Saúde
Crenças limitantes bloqueiam o crescimento pessoal e criam prisões emocionais

Traumas do passado e bloqueios emocionais dificultam a busca pela liberdade interior, alerta especialista
Estudos em psicologia mostram que experiências emocionais negativas podem deixar marcas que dificultam o desenvolvimento pessoal e profissional. Esses bloqueios, conhecidos como prisões emocionais, surgem de traumas e crenças limitantes acumuladas ao longo da vida, criando barreiras invisíveis para o crescimento emocional. Identificar esses padrões é o primeiro passo para superar desafios e viver de forma mais leve.
Uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Psychology mostrou que experiências negativas não resolvidas têm ligação direta com o aumento de sintomas de ansiedade e depressão. O estudo destaca a importância de se conhecer melhor e revisar essas crenças para melhorar o bem-estar mental.
Segundo Elainne Ourives, psicanalista e especialista em reprogramação mental, essas prisões são mais comuns do que parece e podem afetar mesmo quem não percebe estar limitado. “Muitas vezes, achamos que certos bloqueios fazem parte da nossa personalidade, mas, na verdade, eles são resultado de experiências mal resolvidas e crenças que foram impostas”, diz.
Como as prisões emocionais aparecem no dia a dia
Esses bloqueios podem aparecer de formas discretas, como dificuldade para manter relações saudáveis, medo de arriscar em novas oportunidades ou uma autocrítica constante. Um estudo da Universidade de Harvard apontou que o perfeccionismo está ligado a altos níveis de ansiedade e menor satisfação com a vida, mostrando que essa busca constante por resultados impecáveis pode prejudicar a saúde mental.
Prisões emocionais também influenciam na forma como lidamos com o estresse. O medo de rejeição, por exemplo, pode fazer com que a pessoa evite situações sociais importantes, prejudicando o crescimento pessoal e profissional. Pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos mostram que essa evitação está ligada a experiências traumáticas não resolvidas, afetando a qualidade de vida no longo prazo.
Elainne explica que identificar esses padrões é fundamental para sair desse ciclo. “Quando a gente consegue perceber os gatilhos emocionais e entende de onde eles vêm, fica mais fácil trabalhar para mudá-los. O autoconhecimento é essencial nesse processo”, comenta.
Caminhos para deixar as prisões emocionais para trás
Superar as prisões emocionais começa por reconhecer que elas existem. Observar comportamentos repetitivos, como a dificuldade em enfrentar desafios ou a tendência a manter relações tóxicas, é um sinal claro de que algo precisa mudar.
O perdão é uma das ferramentas mais poderosas para romper essas barreiras, seja perdoando a si mesmo ou aos outros. Pesquisas publicadas no Journal of Behavioral Medicine mostram que o perdão está ligado a menores níveis de estresse e melhora na saúde do coração. “Perdoar não é esquecer, mas sim soltar o peso emocional que impede o avanço”, define Ourives.
Além disso, técnicas como meditação e afirmações positivas ajudam a substituir crenças limitantes por pensamentos mais leves. Meditar com frequência pode mudar positivamente as conexões do cérebro ligadas ao bem-estar.
Elainne reforça a importância dessas práticas no cotidiano. “Quando a forma de enxergar a si mesmo e suas experiências muda, tudo ao redor muda junto. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na forma de viver e se relacionar”, finaliza.
Sobre Elainne Ourives
Treinadora mental, psicanalista, cientista e pesquisadora nas áreas da Física Quântica, das Neurociências e da reprogramação mental; autora best-seller de 10 livros; mestra de mais de 260 mil alunos, sendo 120 mil deles alunos do treinamento Holo Cocriação de Objetivos, Sonhos e Metas, a mais completa metodologia de reprogramação mental, cocriação e manifestação de sonhos do mundo; formada pelos maiores cientistas do mundo, tais como Jean Pierre Garnier Malet, Tom Campbell, Gregg Braden, Bob Proctor, Joe Dispenza, Bruce Lipton, Deepak Chopra e Tony Robbins; multiplicadora do Ativismo Quântico de Amit Goswami; certificada pelo Instituto HeartMath; única trainer de Joe Vitale no Brasil.
