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Economia

Corremos o risco de uma inflação mundial do arroz?

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Créditos: Envato

A possível crise dos preços de um dos principais itens do prato brasileiro tem ressaltado a importância de assegurar que os trabalhadores tenham acesso a benefícios extras para consumos de itens essenciais

Em meio a uma conjunção de fatores climáticos adversos e decisões geopolíticas que impactam diretamente a produção e o comércio mundial de arroz, o Brasil e outros países correm o risco de enfrentar uma inflação significativa no preço desse grão que é tão tradicional nos pratos brasileiros.

Nos últimos meses, a combinação de seca persistente, ondas de calor intensas e chuvas irregulares ao longo do território brasileiro têm afetado negativamente a produção de arroz, contribuindo para uma redução na oferta interna. Esses eventos climáticos extremos têm levado a perdas consideráveis nas colheitas, resultando em um desequilíbrio entre a demanda crescente e a oferta limitada.

Outro fator crítico para essa equação é a recente decisão da Índia, responsável por aproximadamente 40% do comércio mundial de arroz, de bloquear temporariamente suas exportações desse grão. Essa medida, motivada por questões geopolíticas, tem gerado uma pressão adicional sobre o mercado global, exacerbando a escassez e impulsionando os preços para níveis alarmantes.

Frente a este cenário, de acordo com dados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) revelou que, somente no último mês, o preço do arroz registrou um aumento significativo de 3,41%. Em uma análise mais ampla, observa-se uma elevação alarmante de 18,25% nos últimos doze meses.

A situação tem gerado preocupação entre os consumidores, agricultores e autoridades governamentais, que buscam soluções para mitigar os impactos dessa iminente inflação no custo de vida e na segurança alimentar. Especialistas alertam que a conjunção de eventos climáticos extremos e decisões geopolíticas inesperadas destaca a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos alimentares globais.

Em um panorama em que a alimentação básica da população está em risco, a garantia de benefícios adicionais ao salário para os trabalhadores, como o auxílio-alimentação, ganha relevância enquanto aliado para ajudar milhares de consumidores a contornar a crise e não deixar de colocar arroz no prato.

Para Matheus Rangel, CGO da Niky, a flexibilidade pode ser a chave para fazer com que cada vez mais empresas adotem benefícios para seus colaboradores e contribuam ainda mais para a dinâmica econômica, tendo em vista que — a partir da flexibilização na atribuição de benefícios — os próprios gestores podem definir o budget destinado a cada setor e, assim, permitir que os trabalhadores possam acessar diferentes soluções que facilitam seu dia a dia, os empoderam financeiramente e aumentam seu contentamento com as companhias.

“Diante do cenário desafiador que temos enfrentado, a gestão eficiente dos benefícios flexíveis se torna ainda mais crucial para empresas e colaboradores. Estamos atentos às oscilações do mercado e cientes de que a alimentação é um componente vital desses programas. Na Niky, estamos trabalhando de perto com nossos clientes para ajustar estratégias, garantindo que os benefícios oferecidos estejam alinhados com a realidade econômica atual. Além disso, exploramos alternativas e parcerias estratégicas para minimizar os impactos nos orçamentos destinados à alimentação dos colaboradores, mantendo o compromisso de promover bem-estar e qualidade de vida. É um desafio complexo, mas a flexibilidade e agilidade são fundamentais nesse momento”, explica Rangel.

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Economia

Tarifaço continua a afetar 22% das exportações, diz Alckmin

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© Cadu Pinotti/Agência Brasil

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (21) que 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos permanecem sujeitas às sobretaxas impostas pelo governo norte-americano. A declaração foi dada no Palácio do Planalto, um dia após a Casa Branca retirar 238 produtos da lista do chamado tarifaço.

Segundo Alckmin, a nova decisão representa o maior avanço até agora nas negociações bilaterais. Ele destacou que, no início da imposição das tarifas, 36% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano estavam submetidas a alíquotas adicionais.

“Gradualmente, tivemos decisões que ampliaram as isenções. Com a retirada dos 238 produtos, reduzimos para 22% a fatia da exportação sujeita ao tarifaço”, disse.

A medida anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, revoga a tarifa extra de 40% para uma lista de itens majoritariamente agrícolas, como café, carne bovina, banana, tomate, açaí, castanha de caju e chá. A isenção tem efeito retroativo a 13 de novembro e permitirá o reembolso de produtos já exportados.

>> Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

Impacto nas exportações

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que, tomando como base os US$ 40,4 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA em 2024:

  • US$ 8,9 bilhões seguem sujeitos à tarifa adicional de 40% (ou 10% mais 40%, dependendo do produto);
  • US$ 6,2 bilhões continuam enfrentando a tarifa extra de 10%;
  • US$ 14,3 bilhões estão livres de sobretaxas;
  • US$ 10,9 bilhões permanecem sob as tarifas horizontais da Seção 232, aplicadas a setores como siderurgia e alumínio.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, a parcela das exportações brasileiras totalmente livre de tarifas adicionais aumentou 42% desde o início da crise.

Ela ponderou, no entanto, que o setor industrial continua sendo o mais afetado e exige maior atenção por parte do governo. “Para a indústria, a busca de mercados alternativos é mais complexa do que para commodities”, afirmou.

Aeronaves da Embraer, por exemplo, seguem sujeitas à tarifa de 10%.

Negociações seguem

Alckmin afirmou que a decisão dos EUA foi influenciada pelo diálogo recente entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Malásia, em outubro. O governo brasileiro enviou aos EUA, em 4 de novembro, uma proposta de acordo comercial, cujo teor não foi detalhado.

O presidente em exercício reiterou que o país busca avançar nas tratativas para retirar novos produtos da lista de itens tarifados. Ele mencionou que temas tarifários e não tarifários seguem na pauta de discussão, incluindo áreas como terras raras, big techs, energia renovável e o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata).

Alckmin também confirmou que Lula apresentou a Trump, além do pedido de redução tarifária, questionamentos sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que resultou em sanções contra autoridades brasileiras.

Segundo o presidente em exercício, ainda não há reunião prevista entre os presidentes, embora Lula tenha convidado o mandatário norte-americano para visitar o Brasil.

Setores mais sensíveis

Apesar do alívio para diversos itens agrícolas, o governo avalia que os produtos industriais permanecem como o principal foco de preocupação. Parte desses segmentos, especialmente bens de maior valor agregado ou fabricados sob encomenda, têm mais dificuldade para redirecionar exportações para outros mercados.

Alckmin afirmou que seguirá empenhado em buscar novas exceções. “Continuamos otimistas. O trabalho não terminou, mas avança com menos barreiras”, declarou.

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Economia

O que considerar antes de investir em uma ação

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Com o avanço da participação de investidores pessoa física na Bolsa, tomar boas decisões exige mais do que acompanhar a oscilação diária dos preços: é preciso entender o negócio, o setor e o cenário econômico

O universo de investimentos no Brasil mudou significativamente na última década. Segundo dados da B3, a Bolsa brasileira ultrapassou 5,3 milhões de investidores pessoa física em 2025, reflexo da digitalização do mercado e do maior acesso à informação financeira. A entrada desse novo público trouxe dinamismo, mas também reforçou a importância de compreender o que realmente significa comprar ações.

Afinal, investir na Bolsa não é apenas reagir aos movimentos do gráfico, é analisar empresas reais, afetadas por ciclos econômicos, concorrência, gestão e tendências de consumo. Quanto mais o investidor entende esse conjunto de fatores, maiores são suas chances de tomar decisões seguras e evitar armadilhas.

O fundamento essencial: conhecer a empresa

Investir em ações é assumir o papel de sócio. Por isso, a primeira etapa de uma análise é investigar como a empresa funciona. Elementos centrais incluem:

  • modelo de negócio e fontes de receita,

  • histórico de lucros e margens,

  • nível de endividamento,

  • qualidade da gestão,

  • governança e transparência.

Relatórios de resultados e demonstrações financeiras oferecem pistas valiosas sobre a capacidade de a companhia se manter competitiva ao longo do tempo. Empresas sólidas, com processos bem estruturados e crescimento consistente, tendem a oferecer menor risco, especialmente para quem mira o longo prazo.

O setor importa tanto quanto a empresa

Além da empresa, é preciso observar o movimento do setor. Cada segmento tem sua lógica própria e reage de formas distintas a mudanças no cenário econômico.

  • Setores cíclicos, como varejo, bens duráveis e construção, são altamente sensíveis a juros e renda.

  • Setores defensivos, como saúde, energia e saneamento, costumam ser mais estáveis.

  • Tecnologia tende a oscilar conforme inovação, escalabilidade e competição global.

Compreender o ciclo do setor ajuda o investidor a enxergar se a empresa está entrando em um momento de expansão ou enfrentando obstáculos conjunturais.

