou o movimento global. Na quinta-feira (20), enquanto o mercado brasileiro estava fechado por causa do Dia da Consciência Negra, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou a criação de 119 mil vagas em setembro – acima da projeção de 50 mil – e elevação da taxa de desemprego para 4,4%, ante expectativa de 4,3%.
Os dados mistos reforçaram a volatilidade internacional e impulsionaram o dólar no exterior, levando o mercado local a realizar um ajuste nesta sexta-feira. Isso porque a criação de vagas acima do previsto reduz as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) cortar os juros básicos em dezembro.
O fortalecimento da moeda norte-americana frente a outras divisas emergentes e ligadas a commodities (bens primários com cotação internacional) também contribuiu para sustentar a alta no Brasil, em um dia de queda do petróleo.
A retirada da tarifa de 40% sobre produtos brasileiros – como carne bovina, café e suco de laranja – anunciada por Donald Trump na quinta-feira não foi suficiente para conter a pressão cambial. A medida abre espaço para recuperação das exportações ao mercado norte-americano, mas os efeitos potenciais sobre o fluxo cambial ficaram ofuscados pelos demais fatores de risco.
Tensões entre Planalto e Senado
Além da turbulência no exterior, o mercado foi influenciado pelo aumento das tensões políticas entre o Planalto e o Senado após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de que pautará um projeto que reajusta o piso para agentes de saúde, com impacto para os cofres públicos, preocupou os investidores.
*Com informações da Reuters
Economia
BNDES abre consulta de elegibilidade para Plano Brasil Soberano
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu nesta sexta-feira (21) consulta para fornecedores e empresas exportadoras impactadas pelas tarifas dos Estados Unidos verifiquem se podem ter acesso ao Plano Brasil Soberano.

As empresas e os fornecedores podem checar se atendem aos critérios no site do banco.
Para fazer a verificação, é preciso usar a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa. Após a autenticação, o sistema informará se a empresa é elegível e quais soluções do Plano Brasil Soberano podem ser solicitadas.
Com o resultado da consulta, os exportadores poderão procurar as instituições financeiras credenciadas para solicitar o apoio financeiro.
No dia 13 deste mês, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a expansão do público que pode ter acesso ao financiamento do Brasil Soberano, incluindo aqueles que tiveram a partir de 1% do faturamento das exportações afetado pelo tarifaço.
O BNDES já aprovou R$ 7,6 bilhões em créditos do Plano Brasil Soberano.