Autora Best Seller dos livros: DNA Milionário® (2019); DNA da Cocriação® (2020); DNA Revelado das Emoções® (2021), Cocriador da Realidade (2022); Algoritmos do Universo (2022), Taqui-Hertz® (2022), O Meu Ano de Gratidão (2023), Gene da Juventude (2023), Visualização Holográfica (2023) e DNA do Dinheiro (2024).
É ainda idealizadora do Movimento “A Vida é Incrível”, lançado para ajudar a libertar o potencial máximo das pessoas na realização de seus sonhos; e criadora da Técnica Hertz® – Reprogramação da Frequência Vibracional, que surgiu a partir de descobertas da física quântica e do estudo aprofundado das mais poderosas terapias energéticas e emocionais do mundo.
Para mais informações, acesse https://elainneourives.com.br ou pelo Instagram @elainneourivesoficial.
Saúde
8 Mitos e verdades sobre a hipertensão, a doença silenciosa que mais mata no Brasil

Dr. Iran Gonçalves Júnior, cardiologista e diretor médico da EMS, esclarece informações equivocadas sobre a hipertensão e reforça como hábitos simples podem salvar vidas
As doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de morte no Brasil e no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 400 mil óbitos anuais no país — o equivalente a um a cada 90 segundos, superando todas as outras causas, como câncer, doenças respiratórias, acidentes e violência. Para mudar esse cenário, especialistas defendem um novo olhar sobre a prevenção e o enfrentamento da hipertensão arterial, uma condição silenciosa que atinge mais de 30% da população adulta brasileira e que frequentemente passa despercebida.
“Apesar de ser altamente prevalente, a hipertensão ainda é mal compreendida. Existem muitos mitos que dificultam o diagnóstico precoce e o controle adequado. Desmistificar esses pontos é essencial para ampliar o acesso à informação e reduzir o risco de eventos graves, como infarto e AVC”, afirma o Dr. Iran Gonçalves Júnior, cardiologista e diretor médico da EMS.
A seguir, o especialista esclarece os principais mitos e verdades sobre os cuidados com o coração e a pressão arterial:
- A hipertensão é uma doença crônica que exige controle contínuo – VERDADE
Não existe “cura” definitiva para a hipertensão. É uma condição permanente, que pode e deve ser controlada ao longo da vida. O sucesso do tratamento depende da adesão ao acompanhamento médico, da regularidade no uso de medicamentos — quando prescritos — e da adoção de hábitos saudáveis. “Mesmo quando a pressão está sob controle, o tratamento deve continuar. É um compromisso com a própria saúde a longo prazo”, afirma Dr. Iran.
- Se estou me sentindo bem, não preciso me preocupar com a pressão – MITO
A hipertensão é chamada de “doença silenciosa” justamente por não causar sintomas na maioria dos casos. “A pessoa se sente bem, mas a pressão pode estar alta há anos. A única forma de saber é fazendo checkups e aferindo sua pressão”, explica o médico.
- Alimentação saudável ajuda na prevenção e no controle da hipertensão – VERDADE
Uma dieta equilibrada, com menos sal e alimentos ultraprocessados, é uma aliada no controle da pressão arterial. Incluir frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras boas favorece a saúde vascular e reduz a sobrecarga no coração. “Frutas, legumes, grãos integrais e gorduras boas fazem parte de uma rotina que protege o coração e os vasos”, destaca Dr. Iran.
- Hipertensão é problema só de pessoas estressadas – MITO
O estresse pode influenciar os níveis de pressão em alguns momentos, mas está longe de ser a única causa. “Sedentarismo, obesidade, genética, tabagismo e excesso de sal são fatores bem mais determinantes. Culpar só o estresse mascara o real perigo da doença”, alerta o especialista.
- Medicamentos anti-hipertensivos são seguros e salvam vidas – VERDADE
Com indicação correta e uso contínuo, os remédios controlam a pressão e previnem eventos graves. “Abandonar o tratamento por conta própria, mesmo se a pressão estiver boa, é um erro que pode custar caro”, afirma o diretor médico da EMS.