Perfil de risco e leitura macroeconômica

Antes de escolher qualquer ação, o investidor precisa alinhar sua decisão ao próprio perfil de risco. Quem tolera volatilidade pode buscar empresas de crescimento acelerado; já quem prioriza previsibilidade tende a preferir pagadoras de dividendos.

Ao mesmo tempo, o ambiente macroeconômico influencia intensamente o desempenho das ações.

  • Selic alta reduz o apetite por renda variável.

  • Selic em queda costuma atrair fluxo para a Bolsa.

  • Inflação, câmbio, política fiscal e cenário global podem beneficiar ou penalizar setores inteiros.

Investir sem observar essas variáveis é como navegar sem bússola: a direção existe, mas o caminho fica incerto.

Indicadores financeiros que auxiliam a decisão

Dados ajudam a transformar percepções em análises concretas. Entre os principais indicadores usados por investidores estão:

  • P/L (Preço/Lucro) – indica quanto se paga pelo lucro da empresa;

  • ROE (Retorno sobre Patrimônio) – mede eficiência na geração de valor;

  • Margem líquida e EBITDA – mostram a força operacional;

  • Endividamento – revela a estrutura de capital;

  • Dividend Yield – destaca a remuneração ao acionista.

Nenhum dado funciona sozinho: o ideal é comparar indicadores entre empresas do mesmo setor e ao longo do histórico da própria companhia.

Exemplo prático: como observar a MGLU3

A trajetória da MGLU3, ação da Magazine Luiza, evidencia como o comportamento do setor e do cenário macroeconômico pode transformar a performance de um papel. A empresa viveu um ciclo de forte valorização durante a expansão do e-commerce, mas enfrentou períodos de queda quando o consumo desacelerou e os juros subiram.

Esse caso reforça alguns pontos:

  • ações de varejo tendem a ser mais voláteis,

  • resultados trimestrais devem ser analisados em conjunto com o ciclo econômico,

  • inovação e execução estratégica são determinantes para o crescimento futuro.

E, principalmente, demonstra que nenhuma ação deve concentrar toda a carteira. Diversificação protege o investidor e equilibra riscos.

Construindo estratégia e visão de longo prazo

Investir em ações exige maturidade e constância. Oscilações diárias fazem parte da dinâmica do mercado, mas o crescimento real vem de acompanhamento contínuo, disciplina para manter aportes recorrentes e foco no longo prazo.

O investidor que estuda, entende o contexto e controla as emoções tende a transformar conhecimento em resultado. No fim, o mercado acionário recompensa quem pensa como dono: olha menos para o preço do dia e mais para a capacidade da empresa de prosperar ao longo dos anos.

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Economia

BRB diz que recuperou R$ 10 bilhões das carteiras com Master

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Após a repercussão das investigações ligadas às supostas fraudes envolvendo o Banco Master, o Banco de Brasília (BRB) afirmou, em nota, nesta sexta-feira (21), que a instituição permanece com solidez.

Nas investigações da Polícia Federal, o BRB aparece com um das principais instituições que teriam comprado créditos falsos do Master. 

“As carteiras atuais seguem padrão adequado, e o Banco permanece sólido e colaborando com as autoridades”, garantiu a instituição.

Em relação aos negócios com o Banco Master, o BRB ponderou que todo o processo de substituição de carteiras e adição de garantias, que é previsto em contrato, foi reportado e acompanhado pelo Banco Central.

A fraude

O BRB adquiriu, segundo as investigações, um total de R$ 12,7 bilhões em carteiras de crédito inexistentes do Master. A Operação Compliance Zero, deflagrada nesta semana pela Polícia Federal (PF), apontou que a fraude consistia em simular empréstimos em meio a negociações de carteiras de crédito com outros bancos. Entre eles, o BRB.

Na nota, o banco afirmou que dos R$ 12,76 bilhões negociados, mais de R$ 10 bilhões já foram “liquidados ou substituídos”. “E o restante não constitui exposição direta ao Banco Master”. O Banco de Brasília acrescentou que atua como credor nessa liquidação extrajudicial e que passou a reforçar controles internos.  

Para reafirmar a ideia de solidez, o BRB divulgou que conta com mais de R$ 80 bilhões em ativos, mais de R$ 60 bilhões em carteira de crédito e registrou lucro líquido de R$ 518 milhões no 1º semestre”. A instituição teria contabilizado margem financeira superior a R$ 2,3 bilhões.

A instituição acrescentou que atende em 97% do território nacional e conta com 988 pontos físicos e liderança no crédito imobiliário no Distrito Federal.

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