- Mulheres têm menos risco de pressão alta e infarto – MITO
O risco cardiovascular aumenta significativamente após a menopausa, quando há queda dos níveis de estrogênio. Além disso, os sintomas de infarto em mulheres costumam ser menos evidentes, o que pode atrasar o diagnóstico. “Esse mito atrasa o cuidado e pode custar vidas. O coração feminino também precisa de atenção redobrada”, afirma Dr. Iran.
- Bebidas alcoólicas, cigarros e energéticos aumentam a pressão e sobrecarregam o coração – VERDADE
Essas substâncias afetam diretamente a função cardiovascular. O uso contínuo ou em excesso favorece o aumento da pressão, arritmias e inflamações nos vasos sanguíneos. “O impacto é ainda maior quando associadas entre si. Moderação e consciência são fundamentais”, reforça Dr. Iran.
- Fazer exercícios eleva a pressão e pode ser perigoso para quem é hipertenso – MITO
A prática regular de atividade física é indicada tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão. Quando realizada com orientação profissional, ajuda a reduzir os níveis de pressão, melhora a função cardíaca e contribui para o bem-estar geral. “Com liberação médica e acompanhamento, os exercícios ajudam a reduzir a pressão, controlar o peso e melhorar a função vascular”, afirma o especialista.
É de Coração
A EMS criou, há um ano, a campanha É de Coração, com o objetivo de ampliar o acesso à informação de qualidade sobre a hipertensão e promover ações de conscientização em parceria com médicos, farmacêuticos e profissionais da saúde em todo o país. Desde seu lançamento, a campanha vem realizando mutirões de aferição de pressão arterial em dezenas de cidades brasileiras, em parceria com redes de farmácia, clínicas e pontos de venda. A atuação envolve profissionais de saúde capacitados e distribuição de materiais informativos para reforçar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
“Nosso objetivo é apoiar médicos e farmacêuticos na conscientização da população sobre a importância de prevenir e tratar a hipertensão. Como líderes de mercado, temos o compromisso de contribuir com ações educativas que gerem impacto real na saúde dos brasileiros”, afirma Joaquim Lopes, diretor da unidade de Prescrição Médica da EMS.
Saúde
Você conhece os benefícios da ortopedia na prevenção de contusões e no tratamento de lesões?

A ortopedia representa uma especialidade médica de fundamental importância para a promoção da saúde, da qualidade de vida e do bem-estar geral, especialmente durante o envelhecimento, fase em que o sistema musculoesquelético — composto por ossos, músculos, ligamentos e articulações — torna-se mais suscetível a processos degenerativos e a disfunções funcionais.
Essa especialidade é responsável pelo diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção de distúrbios que acometem o aparelho locomotor. A traumatologia, por sua vez, é uma subespecialidade da ortopedia que se dedica ao manejo de traumas que afetam esse mesmo sistema, como fraturas, entorses e luxações.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 80% da população mundial apresentará algum tipo de dor na coluna ao longo da vida. No contexto brasileiro, informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que aproximadamente 1 em cada 5 adultos convive com uma condição crônica relacionada à coluna vertebral, sendo as mais prevalentes: cifose, lordose, hérnia de disco, artrose e escoliose.
Diante desse cenário, torna-se evidente a relevância das consultas periódicas com um médico ortopedista, recomendadas ao menos uma vez ao ano, com o intuito de preservar a integridade do sistema musculoesquelético e, consequentemente, contribuir para a manutenção da autonomia, funcionalidade e longevidade do indivíduo.
📍 Tratamento de Lesões
No contexto de traumas e lesões musculoesqueléticas, a atuação do ortopedista é imprescindível. Somente esse especialista está capacitado para realizar uma avaliação clínica minuciosa, complementada por exames de imagem, a fim de estabelecer o diagnóstico preciso e indicar a conduta terapêutica mais adequada, seja ela conservadora ou cirúrgica.
📍 Acompanhamento do Desenvolvimento Estrutural
A ortopedia também desempenha um papel essencial no monitoramento do desenvolvimento do sistema musculoesquelético desde a infância até a senescência. A realização de consultas regulares possibilita a detecção precoce de alterações estruturais, como deformidades ósseas ou disfunções articulares, viabilizando intervenções precoces e tratamentos específicos — como a fisioterapia ortopédica — que evitam a progressão das condições patológicas.
Em síntese, o acompanhamento com um profissional especializado em ortopedia é determinante não apenas para o tratamento de lesões, mas também para a prevenção de quadros crônicos, os quais muitas vezes se iniciam com sintomas leves e evoluem para limitações significativas, comprometendo a qualidade de vida, especialmente em pacientes idosos.
Saúde
Mulheres e dor lombar: o peso invisível que sobrecarrega o corpo feminino

Fisioterapeuta explica como a rotina feminina sobrecarrega o corpo — e o que fazer para aliviar dores frequentes
A dor lombar é uma velha conhecida de muitas mulheres brasileiras. Mais do que um incômodo pontual, ela pode ser reflexo de uma rotina intensa, marcada por múltiplas jornadas, sobrecarga emocional e dificuldade de entender sinais do corpo. Não à toa, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, cerca de 34,4% das mulheres adultas no Brasil relatam dores frequentes na região das costas, número superior ao observado entre os homens (26,5%).
Embora fatores como sedentarismo e padrões posturais repetitivos sejam frequentemente associados à dor lombar, eles não explicam toda a complexidade do quadro. De acordo com a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em reabilitação funcional e Pilates clínico, muitos casos de dor lombar têm origem multifatorial — e afetam principalmente mulheres por conta de características hormonais, comportamentais e sociais.
“É muito comum atender pacientes que não sofreram nenhum trauma ou lesão, mas que convivem com uma dor constante na lombar. Quando investigamos mais a fundo, percebemos que o corpo está respondendo a anos de sobrecarga, estresse, má respiração, falta de fortalecimento adequado e distúrbios do sono,” explica.
Estudos científicos confirmam essa percepção. Uma pesquisa publicada pela Revista Brasileira de Epidemiologia aponta que mulheres com múltiplos filhos têm até 2,8 vezes mais probabilidades de desenvolver dor lombar crônica. Outros fatores associados incluem a idade superior a 50 anos, tabagismo, obesidade, insônia e depressão. O impacto é real: em 2017, mais de 25 milhões de brasileiros sofreram com dor na coluna, uma das principais causas de incapacidade no país, segundo dados do Global Burden of Disease.
O quadro pode se agravar por uma combinação de fatores, incluindo hábitos como o uso prolongado de salto alto, longos períodos sentada e alterações hormonais — especialmente quando não há preparo físico ou suporte muscular adequado. Além disso, a carga mental, frequentemente associada à sobrecarga de responsabilidades no trabalho e em casa, pode levar à negligência dos próprios sinais de alerta.
“O corpo vai se adaptando da forma que consegue, até que os mecanismos de compensação deixam de ser eficazes, e a dor se torna persistente,” diz Luciana. Segundo a especialista, o atendimento fisioterapêutico precisa ir além da técnica. Escutar o paciente, entender sua rotina e propor um plano individualizado é essencial para interromper o ciclo da dor.
É nesse contexto que o Pilates clínico tem ganhado destaque. Diferente das aulas genéricas, voltadas ao condicionamento físico, a prática terapêutica é adaptada às necessidades de cada paciente e trabalha o fortalecimento da musculatura profunda, a mobilidade das articulações e a consciência corporal. “Ao promover melhor alinhamento postural, consciência corporal e controle motor, pode contribuir significativamente para a redução da dor e prevenção de recorrências”, destaca Luciana.
Apesar da eficácia do tratamento, muitas mulheres só procuram ajuda quando a dor já está limitando as atividades do dia a dia. Sensações como rigidez ao acordar, incômodo ao permanecer sentada por muito tempo ou episódios de travamento da lombar não devem ser ignorados. “O corpo sempre avisa. A gente é que, muitas vezes, não escuta”, reforça.
Luciana defende uma abordagem que una ciência e acolhimento. Para ela, fisioterapia é também um espaço de escuta. “Toda dor tem uma história. E toda história merece ser ouvida.”